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HIST+ôRIA 9-¦ CADERNO

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Prévia do material em texto

3º MÓDULO | 9º ANO
ESCOLA:	 ALUNO:	 PROFESSOR: 	 
PREFEITO
RAFAEL SANTOS DE SOUZA
SECRETÁRIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA
ÁLISON BRANDÃO DOS SANTOS ALVES
DEPARTAMENTO PEDAGÓGICO HILDA PEREIRA RODRIGUES DIRETORA
RODRIGO FELIX DA COSTA COORDENADOR DO REGIME DE PROGRESSÃO PARCIAL
DEPARTAMENTO DE SUPERVISÃO EDUCACIONAL
IVETE DE SOUZA GOMES DIRETORA
PROFESSORES COLABORADORES
ANA LÚCIA PINTO DO NASCIMENTO - EDUCAÇÃO FÍSICA CARLOS EDUARDO LIMA DE BARROS – MATEMÁTICA DENISE LAVRADOR FARIAS - EDUCAÇÃO FÍSICA
FÁTIMA APARECIDA DE CARVALHO SANTOS - EDUCAÇÃO FÍSICA FERNANDA PORTUGAL FINIZOLA – GEOGRAFIA
FLÁVIO MARQUES VASCONCELOS – INGLÊS
JOSÉ BASÍLIO DOS SANTOS JUNIOR - EDUCAÇÃO FÍSICA RAFAEL GUSTAVO FRAZÃO FERNANDES DA SILVA – HISTÓRIA RAFAELA GOMES WERNECK – PORTUGUÊS
THATIANE DOS SANTOS LOPES – ARTES VALFRIDO MONTEIRO DE CARVALHO JUNIOR – CIÊNCIAS
Apresentação
A educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é a preparação para a vida, é a própria vida. (John Dewey)
A permanência e sucesso do aluno na escola é uma das questões mais representativas dos debates educacionais, pois as taxas de repetência e evasão, apesar de estarem decrescendo ano após ano, ainda indicam que muitos dos nossos alunos fracassam. Um dos fatores que contribui para o fracasso escolar é o processo avaliativo. A partir da necessidade de solucionar os problemas de evasão e repetência, uma das alternativas encontradas por essa Secretaria foi à adoção do regime progressão parcial, implicando em uma reorganização das escolas.
Observamos que existe uma necessidade urgente em rever a avaliação e com ela os mecanismos usados para promover os alunos para o ano de escolaridade seguinte.
Cientes da escassez de nossos resultados, buscamos na LDB 9394/96, no Regimento Escolar e Pareceres, assim como nos Projetos Políticos Pedagógicos de nossas escolas as referências para o retorno do regime de progressão parcial.
Um dos fatores que contribui para a permanência ou não do aluno na escola é a avaliação. O sucesso ou fracasso escolar é determinado pelo processo de avaliação, que atualmente, exclui da escola uma grande parcela de alunos. Sucessivas reprovações repercutem negativamente na vida do estudante, levando a graves prejuízos escolares, emocionais e sociais, e causam em nossa rede de ensino um “inchaço”, com o grande número de alunos matriculados que superlota salas de aula, dificultando o trabalho dos professores.
Vivemos num mundo tecnológico, a informação chega até nós com rapidez espantosa e temos nossos alunos nascidos na era digital e queremos que os mesmos continuem aprendendo como se aprendia anteriormente?
A Lei vê a avaliação da aprendizagem do aluno como um processo contínuo, cumulativo e diagnóstico: avaliar a aprendizagem consiste em emitir um juízo de valor a respeito do nível de conhecimentos, competências e habilidades alcançados pelo aluno, ano de escolaridade, etapa, período letivo ou unidade didática. Assim o papel da avaliação escolar deixa de ser apenas uma representação quantitativa do desenvolvimento do processo ensino/aprendizagem, e passa a valorizar o aluno dentro de sua individualidade, interesse e experiência.
Sendo assim, meu caro professor, contamos com sua habilidade e competência para dinamizar e possibilitar mecanismos que auxiliem a aprendizagem dos alunos, envolvendo formas variadas de promover a aquisição de informações, conhecimentos e habilidades, amparados ao projeto pedagógico desenvolvido por sua comunidade escolar.
Cremos que o seu empenho promoverá no espaço escolar a diferença realizada diariamente. Paz e bem.
Um forte abraço.
 (
Estimular o respeito à diversidade
 
cultural;
) (
Questionar as visões preconceituosas sobre a África e o Oriente
 
Médio;
) (
Analisar o holocausto no contexto da Segunda Guerra
 
Mundial;
) (
Discutir os conceitos: revolução e
 
ditadura;
)Carta ao aluno
Um abraço e bom trabalho!
 (
Habilidades e Competências
)
 (
Identificar os agentes que favoreceram a ascensão de Getúlio Vargas ao
 
poder;
)
 (
Compreender as transformações políticas e socioeconômicas do
 
período;
)
 (
Identificar o contexto histórico da Segunda
 
Guerra;
)
 (
Compreender o significado histórico das relações de poder entre as
 
nações;
) (
Discutir os conceitos de hegemonia, dominação e Guerra
 
Fria;
)
 (
Comparar a descolonização africana com a
 
asiática.
)
CONTEÚDO 01 – ERA VARGAS
Nos anos 1920, enquanto o nazifascismo ganhava espaço na Europa, no Brasil as oligarquias continuavam fazendo uso da corrupção e da violência para chegar e se conservar no poder. Essa falta de espaço político, além da falta de cidadania, contribuiu para gerar inúmeros movimentos de contestação a ordem vigente, refletindo a grande insatisfação popular. Nas	eleições		presidenciais	de			1930,	a oligarquia de Minas Gerais rompeu com a oligarquia paulista, no que veio a ser o fim da principal e mais poderosa aliança política da Primeira República. Os mineiros aliaram-se as oligarquias do Rio Grande do Sul e da Paraíba, formando a Aliança Liberal e passando para oposição ao governo. Com Getúlio Vargas candidato a presidente e João Pessoa seu vice- presidente,	a		Aliança	Liberal		alcançou		grande popularidade		com	promessas	que	agradava	a diferentes grupos, como o incentivo a indústria
nacional, leis trabalhistas e o voto secreto.
As eleições ocorreram como o de costume no período, com fraudes e violência. Ao final, com a vitória dos paulistas da situação, a oposição não se conformou e com apoio de militares passou a conspirar contra o governo, já planejando um golpe de estado. Com o assassinato de João Pessoa, além da visível insatisfação popular nos últimos anos, o grupo viu a oportunidade para a tomada do poder. Assim, em outubro de 1930, Getúlio Vargas assume a presidência do Brasil através de um golpe de Estado, chegando ao fim a Primeira República.
Alguns historiadores no passado tratavam esse evento histórico como Revolução de 1930, porém essa visão não é a mais difundida nos últimos tempos. Isso por que, ao contrário do que se propõe uma revolução, não houve uma nova ordem responsável por mudanças significativas para a maior camada da população. Apesar da saída das oligarquias cafeeiras do poder e do progresso na questão trabalhista (apenas para o trabalhador urbano), a Era vargas ficou marcada pela ascensão de uma nova burguesia ao poder e a limitada participação política da população durante todo os seus 15 anos de governo.
A nova Constituição sancionou o voto secreto e o voto feminino, além de conferir vários direitos aos trabalhadores, os quais vigoram até hoje. Durante o Governo Constitucional, a altercação política se deu em volta de dois ideários primordiais: o fascista – conjunto de ideias e preceitos político-sociais totalitários introduzidos na Itália por Mussolini –, defendido pela Ação Integralista Brasileira, e o democrático, representado pela Aliança Nacional Libertadora, que contava com indivíduos partidários das reformas profundas da sociedade brasileira.
Getúlio Vargas, porém, cultivava uma política de centralização do poder e, após a experiência frustrada de golpe por parte da esquerda - a histórica Intentona Comunista -, ele suspendeu outra vez as liberdades constitucionais, fundando um regime ditatorial em 1937. Nesse mesmo ano, estabeleceu uma nova Constituição, influenciada pelo arquétipo fascista, que afiançava vastos poderes ao Presidente. A nova constituição acabava com o Legislativo e determinava a sujeição do Judiciário ao Executivo. Objetivando um domínio maior sobre o aparelho de Estado, Vargas instituiu o Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP) e o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), que, além de fiscalizar os meios de comunicação, deveria espalhar uma imagem positiva do governo e, especialmente, do Presidente.
As polícias estaduais tiveram suas mordomias expandidas e, para apoderar-se do apoio da classe trabalhadora, Vargas concedeu-lhes direitos trabalhistas, tais como a regulamentação do trabalho noturno, doemprego de menores de idade e da mulher, fixou a jornada de trabalho em oito horas diárias de serviço e ampliou o direito à aposentadoria a todos os trabalhadores urbanos, apesar de conservar a atividade sindical nas mãos do governo federal. O Estado Novo implantou no Brasil a doutrina política de intervenção estatal sobre a economia e, ao mesmo tempo em que proporcionava estímulo à área rural, apadrinhava o crescimento industrial, ao aplicar fundos destinados à criação de infraestrutura industrial. Foram instituídos, nesse espaço de tempo, o Ministério da Aeronáutica, o Conselho Nacional do Petróleo que, posteriormente, no ano de 1953, daria origem à Petrobras, fundou-se a Companhia Siderúrgica Nacional – CSN -, a Companhia Vale do Rio Doce, a Companhia Hidrelétrica do São Francisco e a Fábrica Nacional de Motores – FNM -, dentre outras. Publicou o Código Penal, o Código de Processo Penal e a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT -, todos em vigor atualmente. Getúlio Vargas foi responsável também pelas concepções da Carteira de Trabalho, da Justiça do Trabalho, do salário mínimo, da estabilidade no emprego depois de dez anos de serviço - revogada em 1965 -, e pelo descanso semanal remunerado. A participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial contra os países do Eixo foi a brecha que surgiu para o crescimento da oposição ao governo de Vargas. Assim, a batalha pela democratização do país ganhou fôlego. O governo foi forçado a indultar os presos políticos e os degredados, além de constituir eleições gerais, que foram vencidas pelo candidato oficial, isto é, apoiado pelo governo, o general Eurico Gaspar Dutra. Era o fim da Era Vargas, mas não o fim de Getúlio Vargas, que em 1951 retornaria à presidência pelo voto popular.
Vamos exercitar!
1) Quais foram as circunstâncias na qual foi dado o golpe de Estado que levou Getúlio Vargas ao poder?
2) Por que atualmente a chegada de Getúlio Vargas não é mais tratada como Revolução?
3) Qual foi a principal influência política da nova Constituição de 1937?
4) Quais os principais direitos conquistados pelos trabalhadores durante o governo Vargas?
5) Qual setor produtivo recebeu maiores incentivos durante o governo Vargas?
CONTEÚDO 02 – SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Estudamos no caderno anterior a Primeira Grande Guerra e o período Entreguerras, marcado pela ascensão ao poder do nazifascismo, que impuseram regimes totalitários na Itália e na Alemanha. Esses regimes tinham projetos expansionistas, com o objetivo de obter a hegemonia em suas regiões.
Os dois líderes totalitários, Hitler e Mussolini, assinaram em 1936 um tratado de amizade e colaboração entre seus países. Estava formado o Eixo Roma-Berlim, que em 1940 passaria a ser Eixo Roma- Berlim-Tóquio, marcando a aliança do Japão com os dois países europeus, garantindo a proteção dos três países entre si. Estava formado o Eixo, que durante o conflito mundial enfrentaria os Aliados, aliança formada inicialmente por Inglaterra e França que mais tarde contou com a entrada de outros países, como os Estados Unidos e a União Soviética
Essa aliança permitiu a esses regimes dar início aos seus projetos expansionistas. A Alemanha se apoderou de países próximos, como a Áustria e a Tchecoslováquia, em 1938. Em 1939, foi a vez da Itália, que conquistou a Albânia. O Japão invadiu diversos territórios na região do Pacífico.
A consolidação da guerra aconteceu em 1939, quando a Alemanha invadiu a Polônia. Com esse ato, imediatamente, Inglaterra e França saíram em defesa do país invadido, declarando guerra à Alemanha. Mais tarde, em 1941, a então União Soviética se viu obrigada a ingressar no conflito ao ser invadida pelo exército alemão. Ainda no mesmo ano, os Estados Unidos entraram no conflito após receber um ataque aéreo japonês em sua base naval de Pearl Harbor, no Oceano Pacífico.
Antissemitismo
Além do expansionismo e das disputas territoriais, a perseguição a grupos étnicos, sobretudo aos judeus e ciganos, foi uma realidade na Segunda Guerra Mundial, no que ficou conhecido como holocausto. Para o nazismo, os judeus eram os grandes culpados pela crise do país passara no Período Entreguerras, devendo, portanto, ser
combatidos. Antes da eclosão da guerra, políticas segregacionistas já eram colocadas em prática pelos nazistas, como a obrigatoriedade da identificação pelo uso de uma Estrela de Davi, símbolo religioso do judaísmo; proibição do casamento entre judeus e alemães; demissão de judeus de cargos públicos; criação dos guetos e de campos de concentração com trabalho forçado; e a mais radical de todas, a chamada solução final, que consistia na eliminação de prisioneiros através do uso de gás tóxico.
Fim da guerra
Os Aliados começaram a derrotar o Eixo em 1942. No Pacífico, Estados Unidos e Austrália derrotaram os japoneses. Em fevereiro de 1943, os nazistas perderam a batalha de Stalingrado, na União Soviética, e foram expulsos da Bulgária, Hungria, Polônia, Tchecoslováquia e Iugoslávia. Na África, Egito Marrocos e Argélia foram conquistados pelos forças Aliadas. Em julho do mesmo ano, Vitor Emanuel III, rei da Itália, destituiu Mussolini do governo e assinou a rendição italiana aos Aliados. No dia 6 de junho de 1944, os Aliados desembarcaram na Normandia, França, na operação que ficou conhecida como “Dia D”. Era o início da libertação francesa e, no fim da agosto, Paris estava livre. Em 2 de maio de 1945, soviéticos e estadunidenses tomaram Berlim, dois dias depois do suicídio de Hitler e do alto-comando do Partido Nazista. Iniciou-se o processo de rendição das tropas nazistas, colocando, assim, fim à guerra na Europa. Só o Japão resistia, mas, em agosto, diante das bombas atômicas jogadas pelos Estados Unidos em Hiroshima e Nagasaki, o imperador Hirohito se rendeu aos Aliados. Chegava ao fim a Segunda Guerra Mundial, deixando cerca de 50 milhões de mortos e 35 milhões de feridos.
Os países vencedores levaram oficiais nazistas a julgamento no Tribunal de Nuremberg, criado para esse fim, sob acusação de crimes contra a humanidade. Outra consequência da guerra foi a criação, em 1945, da Organização das Nações Unidas (ONU), cujo objetivo é mediar conflitos entre países a fim de evitar novas guerras.
Vamos exercitar!
1) Qual foi a importância do eixo Roma-Berlim para o início da guerra?
2) De que forma o antissemitismo foi posto em prática pelos alemães?
3) Quais as principais consequências da Segunda Guerra?
CONTEÚDO 03 – DESCOLONIZAÇÃO AFROSIÁTICA
Após a Segunda Guerra Mundial, chega ao fim o período em que as principais potências econômicas do mundo buscavam assegurar seus interesses econômicos por meio da exploração de regiões africanas e asiáticas. Em linhas gerais, o enfraquecimento das nações europeias, agentes principais no processo de colonização de tais áreas, não permitia o uso dessa política, que depois de quase um século, foi responsável por conturbações e mortes em escalas nunca antes imaginadas.
Além de contabilizar o enfraquecimento europeu, depois de 1945, a URSS e os EUA surgiram como as duas super potências mundiais e disputaram as várias áreas de influência econômica deixadas pela Europa. Contudo, ambas sabiam que o conflito direto seria um preço alto demais a ser pago em um cenário internacional desgastado por grandes agitações.
Nesse contexto que surgiu a Guerra Fria, tempo em que norte-americanos e soviéticos buscaram se aproximar dos governos independentes que se formavam nas regiões antes dominadas pela antiga política imperialista. Evita-se o conflito direto entre as super potências e aumentavam-se as suas áreas de influência. Muitos grupos políticos chegaram ao poder com o financiamento e até mesmo o apoio bélico dos EUA e da URSS.
Na Conferência de Bandung, em 1955 foi exigido pela ONU das nações europeias o reconhecimento da autonomia política dos novos países, o que não aconteceu sem intensos conflitos em ambos os continentes.
Vamos exercitar!
1 - Qual é a relação entre o final da Segunda Guerra Mundial e o processo de descolonização afroasiática? 2 - Qual era o interessede URSS e EUA nas lutas por independência?
· CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO
Os conflitos atuais no Oriente Médio tiveram seu início após a Segunda Guerra e a criação do Estado de Israel. Essa nova nação representava o interesse dos judeus, que defendiam o direito da existência de um Estado judeu independente na ‘Terra Santa’, local do antigo Reino de Israel e, até a década de 1940, Palestina, ocupada por uma maioria árabe e muçulmana. Tentando conciliar os interesses de judeus e árabes, a ONU propôs partilha do território palestino entre o Estado de Israel e o Estado Palestino, criando um estado judaico e, consequentemente, retirando parte do território palestino. Isso não foi bem visto pela Liga Árabe, que julgou injusta a divisão e não a reconheceu, mantendo as populações árabes na região
a ser ocupada. Ainda assim, a partir de 1948, a região foi repartida em três: Israel (Jerusalém Oriental), e as outras duas permanecem como territórios palestinos – Faixa de Gaza e Cisjordânia –, mas não formam um Estado. Atualmente, Israel controla os acessos à Cisjordânia e Faixa de Gaza, inclusive com um extenso muro na Cisjordânia, tirando a autonomia local.
Essa divisão trouxe intensos conflitos. Jerusalém fica localizada na chamada “Terra Santa”, mas a região também é considerada sagrada por cristãos e muçulmanos, sendo alvo de constantes disputas e um dos principais motivos do conflito árabe- israelense. Enquanto Israel considera Jerusalém Oriental parte de seu território, a Autoridade Palestina reivindica a área como parte da Cisjordânia (e, consequentemente, dos territórios palestinos), no que seria a capital do futuro Estado palestino.
A Faixa de Gaza é um outro território de constantes conflitos. Fica localizado na costa oriental do Mar Mediterrâneo que faz fronteira com Israel e Egito. É uma das áreas mais densamente povoadas do planeta que, além dos recorrentes conflitos na região, sofre com constante escassez de água.
Já a Cisjordânia, é uma região de fronteira com Israel, Jordânia e o Mar Morto. Administrada pela Autoridade Palestina, mas ocupada militarmente pelo exército de Israel, a Cisjordânia é uma área bastante disputada, mas não pertence a nenhum Estado desde o fim da anexação ilegal por parte da Jordânia, em 1948.
Existe um movimento de resistência do povo palestino chamado de Hamas. Seu nome é uma sigla que significa “Movimento de Resistência Islâmica”. É uma organização palestina que controla a Faixa de Gaza, constituída de partido político, entidade filantrópica e seu conhecido braço militar.
Vamos exercitar!
1 - Qual é a relação entre a Segunda Guerra Mundial e a criação do Estado de Israel?
2 - Por que a criação do Estado de Israel gerou o conflito na região?
3 - Qual é a importância de Jerusalém pros diferentes povos que disputam a região?
4 - Existe alguma forma de resistência à ocupação israelense no Oriente Médio?
PESQUISA
· Caro aluno, aprendemos nesse caderno que muitos dos direitos dos trabalhadores atuais, como aposentadoria e a carteira de trabalho, foram conquistados durante o Governo Vargas. Pesquise sobre as reformas da previdência e a PEC 55, propostas nesse momento no Congresso brasileiro. Ao final da pesquisa, escreva uma conclusão própria, dizendo se essas propostas são positivas ou negativas para o trabalhador brasileiro.
· Pesquise sobre dois países que se tornaram independentes após a Segunda Guerra Mundial. Atenção: escolha um que ficou sob influência dos EUA e outro sob influência da URSS. Relate como foi a luta de independência, de que forma as super potências o ajudaram nesse processo e como se desenvolveu politicamente o país após a sua independência. O trabalho será manuscrito em uma folha pautada. Não esqueça da bibliografia.
· Pesquise qual é o posicionamento do governo brasileiro sobre Israel: ele é a favor ou contra? Ao final da pesquisa, comente sobre a posição brasileira nessa questão, declarando se você é favor ou contra o posicionamento do governo brasileiro. Trabalho manuscrito em folha pautada.
· Sabendo-se da política antissemita existente na Alemanha no período da Segunda Guerra Mundial e as ações postas em prática, faça uma redação respondendo: existe algum grupo no Brasil que sofre com a discriminação? Trabalho manuscrito, mínimo de 15 linhas.
REFERÊNCIAS
BOULOS JUNIOR, Alfredo. História: sciedade e cidadania. São Paulo: FTD, 2012. 2ª Edição.
INFOESCOLA. A Era Vargas. Disponível em <http://www.infoescola.com/historia/era-vargas/>. Acesso em abril de 2017.
HOBSBAWN, Eric. Era dos Extremos: O Breve Século XX (1914-1991). São Paulo: Companhia das Letras. 2009. RODRIGUES, Joelza Esther. Projeto Athos: História, 9º ano. São Paulo: FTD, 2014.
SOUSA,	Rainer	Gonçalves.	"Descolonização	Afro-asiática";	Brasil	Escola.	Disponível	em
<http://brasilescola.uol.com.br/historiag/descolonizacao-afroasiatica.htm>. Acesso em 05 de abril de 2017.
TELECURSO.	Oriente	Médio	-	entenda	o	conflito	árabe-israelense.	Disponível	em
<http://educacao.globo.com/telecurso/noticia/2015/01/oriente-medio-entenda-o-conflito-arabe-israelense.html>. Acesso em abril de 2017.

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