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@lucaspresotti SÍNDROMES HIPERTENSIVAS – OBSTETRÍCIA Lucas Presotti Borges DEFINIÇÃO: Doença Hipertensiva Especifica Da Gravidez (DHEG) ocorre na 2ª metade da gravidez. Recorrente de alterações trofloblásticas CLASSIFICAÇÃO: HIPERTENSAO NA GRAVIDEZ CONCEITOS FUNDAMENTAIS: PRÉ-ECLÂMPSIA ECLÂMPSIA HIPERTESÃO GESTACIONAL HAS AGRAVADA PELA GRAVIDEZ (pré-eclâmpsia sobreposta) DOENÇA VASCULAR HIPERTENSIVA CRÔNICA Pré-eclâmpsia se refere ao aparecimento de hipertensão e proteinúria após 20 semanas de gestação em gestante previamente normotensa. A pré-eclâmpsia é uma desordem multissistêmica, específica da gravidez humana e do puerpério Hipertensão e proteinúria caracterizam o quadro clássico da pré-eclâmpsia. Estas manifestações aparecem na segunda metade da gestação (a É a ocorrência de CRISES CONVULSIVAS, seguidas ou não de coma, em uma paciente com pré-eclâmpsia, descartando-se outras causas. Algumas pacientes evoluem para o coma sem apresentar antes convulsão (“eclâmpsia branca” ou “eclampsia sine eclampsia”) Hipertensão (em geral leve) que se desenvolve na parte final da gestação, sem a presença de proteinúria (ou de outros sinais de pré-eclâmpsia). A pressão retorna aos níveis normais dentro das primeiras 12 semanas de puerpério e recorre em 80% dos casos nas gestações subsequentes. A hipertensão essencial crônica preexistente se agrava em algumas gestantes, caracteristicamente após 24 semanas. Esta elevação dos níveis tensionais pode ser acompanhada de proteinúria (pré-eclâmpsia sobreposta), o que piora muito o prognóstico maternofetal. A hipertensão crônica na gravidez é definida como um estado hipertensivo (PA ≥ 140 x 90 mmHg) presente antes do início da gestação ou diagnosticado antes de 20 semanas. Não está associada a edema e proteinúria, e persiste pós-parto. A pressão arterial sofre queda durante a gravidez, decorrente do relaxamento PRÉ-ECLÂMPSIA ECLÂMPSIA HIPERTENSÃO CRÔNICA DE QUALQUER ETIOLOGIA HIPERTENSÃO CRÔNICA COM PRÉ-ECLÂMPSIA SPBREPOSTA (OU SUPERAJUNTADA) HIPERTENSÃO GESTACIONAL OU TRANSITÓRIA @lucaspresotti partir de 20 semanas), sendo mais frequentes no terceiro trimestre. O edema não faz mais parte do critério diagnóstico. HIPERTENSÃO DURANTE A GRAVIDEZ: PAS ≥ 140 e PAD ≥ 90 PROTEINÚRIA: é definida como a presença de 300 mg ou mais de proteína em urina de 24h; ≥ 1+ em amostra isolada de urina (geralmente tardia em relação à hipertensão) LEVE PA < 160x110 e prot. (300 – 2g) ou Doppler com incisura bilateral CONDUTA: Controle ambulatorial com assistência pré-natal cuidadosa. Avaliação das condições fetais (dopplervelocimetria da A. uterina com 28 e 34 semanas) Nifedipina 30-120mg/dia OU Metildopa2g/dia Aguardar inicio espontâneo do parto. Acima de 37 induz! GRAVE PA > 160x110 Proteinúria > 2g Creatinina > 1,2 Distúrbios Visuais, Cerebrais, Epigastrialgia CONDUTA: Internacao, >34 semanas INTERROMPE GESTAÇÃO. Entre 28-34s conduts conservadora/semiconservadora Fazer corticoterapia com Betametasona 2 ampolas 24/24h por 2 dias seguidos, Sulfato de Magnésio (dose de ataque 4g, e manutenção de 1g/h = manter até 24h após parto) Geralmente, as convulsões são autolimitadas, durando de dois a três minutos, e são precedi- das de sinais como cefaleia, alterações visuais, epigastralgia e dor no quadrante superior direito do abdome. CONDUTA: Internar Controle pressórico Nifedipina 30-120mg/dia Tto convulsão com Sulfato de Mg 2g/h Controle Fetal Interrompe gestação (não tem conduta conservadora) CONDUTA: Acompanhamento ambulatorial cuidadoso Orientações gerais (Aferição diária da PA, orientação nutricional Sinais de agravamento METILDOPA 2g/dia ma pressão arterial maior ou igual a 180 x 110 mmHg fala mais a favor de hipertensão crônica. Existem alguns parâmetros laboratoriais que se alteram caracteristicamente na pré- eclâmpsia e comumente se encontram normais na hipertensão crônica: ↑Ácido Úrico na pré-eclâmpsia Hipocalciúria = pré-eclâmpsia Calciúria = Has Crônica CONDUTA: Controle ambulatorial cuidadoso em conjunto com Cardio, Nefro Metildopa 2g/dia vascular fisiológico, especialmente após 16 semanas; o que pode tornar normal uma PA antes elevada, comprometendo o diagnóstico de hipertensão crônica. As DROGAS MAIS USADAS são a alfametildopa, a hidralazina, os be- tabloqueadores e os bloqueadores dos canais de cálcio. Os diuréticos devem ser evitados Inibidores da ECA são contraindicados. O risco aumento quando há sobreposição de pré-eclâmpsia CONDUTA: Controle ambulatorial cuidadoso em conjunto com Cardio, Nefro Metildopa 2g/dia @lucaspresotti SÍNDROME HELLP Representa uma forma grave de pré-eclâmpsia. Porém cerca de 15-20% não apresentam antecedentes de hipertensão ou proteinúria. Entao, pré-eclâmpsia/eclampsia + plaquetopenia < 100.000 + Aumento de TGO e TGP e Aumento de LDH + esfregaço com esquizócitos mostrando hemólise. CONDUTA: Internar, Sulfato de Mg, Nifedipina, correção plaquetopenia (transfundir 6-10 UI) repetir esquema pós parto, Dexametasona 100 mg EV 12/12h até parto, interrupção. EXAMES PROFILAXIA - Diagnóstico Clínico: Avaliação clínica, mensuração PA (> 140x90 em 2x com intervalo de 4h), avaliar ganho de peso, pesquisa cefaleia, escotomas visuais, avaliação fetal - Laboratorial: proteinúria de 24h, clearence creat > 1,1. TGO, TGP, Plaquetas, hemograma, bilirrubina. - Avaliação Fetal: US obstétrico, US com doppler da A. Uterina, Cardiotocografia/ PBF - Dosagem de biomarcadores PGLF e SFit - Aspirina 100mg/dia a partir de 125 - Carbonato de cálcio 1g/dia FATORES DE RISCO: Primiparidade Gravidez múltipla Doença vascular hipertensiva crônica Diabetes mellitus Doença renal crônica Doenças do colágeno Trombofilias Obesidade Gestação molar Hidropsia fetal Extremos da vida reprodutiva (> 35 anos ou adolescente) Pré-eclâmpsia em gestação anterior História familiar de DHEG Raça negra Longo intervalo interpartal Síndrome antifosfolipídeo Troca de parceiro e nova gravidez
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