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Toxicologia resumo

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Toxicologia 
A toxicologia é uma ciência que estuda os efeitos nocivos decorrentes das interações das substâncias químicas com o organismo, com a finalidade de prevenir, diagnosticar e tratar intoxicações.
A intoxicação é uma manifestação do efeito toxico e corresponde ao conjunto de sinais e sintomas que revelam o desequilíbrio produzido pela interação do agente tóxico com o organismo.
A droga é qualquer substância capaz de modificar a função do organismo vivo, resultando em mudanças fisiológicas ou de comportamento, utilizada com ou sem intenção de benefício do organismo receptor.
O fármaco é definido como substância de estrutura química definida, capaz de modificar o sistema fisiológico ou estado patológico em benefício do organismo receptor.
Um agente tóxico pode ser classificado conforme sua toxicidade e seu risco ao organismo, em que a toxicidade tem a capacidade de causar uma alteração nociva em organismo vivo, na qual esse conceito vincula-se a outro, o de risco tóxico, que seria a probabilidade existente para que uma substância produza um efeito de intoxicação.
A sequência de eventos entre a exposição a um xenobiotico e o aparecimento de efeito resultante de sua interação com sistema biológico pode ser dividida em duas fases, a toxicocinética, que é caracterizada pela chegada do xenobiótico no sítio de ação, e a toxicodinâmica, que é a interação com o receptor propriamente dita.
A toxicocinética é dividida em absorção, distribuição, biotrasformação e excreção.
Os principais mecanismos de transporte de compostos do seu local de administração para o sangue se dividem em difusão passiva, difusão facilitada e transporte ativo.
A difusão passiva, tem dois fatores que podem influenciar, a diferença de concentração no interior e exterior da membrana e a facilidade das moléculas de xenobioticos para passar pela membrana. É influenciada pela lipossolubilidade, o tamanho e o grau de ionização.
A difusão facilitada, é um processo de transporte que necessita de uma proteína carreadora. 
O que foi discutindo anteriormente, foi a fase de absorção, em que as vias de administração podem ser orais, sublingual, retal, intravenosa, intramuscular, intradermica. Na intravenosa, não terá os processos de difusões e transporte ativo, pois o xenobiotico já é colocado diretamente no sangue.
Quando o toxicante atinge a corrente sanguínea, ele se encontra disponível para distribuição, em que seria a passagem do xenobiotico da circulação para o líquido intersticial e celular.
Temos então as frações livres e ligadas em proteínas, como a albumina, globulinas, lipoproteínas, eritrócitos. As frações livres, são capazes de distribuírem, onde sai da corrente para os tecidos.
Os agentes tóxicos lipossolúveis, tem a tendência em acumular em tecidos adiposos, diminuindo a concentração disponível para atingir o sítio alvo, porém, com esse acúmulo, prolonga o efeito, pois em algum momento, ele precisa sair do tecido adiposo.
A biotransformação consiste em etapas de anabolismo e catabolismo. Podemos dividir em duas fases.
A fase 1 são reações catabolicas, que adicionam grupamentos ou expõem grupos reativos no composto precursor, sendo realizada por reações de oxidação, redução e hidrolise, em que os produtos da fase 1, são substratos para fase 2.
A fase 2 envolve o acoplamento do xenobiotico ou o metabolito a um composto endógeno, ocorrendo a conjugação, que seria a ligação a um componente químico altamente hidrossolúvel.
Os agentes hidrossolúveis, tem o modo de excreção renal, em que os lipossolúveis, precisam de um processo de biotransformação hepatica.
A biotransformação hepatica, temos a via principal, que consiste em conjugação por glicuronidação e por sulfatação, e a via secundária, que seria a oxidação, através do citocromo P450.
Casos de agentes lipossolúveis, deve observar quem causa o efeito, se é a substância inalterada ou a substancia biotransformada (metabolito).
A toxicodinâmica, uma vez que um agente tóxico ou seu metabolito alcança o seu alvo em concentrações adequadas, desencadeará alterações moleculares, bioquímicas ou fisiológicas que serão responsáveis por seu efeito tóxico.
Os mecanismos de ação dos agentes, podem ser através de efeitos de interferências de neurotransmissores, alteração na membrana, inibição enzimática, stress oxidativo, lipoperoxidação, teratogenese e carcinogenese 
Observação: nem sempre um agente carcinogênico pode causar o câncer, pois, existe diversos fatores que podem contribuir com isso, como por exemplo, na biotresnformação, o agente não pode ser conjugado, ou seja, se ligar a uma molécula hidrossolúvel, tem que ativar o gene oncogenico, em que tem que haver a falha no reparo celular e de apoptose, para que assim, possa causar um efeito.
Para fazer uma análise toxicológica, precisamos fazer diversas perguntas, como:
· Pra que vou fazer a análise? Qual finalidade?
De acordo com a finalidade, podemos assim identificar a característica do método, se será de alta ou baixa sensibilidade e alta ou baixa especificidade 
· O que vou pesquisar?
Agente tóxico desconhecido ou conhecido, entender a toxicocinetica (metabolito ou agente inalterado) e a toxicodinâmica (pesquisar o efeito laboratorial)
· Onde pesquisar? Qual a melhor amostra
Além dessas análises, podemos realizar uma monitorização terapêutica, que seria uma área da farmacocinética clinica que utiliza medidas laboratoriais pelo monitoramento de [ ] de um fármaco circulante na matriz biológica, tentando deixa-lo sempre em uma [ ] na faixa terapêutica.
Uma droga, para ser administrada, primeiro vai ser feito o regime da droga, depois a administração, o fármaco vai até o sítio de ação, em que lá, terá a interação com receptores, para que assim possa ter um efeito.
Sempre vamos ter que estar atentos em relação a [ ]/resposta, e não dose/resposta, pois cada indivíduo apresenta um organismo diferente, ou seja, em um indivíduo a dose pode ser efetiva e na outra não.
Para isso, sempre devemos estar cientes das faixas que possuem, como faixa subterapeutico, faixa terapêutica e faixa tóxica, em que essas faixas são delimitadas através da linha de nível plasmático efetivo e nível máximo tolerado.
Em uma monitorização, a coleta seria de sangue, em que o fármaco deve estar em equilíbrio dos parâmetros cinético, para que tanto o vale e o pico, estejam na faixa terapêutica, em que deve sempre ser coletado na parte do vale, em exceção, quando o médico desconfie que o paciente no está administrando a dose, aí se coleta no pico.
Os possíveis resultados que não deveriam acontecer são:
· Níveis e efeitos subterapeuticos
· Níveis e efeitos tóxicos
· Níveis terapêutico sem resposta clinica 
· Níveis terapêutico com efeito tóxico
Drogas de abuso = farmacodependência
Consumo de uma substância de maneira frequente, que o comportamento de busca se torna dominante no indivíduo. 
Entorpecentes ou narcóticos, agi no SNC, alterando a psíquica e sensorial. Temos entorpecentes naturais, semissintéticos e sintéticos. Os naturais são provenientes da planta, sem nenhuma adição, como a Cannabis sativa, que é a maconha. Os semissintéticos, são extraídos da natureza, porém sofrem processos químicos para intensificar o efeito, como o crack, cocaína e heroína. Os sintéticos são produzidos em laboratórios, como a LSD, ecstasy e metanfetamina,
As drogas são classificadas como depressoras, que diminui a atividade do SNC, como álcool, barbitúricos, cloreto de etila (lança), morfina, heroína, os estimulantes, que ativa o SNC, aumentando o estado de vigília e os níveis de adrenalina, como cocaína, crack, cafeína, anfetamina, metanfetamina e temos as psicodislepticas (perturbadoras), como maconha e LSD.
Existe dois tipos de dependência, a física, relacionada ao reforço negativo, pois a falta da droga pode levar a consequências desagradáveis do ponto de vista físico, por conta de uma neuroadaptação e a psicológica, relacionada ao reforço positivo, sobre a sensação agradável que a droga traz, processo de satisfação.
O uso da droga aumenta a quantidade de neurotransmissores,como por exemplo, a dopamina, que estará elevada no núcleo accumbens, que é a parte de recompensa, em que gera uma sensação prazerosa. 
Cocaína
É um alcaloide extraído da folha de coca (Erytroxilum coca) com propriedades anestésicas local e estimulantes do sistema nervoso central (SNC) que, dependendo das condições de uso, pode gerar distúrbios psiquiátricos e situações de fragilidade social ao usuário.
A folha de coca, é possível mastigar e fazer chá, a pasta básica de cocaína, ela é resistente ao aquecimento, o cloridrato de cocaína, é utilizado via intranasal e intravenosa, e o crack via pulmonar (inalatória). A merla são os restos da pasta de cocaína.
Toxicocinetica 
A velocidade de absorção da cocaína e a máxima concentração plasmática atingida são dependentes das vias de introdução, sendo as mais comuns a intranasal e inalatória e menos frequente intravenosa. Por via intravenosa e inalatória (absorção pulmonar), os efeitos são mais rápidos, porém, via intranasal, ocorre vasoconstricção na mucosa nasal, ocorrendo absorção lenta, prolongando o efeito, porém é menos intenso.
É rapidamente distribuída, ainda mais por ser lipossolúvel, tendo alta afinidade a proteínas plasmáticas, como a alfa- glicoproteína acida. A eliminação é através do metabolito, sendo o benzoilecgonina. A biotrasformação origina vários metabolitos, como 45% de benzoilecgonina, 40 % éster metilecgonina, e outros metabolitos em quantidade menores. O primeiro é originado por meio de hidrolise espontânea ou por reação catalisada pelas carboxilesterases, enquanto o segundo, é o resultado da hidrolise do gripo benzoato da COC e ocorre por ação da butirilcolineterase 
Toxicodinamica 
Farmacologicamente, a cocaína é classificada como anestésico local e estimulante do sistema nervoso central, onde interfere na neurotransmissão dopaminérgica, noradrenérgica e serotonina, em que essa interferência seria por conta da inibição da receptação de neurotransmissores, aumentando a quantidade deles na fenda sináptica e estimulação sobre os receptores pós-sinápticos.
Várias regiões encefálicas apresentam receptores dopaminérgicos, mas, quando classificado em termo de densidade, o grupo formado por putamen, núcleo accumbens e caudato apresenta maior densidade, seguido pelo grupo formado por tálamo, precuneus, giro cingulado posterior, amigdala e hipocampo, com densidade moderada, sendo o terceiro grupo representado por córtex orbital, giro pré-central e cerebelo, com baixa densidade. 
O uso repetido de cocaína, causa a neuroadaptação, em que, em uma síndrome de abstinência, causa depressão, ansiedade, irritabilidade, fadiga, aumento do sono e apetite, dores musculares, tremores.
Como já foi dito, a cocaína atua nos terminais monoaminergicos, inibindo a receptação de neurotransmissores, como dopamina, noradrenalina e serotonina, aumentando a quantidade de neurotransmissores na fenda sináptica, portanto, na parte de noradrenalina, irá agir nos receptores alfa 1 e 2 e beta 1, 2 e 3. 
Alfa 1, tem a função de vasoconstricção, em que seria através desse receptor, que ocorre a midríase.
Beta 1, tem o aumento da frequência e força na contração cardíaca, aumentando a P.A, por conta da renina, em que esses processos causam taquicardia.
Beta 2, tem a função de vasodilatação e broncodilatação.
Beta 3, ativa a lipólise.
Os efeitos reforçados por conta do uso da cocaína, causa sensação de bem-estar, aumenta a autoestima, humor, a capacidade física e mental, diminuindo a fadiga, sono e apetite.
O uso prolongado, pode levar a um processo chamado de rabdomiolise, que seria a destruição das fibras musculares por conta de uma isquemia muscular, causada pela cocaína, assim, ocorre a liberação da mioglobina no sangue, sendo uma proteína tóxica aos rins.

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