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PSICOPATIA E RACIONALIDADE: A TÊNUE DIFERENÇA ENTRE 
OS SERIAIS KILLERS, PELA PERSPECTIVA DA CIÊNCIA PENAL E 
DA CIÊNCIA DA CRIMINOLOGIA CLÍNICA.1 
 
 
PSYCHOPATHY AND RATIONALITY: THE TEN DIFFERENCE BETWEEN THE KILLERS 
SERIALS, FROM THE PERSPECTIVE OF CRIMINAL SCIENCE AND THE SCIENCE OF 
CLINICAL CRIMINOLOGY. 
 
HORBACH, Luana de Souza2 
LOPES, Rafael Vieira de Mello3 
 
RESUMO 
 
O artigo trata sobre os Seriais Killers, com enfoque na dificuldade de identificação da 
diferença tênue entre a racionalidade e a psicopatia quando da pratica dos atos criminosos que 
envolvem psicopatias, diferenciando os assassinos seriais psicopatas e dos Seriais Killers 
racionais. Delinear tais características, através de um estudo comparativo de comportamentos, 
a fim de identificar, se no direito penal brasileiro existe tal diferenciação no que tange aos 
crimes praticados pelos denominados psicopatas. Foi necessário verificar o perfil criminoso, as 
condutas desviantes e psicológicas que caracterizam cada um dos perfis estudados, bem como 
são identificados socialmente e criminalmente. A partir de dados e pesquisas científicas sobre 
a personalidade, dos assassinos seriais psicopatas, e estudo de casos no Brasil, enfim, se quer 
distinguir os psicopatas, dos assassinos Seriais Killers, apontando os comportamentos 
desviantes de cada um e apontar possíveis procedimentos adotados hoje no Brasil de tais 
condutas criminosas frente ao atual direito penal brasileiro. Quanto à metodologia, ressalta-se 
que a pesquisa é qualitativa bibliográfica, com método de abordagem hipotético-dedutivo e 
método de procedimento comparativo. 
 
Palavras-chave: Psicopatia. Racionalidade. Criminologia. Direito Penal. 
 
 
ABSTRACT 
 
The article deals with serial killers, with difficulty in identifying the difference between 
rationality and psychopathy when the practice of criminal acts involving psychopathies, 
differentiating psychopathic murderers from rational murderers. To delineate such 
characteristics, through a comparative study of execution, an end of identification, if the 
Brazilian criminal law exists this difference, in the case of crimes committed by so-called 
psychopaths. It was necessary to verify the criminal profile, such as deviations and 
psychological that characterize each of the studied profiles, as well as being identified socially 
and criminally. From data and scientific research on personality, serial killer psychopaths, and 
case studies in Brazil, finally, you can ask questions about psychopaths, serial killers, 
 
1 Artigo desenvolvido como trabalho de conclusão do curso de graduação em Direito, da Universidade de Cruz 
Alta, como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em direito. 
2 Acadêmico do curso de Direito da Universidade de Cruz Alta – Unicruz. E-mail: l_uh1995@hotmail.com 
3 Professor do curso de Direito da Universidade de Cruz Alta – E-mail: ralopes@unicruz.edu.br 
 
 
 
murderers, affected personality tests each and point out how it is currently being used. in Brazil, 
such criminal conduct against current Brazilian criminal law. As for the methodology, except 
if the research is qualitative bibliographic, with the hypothetical-deductive approach method 
and the comparative procedure method. 
 
Keywords: Psychopathy. Rationality. Criminology. Criminal Law. 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
O referido trabalho tratará do entendimento do conceito de psicopatia na criminologia e 
no direito penal brasileiro, tem como objeto de estudo a preocupação em distinguir o criminoso 
denominado “Serial Killer”4, especificamente no que trata de sua personalidade criminosa, e 
como o direito penal brasileiro tem tratado o criminoso psicopata doente social que não tem 
noção do seu comportamento violento pois atua com a emoção deixando de lado a razão, do 
assassino em série denominado racional, ou seja, que entende sua conduta criminosa. Abordar 
a palavra matador em série, conceitua todos os criminosos que matam um número considerável 
de pessoas, geralmente com pouco lapso de tempo entre uma vítima e outra, cujo tal 
comportamento se prolongam por um grande período de tempo, até que se encontre o homicida. 
A questão em si é como o direito brasileiro distingue tais condutas, e qual o olhar quanto à 
punibilidade de tais comportamentos. 
Por esse motivo e por curiosidade, buscar entender assuntos referentes sobre Serial 
Killer dentro do Direito Penal Brasileiro, como são considerados dentro do meio jurídico. Tem 
se que tal problemática enfrenta pouco estudo dentro do Direito Penal Brasileiro, 
principalmente no que se refere a diferenciar os comportamentos desviantes entre um assassino 
do outro, ou seja, um Serial Killer que age com a emoção ou um assassinato em série que age 
racionalmente. 
Como hipótese, direcionar assuntos que tragam curiosidade sobre os Serial Killers, 
buscar entender se todo Serial Killers é considerado um psicopata entre o senso comum no 
brasil, concluir se os casos que envolvam os crimes são estudados na criminologia clínica e na 
medicina legal, onde estuda se eles são loucos ou cruéis, e a Neuro Ciência é uma ferramenta 
 
4 Serial Killer: um assassino em série (também conhecido pelo nome em inglês) é um tipo de criminoso de perfil 
psicopatológico que comete crimes com determinada frequência, geralmente seguindo um modus operandi (modo 
como desenvolve suas atividades)e a vezes deixando sua assinatura, como por exemplo cortando a pele da vitima, 
 
3 
 
que esclarece ao operador do direito a resposta para delimitar a culpabilidade da pena entre o 
Serial Killer racional do psicopata e quais os tratamentos que devem ser aplicados, 
principalmente as medidas de internação psiquiátricas como forma de tratamento na 
comparação do brasil com os estados unidos, sendo estes então considerados inimputáveis. 
O artigo será dividido por seções, no primeiro será tratado o conceito de psicopatia á luz 
do Direito Penal, no segundo tópico, assuntos sobre o Serial Killer, qual seu perfil, sua 
personalidade, o que leva a cometer tantos crimes. No terceiro tópico, relatos de casos famosos 
sobre psicopatia, um pouco de suas histórias. No quarto, qual o tratamento psicológico do Serial 
Killer as medidas adotadas, frente ao direito brasileiro. No quinto o Serial Killer dentro do 
Direito Penal. E por último, uma abordagem sobre a (in)eficácia das Penas Brasileiras e suas 
críticas sobre o seu tratamento com Relação aos Seriais Killer. A observação que no Brasil, o 
tratamento dado a tais crimes ainda requer um estudo mais aprofundado, visto que os 
estabelecimentos penitenciários não são lugar para doentes mentais e que os manicômios são 
muito poucos para tal reabilitação e não demonstram ser atualmente preocupação de políticas 
públicas. 
Quanto à metodologia, ressalta-se que a pesquisa é qualitativa bibliográfica, tendo sido 
realizado seleção e leitura de artigos, teses, dissertações e, principalmente, livros (doutrinários) 
relacionados ao tema proposto. No que concerne aos resultados, identifica-se lacunas na 
legislação penal brasileira frente ao tratamento diferenciado no entendimento de Serial Killer 
psicopata e racional, inexistindo uma legislação específica, os apontamentos do Código penal 
no artigo 26 e estudos médicos clínicos doutrinários que poderiam servir de exemplo para 
futuras legislações. O trabalho possui como método de abordagem hipotético-dedutivo, e 
método de procedimento comparativo, que parte de uma premissa maior para a busca de uma 
resposta a pesquisa pretendida, ou seja, se as penas aplicadas aos delitos de psicopatia são 
eficazes a ressocialização deste indivíduo. A pesquisa enquadra-se ao Grupo de Pessoa Jurídica 
(GPJUR) do Curso de Graduação em Direito, da Universidade de Cruz Alta, na linha temática: 
“República, Estado e Sociedade Contemporânea”, visto que é uma linha preocupada com o bem 
comum e os problemas da sociedadecontemporânea, na qual estão inseridos os problemas da 
criminalidade, no que tange ao comportamento criminoso, no caso do artigo, a diferenciação 
entre os níveis entre racionalidade e psicopatia do criminoso. 
 
 
 
 
4 
 
1. CONCEITO DE PSICOPATIA A LUZ DO DIREITO 
A aproximação entre a criminologia e a psicanálise e o direito penal buscam encontrar 
juntos, pontos de convergência sobre o assunto “homicida em série”. Qual a tomada posição da 
criminologia ante as teorias da culpabilidade, e as necessidades da interseção da psicanálise no 
âmbito jurídico, pois o direito penal não traz uma saída especifica a não ser a medida de 
segurança. A psicanalise talvez mostre ao direito penal um cenário com novas conjecturas5 e 
principalmente para a interpretação do sujeito réu e vítimas, e buscar qual o verdadeiro papel 
do estado nessa relação de controle em que vivemos. A psicanálise pode criticar e ação de 
recriminar alguém homicida. 
A psicopatia atualmente transcende através de espécies de diversos comportamentos na 
sociedade, na qual o sujeito não possui consciência moral, ética e humana, além de 
demonstrarem atitudes sem vínculos de comprometimentos com os demais indivíduos na 
sociedade e com as normas sociais. Como é do senso comum, a personalidade dos pacientes 
psiquiátricos tem distúrbios comportamentais, e seu comportamento carece de racionalidade, 
refletindo o desequilíbrio emocional com os outros. Estas doenças são consideradas como uma 
classificação clinicamente anormal pela medicina avançada. (DA SILVA, 2016) 
A maioria das pessoas costuma pensar nos assassinos em série como loucos ou doentes 
mentais, e na maioria dos casos, mas não é esse o caso. No entanto, chegou-se a um consenso 
de que os Seriais Killers estão intimamente relacionados a doenças mentais e mentais, o que é 
um desvio mental óbvio. 
A psicose é uma doença mental que provoca uma alteração na noção da realidade, onde 
um mundo próprio se forma na mente do psicótico, ou seja, ele vive num delírio e sofre 
alucinações, ouvindo vozes e tendo visões que não correspondem à realidade. As formas mais 
conhecidas de psicose são a esquizofrenia e a paranoia. (VITTUDE,2019). 
 Tem efeitos diferentes no pensamento do assassino. Não causa alucinações na mente, 
isto é, os indivíduos veem claramente a realidade e sabem que matar é proibido, mas seus 
distúrbios mentais os tornam frios e empáticos. Basicamente, um Serial Killer psicopata vive 
uma vida dupla e mantém um foco na sociedade, geralmente uma pessoa gentil e racional, 
interagindo com o ambiente social, mas sua verdadeira identidade só é mostrada à vítima: um 
disfarçado. É impossível se arrepender e ficar satisfeito com tortura, estupro e assassinato. 
(GUIMARÃES, 2016). 
 
5 Conjectura, ato ou efeito de inferir ou deduzir que algo é provável, com base em presunções, evidências 
incompletas, pressentimentos; conjetura, hipótese, presunção, suposição. 
5 
 
Entretanto para a medicina é muito peculiar conceituar o que é um perfil psicopata, pois 
seria mais complicado ainda conceituar o que seria um perfil normal, os psicólogos e os 
psiquiatras ainda não chegaram à uma única conclusão sobre um conceito fixo de definição de 
personalidade normal. A psicopatia é estudada através da Medicina Legal dentro do ramo da 
psicopatologia forense, assim como também estuda as doenças, deficiências e os distúrbios de 
natureza mental. A ciência da Medicina Legal possui extrema relevância no âmbito do Direito 
Penal, pois é ela que faz a análise da imputabilidade penal. (PANUCCI, 2016). 
Não é tarefa simples o entendimento da personalidade humana. Definir o perfil de um 
criminoso, quando este presenta facetas de diversas personalidades, mais difícil ainda. 
Associar-se sempre o matador em serie aquela que busca prazer sexual antes ou depois da morte 
da vítima, a par de praticar vários homicídios em série, o fato é que os seriais killers não se 
adequam a nenhuma linha de pensamento especifico, integrando um capitulo a parte no estudo 
do crime. De acordo com Casoy (2017, p.16): 
 
O primeiro obstáculo na definição de um serial killer é que algumas pessoas precisam 
ser mortas para que ele possa ser definido assim. Alguns estudiosos acreditam que 
cometem dois assassinatos já faz daquele, um serial killer. Outros afirmam que o 
criminoso deve ter assassinado pelos menos quatro pessoas. 
 
Os psicopatas são seres que não são considerados loucos ou doentes mentais, possuem 
uma deficiência que se encontra na falta de emoção, de sentimentos. Nesse caso esses 
indivíduos são os que cometem crimes de natureza cruéis e que acabam chocando grande 
número de pessoa na sociedade. Dentre dessa personalidade, existe os criminosos em serie, 
mais conhecidos como Seriais Killers, que cometem crimes em massa com vitimas aleatórias e 
de forma cruel, sempre deixando a sua assinatura, ou seja, sua marca registrada de alguma forma 
no crime. “A chamada definição estatística” (três ou mais mortes para a configuração de um 
Serial Killer) é criticada por parte da doutrina especializada, por que não levaria em conta 
aqueles que fracassam em seus intentos de matar. Casoy (2017, p.383), relata: 
 
Serial killers são assassinos que cometem uma serie de homicídios com alguns 
intervalos de tempo entre eles. Suas vítimas tem o mesmo perfil, a mesma faixa etária, 
são escolhidas ao acaso e mortas sem razão aparente. Para criminosos desse tipo, elas 
são objeto de sua fantasia. Infelizmente, eles só param de matar, até onde se sabe, 
quando são presos ou mortos. 
 
 Ainda conforme Casoy (2017, p.21), a teoria Freudiana acredita que a agressão nasce 
dos conflitos internos do indivíduo. A escola clássica baseia-se na ideia de que pessoas 
6 
 
cometem certos atos ou crimes inutilizando-se de seu livre-arbítrio, ou seja, tornando uma 
decisão consciente com base em análise de custo versus benefício. Se recompensar é maior do 
que o risco, vale a pena corre-lo. Se a punição for extrema, não haverá crimes. Já a escola 
positiva acredita que os indivíduos não tem controle sobre suas ações; elas são determinadas 
por fatores genéticos, classe social, meio ambiente e influência de semelhantes, entre outros. 
Não seria a punição que iria diminuir a criminalidade, e sim reformas sociais, entre outras 
medidas, para recuperar o indivíduo. Não importa a teoria, serial killer não se enquadra em 
nenhuma linha de pensamento especifico. Na verdade, é um capítulo a parte no estudo do crime. 
 Toda passagem ao ato apresenta a característica temporal da estrutura da psicose. Na 
série de homicídios cometidos por assassinos em série, existe um efeito metódico, porque 
(diferente de outros tipos de crimes) não há nenhuma substituição, nem extração do gozo que 
produza algum alívio ou suplência, acaba fazendo com que pareçam todos os crimes iguais 
como sua repetição, a cena do crime com seu traço especifico (assinatura do homicida). 
No tópico a seguir será tratado sobre o conceito de Serial Killer e sua personalidade, 
na qual será abordado a temática usada pelo FBI na década de 70. 
 
2. SERIAL KILLER, PERFIL E PERSONALIDADE 
 
O termo Serial Killer começou a ser usado pela primeira vez na década de 1970 por 
Robert K. Ressler, um agente aposentado do FBI. Até então, o termo usado era Stranger Killer 
(Assassino Desconhecido). Acreditava-se que o assassino nunca conhecia suas vítimas, por isso 
este nome. Ressler observou que em alguns casos o assassino tinha algum tipo de contato com 
a vítima e começou a usar o novo termo, que "pegou" rápido. Pertencia a uma unidade do FBI 
chamada BUS (Unidade de ciência comportamental). Até então, essa unidade deu continuidade 
ao trabalho do psiquiatra James Brussell, pioneiro no estudo da mente de criminoso. O BUS 
começou então montando sua biblioteca de entrevistas gravadas com Serial Killers já 
condenados e presos nos Estado Unidos. Seus investigadoresse dirigiam até as penitenciarias 
em diversos estados americanos entrevistando os serial killers mais famosos do mundo. Onde 
tentavam entrar em suas mentes e compreender o que os impulsionava a matar. Todos os crimes 
americanos eram enviados a essa unidade, onde eles procuravam pistas psicológicas em cada 
caso. No início, o bom senso sempre era muito utilizado, mas com o passar do tempo foram 
criadas técnicas de análise de cena do crime. É definido que Serial Killers são indivíduos que 
cometem uma série de homicídios durante algum período de tempo, e com um curto tempo de 
intervalo entre um crime e outro. (CASOY, p.22, 2017) 
7 
 
Mas como se define o Serial Killer, essa é uma questão que não encontra harmonia entre 
os especialistas. Segundo o FBI, os assassinos em série são indivíduos que matam três ou mais 
pessoas, em locais diferentes e com um intervalo entre eles. Portanto, essa definição usa três 
critérios para identificar o Serial Killer, quais sejam: quantidade, lugar e tempo. A definição 
oficial do FBI sofre diversas críticas, pois ora seus elementos são muitos abrangentes, ora muito 
específicos. Por exemplo, muitos especialistas indicam que o Serial Killer pratica seus crimes 
sempre tendo uma forte conotação sexual em seus atos, e alguns outros criminosos não agem 
com essa finalidade, como por exemplo, sequestradores, matadores de aluguel, mas se for 
considerado o critério objetivo da quantidade, todos se enquadrariam como assassinos em série. 
O termo série e serial são utilizados na conceituação a partir do terceiro assassinato, 
independentemente do uso matemático do termo, a palavra série é a definição como um 
conjunto de coisas que vão, estão ou acontecem uma após a outra, refere-se a uma sessão de 
quantidade que se derivam uma da outra segundo uma lei fixa. (TENDLARZ, 2013). 
O perfil de um Serial Killer, infelizmente não tem horríveis cicatrizes, desfigurações ou 
quaisquer outros sinais físicos que os diferencie do restante das pessoas, muitas vezes 
descrevem que são pessoas com perfil mal, mas quase nunca é assim, são pessoas comuns, que 
tem um emprego e podem ser bastante charmosas e educadas. Todos os milhares de vítimas que 
caíram em suas armadilhas tinham quociente de inteligência normal e com certeza não achavam 
que estavam se colocando em situações de risco. (CASOY, 2017). 
Na maior parte dos casos, um Serial Killer tem algumas características comuns. Matam 
seguindo mais ou menos o mesmo espaço de tempo entre uma vítima e outra. Alguns seriais 
killers são motivados por seu ódio as mulheres, desejo de controle, dominação, humilhação ou 
por vinganças reais ou imaginarias. Dadas as diferenças biológicas e de desenvolvimento 
existentes entre os vários seriais killers conhecidos, seria ingenuidade acreditar que eles teriam 
os mesmos motivos para agir deste ou daquele modo. (CASOY, 2017). 
O que seria um Serial Killer, um psicopata, um doente, louco ou cruel, uma palavra 
difícil de diagnosticar, e que traz medo à sociedade. Podemos perceber que os seriais killers 
costumam demonstrar um anseio de correr riscos, já que triam uma série de assassinatos por 
onde passam, sem medo de ameaças ou de serem finalmente pegos e punidos. Possuidores de 
uma inteligência calculista, porém desprovidos de qualquer empatia que um ser humano normal 
possui, eles criam uma personalidade própria para se misturarem aos demais indivíduos, 
tornando ainda mais complicada suas capturas. Conforme Casoy (2009, p. 22): 
 
8 
 
O comportamento fantástico do Serial Killer serve a muitos objetivos: aplaca sua 
necessidade de controle, dissocia a vítima tornando os acontecimentos mais reais, dá 
suporte à sua “personalidade para fins sociais” e é combustível para futuras fantasias. 
 
Há alguns casos que o Serial Killer só acha que possui domínio sobre as vítimas quando 
as mata antes disso ele não se sente no domínio da situação, por isso ele mata as vítimas mais 
rapidamente, e na pratica desse ato, logo após a morte o começa a fazer as mutilações, tirando 
o órgão genital feminino, e expondo o corpo de maneira específica, na maioria das vezes em 
situações humilhantes, dessa forma ele fica satisfeito com o que fez, pois saciou sua fantasia, 
tendo o controle sobre a situação. A repetição e reencenação servem para alimentar a fantasia, 
reforçando a escala de comportamento violento, e dá prazer sexual ao Serial Killer. Os 
assassinos em série podem ser extremamente sádicos em torturar suas vítimas até a morte. Pois 
eles necessitam dominar controlar e sentir que o outro lhe pertence. (RAMOS, 2017). 
 A repetição do crime serve como um exercício mental para o criminoso reviver o crime 
depois de tê-lo cometido, e para conseguir fazê-lo, cada um deles se utiliza de métodos 
diferentes. Alguns gravam e filma seus crimes para assisti-lo várias vezes depois de livrarem-
se do corpo, e assim estimular e preparar futuros crimes. Outros ficam com lembranças de suas 
vítimas, como roupas, sapatos, documentos e até partes do corpo. Outros ainda matam sempre 
no mesmo local, embaralhando na sua cabeça o momento passado com o atual. (CASOY, 2009, 
p. 22). 
 Geralmente, assassinos em série tendem a ser classificados por psicopatologia como 
uma doença mental ou personalidade anormal. No entanto, essas pessoas estão na maioria dos 
países sob circunstâncias normais, com inteligência normal, ou mesmo um QI (Quociente de 
inteligência) alto, especialmente sua interferência na emoção e no caráter. Os Seriais killers, 
são difíceis de definir e detectar. Em geral, escolhem vítimas descartáveis, como os sem-teto 
ou até prostitutas, não chamando atenção das autoridades para seus crimes, que podem nunca 
ser relacionados ou atribuídos a um só assassino. (CASOY, 2017, p. 44): 
 
De acordo com os profissionais que montam perfis criminais, não existe nada de 
místico em seus trabalhos, é um processo lógico e racional baseado em estudos 
psicológicos e sociólogos. Cientista forense desenvolveu um método conhecido como 
BEA- Analise das Evidencias de Comportamento. Baseia-se nas evidencias físicas de 
um crime especifico e as conclusões sobre o suspeito advem do exame da cena do 
crime e da análise de seu comportamento. Esse método é fornecido calcado em ciência 
forense e depende da análise cientifica acurada das provas para a interpretação dos 
fatos que envolvem o caso. 
 
9 
 
É importante destacar que existem diferenças cruciais para constatar que um homicida 
se trate de um Serial killer, pois não basta o número elevado de homicídios cometidos e nem 
tão somente os métodos, pois fato é que não se pode confundir os assassinos em série com os 
assassinos em massa. De modo geral, o homicídio em série é um crime sexual, fato que justifica 
suas características distintivas, pois o padrão clássico do assassinato em série é uma caricatura 
grotesca do funcionamento sexual normal. (DE LIMA, 2017). 
Os crimes cometidos pelos assassinos em série seguem uma trajetória. Um ciclo que 
estabelece uma existência de seis fases, embora este ciclo seja puramente descritivo, ele trás a 
ideia de um começo, meio e fim, que relança novamente a série, estas fases são: a)fase aura: 
acontece quando o assassino começa a perder contato com a realidade; b) fase da busca: quando 
o assassino decide sair para buscar sua vítima; c) fase da caça: neste momento, já selecionou a 
infortunada vítima e vai de encontro a ela; d) fase da captura: é o momento em que, finalmente, 
a vítima cai na armadilha; e) a fase do assassinato ou fase totêmica: é aquela em que o assassino 
chega ao topo da suas emoções; f) a fase da depressão: é a que se produz logo depois do 
cometido do crime; (TENDLARZ, 2013, p. 211). 
A tortura e a morte da vítima não liberam o assassino de sus estigma, ao contrário, 
fazem-no reviver sua trajetória pessoal. Fica estabelecida como causa do crime a ralação do 
sujeito com suas fantasias assassinas.Para manter viva sua fantasia, o assassino em série 
necessita vive-la. O ato preliminar do crime caracteriza-se por um intenso retraimento; a vítima 
entra em cena com um mero símbolo ou objeto que desempenhará o infeliz papel que lhe é 
atribuído. As estranhas e cruéis mutilações sua parte de um rito interno que somente o assassino 
compreende. Ainda que apareça grotesco e brutal o crime, quase nunca alcança o nível da 
fantasia em si, usualmente culmina com algumas desilusões. (TENDLARZ, 2013, p. 212). 
Segundo depoimento de um Serial Killer James Lawson, demonstra um comportamento 
violento e agressivo: Eu queria cortar o corpo dela para que ela não parecesse uma pessoa, e 
destruí-la de modo que ela não existisse. Comecei a cortar o corpo da mulher. Lembro-me de 
cortar seus seios fora. “Depois disso só me lembro de continuar cortando o corpo dela”. 
A diferença entre um Serial Killer e um assassino comum é só quantitativa, claro que 
não, O motivo do crime ou, mais exatamente, a falta dele é muito importante para a definição 
do assassino como serial. As vítimas parecem ser escolhidas ao acaso e mortas sem nenhuma 
razão aparente. Raramente o Serial Killer conhece sua vítima. Ela representa, na maioria dos 
casos, um símbolo. Na verdade, ele não procura uma gratificação no crime, apenas exercita seu 
poder e controle sobre outra pessoa, no caso a vítima (CASOY, 2014, p. 20). 
10 
 
Contudo Seriais Killers tentam não serem capturados, com isso passam a utilizar 
métodos que cada vez mais métodos que dificultam as investigações quanto a seus crimes, pois 
na maioria das vezes, o assassino em série deixa pistas onde ele próprio tem o interesse de serem 
descobertas. A seguir, quanto a esta afirmação, alguns relatos de casos de famosos Seriais 
Killers, mais conhecidos sobre psicopatia. 
 
3. RELATOS DE CASOS FAMOSOS SOBRE PSICOPATIA 
De acordo com alguns estudos sobre o tema, para ser considerado um Serial Killer, o 
assassino deve ter matado pelo menos duas pessoas; segundo outros, é preciso ser responsável 
por, no mínimo, quatro mortes dentro de um período de tempo. Para Casoy (2017), “são raras 
as vezes em que o criminoso conhece as suas vítimas. Em geral, elas são escolhidas 
aleatoriamente por serem a representação de uma espécie de símbolo que faz sentido para o 
algoz.” Muitos assassinos em série causaram espanto não apenas por conta da brutalidade dos 
crimes cometidos, mas por serem conhecidos e engajados nas comunidades em que se 
encontravam. 
No Brasil, foram muitos assassinos em série que marcaram a nossa história policial com 
crimes bárbaros e perfis assustadores, agindo com os mesmos rituais antes e durante os 
assassinatos das vítimas. São os mais conhecidos Assassinos em Série cruéis, como: Jack, o 
estripador 18886, Filho da Luz, O Vampiro de Niterói, Monstro do Morumbi, esses seres 
acabaram trazendo medo as pessoas, por serem conhecidas pela série de homicídios que 
cometeram. Segundo Casoy7, alguns dos fatos e tipos de crimes e como são conhecidos dentro 
a sociedade de onde moram, onde estão cumprindo medidas que deveriam ser tomadas e o que 
estão fazendo hoje em dia: 
 
Chico Picadinho8, Nascimento dia 27 de abril de 1942,78 anos. Embora seu número 
de vítimas seja tímido perto de outros assassinos em série, Chico Picadinho abusou 
da crueldade e do sadismo enquanto cometia seus crimes em meados dos anos 70 e se 
tornou o mais conhecido serial killer brasileiro. As duas mulheres assassinadas por 
ele foram esquartejadas e partes do corpo foram dispensadas no vaso sanitário de seu 
apartamento e o restante guardado em uma mala. Francisco da Costa Rocha hoje ele 
está preso na Casa de Custódia de Taubaté, interior de São Paulo, a pena máxima no 
Brasil enquanto ele estava em regime fechado era de 30 anos, Na cadeia, Chico 
Picadinho cuidava da biblioteca e pintava quadros nas horas vagas. Francisco 
terminou de cumprir integralmente sua pena em novembro de 1998, e há 20 anos sua 
 
6 (http://intertemas.toledoprudente.edu.br/index.php/ETIC/article/viewFile/6470/6164) 
7 : https://darkside.blog.br/5-serial-killers-brasileiros-sanguinarios/ 
8 https://noticias.r7.com/prisma/arquivo-vivo/quarenta-anos-depois-chico-picadinho-deixa-a-prisao-22012019 
https://darkside.blog.br/5-serial-killers-brasileiros-sanguinarios/
11 
 
situação está indefinida, por não haver imposição de pena ou aplicação de medida de 
segurança. Ele está sob custódia sob o pretexto de “interdição civil”9, pois a 
psiquiatria, desgastada pela libertação após o primeiro assassinato e surpreendida pelo 
segundo crime, preferiu não mais assumir a responsabilidade de soltá-lo. Ainda se 
encontra internado em Taubaté. Em depoimento, Chico chegou a afirmar que sentia 
um impulso violento e incontrolável de matar suas vítimas. 
 
Pedro Rodrigues Filho, Nascimento 17 de julho de 1954, 66 anos, mais conhecido 
como Pedrinho Matador10 (Santa Rita do Sapucaí, 29 de outubro de 1954), é um 
assassino em série brasileiro. É considerado o maior serial killer do Brasil, tendo 
oficialmente sido condenado a mais de 400 anos de prisão por matar 71 pessoas. No 
entanto, ele alega ter matado mais de 100. "Ele gosta de reforçar sua fama contando 
outras histórias, muitas das quais não se sabe ao certo se aconteceram ou não", 
escreveu a Época. Pedrinho está em liberdade desde 2018, após ficar preso por 42 
anos. “O crime não é brincadeira. Muitos estão entrando por verem os galhos, fama e 
dinheiro, não a raiz, prisão e morte. É como o diabo: dá com uma mão e tira com a 
outra. Tem muitos jovens que entram e, quando querem sair, já é tarde demais”, Agora 
está em liberdade, ele faz comentários sobre crimes em vídeos no YouTube, onde tem 
um canal. 
 
 
Não restam dúvidas que se faz necessário à apresentação de projetos de leis originários 
ou imitando países que já tratam dos casos, que envolvam delitos parecidos, com mais 
eficiência. No item a seguir, será abordado sobre o tratamento psicológico e as medidas de 
proteção do Serial Killer. 
 
4. O TRATAMENTO PSICOLÓGICO DO SERIAL KILLER E SUAS MEDIDAS 
DE INTERNAÇÃO 
 
Observando a atual legislação penal no Brasil, não ocorre a responsabilização do Serial 
Killer, sendo esse tratado como preso comum, podendo essas serem desde medidas de 
internação, como as aplicadas em manicômios judiciários, ou como as de prisão comum, sobre 
a legislação, um dos países que tem maior estudo sobre Serial Killer ao longo dos anos, os 
Estados Unidos, que tem penas diversas das adotadas ao Brasil, em comparativo, tendo assim 
a busca da medida ideal de internação judicial. Dentro do ordenamento jurídico brasileiro 
existem regras a proteção da saúde do apenado, apesar de ser visto a população carcerária cada 
vez mais instável com relação a isso e o crescente sucateamento das instalações de presídios e 
manicômios judiciários, ainda há medidas que poderiam ser adotadas dentro das leis já 
previstas. As medidas de internação vêm como uma opção podendo esta ser de maneira 
 
9 Através da “ação de interdição” pessoa será declarada incapaz para os atos da vida civil, sendo nomeado um 
curador para auxiliá-lo. 
10 https://www.curiosidades.com.br/2020/03/pedrinho-matador/ 
12 
 
voluntaria ou compulsória, se devem ao compulsório, ou seja, determinado pela justiça. (DA 
SILVA, 2018). 
Para a medicina, é muito especial conceituar o que é uma característica psiquiátrica, por 
que é mais complicado conceitua-la com características normais. Os psicólogos e psiquiatras 
ainda não chegaram a um único conceito fixo de definição de personalidade normal. Da mesma 
forma, a ciência forense é tão profissional nos Estados Unidos hoje que é necessário para 
solucionar crimes, dividida em três tipos de procedimentos laboratório criminal baseada 
exclusivamente na ciência, e seus padrões devem ser levados á justiça. Laboratórios especiais 
também devem investigar crimes (SPERA, 2010). 
Osobstáculos que afetam a personalidade, esses fatos afetam diretamente o indivíduo e 
determinam a maneira como ele vê o mundo e expressa suas emoções, ou seja, como é o seu 
comportamento em relação à sociedade. Na maioria dos casos, essas doenças refletem um 
trauma significativo à vida. Corroborando com essas características, Guimarães (2016, p.08) 
leciona: 
 
Olhando ao passado dos Serial Killers geralmente se encontram sinais comportamentais 
comuns entre eles, quais sejam: enurese em idade avançada (urinar na cama), piromania 
(provocar incêndios) e sadismo precoce (normalmente torturando animais ou crianças, 
como se fosse um ensaio para o futuro matador). Isso não significa que se uma criança 
fizer alguma dessas condutas certamente será uma assassina em série no futuro. É 
impossível fazer uma leitura prognóstica destes sinais. Contudo, o inverso sempre se 
mostra ocorrente, ou seja, no passado dos serial killers esses comportamentos são 
frequentes. É a chamada “terrível tríade”, que também é complementada por outras 
características na infância: masturbação compulsiva, isolamento social, destruição de 
propriedade, baixa autoestima, acessos de raiva, dores de cabeça constantes, 
automutilações e convulsões. 
 
O psiquiatra Antônio Serafim apontou a existência de uma diferença na estrutura 
cerebral e funcional dos indivíduos psicopatas e os não psicopatas. Após um teste realizado 
com a exposição de imagens e vídeos de horror, no qual os não psicopatas apresentaram reações 
de medo, ao passo que os psicopatas sequer tiveram variação nos seus batimentos cardíacos. 
Entretanto, esses estudos não possuem comprovação científica, sendo necessária a 
realização e novos estudos aprofundados quanto ao tema, demonstrando a relação fisiológica 
com o transtorno da psicopatia, prevalecendo até então o entendimento de que inexistem 
deficiências anatômicas nesses indivíduos, sendo uma desordem especificamente 
comportamental (GONÇALVES, 2015, p. 12). 
 
 
 
13 
 
Nucci (2017, p. 599) conceitua imputabilidade como: 
 
É o conjunto das condições pessoais, envolvendo a inteligência e vontade, que 
permite ao agente ter entendimento do caráter ilícito do fato, comportando-se de 
acordo com esse conhecimento. O binômio necessário para a formação das condições 
pessoais do imputável consiste em sanidade mental e maturidade. Se o agente não 
possui aptidão para entender a diferença entre o certo e o errado, não poderá pautar-
se por tal compreensão e terminará vez ou outra, praticando um fato típico e 
antijurídico sem que possa por isso ser censurado, isto é, sem que possa sofrer juízo 
de culpabilidade. 
 
No item a seguir, será tratado sobre a questão do Serial no Direito penal Brasileiro, 
trazendo qual o objetivo da lei, e se existe alguma forma, para a sua punição, dentro do Direito 
Penal Brasileiro. 
 
5. O SERIAL KILLER NO DIREITO PENAL 
 
Para tratar do assunto dos seriais killers no direito penal brasileiro, são necessários 
alguns conceitos introdutórios para melhor entender o tema. O objetivo da lei criminal é 
proteger os bens mais importantes e necessários para manter a sobrevivência da sociedade. O 
direito penal pode ser definido como um ramo do direito público para estudar os valores básicos 
da coexistência social e da paz, fatos que violam esses valores básicos e uma série de regras 
(princípios) legais e regras criadas para protegê-lo impondo punição e valor da categoria de 
segurança. (ARAUJO, 2014) 
Não existe, diferença entre pena e medida de segurança, embora os pressupostos para 
aplicação de cada um sejam diversos na aplicação da pena deve-se levar em conta o fato 
definido como crime, enquanto na medida de segurança considera-se a noção de periculosidade 
do sujeito. A imposição de pena privativa de liberdade, assim como a internação do indivíduo 
por conta de uma medida de segurança, limita a esfera de liberdade do cidadão, ficando ele sob 
a custódia do Estado. 
Conforme o Código Penal, por intermédio de seu art.5911, diz que: “As penas devem ser 
necessárias e suficientes à reprovação e prevenção do crime”. De acordo com a nossa legislação 
 
11 Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos 
motivos, às circunstâncias e conseqüências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, 
conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime: 
I - as penas aplicáveis dentre as cominadas; II - a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos; 
III - o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade; IV - a substituição da pena privativa da 
liberdade aplicada, por outra espécie de pena, se cabível. Critérios especiais da pena de multa. 
14 
 
penal, entende-se que a pena deve reprovar o mal produzido pela conduta praticada pelo agente, 
bem como prevenir futuras infrações penais. Como são as Medidas de segurança para os 
doutrinadores Aplicada ao Serial Killer. Diante do crime e do criminoso, em decorrência da sua 
ação ou omissão aplicar-se-á a sanção penal. 
A sanção penal comporta duas espécies: a pena e a medida de segurança. A pena tem 
como finalidade aplicar a retribuição punitiva ao delinquente, promover a sua readaptação 
social e prevenir novas transgressões pela intimidação dirigida à coletividade, tempo da pena 
de 40 anos. Já a medida de segurança tem como finalidade exclusivamente preventiva, evitando 
que o autor que tenha demonstrado periculosidade volte a delinquir, esta medida é aplicada aos 
inimputáveis, com tempo máximo de 30 anos. O inimputável, mesmo tendo praticado uma 
conduta típica e ilícita, deverá ser absolvida, aplicando-lhe, contudo, medida de segurança, 
razão pela qual esta sentença que absolve, mas deixa a sequela da medida de segurança, é 
reconhecida como uma sentença absolutória. No artigo 9612 do Código Penal, estão descritas 
as duas espécies de medida de segurança, quais sejam: a internação em hospital de custódia e 
tratamento psiquiátrico, ou em outro estabelecimento adequado (detentiva); tratamento 
ambulatorial (restritiva). A medida de segurança tem como finalidade de prevenir o 
cometimento de novos delitos e garantir a cura do autor do fato havido Omo infração penal, 
quando constatada sua inimputabilidade ou semi-imputabilidade. (NUCCI, 2011, p. 1001) 
Já a medida de segurança, para Capez (2011), é uma sanção penal imposta pelo Estado, 
na execução de uma sentença, onde existe uma intenção preventiva, pois visa evitar que o autor 
de uma infração penal, que seja considerado perigoso, volte a delinquir. 
Simplificando, a diferença entre ambas está no atributo psicológico do sujeito que deve 
receber uma sanção penal. Quando o agente não consegue compreender a ilicitude do ato 
cometido, o Código Penal exclui a possibilidade de este sofrer as punições devidas, cabendo no 
caso aplicar a medida de segurança apesar do ato ser típico e antijurídico. 
Para que o agente seja responsabilizado pelo fato típico e ilícito por ele cometido é 
preciso que seja imputável. A imputabilidade é a possibilidade de se atribuir, imputar o fato 
típico e ilícito ao agente. A imputabilidade é a regra; a inimputabilidade, a exceção. O Código 
Penal Brasileiro, em seu artigo 26, estabelece que é isento de pena o agente que, por doença 
 
12 Art. 96 do Código Penal. As medidas de segurança são: I - Internação em hospital de custódia e tratamento 
psiquiátrico ou, à falta, em outro estabelecimento adequado; II - sujeição a tratamento ambulatorial. 
Parágrafo único - Extinta a punibilidade, não se impõe medida de segurança nem subsiste a que tenha sido imposta. 
Imposição da medida de segurança para inimputável 
15 
 
mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da 
omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de 
acordo com esse entendimento.Se o indivíduo for incluso no caput do referido artigo, será 
considerado inimputável. O mesmo artigo em seu parágrafo único, estabelece a possibilidade 
de semi-imputabilidade quando o agente que, em virtude de perturbação de saúde mental ou 
por desenvolvimento mental incompleto ou retardado, não era inteiramente capaz de entender 
o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Esse parágrafo 
prevê uma redução de pena de um a dois terços para aquele que for considerado semi-imputável. 
(NUCCI, 2017). 
Por tanto, o Serial Killer no direito brasileiro são tratados como homicidas comuns, ou 
seja, quando condenados, cumprem pena, com possibilidade de progressão de regime, e em 
seguida retornam ao convívio social. Tais personalidades criminosas, provavelmente, 
persistirão em condutas delituosas, pois são incapazes de sentir empatia, remorso ou 
arrependimento e, não possuem possibilidade de ressocialização com a pena, apresentando 
grande risco para a sociedade. (RAMOS, 2017). 
A seguir, será abordada a questão dos possíveis defeitos na legislação brasileira sobre 
Serial Killers. 
 
5.1 DEFEITOS NA LEGISLAÇÃO CRIMINAL BRASILEIRA RELACIONADOS A 
SERIAL KILLERS 
 
Não existe no Brasil uma legislação específica para apenar os assassinos seriais, sendo, 
portanto, tratados como criminosos comuns, mesmo possuindo um exacerbado nível de 
periculosidade e ponto a sociedade em risco. Um déficit que deve ser superado, já que a nossa 
legislação deveria acompanhar os acontecimentos no tempo. Ainda não há um estudo 
aprofundado sobre o assunto. Vários casos que só tiveram vítimas como fato concreto, sendo a 
maioria deles arquivados pela falta de preparo das autoridades que, muitas vezes, deixaram de 
relacionar um crime ao outro, não acreditando na capacidade intelectual desses assassinos. 
(VILARINHO, 2019). 
Na maioria dos casos, no Brasil, o Serial Killer é considerado como semi-imputável, 
termo disposto no Art. 2613, parágrafo único do Código Penal, já citado na presente pesquisa. 
 
13 Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, 
era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-
se de acordo com esse entendimento. Redução de pena. 
16 
 
Acontece que esse dispositivo dispõe que a pena “pode” ser reduzida. Nos casos de semi-
imputabilidade, poderá ser aplicada tanto a medida de segurança quanto a pena privativa de 
liberdade. O sistema vicariante14, no entanto, não permite a aplicação das duas penas em 
conjunto. Ou seja, ou será feita a aplicação de uma ou da outra. Referindo-se ao art. 9815 do 
Código Penal. 
Durante muito tempo, o legislador brasileiro agasalhou o chamado sistema do duplo 
binário (duplo trilho ou dupla via), pelo qual o semi-imputável cumpriria inicialmente a pena 
privativa de liberdade e, ao seu final, se mantida a presença da periculosidade, seria submetido 
a uma medida de segurança. Com a reforma efetivada na parte geral do Código Penal Brasileiro 
pela Lei 7.209/1984 alterou esse entendimento, com importantes reflexos para o semi-
imputável. Em relação a ele, haverá a prolação de uma sentença condenatória, podendo haver 
a diminuição de 1/3 a 2/3, conforme parágrafo único do artigo 26 dó Código Penal. Diante dessa 
alteração legislativa, passou a adotar expressamente o Sistema Vicariante ou Unitário, 
superando o sistema do duplo binário. Assim, ao semi-imputavel será aplicada a pena reduzida 
de 1/3 a 2/3 ou a medida de segurança, conforme seja mais adequado ao caso. Não mais é 
admitida a pena privativa de liberdade E medida de segurança, ainda que em sequência. O 
sistema vicariante afastou a imposição cumulativa ou sucessiva de pena e medida de segurança, 
uma vez que a aplicação conjunta ofenderia o princípio do ne bis in idem, já que o mesmo 
indivíduo suportaria duas consequências em razão do mesmo fato. (QUINTIERE, 2020). 
O popularmente conhecido como “Pacote Anticrime”, que entrou em vigor no dia 
23/01/2020, alterou uma série de leis brasileiras, trouxe mudança relativa ao art. 7516, do 
 
Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde 
mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter 
ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
Menores de dezoito anos 
14O Sitema Vicariante ou Unitário, superando o Sistema Duplo Binário. Assim, ao semi-imputavel será aplicada a 
pena reduzida de 1/3 a 2/3 ou a medida de Segurança, conforme seja mais adequado ao cado. Não mais admitida 
a pena privative de Liberdade e medida de segurança ainda que em sequência. 
15 Art. 98 – Na hipótese do parágrafo único do art. 26 deste Código e necessitando o condenado de especial 
tratamento curativo, a pena privativa de liberdade pode ser substituída pela internação, ou tratamento ambulatorial, 
pelo prazo mínimo de 1 (um) a 3 (três) anos, nos termos do artigo anterior e respectivos §§ 1º a 4º. 
16 Art. 75. O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não pode ser superior a 40(quarenta) anos. 
§ 1º Quando o agente for condenado a penas privativas de liberdade cuja soma seja superior a 40(quarenta) anos, 
devem elas ser unificadas para atender ao limite máximo deste artigo. 
§ 2º - Sobrevindo condenação por fato posterior ao início do cumprimento da pena, far-se-á nova unificação, 
desprezando-se, para esse fim, o período de pena já cumprido. 
Concurso de infrações 
17 
 
decreto-lei 2.848/40 (Código Penal Brasileiro), no qual houve o aumento de 10 (dez) anos no 
tempo máximo de cumprimento de pena, totalizando 40 (quarenta) anos. A referida medida, 
aprovada após os devidos (e céleres)17 trâmites legislativos, foi proposta sob a principal 
premissa de que a alteração seria necessária em razão do aumento da expectativa de vida do 
brasileiro desde a vigência do Código Penal 1940. Ou seja, se o cidadão vive mais, logo, ele 
poderia passar mais tempo na prisão, não havendo que se falar em qualquer afronta à 
Constituição Federal de 1988. (QUINTIERE, 2020). 
A maneira mais eficaz de tratar pacientes psicopatas são as medidas de segurança, mas 
isso não se aplica aos Serial Killer, porque a psicopatia não é uma doença mental, mas sim uma 
doença que não pode ser ressocializada, ou seja, esses assassinos em série não podem realizar 
nenhum tratamento. O tratamento dessas pessoas por brasileiros é completamente ineficaz. É 
certo que houve uma proposta relacionada aos mesmos, propondo alterações no Código Penal, 
foi o PLS nº 140/2010, proposta por Romeu Tuma: 
 
Ementa: Acrescenta os §§ 6º, 7º, 8º e 9º, ao artigo 121 do Código Penal 
brasileiro (Decreto-Lei nº 2.848, de 07 de dezembro de 1940) com o objetivo 
de estabelecer o conceito penal de assassino em série. Explicação da Ementa: 
Altera o Código Penal para considerar assassino em série o agente que comete 
três ou mais homicídios dolosos em determinado espaço de tempo, seguindo 
procedimento criminoso idêntico, constatado por laudo pericial elaborado por 
junta profissional; estabelece pena mínima de trinta anos de reclusão, em 
regime integralmente fechado ao assassino em série, proibida a concessão de 
qualquer tipo de benefício penal. 
(https://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/96886) 
 
O Decreto-Lei nº 2.848, de 07 de dezembro de 1940 é o Código Penal brasileiro, que 
determina em seu artigo 12118 que: “Matar alguém: Pena – reclusão, de seis a vinte anos”. No 
entanto, o projeto não teve êxito e o Brasil permaneceu inerte com essas pessoas, não 
estabeleceu um sistema apropriado para tratá-las adequadamente e não estudou a adaptabilidade 
a sistemas já utilizados em outras partes do mundo. Essa deficiência, faz com que a legislação 
penal brasileira não seja cumprida a rigor, comoé o caso de “Chico picadinho”, já citado a 
cima, ficou conhecido por matar e dilacerar o corpo de mulheres nas décadas de 1960 e 1970, 
por não haver uma legislação própria e eficiente acabou por ferir a lei penal e muitos dos 
 
17 Céleres eram uma unidade militar romana composta por três centúrias que remonta à época do reinado de 
Rômulo. A origem de seu nome é incerta com as fontes clássicas propondo uma etimologia associada à eficácia e 
agilidade da unidade ou com o nome do suposto primeiro comandante, chamado Céler. 
18 Art 121. Matar alguem: Pena – reclusão, de seis a vinte anos. § 1º Se o agente comete o crime impelido por 
motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o do- mínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta 
provocação da vítima, ou juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço. 
18 
 
princípios constitucionais vigentes. A prisão civil no ordenamento jurídico brasileiro serve 
apenas para o inadimplente relacionado à prisão alimentícia, não podendo servir como 
fundamentação à uma interdição que nem foi decretada judicialmente, ou seja, foi criado um 
meio inidôneo para manter Chico preso a qualquer custo (VILARINHO, 2019). 
Devido à falta de tratamento adequado dos assassinos em série e à falta de investimento 
em medidas de melhoria para reintegrar outras pessoas na sociedade, os assassinos em série 
podem usar sua inteligência e persuasão para influenciá-los quando finalmente entrarem em 
contato com outros presos. Por meio de seu método, embora aconteça que não o sejam, eles 
ainda podem progredir de um regime muito rápido, mais do que os prisioneiros comuns. Outro 
ponto de suma importância com a prisão dos assassinos seriais é que põe em risco a vida dos 
outros detentos, já que são imprevisíveis, podendo o Estado vir a ser responsabilizado 
objetivamente, inclusive já houve decisão do Supremo Tribunal Federal em Recurso 
Extraordinário nº 841.526: 
 
“EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL. 
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO POR MORTE DE PRESO DE 
DETENTO. ARTIGOS 5º XLIX E 37, §6º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
(STF – RE: 841526 RS – RIO GRANDE DO SUL 0017569-
24.2011.8.21.7000, Relator: Min. LUIZ FUX, Data de Julgamento: 
28/03/2016)” 
 
O Supremo Tribunal Federal entende a responsabilidade de tutela do estado do Rio 
Grande do Sul perante o preso no sistema penitenciário, alegando que deve defender os 
princípios e o caráter do preso. É uma regra que geralmente se aplica a detidos, incluindo 
assassinos em série com maior probabilidade de cometer esse tipo de crime, porque são cruéis 
e vulneráveis. Quando seus desejos não são realizados e as coisas não são planejadas, você fica 
muito irritado. O direito penal prevê as seguintes espécies de sanção penal: as penas privativas 
de liberdade; penas restritivas de direito; multa e medidas de segurança (BRASIL, 1940). 
 Grande parte dos doutrinadores defendem que aplica-se aos psicopatas a pena comum, 
considerando que ao tempo de prática do delito possuíam capacidade de compreender a 
natureza delitiva de sua conduta, sendo a psicopatia um transtorno de comportamento não 
considerado doença mental. Marcus Vinicius Mariot Pereira destaca que “O fato de o agente 
exteriorizar comportamento antissocial não implica o necessário comprometimento da sua 
saúde mental.” (PEREIRA, 2016) 
 Quanto ao indivíduo psicopata, a doutrina e jurisprudência divergem acerca a sua 
imputabilidade. Por muito tempo vigorou a ideia de que o psicopata se enquadraria como doente 
19 
 
mental sujeito à medida de segurança. Seguindo a mesma corrente, qual seja o da 
imputabilidade do psicopata, Abreu leciona: 
 
A psicopatia não consiste em uma doença mental ou desenvolvimento mental 
incompleto ou retardado, porque não provoca qualquer alteração na capacidade 
psíquica do agente. Outrossim, ainda que assim fosse considerada, não teria o condão 
de retirar do agente a capacidade de conhecer o caráter ilícito dos fatos e de se 
determinar de acordo com esse entendimento. O psicopata conhece exatamente as 
normas que regem a sociedade e as suas consequências. Ainda assim, investe no plano 
premeditado e o pratica até onde lhe parece mais conveniente. Nessas circunstâncias, 
entendemos que a psicopatia não tem o condão de tornar o agente inimputável. 
(ABREU, 2013, p. 02) 
 
Considerando que a psicopatia é um transtorno que afeta a percepção de moralidade do 
indivíduo, o acusado psicopata é por muitos considerado semi-imputável, qualificação que não 
determina necessariamente a imposição de medida de segurança, deixando a encargo do 
julgador aplicá-la ou não. Quando não aplicada, a pena será reduzida, conforme bem determina 
o artigo 2619 do Código Penal. (ARAUJO, 2014, p. 03) 
É precisamente por causa das diferentes reações dos psicopatas e de suas diferentes 
habilidades intelectuais para perceber a situação, no caso da multidão do meio, eles também 
percebem suas atitudes e possibilidades, para que as pessoas geralmente entendam a aplicação 
do castigo sexual. 
Em se tratando de psicótico, a jurisprudência caminha em sentido contrário. 
Considerando que estes possuem percepção equivocada da realidade, sendo atormentados por 
ilusões e visões irreais, são considerados inimputáveis, sujeitos à medida de segurança, 
conforme acórdão abaixo: 
 
“ATO OBSCENO. RECURSO DA DEFESA. ABSOLVIÇÃO. AUSÊNCIA 
DE MATERIALIDADE. IMPOSSIBILIDADE. RÉU PORTADOR DE 
PSICOSE INESPECÍFICA. INIMPUTABILIDADE. ABSOLVIÇÃO 
IMPRÓPRIA. MANTIDA. MEDIDA DE SEGURANÇA. INTERNAÇÃO. 
SUBSTITUIÇÃO. TRATAMENTO AMBULATORIAL. I – Não há que se 
falar em absolvição por ausência de materialidade quando as provas carreadas 
aos autos são harmônicas, coesas e aptas para demonstrar a autoria do delito 
praticado. II – Afigura-se viável a aplicação da medida de segurança de 
tratamento ambulatorial em lugar da internação, quando o inimputável não 
apresenta elevado nível de periculosidade, possui boas chances de reinserção 
social em observância à ordem jurídica e poderá usufruir de melhores 
condições para o restabelecimento de sua saúde. III – Recurso conhecido e 
parcialmente provido.” (TJ-DF – 20120710318289 0030724-
77.2012.8.07.0007 (TJ-DF) – Data de publicação: 24/03/2017) 
 
19 Art. 26 - Inimputáveis É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto 
ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de 
determinar-se de acordo com esse entendimento. 
20 
 
 
“APELAÇÃO CRIMINAL. HOMICÍDIO QUALIFICADO (ART. 121, §2º, 
INC. IV, DO CP), ABSOLVIÇÃO IMPRÓRIA. APLICAÇÃO DE MEDIDA 
DE SEGURANÇA CONSISTENTE NA INTERNAÇÃO. RECURSO DA 
DEFESA. MANUTENÇÃO DA SENTENA RECORRIDA. RÉU 
PORTADOR DE PSICOSE NÃO ESPEFICICADA. INIMPUTABILIDADE 
COMPROVADA. ÚNICA TESE APRESENTADA PELA DEFESA. 
INCIDÊNCIA DA RESSALVA DO ART. 415, PARÁGRAFO ÚNICO, DO 
CPP. ABSOLVIÇÃO IMPRÓPRIA MANTIDA. RECURSO 
DESPROVIDO”. (TJPR – 1ª C. Criminal – AC – 1504094-9 – Campina 
Grande do Sul – Rel.: Miguel Kfouri Neto – Unânime – J. 05.05.2016) 
 
Fica evidente que não há uma regra definida acerca da imputabilidade dos psicopatas e 
psicóticos. Segundo jurisprudência os psicóticos serão sempre considerados inimputáveis, ao 
passo que, com base em casos concretos, os psicopatas são considerados imputáveis. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Muitos assassinos em série foram descobertos em todo o mundo, levando ao 
desenvolvimento da criminologia na mesma proporção. Neste caso, a criação de arquivos 
criminais tem sido e continua a ser um meio importante de resolver os assassinatos em série, 
porque torna possível descobrir a identidade do autor do crime, evitando assim crimes mais 
cruéis. Assassinos em série são criminosos e cometem repetidamente três ou mais crimes da 
mesma maneira de execução, com um certo intervalo de tempo entre cada fato. 
Menos frequentemente, os assassinos em série sãoidentificados por características 
criminológicas como tendo algum tipo de transtorno ou doença mental, dos quais psicose é o 
mais comum. Pessoas com doença mental mostram refinamento de crueldade e alto QI, e 
também mostram mudanças na realidade e alucinações, chegando ao crime. Como resultado, a 
jurisprudência nacional se posiciona como uma punição comum para pacientes com doenças 
mentais, porque ele entende que é compreensível, porque pode entender a natureza criminosa 
de suas ações, enquanto os pacientes psiquiátricos são considerados únicos e suas medidas de 
segurança O tratamento ambulatorial dependerá da penalidade estimada do crime e de sua 
situação clínica. 
No Brasil, tratar pessoas com personalidade antissocial é muito difícil. Embora o 
número de assassinos em série no Brasil não seja muito alto, talvez por falta de pesquisa ou 
relatórios mais eficazes sobre o assunto, tais pessoas não deixam de existir entre nós. Devido o 
QI desenvolvido destes Seriais Killers, a tarefa de captura-los requer maior predisposição, que 
não se encontra no sistema policial brasileiro, que carece de muita precariedade, na solução de 
outros crimes. 
21 
 
Os fatos provam que, se a sentença máxima da lei criminal atual e todos os princípios 
inerentes aos prisioneiros assassinos em série forem respeitados, a sua soltura certamente 
implicará no cometimento de novos crimes e uma afronta à segurança da sociedade. A saída 
para construir uma sociedade sem novos ataques e com a devida legislação será formular leis 
especificamente para o tratamento desses assassinos em série, sendo necessário mais teste, 
inspeções regulares, e profissionais aptos a esta identificação. 
Pode-se concluir que o serial killer é um criminoso, porque entende completamente seu 
comportamento, portanto, ele deve ser responsável por seus crimes, que é uma responsabilidade 
totalmente devida. Não deve ser considerada uma doença mental, porque ele pode se determinar 
com base em sua compreensão da norma, ou seja, pode ter autocontrole, ele tem noção do que 
está fazendo. 
Finalmente, conclui-se que, não apenas no campo do direito, mas também no campo da 
psicologia e da psiquiatria, o Brasil ainda precisa de muitas melhorias no tratamento de 
assassinos em série, e esta interdisciplinaridade deve buscar em conjunto o método correto para 
resolver, tal questão. 
 
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