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Processo de Fabricação de Chocolate Disciplina: Operações Unitárias Discentes: João Alberto, Laís Pereira e Marina Abreu INTRODUÇÃO “Chocolate é o produto preparado com cacau obtido por processo tecnológico adequado e açúcar, podendo conter outras substâncias alimentícias aprovadas.” Resolução Comissão Nacional de Normas e Padrões para Alimentos nº12 de 1979 da Legislação Brasileira Resolução Comissão Nacional de Normas e Padrões para Alimentos nº12 de 1979 da Legislação Brasileira FLUXOGRAMA SOUZA, HADLICH & MAAHS, 2013. FLUXOGRAMA SOUZA, HADLICH & MAAHS, 2013. SECAGEM Estufa para secagem de cacau SECAGEM • Mexer mantém as sementes arejadas e impede formação de bolor; • Secadores artificiais de ar quente (50ºC) – 24 a 48h; • Taxa de umidade ↓ 60% para 7%; • Papel importante no aroma e no sabor do cacau. LIMA, 2008; BATISTA, 2009. FLUXOGRAMA SOUZA, HADLICH & MAAHS, 2013. TORREFAÇÃO Torrador de cacau de tambor TORREFAÇÃO • Cacau padronizado: 140ºC – 40min; • Cacau aromático: 110ºC – 20 a 30min; • Taxa de umidade ↓ 7% para 2%; • Arrefecimento rápido ao final para evitar queima da parte interna das amêndoas; • Confere o aroma e sabor definitivos do cacau às sementes. HERME, 2006; BATISTA, 2009. FLUXOGRAMA SOUZA, HADLICH & MAAHS, 2013. TRITURAÇÃO Moinho triturado de cacau TRITURAÇÃO • Descasca a amêndoa separando em casca e NIB; BATISTA, 2009; SOUZA, HADLICH & MAAHS, 2013. FLUXOGRAMA SOUZA, HADLICH & MAAHS, 2013. MOAGEM Moinho de pedra MOAGEM • NIBs são moídos obtendo uma massa/pasta/líquor de partículas finas; FARROW, 2005; BATISTA, 2009; SOUZA, HADLICH & MAAHS, 2013. Alto teor de gordura (55%) calor liberado massa fluída de coloração marrom escura FLUXOGRAMA SOUZA, HADLICH & MAAHS, 2013. PRENSAGEM Extrator de óleo de manteiga de cacau PRENSAGEM • Líquor é submetido à alta pressão e temperaturas entre 95 e 105ºC; • Extrai manteiga de cacau; • Produto de maior valor agregado. • E gera a torta. • Teor de gordura ↓ (12-22%); • ↑ concentração de “sólidos” de cacau. BATISTA, 2009; COPETTI, 2009; SOUZA, HADLICH & MAAHS, 2013; MIGUEL & FETTERMANN, 2017. PRENSAGEM MIGUEL & FETTERMANN, 2017. FLUXOGRAMA SOUZA, HADLICH & MAAHS, 2013. MISTURA Misturador de pás encamisado Misturador de lâminas helicoidais concêntricas MISTURA MARTINHO, SILVA & SOUZA, 2012 MISTURA • Até obtenção de uma massa homogênea de consistência plástica adequada ao refino; • Tipos e quantidades de ingredientes depende do tipo de chocolate a ser fabricado. Chocolate ao leite: 11,8% líquor de cacau; 20% manteiga de cacau; 48,7% açúcar; 0,4% lecitina; 19% leite em pó; 0,1% compostos de sabor. MARTINHO, SILVA & SOUZA, 2012; SOUZA, HADLICH & MAAHS, 2013. FLUXOGRAMA SOUZA, HADLICH & MAAHS, 2013. REFINO Refinador de rolos REFINO • Distância entre os cilindros diminui o tamanho as partículas em 15 a 20 microns; • <30 microns = arenoso, e >10 microns = muito mole. • Formação da textura, comportamento de fusão e propriedades reológicas. Viscosidade depende de: * Umidade; * Distribuição do tamanho de partícula; * Conteúdo de gordura. COHEN; LUCCAS; JACKIX, 2004; BATISTA, 2009; COPETTI, 2009; MARTINHO, SILVA & SOUZA, 2012; SOUZA, HADLICH & MAAHS, 2013. FLUXOGRAMA SOUZA, HADLICH & MAAHS, 2013. CONCHAGEM Máquinas de conchagem para chocolate CONCHAGEM • Agitação contínua e cisalhamento sob temperatura entre 45-100ºC; • Recebe nova adição de manteiga de cacau; • Redução da acidez; • Eliminação de ácidos voláteis indesejáveis. • Reação de Maillard; • Aperfeiçoamento da cor e do sabor. • Redução da umidade. • Diminuição da viscosidade. COHEN; LUCCAS; JACKIX, 2004; COPETTI, 2009; MARTINHO, SILVA & SOUZA, 2012. CONCHAGEM • Pode demorar horas ou dias dependendo de: • Tipo de chocolate fabricado (maior teor de líquor – maior tempo); • Temperatura aplicada (com leite – 50-65ºC; sem leite – 70-85ºC); • Umidade inicial e final desejada. • Deixa o chocolate cremoso, com textura e brilho, e sabor e aroma característicos do chocolate. COHEN; LUCCAS; JACKIX, 2004; COPETTI, 2009; MARTINHO, SILVA & SOUZA, 2012. FLUXOGRAMA SOUZA, HADLICH & MAAHS, 2013. TEMPERAGEM Temperadeira de chocolate TEMPERAGEM • Tratamento térmico (40-45ºC) e mecânico que permite cristalização de cerca de 2-4% da manteiga deixando-a estável; • Dá brilho, contração do volume (facilita desmoldagem), dureza e quebra a temperatura ambiente, rápida e completa fusão na boca, rápido desprendimento do aroma e do sabor na degustação. COHEN; LUCCAS; JACKIX, 2004; COPETTI, 2009; MARTINHO, SILVA & SOUZA, 2012; SOUZA, HADLICH & MAAHS, 2013. FLUXOGRAMA SOUZA, HADLICH & MAAHS, 2013. MODELAGEM MODELAGEM • Chocolate é derramado em moldes que darão forma à barra; • É levado a refrigeração por uma esteira em constante vibração (espalhando e retirando bolhas de ar), pode ser recheado ou não. BATISTA, 2009; SOUZA, HADLICH & MAAHS, 2013. BALANCEAMENTO DE MASSAS Cacau Processamento Chocolate Resíduos Cascas de cacau; Vapor de água; Ácidos voláteis. Perdas Manteiga de cacau Secagem Torrefação Trituração Moagem Prensagem Mistura Refino Conchagem Temperagem Modelagem Açúcar Lecitina de soja Manteiga de cacau Aroma de baunilha Leite em pó Perdas BALANCEAMENTO DE ENERGIA Quantidade de calor Secagem Energia produtos (P) Energia armazenada (A) Energia perdida (L) Torrefação P A L Prensagem Conchagem P A L P A L Temperagem P A L BIBLIOGRAFIA BATISTA, A.P.S.A. Chocolate: sua história e principais características. Monografia apresentada ao Centro de Excelência em Turismo da Universidade de Brasília como requisito parcial à obtenção de grau de Especialista em Gastronomia e Saúde. Brasília, 2009. COHEN, K.O.; LUCCAS, V.; JACKIX, M.N.H. Revisão: Temperagem ou pré cristalização do chocolate. Brazilian Journal of Food Technolology, 7(1):23-30, 2004. COPETTI, M.V. Microbiota do cacau: fungos e micotoxinas do cacau ao chocolate. Tese apresentada à Faculdade de Engenharia de Alimentos da Universidade Estadual de Campinas como parte dos requisitos para a obtenção do título de Doutor em Ciência de Alimentos. Campinas – São Paulo, 2009. FARROW, J. Chocolate Receitas Doces eSalgadas. Editora Manole. 2ª Ed., São Paulo, 2005. HERME, P. Larousse do Chocolate. Editora Larousse, 1ª ed., São Paulo, 2006. LIMA, R. Gastronomia com pouco açúcar. Revista Veja. São Paulo, 4(9):82-84, jan. 2008. MARTINHO, J.; SILVA, N.B.; SOUZA,P.G. Indústria de chocolate. Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, Florianópolis, 2012. MEYERFREUND, V. (coautor). A industria de alimentos e os novos tempos. Rumos do desenvolvimento, Rio de Janeiro, RJ, 21(140):36-41, 1997. MIGUEL, V.C.; FETTERMANN, D.C. Utilização do DMAIC como ferramenta para a redução de perdas: uma aplicação no processamento de cacau. Journal Of Lean Systems, 2(1):52-67, 2017. Resolução Comissão Nacional de Normas e Padrões para Alimentos nº12 de 1979 da Legislação Brasileira. Disponível em: <http://www.editoramagister.com/doc_308643_RESOLUCAO_N_12_DE_MARCO_DE_1978.aspx>. SOUZA, J.; HADLICH, D.P.F.; MAAHS, T.R. Automação da produção de chocolates em escala não industrial. Revista Liberato, Novo Hamburgo, 14(22):113-238, jul./dez. 2013. http://www.editoramagister.com/doc_308643_RESOLUCAO_N_12_DE_MARCO_DE_1978.aspx
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