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PSICOPATIA E RACIONALIDADE: A TÊNUE DIFERENÇA ENTRE OS SERIAIS KILLERS, PELA PERSPECTIVA DA CIÊNCIA PENAL E DA CIÊNCIA DA CRIMINOLOGIA CLÍNICA.1 PSYCHOPATHY AND RATIONALITY: THE TEN DIFFERENCE BETWEEN THE KILLERS SERIALS, FROM THE PERSPECTIVE OF CRIMINAL SCIENCE AND THE SCIENCE OF CLINICAL CRIMINOLOGY. HORBACH, Luana de Souza2 LOPES, Rafael Vieira de Mello3 RESUMO O artigo trata sobre os Seriais Killers, com enfoque na dificuldade de identificação da diferença tênue entre a racionalidade e a psicopatia quando da pratica dos atos criminosos que envolvem psicopatias, diferenciando os assassinos seriais psicopatas e dos Seriais Killers racionais. Delinear tais características, através de um estudo comparativo de comportamentos, a fim de identificar, se no direito penal brasileiro existe tal diferenciação no que tange aos crimes praticados pelos denominados psicopatas. Foi necessário verificar o perfil criminoso, as condutas desviantes e psicológicas que caracterizam cada um dos perfis estudados, bem como são identificados socialmente e criminalmente. A partir de dados e pesquisas científicas sobre a personalidade, dos assassinos seriais psicopatas, e estudo de casos no Brasil, enfim, se quer distinguir os psicopatas, dos assassinos Seriais Killers, apontando os comportamentos desviantes de cada um e apontar possíveis procedimentos adotados hoje no Brasil de tais condutas criminosas frente ao atual direito penal brasileiro. Quanto à metodologia, ressalta-se que a pesquisa é qualitativa bibliográfica, com método de abordagem hipotético-dedutivo e método de procedimento comparativo. Palavras-chave: Psicopatia. Racionalidade. Criminologia. Direito Penal. ABSTRACT The article deals with serial killers, with difficulty in identifying the difference between rationality and psychopathy when the practice of criminal acts involving psychopathies, differentiating psychopathic murderers from rational murderers. To delineate such characteristics, through a comparative study of execution, an end of identification, if the Brazilian criminal law exists this difference, in the case of crimes committed by so-called psychopaths. It was necessary to verify the criminal profile, such as deviations and psychological that characterize each of the studied profiles, as well as being identified socially and criminally. From data and scientific research on personality, serial killer psychopaths, and case studies in Brazil, finally, you can ask questions about psychopaths, serial killers, 1 Artigo desenvolvido como trabalho de conclusão do curso de graduação em Direito, da Universidade de Cruz Alta, como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em direito. 2 Acadêmico do curso de Direito da Universidade de Cruz Alta – Unicruz. E-mail: l_uh1995@hotmail.com 3 Professor do curso de Direito da Universidade de Cruz Alta – E-mail: ralopes@unicruz.edu.br murderers, affected personality tests each and point out how it is currently being used. in Brazil, such criminal conduct against current Brazilian criminal law. As for the methodology, except if the research is qualitative bibliographic, with the hypothetical-deductive approach method and the comparative procedure method. Keywords: Psychopathy. Rationality. Criminology. Criminal Law. INTRODUÇÃO O referido trabalho tratará do entendimento do conceito de psicopatia na criminologia e no direito penal brasileiro, tem como objeto de estudo a preocupação em distinguir o criminoso denominado “Serial Killer”4, especificamente no que trata de sua personalidade criminosa, e como o direito penal brasileiro tem tratado o criminoso psicopata doente social que não tem noção do seu comportamento violento pois atua com a emoção deixando de lado a razão, do assassino em série denominado racional, ou seja, que entende sua conduta criminosa. Abordar a palavra matador em série, conceitua todos os criminosos que matam um número considerável de pessoas, geralmente com pouco lapso de tempo entre uma vítima e outra, cujo tal comportamento se prolongam por um grande período de tempo, até que se encontre o homicida. A questão em si é como o direito brasileiro distingue tais condutas, e qual o olhar quanto à punibilidade de tais comportamentos. Por esse motivo e por curiosidade, buscar entender assuntos referentes sobre Serial Killer dentro do Direito Penal Brasileiro, como são considerados dentro do meio jurídico. Tem se que tal problemática enfrenta pouco estudo dentro do Direito Penal Brasileiro, principalmente no que se refere a diferenciar os comportamentos desviantes entre um assassino do outro, ou seja, um Serial Killer que age com a emoção ou um assassinato em série que age racionalmente. Como hipótese, direcionar assuntos que tragam curiosidade sobre os Serial Killers, buscar entender se todo Serial Killers é considerado um psicopata entre o senso comum no brasil, concluir se os casos que envolvam os crimes são estudados na criminologia clínica e na medicina legal, onde estuda se eles são loucos ou cruéis, e a Neuro Ciência é uma ferramenta 4 Serial Killer: um assassino em série (também conhecido pelo nome em inglês) é um tipo de criminoso de perfil psicopatológico que comete crimes com determinada frequência, geralmente seguindo um modus operandi (modo como desenvolve suas atividades)e a vezes deixando sua assinatura, como por exemplo cortando a pele da vitima, 3 que esclarece ao operador do direito a resposta para delimitar a culpabilidade da pena entre o Serial Killer racional do psicopata e quais os tratamentos que devem ser aplicados, principalmente as medidas de internação psiquiátricas como forma de tratamento na comparação do brasil com os estados unidos, sendo estes então considerados inimputáveis. O artigo será dividido por seções, no primeiro será tratado o conceito de psicopatia á luz do Direito Penal, no segundo tópico, assuntos sobre o Serial Killer, qual seu perfil, sua personalidade, o que leva a cometer tantos crimes. No terceiro tópico, relatos de casos famosos sobre psicopatia, um pouco de suas histórias. No quarto, qual o tratamento psicológico do Serial Killer as medidas adotadas, frente ao direito brasileiro. No quinto o Serial Killer dentro do Direito Penal. E por último, uma abordagem sobre a (in)eficácia das Penas Brasileiras e suas críticas sobre o seu tratamento com Relação aos Seriais Killer. A observação que no Brasil, o tratamento dado a tais crimes ainda requer um estudo mais aprofundado, visto que os estabelecimentos penitenciários não são lugar para doentes mentais e que os manicômios são muito poucos para tal reabilitação e não demonstram ser atualmente preocupação de políticas públicas. Quanto à metodologia, ressalta-se que a pesquisa é qualitativa bibliográfica, tendo sido realizado seleção e leitura de artigos, teses, dissertações e, principalmente, livros (doutrinários) relacionados ao tema proposto. No que concerne aos resultados, identifica-se lacunas na legislação penal brasileira frente ao tratamento diferenciado no entendimento de Serial Killer psicopata e racional, inexistindo uma legislação específica, os apontamentos do Código penal no artigo 26 e estudos médicos clínicos doutrinários que poderiam servir de exemplo para futuras legislações. O trabalho possui como método de abordagem hipotético-dedutivo, e método de procedimento comparativo, que parte de uma premissa maior para a busca de uma resposta a pesquisa pretendida, ou seja, se as penas aplicadas aos delitos de psicopatia são eficazes a ressocialização deste indivíduo. A pesquisa enquadra-se ao Grupo de Pessoa Jurídica (GPJUR) do Curso de Graduação em Direito, da Universidade de Cruz Alta, na linha temática: “República, Estado e Sociedade Contemporânea”, visto que é uma linha preocupada com o bem comum e os problemas da sociedadecontemporânea, na qual estão inseridos os problemas da criminalidade, no que tange ao comportamento criminoso, no caso do artigo, a diferenciação entre os níveis entre racionalidade e psicopatia do criminoso. 4 1. CONCEITO DE PSICOPATIA A LUZ DO DIREITO A aproximação entre a criminologia e a psicanálise e o direito penal buscam encontrar juntos, pontos de convergência sobre o assunto “homicida em série”. Qual a tomada posição da criminologia ante as teorias da culpabilidade, e as necessidades da interseção da psicanálise no âmbito jurídico, pois o direito penal não traz uma saída especifica a não ser a medida de segurança. A psicanalise talvez mostre ao direito penal um cenário com novas conjecturas5 e principalmente para a interpretação do sujeito réu e vítimas, e buscar qual o verdadeiro papel do estado nessa relação de controle em que vivemos. A psicanálise pode criticar e ação de recriminar alguém homicida. A psicopatia atualmente transcende através de espécies de diversos comportamentos na sociedade, na qual o sujeito não possui consciência moral, ética e humana, além de demonstrarem atitudes sem vínculos de comprometimentos com os demais indivíduos na sociedade e com as normas sociais. Como é do senso comum, a personalidade dos pacientes psiquiátricos tem distúrbios comportamentais, e seu comportamento carece de racionalidade, refletindo o desequilíbrio emocional com os outros. Estas doenças são consideradas como uma classificação clinicamente anormal pela medicina avançada. (DA SILVA, 2016) A maioria das pessoas costuma pensar nos assassinos em série como loucos ou doentes mentais, e na maioria dos casos, mas não é esse o caso. No entanto, chegou-se a um consenso de que os Seriais Killers estão intimamente relacionados a doenças mentais e mentais, o que é um desvio mental óbvio. A psicose é uma doença mental que provoca uma alteração na noção da realidade, onde um mundo próprio se forma na mente do psicótico, ou seja, ele vive num delírio e sofre alucinações, ouvindo vozes e tendo visões que não correspondem à realidade. As formas mais conhecidas de psicose são a esquizofrenia e a paranoia. (VITTUDE,2019). Tem efeitos diferentes no pensamento do assassino. Não causa alucinações na mente, isto é, os indivíduos veem claramente a realidade e sabem que matar é proibido, mas seus distúrbios mentais os tornam frios e empáticos. Basicamente, um Serial Killer psicopata vive uma vida dupla e mantém um foco na sociedade, geralmente uma pessoa gentil e racional, interagindo com o ambiente social, mas sua verdadeira identidade só é mostrada à vítima: um disfarçado. É impossível se arrepender e ficar satisfeito com tortura, estupro e assassinato. (GUIMARÃES, 2016). 5 Conjectura, ato ou efeito de inferir ou deduzir que algo é provável, com base em presunções, evidências incompletas, pressentimentos; conjetura, hipótese, presunção, suposição. 5 Entretanto para a medicina é muito peculiar conceituar o que é um perfil psicopata, pois seria mais complicado ainda conceituar o que seria um perfil normal, os psicólogos e os psiquiatras ainda não chegaram à uma única conclusão sobre um conceito fixo de definição de personalidade normal. A psicopatia é estudada através da Medicina Legal dentro do ramo da psicopatologia forense, assim como também estuda as doenças, deficiências e os distúrbios de natureza mental. A ciência da Medicina Legal possui extrema relevância no âmbito do Direito Penal, pois é ela que faz a análise da imputabilidade penal. (PANUCCI, 2016). Não é tarefa simples o entendimento da personalidade humana. Definir o perfil de um criminoso, quando este presenta facetas de diversas personalidades, mais difícil ainda. Associar-se sempre o matador em serie aquela que busca prazer sexual antes ou depois da morte da vítima, a par de praticar vários homicídios em série, o fato é que os seriais killers não se adequam a nenhuma linha de pensamento especifico, integrando um capitulo a parte no estudo do crime. De acordo com Casoy (2017, p.16): O primeiro obstáculo na definição de um serial killer é que algumas pessoas precisam ser mortas para que ele possa ser definido assim. Alguns estudiosos acreditam que cometem dois assassinatos já faz daquele, um serial killer. Outros afirmam que o criminoso deve ter assassinado pelos menos quatro pessoas. Os psicopatas são seres que não são considerados loucos ou doentes mentais, possuem uma deficiência que se encontra na falta de emoção, de sentimentos. Nesse caso esses indivíduos são os que cometem crimes de natureza cruéis e que acabam chocando grande número de pessoa na sociedade. Dentre dessa personalidade, existe os criminosos em serie, mais conhecidos como Seriais Killers, que cometem crimes em massa com vitimas aleatórias e de forma cruel, sempre deixando a sua assinatura, ou seja, sua marca registrada de alguma forma no crime. “A chamada definição estatística” (três ou mais mortes para a configuração de um Serial Killer) é criticada por parte da doutrina especializada, por que não levaria em conta aqueles que fracassam em seus intentos de matar. Casoy (2017, p.383), relata: Serial killers são assassinos que cometem uma serie de homicídios com alguns intervalos de tempo entre eles. Suas vítimas tem o mesmo perfil, a mesma faixa etária, são escolhidas ao acaso e mortas sem razão aparente. Para criminosos desse tipo, elas são objeto de sua fantasia. Infelizmente, eles só param de matar, até onde se sabe, quando são presos ou mortos. Ainda conforme Casoy (2017, p.21), a teoria Freudiana acredita que a agressão nasce dos conflitos internos do indivíduo. A escola clássica baseia-se na ideia de que pessoas 6 cometem certos atos ou crimes inutilizando-se de seu livre-arbítrio, ou seja, tornando uma decisão consciente com base em análise de custo versus benefício. Se recompensar é maior do que o risco, vale a pena corre-lo. Se a punição for extrema, não haverá crimes. Já a escola positiva acredita que os indivíduos não tem controle sobre suas ações; elas são determinadas por fatores genéticos, classe social, meio ambiente e influência de semelhantes, entre outros. Não seria a punição que iria diminuir a criminalidade, e sim reformas sociais, entre outras medidas, para recuperar o indivíduo. Não importa a teoria, serial killer não se enquadra em nenhuma linha de pensamento especifico. Na verdade, é um capítulo a parte no estudo do crime. Toda passagem ao ato apresenta a característica temporal da estrutura da psicose. Na série de homicídios cometidos por assassinos em série, existe um efeito metódico, porque (diferente de outros tipos de crimes) não há nenhuma substituição, nem extração do gozo que produza algum alívio ou suplência, acaba fazendo com que pareçam todos os crimes iguais como sua repetição, a cena do crime com seu traço especifico (assinatura do homicida). No tópico a seguir será tratado sobre o conceito de Serial Killer e sua personalidade, na qual será abordado a temática usada pelo FBI na década de 70. 2. SERIAL KILLER, PERFIL E PERSONALIDADE O termo Serial Killer começou a ser usado pela primeira vez na década de 1970 por Robert K. Ressler, um agente aposentado do FBI. Até então, o termo usado era Stranger Killer (Assassino Desconhecido). Acreditava-se que o assassino nunca conhecia suas vítimas, por isso este nome. Ressler observou que em alguns casos o assassino tinha algum tipo de contato com a vítima e começou a usar o novo termo, que "pegou" rápido. Pertencia a uma unidade do FBI chamada BUS (Unidade de ciência comportamental). Até então, essa unidade deu continuidade ao trabalho do psiquiatra James Brussell, pioneiro no estudo da mente de criminoso. O BUS começou então montando sua biblioteca de entrevistas gravadas com Serial Killers já condenados e presos nos Estado Unidos. Seus investigadoresse dirigiam até as penitenciarias em diversos estados americanos entrevistando os serial killers mais famosos do mundo. Onde tentavam entrar em suas mentes e compreender o que os impulsionava a matar. Todos os crimes americanos eram enviados a essa unidade, onde eles procuravam pistas psicológicas em cada caso. No início, o bom senso sempre era muito utilizado, mas com o passar do tempo foram criadas técnicas de análise de cena do crime. É definido que Serial Killers são indivíduos que cometem uma série de homicídios durante algum período de tempo, e com um curto tempo de intervalo entre um crime e outro. (CASOY, p.22, 2017) 7 Mas como se define o Serial Killer, essa é uma questão que não encontra harmonia entre os especialistas. Segundo o FBI, os assassinos em série são indivíduos que matam três ou mais pessoas, em locais diferentes e com um intervalo entre eles. Portanto, essa definição usa três critérios para identificar o Serial Killer, quais sejam: quantidade, lugar e tempo. A definição oficial do FBI sofre diversas críticas, pois ora seus elementos são muitos abrangentes, ora muito específicos. Por exemplo, muitos especialistas indicam que o Serial Killer pratica seus crimes sempre tendo uma forte conotação sexual em seus atos, e alguns outros criminosos não agem com essa finalidade, como por exemplo, sequestradores, matadores de aluguel, mas se for considerado o critério objetivo da quantidade, todos se enquadrariam como assassinos em série. O termo série e serial são utilizados na conceituação a partir do terceiro assassinato, independentemente do uso matemático do termo, a palavra série é a definição como um conjunto de coisas que vão, estão ou acontecem uma após a outra, refere-se a uma sessão de quantidade que se derivam uma da outra segundo uma lei fixa. (TENDLARZ, 2013). O perfil de um Serial Killer, infelizmente não tem horríveis cicatrizes, desfigurações ou quaisquer outros sinais físicos que os diferencie do restante das pessoas, muitas vezes descrevem que são pessoas com perfil mal, mas quase nunca é assim, são pessoas comuns, que tem um emprego e podem ser bastante charmosas e educadas. Todos os milhares de vítimas que caíram em suas armadilhas tinham quociente de inteligência normal e com certeza não achavam que estavam se colocando em situações de risco. (CASOY, 2017). Na maior parte dos casos, um Serial Killer tem algumas características comuns. Matam seguindo mais ou menos o mesmo espaço de tempo entre uma vítima e outra. Alguns seriais killers são motivados por seu ódio as mulheres, desejo de controle, dominação, humilhação ou por vinganças reais ou imaginarias. Dadas as diferenças biológicas e de desenvolvimento existentes entre os vários seriais killers conhecidos, seria ingenuidade acreditar que eles teriam os mesmos motivos para agir deste ou daquele modo. (CASOY, 2017). O que seria um Serial Killer, um psicopata, um doente, louco ou cruel, uma palavra difícil de diagnosticar, e que traz medo à sociedade. Podemos perceber que os seriais killers costumam demonstrar um anseio de correr riscos, já que triam uma série de assassinatos por onde passam, sem medo de ameaças ou de serem finalmente pegos e punidos. Possuidores de uma inteligência calculista, porém desprovidos de qualquer empatia que um ser humano normal possui, eles criam uma personalidade própria para se misturarem aos demais indivíduos, tornando ainda mais complicada suas capturas. Conforme Casoy (2009, p. 22): 8 O comportamento fantástico do Serial Killer serve a muitos objetivos: aplaca sua necessidade de controle, dissocia a vítima tornando os acontecimentos mais reais, dá suporte à sua “personalidade para fins sociais” e é combustível para futuras fantasias. Há alguns casos que o Serial Killer só acha que possui domínio sobre as vítimas quando as mata antes disso ele não se sente no domínio da situação, por isso ele mata as vítimas mais rapidamente, e na pratica desse ato, logo após a morte o começa a fazer as mutilações, tirando o órgão genital feminino, e expondo o corpo de maneira específica, na maioria das vezes em situações humilhantes, dessa forma ele fica satisfeito com o que fez, pois saciou sua fantasia, tendo o controle sobre a situação. A repetição e reencenação servem para alimentar a fantasia, reforçando a escala de comportamento violento, e dá prazer sexual ao Serial Killer. Os assassinos em série podem ser extremamente sádicos em torturar suas vítimas até a morte. Pois eles necessitam dominar controlar e sentir que o outro lhe pertence. (RAMOS, 2017). A repetição do crime serve como um exercício mental para o criminoso reviver o crime depois de tê-lo cometido, e para conseguir fazê-lo, cada um deles se utiliza de métodos diferentes. Alguns gravam e filma seus crimes para assisti-lo várias vezes depois de livrarem- se do corpo, e assim estimular e preparar futuros crimes. Outros ficam com lembranças de suas vítimas, como roupas, sapatos, documentos e até partes do corpo. Outros ainda matam sempre no mesmo local, embaralhando na sua cabeça o momento passado com o atual. (CASOY, 2009, p. 22). Geralmente, assassinos em série tendem a ser classificados por psicopatologia como uma doença mental ou personalidade anormal. No entanto, essas pessoas estão na maioria dos países sob circunstâncias normais, com inteligência normal, ou mesmo um QI (Quociente de inteligência) alto, especialmente sua interferência na emoção e no caráter. Os Seriais killers, são difíceis de definir e detectar. Em geral, escolhem vítimas descartáveis, como os sem-teto ou até prostitutas, não chamando atenção das autoridades para seus crimes, que podem nunca ser relacionados ou atribuídos a um só assassino. (CASOY, 2017, p. 44): De acordo com os profissionais que montam perfis criminais, não existe nada de místico em seus trabalhos, é um processo lógico e racional baseado em estudos psicológicos e sociólogos. Cientista forense desenvolveu um método conhecido como BEA- Analise das Evidencias de Comportamento. Baseia-se nas evidencias físicas de um crime especifico e as conclusões sobre o suspeito advem do exame da cena do crime e da análise de seu comportamento. Esse método é fornecido calcado em ciência forense e depende da análise cientifica acurada das provas para a interpretação dos fatos que envolvem o caso. 9 É importante destacar que existem diferenças cruciais para constatar que um homicida se trate de um Serial killer, pois não basta o número elevado de homicídios cometidos e nem tão somente os métodos, pois fato é que não se pode confundir os assassinos em série com os assassinos em massa. De modo geral, o homicídio em série é um crime sexual, fato que justifica suas características distintivas, pois o padrão clássico do assassinato em série é uma caricatura grotesca do funcionamento sexual normal. (DE LIMA, 2017). Os crimes cometidos pelos assassinos em série seguem uma trajetória. Um ciclo que estabelece uma existência de seis fases, embora este ciclo seja puramente descritivo, ele trás a ideia de um começo, meio e fim, que relança novamente a série, estas fases são: a)fase aura: acontece quando o assassino começa a perder contato com a realidade; b) fase da busca: quando o assassino decide sair para buscar sua vítima; c) fase da caça: neste momento, já selecionou a infortunada vítima e vai de encontro a ela; d) fase da captura: é o momento em que, finalmente, a vítima cai na armadilha; e) a fase do assassinato ou fase totêmica: é aquela em que o assassino chega ao topo da suas emoções; f) a fase da depressão: é a que se produz logo depois do cometido do crime; (TENDLARZ, 2013, p. 211). A tortura e a morte da vítima não liberam o assassino de sus estigma, ao contrário, fazem-no reviver sua trajetória pessoal. Fica estabelecida como causa do crime a ralação do sujeito com suas fantasias assassinas.Para manter viva sua fantasia, o assassino em série necessita vive-la. O ato preliminar do crime caracteriza-se por um intenso retraimento; a vítima entra em cena com um mero símbolo ou objeto que desempenhará o infeliz papel que lhe é atribuído. As estranhas e cruéis mutilações sua parte de um rito interno que somente o assassino compreende. Ainda que apareça grotesco e brutal o crime, quase nunca alcança o nível da fantasia em si, usualmente culmina com algumas desilusões. (TENDLARZ, 2013, p. 212). Segundo depoimento de um Serial Killer James Lawson, demonstra um comportamento violento e agressivo: Eu queria cortar o corpo dela para que ela não parecesse uma pessoa, e destruí-la de modo que ela não existisse. Comecei a cortar o corpo da mulher. Lembro-me de cortar seus seios fora. “Depois disso só me lembro de continuar cortando o corpo dela”. A diferença entre um Serial Killer e um assassino comum é só quantitativa, claro que não, O motivo do crime ou, mais exatamente, a falta dele é muito importante para a definição do assassino como serial. As vítimas parecem ser escolhidas ao acaso e mortas sem nenhuma razão aparente. Raramente o Serial Killer conhece sua vítima. Ela representa, na maioria dos casos, um símbolo. Na verdade, ele não procura uma gratificação no crime, apenas exercita seu poder e controle sobre outra pessoa, no caso a vítima (CASOY, 2014, p. 20). 10 Contudo Seriais Killers tentam não serem capturados, com isso passam a utilizar métodos que cada vez mais métodos que dificultam as investigações quanto a seus crimes, pois na maioria das vezes, o assassino em série deixa pistas onde ele próprio tem o interesse de serem descobertas. A seguir, quanto a esta afirmação, alguns relatos de casos de famosos Seriais Killers, mais conhecidos sobre psicopatia. 3. RELATOS DE CASOS FAMOSOS SOBRE PSICOPATIA De acordo com alguns estudos sobre o tema, para ser considerado um Serial Killer, o assassino deve ter matado pelo menos duas pessoas; segundo outros, é preciso ser responsável por, no mínimo, quatro mortes dentro de um período de tempo. Para Casoy (2017), “são raras as vezes em que o criminoso conhece as suas vítimas. Em geral, elas são escolhidas aleatoriamente por serem a representação de uma espécie de símbolo que faz sentido para o algoz.” Muitos assassinos em série causaram espanto não apenas por conta da brutalidade dos crimes cometidos, mas por serem conhecidos e engajados nas comunidades em que se encontravam. No Brasil, foram muitos assassinos em série que marcaram a nossa história policial com crimes bárbaros e perfis assustadores, agindo com os mesmos rituais antes e durante os assassinatos das vítimas. São os mais conhecidos Assassinos em Série cruéis, como: Jack, o estripador 18886, Filho da Luz, O Vampiro de Niterói, Monstro do Morumbi, esses seres acabaram trazendo medo as pessoas, por serem conhecidas pela série de homicídios que cometeram. Segundo Casoy7, alguns dos fatos e tipos de crimes e como são conhecidos dentro a sociedade de onde moram, onde estão cumprindo medidas que deveriam ser tomadas e o que estão fazendo hoje em dia: Chico Picadinho8, Nascimento dia 27 de abril de 1942,78 anos. Embora seu número de vítimas seja tímido perto de outros assassinos em série, Chico Picadinho abusou da crueldade e do sadismo enquanto cometia seus crimes em meados dos anos 70 e se tornou o mais conhecido serial killer brasileiro. As duas mulheres assassinadas por ele foram esquartejadas e partes do corpo foram dispensadas no vaso sanitário de seu apartamento e o restante guardado em uma mala. Francisco da Costa Rocha hoje ele está preso na Casa de Custódia de Taubaté, interior de São Paulo, a pena máxima no Brasil enquanto ele estava em regime fechado era de 30 anos, Na cadeia, Chico Picadinho cuidava da biblioteca e pintava quadros nas horas vagas. Francisco terminou de cumprir integralmente sua pena em novembro de 1998, e há 20 anos sua 6 (http://intertemas.toledoprudente.edu.br/index.php/ETIC/article/viewFile/6470/6164) 7 : https://darkside.blog.br/5-serial-killers-brasileiros-sanguinarios/ 8 https://noticias.r7.com/prisma/arquivo-vivo/quarenta-anos-depois-chico-picadinho-deixa-a-prisao-22012019 https://darkside.blog.br/5-serial-killers-brasileiros-sanguinarios/ 11 situação está indefinida, por não haver imposição de pena ou aplicação de medida de segurança. Ele está sob custódia sob o pretexto de “interdição civil”9, pois a psiquiatria, desgastada pela libertação após o primeiro assassinato e surpreendida pelo segundo crime, preferiu não mais assumir a responsabilidade de soltá-lo. Ainda se encontra internado em Taubaté. Em depoimento, Chico chegou a afirmar que sentia um impulso violento e incontrolável de matar suas vítimas. Pedro Rodrigues Filho, Nascimento 17 de julho de 1954, 66 anos, mais conhecido como Pedrinho Matador10 (Santa Rita do Sapucaí, 29 de outubro de 1954), é um assassino em série brasileiro. É considerado o maior serial killer do Brasil, tendo oficialmente sido condenado a mais de 400 anos de prisão por matar 71 pessoas. No entanto, ele alega ter matado mais de 100. "Ele gosta de reforçar sua fama contando outras histórias, muitas das quais não se sabe ao certo se aconteceram ou não", escreveu a Época. Pedrinho está em liberdade desde 2018, após ficar preso por 42 anos. “O crime não é brincadeira. Muitos estão entrando por verem os galhos, fama e dinheiro, não a raiz, prisão e morte. É como o diabo: dá com uma mão e tira com a outra. Tem muitos jovens que entram e, quando querem sair, já é tarde demais”, Agora está em liberdade, ele faz comentários sobre crimes em vídeos no YouTube, onde tem um canal. Não restam dúvidas que se faz necessário à apresentação de projetos de leis originários ou imitando países que já tratam dos casos, que envolvam delitos parecidos, com mais eficiência. No item a seguir, será abordado sobre o tratamento psicológico e as medidas de proteção do Serial Killer. 4. O TRATAMENTO PSICOLÓGICO DO SERIAL KILLER E SUAS MEDIDAS DE INTERNAÇÃO Observando a atual legislação penal no Brasil, não ocorre a responsabilização do Serial Killer, sendo esse tratado como preso comum, podendo essas serem desde medidas de internação, como as aplicadas em manicômios judiciários, ou como as de prisão comum, sobre a legislação, um dos países que tem maior estudo sobre Serial Killer ao longo dos anos, os Estados Unidos, que tem penas diversas das adotadas ao Brasil, em comparativo, tendo assim a busca da medida ideal de internação judicial. Dentro do ordenamento jurídico brasileiro existem regras a proteção da saúde do apenado, apesar de ser visto a população carcerária cada vez mais instável com relação a isso e o crescente sucateamento das instalações de presídios e manicômios judiciários, ainda há medidas que poderiam ser adotadas dentro das leis já previstas. As medidas de internação vêm como uma opção podendo esta ser de maneira 9 Através da “ação de interdição” pessoa será declarada incapaz para os atos da vida civil, sendo nomeado um curador para auxiliá-lo. 10 https://www.curiosidades.com.br/2020/03/pedrinho-matador/ 12 voluntaria ou compulsória, se devem ao compulsório, ou seja, determinado pela justiça. (DA SILVA, 2018). Para a medicina, é muito especial conceituar o que é uma característica psiquiátrica, por que é mais complicado conceitua-la com características normais. Os psicólogos e psiquiatras ainda não chegaram a um único conceito fixo de definição de personalidade normal. Da mesma forma, a ciência forense é tão profissional nos Estados Unidos hoje que é necessário para solucionar crimes, dividida em três tipos de procedimentos laboratório criminal baseada exclusivamente na ciência, e seus padrões devem ser levados á justiça. Laboratórios especiais também devem investigar crimes (SPERA, 2010). Osobstáculos que afetam a personalidade, esses fatos afetam diretamente o indivíduo e determinam a maneira como ele vê o mundo e expressa suas emoções, ou seja, como é o seu comportamento em relação à sociedade. Na maioria dos casos, essas doenças refletem um trauma significativo à vida. Corroborando com essas características, Guimarães (2016, p.08) leciona: Olhando ao passado dos Serial Killers geralmente se encontram sinais comportamentais comuns entre eles, quais sejam: enurese em idade avançada (urinar na cama), piromania (provocar incêndios) e sadismo precoce (normalmente torturando animais ou crianças, como se fosse um ensaio para o futuro matador). Isso não significa que se uma criança fizer alguma dessas condutas certamente será uma assassina em série no futuro. É impossível fazer uma leitura prognóstica destes sinais. Contudo, o inverso sempre se mostra ocorrente, ou seja, no passado dos serial killers esses comportamentos são frequentes. É a chamada “terrível tríade”, que também é complementada por outras características na infância: masturbação compulsiva, isolamento social, destruição de propriedade, baixa autoestima, acessos de raiva, dores de cabeça constantes, automutilações e convulsões. O psiquiatra Antônio Serafim apontou a existência de uma diferença na estrutura cerebral e funcional dos indivíduos psicopatas e os não psicopatas. Após um teste realizado com a exposição de imagens e vídeos de horror, no qual os não psicopatas apresentaram reações de medo, ao passo que os psicopatas sequer tiveram variação nos seus batimentos cardíacos. Entretanto, esses estudos não possuem comprovação científica, sendo necessária a realização e novos estudos aprofundados quanto ao tema, demonstrando a relação fisiológica com o transtorno da psicopatia, prevalecendo até então o entendimento de que inexistem deficiências anatômicas nesses indivíduos, sendo uma desordem especificamente comportamental (GONÇALVES, 2015, p. 12). 13 Nucci (2017, p. 599) conceitua imputabilidade como: É o conjunto das condições pessoais, envolvendo a inteligência e vontade, que permite ao agente ter entendimento do caráter ilícito do fato, comportando-se de acordo com esse conhecimento. O binômio necessário para a formação das condições pessoais do imputável consiste em sanidade mental e maturidade. Se o agente não possui aptidão para entender a diferença entre o certo e o errado, não poderá pautar- se por tal compreensão e terminará vez ou outra, praticando um fato típico e antijurídico sem que possa por isso ser censurado, isto é, sem que possa sofrer juízo de culpabilidade. No item a seguir, será tratado sobre a questão do Serial no Direito penal Brasileiro, trazendo qual o objetivo da lei, e se existe alguma forma, para a sua punição, dentro do Direito Penal Brasileiro. 5. O SERIAL KILLER NO DIREITO PENAL Para tratar do assunto dos seriais killers no direito penal brasileiro, são necessários alguns conceitos introdutórios para melhor entender o tema. O objetivo da lei criminal é proteger os bens mais importantes e necessários para manter a sobrevivência da sociedade. O direito penal pode ser definido como um ramo do direito público para estudar os valores básicos da coexistência social e da paz, fatos que violam esses valores básicos e uma série de regras (princípios) legais e regras criadas para protegê-lo impondo punição e valor da categoria de segurança. (ARAUJO, 2014) Não existe, diferença entre pena e medida de segurança, embora os pressupostos para aplicação de cada um sejam diversos na aplicação da pena deve-se levar em conta o fato definido como crime, enquanto na medida de segurança considera-se a noção de periculosidade do sujeito. A imposição de pena privativa de liberdade, assim como a internação do indivíduo por conta de uma medida de segurança, limita a esfera de liberdade do cidadão, ficando ele sob a custódia do Estado. Conforme o Código Penal, por intermédio de seu art.5911, diz que: “As penas devem ser necessárias e suficientes à reprovação e prevenção do crime”. De acordo com a nossa legislação 11 Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e conseqüências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime: I - as penas aplicáveis dentre as cominadas; II - a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos; III - o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade; IV - a substituição da pena privativa da liberdade aplicada, por outra espécie de pena, se cabível. Critérios especiais da pena de multa. 14 penal, entende-se que a pena deve reprovar o mal produzido pela conduta praticada pelo agente, bem como prevenir futuras infrações penais. Como são as Medidas de segurança para os doutrinadores Aplicada ao Serial Killer. Diante do crime e do criminoso, em decorrência da sua ação ou omissão aplicar-se-á a sanção penal. A sanção penal comporta duas espécies: a pena e a medida de segurança. A pena tem como finalidade aplicar a retribuição punitiva ao delinquente, promover a sua readaptação social e prevenir novas transgressões pela intimidação dirigida à coletividade, tempo da pena de 40 anos. Já a medida de segurança tem como finalidade exclusivamente preventiva, evitando que o autor que tenha demonstrado periculosidade volte a delinquir, esta medida é aplicada aos inimputáveis, com tempo máximo de 30 anos. O inimputável, mesmo tendo praticado uma conduta típica e ilícita, deverá ser absolvida, aplicando-lhe, contudo, medida de segurança, razão pela qual esta sentença que absolve, mas deixa a sequela da medida de segurança, é reconhecida como uma sentença absolutória. No artigo 9612 do Código Penal, estão descritas as duas espécies de medida de segurança, quais sejam: a internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico, ou em outro estabelecimento adequado (detentiva); tratamento ambulatorial (restritiva). A medida de segurança tem como finalidade de prevenir o cometimento de novos delitos e garantir a cura do autor do fato havido Omo infração penal, quando constatada sua inimputabilidade ou semi-imputabilidade. (NUCCI, 2011, p. 1001) Já a medida de segurança, para Capez (2011), é uma sanção penal imposta pelo Estado, na execução de uma sentença, onde existe uma intenção preventiva, pois visa evitar que o autor de uma infração penal, que seja considerado perigoso, volte a delinquir. Simplificando, a diferença entre ambas está no atributo psicológico do sujeito que deve receber uma sanção penal. Quando o agente não consegue compreender a ilicitude do ato cometido, o Código Penal exclui a possibilidade de este sofrer as punições devidas, cabendo no caso aplicar a medida de segurança apesar do ato ser típico e antijurídico. Para que o agente seja responsabilizado pelo fato típico e ilícito por ele cometido é preciso que seja imputável. A imputabilidade é a possibilidade de se atribuir, imputar o fato típico e ilícito ao agente. A imputabilidade é a regra; a inimputabilidade, a exceção. O Código Penal Brasileiro, em seu artigo 26, estabelece que é isento de pena o agente que, por doença 12 Art. 96 do Código Penal. As medidas de segurança são: I - Internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou, à falta, em outro estabelecimento adequado; II - sujeição a tratamento ambulatorial. Parágrafo único - Extinta a punibilidade, não se impõe medida de segurança nem subsiste a que tenha sido imposta. Imposição da medida de segurança para inimputável 15 mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.Se o indivíduo for incluso no caput do referido artigo, será considerado inimputável. O mesmo artigo em seu parágrafo único, estabelece a possibilidade de semi-imputabilidade quando o agente que, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado, não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Esse parágrafo prevê uma redução de pena de um a dois terços para aquele que for considerado semi-imputável. (NUCCI, 2017). Por tanto, o Serial Killer no direito brasileiro são tratados como homicidas comuns, ou seja, quando condenados, cumprem pena, com possibilidade de progressão de regime, e em seguida retornam ao convívio social. Tais personalidades criminosas, provavelmente, persistirão em condutas delituosas, pois são incapazes de sentir empatia, remorso ou arrependimento e, não possuem possibilidade de ressocialização com a pena, apresentando grande risco para a sociedade. (RAMOS, 2017). A seguir, será abordada a questão dos possíveis defeitos na legislação brasileira sobre Serial Killers. 5.1 DEFEITOS NA LEGISLAÇÃO CRIMINAL BRASILEIRA RELACIONADOS A SERIAL KILLERS Não existe no Brasil uma legislação específica para apenar os assassinos seriais, sendo, portanto, tratados como criminosos comuns, mesmo possuindo um exacerbado nível de periculosidade e ponto a sociedade em risco. Um déficit que deve ser superado, já que a nossa legislação deveria acompanhar os acontecimentos no tempo. Ainda não há um estudo aprofundado sobre o assunto. Vários casos que só tiveram vítimas como fato concreto, sendo a maioria deles arquivados pela falta de preparo das autoridades que, muitas vezes, deixaram de relacionar um crime ao outro, não acreditando na capacidade intelectual desses assassinos. (VILARINHO, 2019). Na maioria dos casos, no Brasil, o Serial Killer é considerado como semi-imputável, termo disposto no Art. 2613, parágrafo único do Código Penal, já citado na presente pesquisa. 13 Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar- se de acordo com esse entendimento. Redução de pena. 16 Acontece que esse dispositivo dispõe que a pena “pode” ser reduzida. Nos casos de semi- imputabilidade, poderá ser aplicada tanto a medida de segurança quanto a pena privativa de liberdade. O sistema vicariante14, no entanto, não permite a aplicação das duas penas em conjunto. Ou seja, ou será feita a aplicação de uma ou da outra. Referindo-se ao art. 9815 do Código Penal. Durante muito tempo, o legislador brasileiro agasalhou o chamado sistema do duplo binário (duplo trilho ou dupla via), pelo qual o semi-imputável cumpriria inicialmente a pena privativa de liberdade e, ao seu final, se mantida a presença da periculosidade, seria submetido a uma medida de segurança. Com a reforma efetivada na parte geral do Código Penal Brasileiro pela Lei 7.209/1984 alterou esse entendimento, com importantes reflexos para o semi- imputável. Em relação a ele, haverá a prolação de uma sentença condenatória, podendo haver a diminuição de 1/3 a 2/3, conforme parágrafo único do artigo 26 dó Código Penal. Diante dessa alteração legislativa, passou a adotar expressamente o Sistema Vicariante ou Unitário, superando o sistema do duplo binário. Assim, ao semi-imputavel será aplicada a pena reduzida de 1/3 a 2/3 ou a medida de segurança, conforme seja mais adequado ao caso. Não mais é admitida a pena privativa de liberdade E medida de segurança, ainda que em sequência. O sistema vicariante afastou a imposição cumulativa ou sucessiva de pena e medida de segurança, uma vez que a aplicação conjunta ofenderia o princípio do ne bis in idem, já que o mesmo indivíduo suportaria duas consequências em razão do mesmo fato. (QUINTIERE, 2020). O popularmente conhecido como “Pacote Anticrime”, que entrou em vigor no dia 23/01/2020, alterou uma série de leis brasileiras, trouxe mudança relativa ao art. 7516, do Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Menores de dezoito anos 14O Sitema Vicariante ou Unitário, superando o Sistema Duplo Binário. Assim, ao semi-imputavel será aplicada a pena reduzida de 1/3 a 2/3 ou a medida de Segurança, conforme seja mais adequado ao cado. Não mais admitida a pena privative de Liberdade e medida de segurança ainda que em sequência. 15 Art. 98 – Na hipótese do parágrafo único do art. 26 deste Código e necessitando o condenado de especial tratamento curativo, a pena privativa de liberdade pode ser substituída pela internação, ou tratamento ambulatorial, pelo prazo mínimo de 1 (um) a 3 (três) anos, nos termos do artigo anterior e respectivos §§ 1º a 4º. 16 Art. 75. O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não pode ser superior a 40(quarenta) anos. § 1º Quando o agente for condenado a penas privativas de liberdade cuja soma seja superior a 40(quarenta) anos, devem elas ser unificadas para atender ao limite máximo deste artigo. § 2º - Sobrevindo condenação por fato posterior ao início do cumprimento da pena, far-se-á nova unificação, desprezando-se, para esse fim, o período de pena já cumprido. Concurso de infrações 17 decreto-lei 2.848/40 (Código Penal Brasileiro), no qual houve o aumento de 10 (dez) anos no tempo máximo de cumprimento de pena, totalizando 40 (quarenta) anos. A referida medida, aprovada após os devidos (e céleres)17 trâmites legislativos, foi proposta sob a principal premissa de que a alteração seria necessária em razão do aumento da expectativa de vida do brasileiro desde a vigência do Código Penal 1940. Ou seja, se o cidadão vive mais, logo, ele poderia passar mais tempo na prisão, não havendo que se falar em qualquer afronta à Constituição Federal de 1988. (QUINTIERE, 2020). A maneira mais eficaz de tratar pacientes psicopatas são as medidas de segurança, mas isso não se aplica aos Serial Killer, porque a psicopatia não é uma doença mental, mas sim uma doença que não pode ser ressocializada, ou seja, esses assassinos em série não podem realizar nenhum tratamento. O tratamento dessas pessoas por brasileiros é completamente ineficaz. É certo que houve uma proposta relacionada aos mesmos, propondo alterações no Código Penal, foi o PLS nº 140/2010, proposta por Romeu Tuma: Ementa: Acrescenta os §§ 6º, 7º, 8º e 9º, ao artigo 121 do Código Penal brasileiro (Decreto-Lei nº 2.848, de 07 de dezembro de 1940) com o objetivo de estabelecer o conceito penal de assassino em série. Explicação da Ementa: Altera o Código Penal para considerar assassino em série o agente que comete três ou mais homicídios dolosos em determinado espaço de tempo, seguindo procedimento criminoso idêntico, constatado por laudo pericial elaborado por junta profissional; estabelece pena mínima de trinta anos de reclusão, em regime integralmente fechado ao assassino em série, proibida a concessão de qualquer tipo de benefício penal. (https://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/96886) O Decreto-Lei nº 2.848, de 07 de dezembro de 1940 é o Código Penal brasileiro, que determina em seu artigo 12118 que: “Matar alguém: Pena – reclusão, de seis a vinte anos”. No entanto, o projeto não teve êxito e o Brasil permaneceu inerte com essas pessoas, não estabeleceu um sistema apropriado para tratá-las adequadamente e não estudou a adaptabilidade a sistemas já utilizados em outras partes do mundo. Essa deficiência, faz com que a legislação penal brasileira não seja cumprida a rigor, comoé o caso de “Chico picadinho”, já citado a cima, ficou conhecido por matar e dilacerar o corpo de mulheres nas décadas de 1960 e 1970, por não haver uma legislação própria e eficiente acabou por ferir a lei penal e muitos dos 17 Céleres eram uma unidade militar romana composta por três centúrias que remonta à época do reinado de Rômulo. A origem de seu nome é incerta com as fontes clássicas propondo uma etimologia associada à eficácia e agilidade da unidade ou com o nome do suposto primeiro comandante, chamado Céler. 18 Art 121. Matar alguem: Pena – reclusão, de seis a vinte anos. § 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o do- mínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, ou juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço. 18 princípios constitucionais vigentes. A prisão civil no ordenamento jurídico brasileiro serve apenas para o inadimplente relacionado à prisão alimentícia, não podendo servir como fundamentação à uma interdição que nem foi decretada judicialmente, ou seja, foi criado um meio inidôneo para manter Chico preso a qualquer custo (VILARINHO, 2019). Devido à falta de tratamento adequado dos assassinos em série e à falta de investimento em medidas de melhoria para reintegrar outras pessoas na sociedade, os assassinos em série podem usar sua inteligência e persuasão para influenciá-los quando finalmente entrarem em contato com outros presos. Por meio de seu método, embora aconteça que não o sejam, eles ainda podem progredir de um regime muito rápido, mais do que os prisioneiros comuns. Outro ponto de suma importância com a prisão dos assassinos seriais é que põe em risco a vida dos outros detentos, já que são imprevisíveis, podendo o Estado vir a ser responsabilizado objetivamente, inclusive já houve decisão do Supremo Tribunal Federal em Recurso Extraordinário nº 841.526: “EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO POR MORTE DE PRESO DE DETENTO. ARTIGOS 5º XLIX E 37, §6º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL (STF – RE: 841526 RS – RIO GRANDE DO SUL 0017569- 24.2011.8.21.7000, Relator: Min. LUIZ FUX, Data de Julgamento: 28/03/2016)” O Supremo Tribunal Federal entende a responsabilidade de tutela do estado do Rio Grande do Sul perante o preso no sistema penitenciário, alegando que deve defender os princípios e o caráter do preso. É uma regra que geralmente se aplica a detidos, incluindo assassinos em série com maior probabilidade de cometer esse tipo de crime, porque são cruéis e vulneráveis. Quando seus desejos não são realizados e as coisas não são planejadas, você fica muito irritado. O direito penal prevê as seguintes espécies de sanção penal: as penas privativas de liberdade; penas restritivas de direito; multa e medidas de segurança (BRASIL, 1940). Grande parte dos doutrinadores defendem que aplica-se aos psicopatas a pena comum, considerando que ao tempo de prática do delito possuíam capacidade de compreender a natureza delitiva de sua conduta, sendo a psicopatia um transtorno de comportamento não considerado doença mental. Marcus Vinicius Mariot Pereira destaca que “O fato de o agente exteriorizar comportamento antissocial não implica o necessário comprometimento da sua saúde mental.” (PEREIRA, 2016) Quanto ao indivíduo psicopata, a doutrina e jurisprudência divergem acerca a sua imputabilidade. Por muito tempo vigorou a ideia de que o psicopata se enquadraria como doente 19 mental sujeito à medida de segurança. Seguindo a mesma corrente, qual seja o da imputabilidade do psicopata, Abreu leciona: A psicopatia não consiste em uma doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, porque não provoca qualquer alteração na capacidade psíquica do agente. Outrossim, ainda que assim fosse considerada, não teria o condão de retirar do agente a capacidade de conhecer o caráter ilícito dos fatos e de se determinar de acordo com esse entendimento. O psicopata conhece exatamente as normas que regem a sociedade e as suas consequências. Ainda assim, investe no plano premeditado e o pratica até onde lhe parece mais conveniente. Nessas circunstâncias, entendemos que a psicopatia não tem o condão de tornar o agente inimputável. (ABREU, 2013, p. 02) Considerando que a psicopatia é um transtorno que afeta a percepção de moralidade do indivíduo, o acusado psicopata é por muitos considerado semi-imputável, qualificação que não determina necessariamente a imposição de medida de segurança, deixando a encargo do julgador aplicá-la ou não. Quando não aplicada, a pena será reduzida, conforme bem determina o artigo 2619 do Código Penal. (ARAUJO, 2014, p. 03) É precisamente por causa das diferentes reações dos psicopatas e de suas diferentes habilidades intelectuais para perceber a situação, no caso da multidão do meio, eles também percebem suas atitudes e possibilidades, para que as pessoas geralmente entendam a aplicação do castigo sexual. Em se tratando de psicótico, a jurisprudência caminha em sentido contrário. Considerando que estes possuem percepção equivocada da realidade, sendo atormentados por ilusões e visões irreais, são considerados inimputáveis, sujeitos à medida de segurança, conforme acórdão abaixo: “ATO OBSCENO. RECURSO DA DEFESA. ABSOLVIÇÃO. AUSÊNCIA DE MATERIALIDADE. IMPOSSIBILIDADE. RÉU PORTADOR DE PSICOSE INESPECÍFICA. INIMPUTABILIDADE. ABSOLVIÇÃO IMPRÓPRIA. MANTIDA. MEDIDA DE SEGURANÇA. INTERNAÇÃO. SUBSTITUIÇÃO. TRATAMENTO AMBULATORIAL. I – Não há que se falar em absolvição por ausência de materialidade quando as provas carreadas aos autos são harmônicas, coesas e aptas para demonstrar a autoria do delito praticado. II – Afigura-se viável a aplicação da medida de segurança de tratamento ambulatorial em lugar da internação, quando o inimputável não apresenta elevado nível de periculosidade, possui boas chances de reinserção social em observância à ordem jurídica e poderá usufruir de melhores condições para o restabelecimento de sua saúde. III – Recurso conhecido e parcialmente provido.” (TJ-DF – 20120710318289 0030724- 77.2012.8.07.0007 (TJ-DF) – Data de publicação: 24/03/2017) 19 Art. 26 - Inimputáveis É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 20 “APELAÇÃO CRIMINAL. HOMICÍDIO QUALIFICADO (ART. 121, §2º, INC. IV, DO CP), ABSOLVIÇÃO IMPRÓRIA. APLICAÇÃO DE MEDIDA DE SEGURANÇA CONSISTENTE NA INTERNAÇÃO. RECURSO DA DEFESA. MANUTENÇÃO DA SENTENA RECORRIDA. RÉU PORTADOR DE PSICOSE NÃO ESPEFICICADA. INIMPUTABILIDADE COMPROVADA. ÚNICA TESE APRESENTADA PELA DEFESA. INCIDÊNCIA DA RESSALVA DO ART. 415, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CPP. ABSOLVIÇÃO IMPRÓPRIA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO”. (TJPR – 1ª C. Criminal – AC – 1504094-9 – Campina Grande do Sul – Rel.: Miguel Kfouri Neto – Unânime – J. 05.05.2016) Fica evidente que não há uma regra definida acerca da imputabilidade dos psicopatas e psicóticos. Segundo jurisprudência os psicóticos serão sempre considerados inimputáveis, ao passo que, com base em casos concretos, os psicopatas são considerados imputáveis. CONSIDERAÇÕES FINAIS Muitos assassinos em série foram descobertos em todo o mundo, levando ao desenvolvimento da criminologia na mesma proporção. Neste caso, a criação de arquivos criminais tem sido e continua a ser um meio importante de resolver os assassinatos em série, porque torna possível descobrir a identidade do autor do crime, evitando assim crimes mais cruéis. Assassinos em série são criminosos e cometem repetidamente três ou mais crimes da mesma maneira de execução, com um certo intervalo de tempo entre cada fato. Menos frequentemente, os assassinos em série sãoidentificados por características criminológicas como tendo algum tipo de transtorno ou doença mental, dos quais psicose é o mais comum. Pessoas com doença mental mostram refinamento de crueldade e alto QI, e também mostram mudanças na realidade e alucinações, chegando ao crime. Como resultado, a jurisprudência nacional se posiciona como uma punição comum para pacientes com doenças mentais, porque ele entende que é compreensível, porque pode entender a natureza criminosa de suas ações, enquanto os pacientes psiquiátricos são considerados únicos e suas medidas de segurança O tratamento ambulatorial dependerá da penalidade estimada do crime e de sua situação clínica. No Brasil, tratar pessoas com personalidade antissocial é muito difícil. Embora o número de assassinos em série no Brasil não seja muito alto, talvez por falta de pesquisa ou relatórios mais eficazes sobre o assunto, tais pessoas não deixam de existir entre nós. Devido o QI desenvolvido destes Seriais Killers, a tarefa de captura-los requer maior predisposição, que não se encontra no sistema policial brasileiro, que carece de muita precariedade, na solução de outros crimes. 21 Os fatos provam que, se a sentença máxima da lei criminal atual e todos os princípios inerentes aos prisioneiros assassinos em série forem respeitados, a sua soltura certamente implicará no cometimento de novos crimes e uma afronta à segurança da sociedade. A saída para construir uma sociedade sem novos ataques e com a devida legislação será formular leis especificamente para o tratamento desses assassinos em série, sendo necessário mais teste, inspeções regulares, e profissionais aptos a esta identificação. Pode-se concluir que o serial killer é um criminoso, porque entende completamente seu comportamento, portanto, ele deve ser responsável por seus crimes, que é uma responsabilidade totalmente devida. Não deve ser considerada uma doença mental, porque ele pode se determinar com base em sua compreensão da norma, ou seja, pode ter autocontrole, ele tem noção do que está fazendo. Finalmente, conclui-se que, não apenas no campo do direito, mas também no campo da psicologia e da psiquiatria, o Brasil ainda precisa de muitas melhorias no tratamento de assassinos em série, e esta interdisciplinaridade deve buscar em conjunto o método correto para resolver, tal questão. REFERÊNCIAS ABREU, Michele O. de. Da Imputabilidade do Psicopata. Jusbrasil, 2013. Disponível em: < https://micheleabreu.jusbrasil.com.br/artigos/121944082/da-imputabilidade-do-psicopata>. Acesso em 22 maio de 2020. ARAUJO, Jáder Melquíades de. Da aplicabilidade da medida de segurança aos psicopatas: um estudo à luz do parágrafo único do artigo 26 do Código Penal Brasileiro. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XVII, n. 124, maio 2014. 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