Apol 05

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Questão 1/10 - Tópicos Especiais de Filosofia Contemporânea
Leia o fragmento de texto:
“Para Sartre, diante desta assombrosa liberdade, acabamos criando ídolos. Estes ídolos têm a função de nos auto enganar e funcionam como forma de negarmos nossa própria liberdade. Para ele, os ídolos modernos (Deus, inconsciente, dialética) foram criados pela ciência, psicologia, marxismo mecanicista etc. Com a função de nos eximir da responsabilidade que a liberdade implica”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: PIRES, Frederico P. Liberdade e Religião no Existencialismo de Jean-Paul Sartre. Revista dos Alunos do Programa de Pós-graduação em Ciência da Religião, Juiz de Fora, v.2, n.1, p.02-21, set./dez., 2005. p. 9.
Considerando o fragmento de texto e os conteúdos do livro-base Tópicos especiais de filosofia contemporânea sobre o existencialismo ateu proposto por Sartre, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	O existencialismo ateu se resume a uma doutrina que torna a vida humana possível ao valorizar a possibilidade de escolha de cada ser humano existente.
Você acertou!
Comentário: A alternativa correta é a opção A porque “o existencialismo ateu se resume a uma doutrina que torna a vida humana possível ao valorizar a possibilidade de escolha da qual cada ser humano existente pode participar” (livro-base, p. 134-135).
	
	B
	O existencialismo ateu concebe Deus como criador ou artífice do homem, pois este último é incapaz de ser seu próprio artífice. Essa é a inversão e a novidade introduzida pelo existencialismo ateu.
	
	C
	Sartre declara que, se Deus não existe, há ao menos um ser cuja existência precede a essência, um ser que existe antes de poder ser definido por algum conceito, e esse ser é Deus.
	
	D
	A existência ou não de Deus é uma questão importante para o existencialista ateu e, por isso, ocupa um lugar de destaque para a existência humana.
	
	E
	O homem precisa encontrar-se com Deus e convencer-se de que nada poderá salvá-lo de si mesmo, a não ser o criador que define a essência da existência.
Questão 2/10 - Tópicos Especiais de Filosofia Contemporânea
Leia a passagem de texto:
“Não se trata, pois, de expulsar a angústia da consciência ou constituída em fenômeno psíquico inconsciente; simplesmente, posso ficar de má-fé na apreensão da angústia que sou, e esta má-fé, destinada a preencher o nada que sou na minha relação comigo mesmo, implica precisamente esse nada que ela suprime”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SARTRE, J. P. O ser e o nada: ensaio de ontologia fenomenológica. Tradução: Paulo Perdigão. Rio de Janeiro: Vozes, 1998. p. 89.
Considerando o fragmento de texto e os conteúdos do livro-base Tópicos especiais de filosofia contemporânea sobre o conceito de má-fé presente no existencialismo de Jean-Paul Sartre, julgue as afirmativas a seguir:
I.   ( ) A má-fé está relacionada à decisão e a certeza, nela o homem sabe, mas, ao mesmo tempo tem certeza das suas ações, ou seja, é uma contradição externa do sujeito.
II.  ( ) Denominam-se como má-fé as desculpas ou atitudes sem compromisso com o próximo, ou seja, é a incapacidade de evitar ou admitir a angústia mesmo quando é evidente. É como se fosse uma mentira contada para si.
III. ( ) O indivíduo rejeitar a sua liberdade refugiando-se em suas desculpas e paixões ocorre a manifestação da má-fé seria uma maneira de esconder ou impedir a angústia em sua vida.
IV.  ( ) Uma vez preso na má-fé, o homem está predeterminado a absolutamente nada, assim como a qualquer determinismo, pois está distante de suas escolhas, sendo a má-fé algo que impulsiona a existência.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	F – F – V – V
	
	B
	V – F – V – V
	
	C
	V – V – F – F
	
	D
	F – V – V – F
Você acertou!
Comentário: A sequência correta é: F – V – V – F. A afirmativa I é falsa, pois “a má-fé, segundo Sartre, está relacionada à indecisão e à contradição: talvez uma das melhores definições de má-fé apresentadas por Sartre é aquela segundo a qual o homem sabe, mas, ao mesmo tempo, não quer saber – ou seja, é uma contradição interna do sujeito” (livro-base, p. 148).
A afirmativa I é verdadeira, pois, “quando Sartre ressalta que a má-fé é, também, mentira, é no sentido de uma mentira que se conta para si mesmo, e não para outra pessoa, numa tentativa de fugir de si próprio. Além disso, a ocultação da verdade, as desculpas e a ação descomprometida com o outro, associada à incapacidade de admitir a angústia ou à tentativa de evitá-la mesmo sabendo que é iminente”. A afirmativa III é verdadeira porque “a má-fé manifesta-se como uma rejeição que o sujeito faz de sua liberdade ao se refugiar em suas paixões e desculpas, numa tentativa de evitar ou mascarar a angústia que o insere imediatamente na vida, em função de sua liberdade” (livro-base, p. 148).
	
	E
	V – V – V – F
Questão 3/10 - Tópicos Especiais de Filosofia Contemporânea
Leia a passagem de texto:
“A 1ª Delegacia de Polícia instaurou inquérito sobre apologia ao nazismo e vai intimar para depor na próxima semana uma estudante de Filosofia que fez estágio curricular em uma turma do 3º ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Paula Soares, localizado no centro de Porto Alegre . [...] após a professora titular sair da sala, a universitária ordenou que os estudantes se levantassem e fizessem a saudação nazista. Os estudantes [...] decidiram comunicar à direção depois que a mulher agrediu com um puxão de orelha e um tapa em uma das pernas de uma estudante que não quis ficar em pé quando ela mandou. [...] [A estudante] ainda falou que foi criada assim e que sempre agiu dessa forma – disse a diretora, ao ressaltar que diversas vezes [a estudante] citou o pai como exemplo.”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MARTINS, Cid. Polícia investiga apologia ao nazismo por universitária durante estágio em escola de Porto Alegre. Zero Hora, 13 abr. 2017. <https://gauchazh.clicrbs.com.br/porto-alegre/noticia/2017/04/policia-investiga-apologia-ao-nazismo-por-universitaria-durante-estagio-em-escola-de-porto-alegre-9771289.html>. Acesso em: 20 jan. 2019.
Considerando a passagem de texto e os conteúdos do livro-base Tópicos especiais de filosofia contemporânea sobre o existencialismo e a questão da individualidade, analise as afirmativas a seguir:
I.   As escolhas que o sujeito faz formam sua individualidade, mas esta não está desvinculada das sociedade. Ao fazer a apologia ao nazismo, a estudante escolheu uma ação condenada pela sociedade, expressa na lei.
II.  A estudante é nazista pois seu pai também era, o que mostra que a individualidade é previamente determinada, ou seja, a essência precede a existência.
III. A estudante fez uma escolha, o que mostra que ela é livre, que pode formar sua individualidade como quiser, e não pode ser punida por isso.
Está correto apenas o que se afirma em:
Nota: 0.0
	
	A
	I e II
	
	B
	III
	
	C
	I e III
	
	D
	II
	
	E
	I
Comentário: A afirmativa I está correta, pois, para Sartre, a formação da individualidade, embora seja fruto de escolhas – da existência, portanto –, não está desvinculada da ordem social: “Dessa forma, a existência é o lugar da escolha que a individualidade faz por si, mas, ao mesmo tempo, envolvendo a humanidade inteira. ‘Quando dizemos que o homem faz a escolha por si mesmo, entendemos que cada um de nós faz essa escolha por si mesmo, mas, com isso, queremos dizer também que, ao escolher por si, cada homem escolhe por todos os homens’ (Sartre, 2014, p. 27). Assim, cada escolha, embora seja singular, constitui-se em uma predileção pela humanidade”. (livro-base, p. 139). As afirmativas II e III estão incorretas, visto que para o existencialismo a existência prece a essência, ou seja, ser nazista é algo escolhido pela estudante, ainda que seu pai a tenha criado desse modo, ela sempre terá a liberdade, segundo Sartre, de seguir ou não o pai: “Para Sartre, não há, contudo,dúvidas de que o homem antes de seu aparecimento no mundo (como ser-para-si) não era nada. Assim, ‘no próprio curso da existência é que o homem vai decidir acerca de seu próprio destino. O futuro está sempre em aberto, e ele será preenchido por um projeto, que é fruto de uma escolha e de uma decisão’ (Sartre, 1987, p. 685). A existência torna-se, portanto, pressuposto para a essência do homem, que se constitui na escolha que cada individualidade efetivamente realiza. Mas, afinal, o que o homem é, na condição de individualidade e ser-para-si?” (livro-base, p. 139).
Questão 4/10 - Tópicos Especiais de Filosofia Contemporânea
Considere a seguinte informação:
“O que há de estranho no homem é que ele existe e é esta estranheza que mobiliza os existencialistas na sua reflexão sobre a existência. É desta tensão com a estranheza da existência que surge o pensamento de Søren A. Kierkegaard, pastor protestante dinamarquês que marcará o primeiro momento da história do Existencialismo. Assim como a Fenomenologia está para Husserl, o Existencialismo está para Kierkegaard”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: EWALD, Ariane P. Fenomenologia e Existencialismo: articulando nexos, costurando sentidos. Revista Estudos e Pesquisas em Psicologia, Rio de Janeiro, v. 8, n. 2, p. 149-165, jan./jun., 2008. p. 156.
Considerando o fragmento de texto e os conteúdos do livro-base Tópicos especiais de filosofia contemporânea sobre as críticas de Kierkegaard à sociedade da sua época, considere as seguintes afirmações:
I.   ( ) Devido ao problema de falta de ética dos meios de comunicação e da superficialidade de conteúdos, Kierkegaard criticou a sociedade de sua época.
II.  ( ) Kierkegaard também fez duras críticas ao luteranismo, que na primeira metade do século XIX era a religião oficial da Dinamarca.
III. ( ) Tanto o valor ao luxo quanto a falta de sobriedade foram as duas razões principais para criticar o luteranismo.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
Nota: 0.0
	
	A
	F – F – V
	
	B
	V – V – F
	
	C
	V – V – V
Comentário: A sequência correta é V – V – V. As afirmativas I, II e III são verdadeiras, pois Kierkegaard fez “uma crítica à sociedade de sua época, em decorrência da superficialidade e da falta de postura ética dos meios de comunicação de massa, que, ao promoverem a massificação, faziam o indivíduo submergir no esquecimento; e, em especial, a crítica à igreja estatal, isto é, ao luteranismo, que era a religião oficial da Dinamarca na primeira metade do século XIX. Esse ataque à religião estatal marcou a vida de Kierkegaard até seus últimos dias, em 1855”. As razões da crítica ao luteranismo referem-se ao distanciamento da sobriedade e à valorização do luxo, que foram os argumentos de Kierkegaard para legitimar sua crítica às autoridades religiosas (livro-base, p. 104-105).
	
	D
	V – F – V
	
	E
	F – V – V
Questão 5/10 - Tópicos Especiais de Filosofia Contemporânea
Atente para a citação:
“Mas a reflexão e a análise de questões fundamentais têm muito mais consequências práticas do que parece. A filosofia não só nos ajuda a ver o mundo de maneira diferente, mas também pode mudar a forma como interagimos com ele. De como podemos ajudar os outros até como enfrentar a morte, ou se devemos tuitar com raiva. O pensamento crítico e as ferramentas que a filosofia nos proporciona nos ajudam a tomar decisões conscientes”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: HANCOCK, Jaime Rubio. 4 exemplos práticos de que a filosofia serve para a vida cotidiana. <https://brasil.elpais.com/brasil/2018/10/18/cultura/1539859862_392943. Html>. Acesso em 19 jan. 2019.
Considerando o fragmento de texto e os conteúdos do livro-base Tópicos especiais de filosofia contemporânea sobre a importância da filosofia no cotidiano, considere as afirmativas a seguir:
I.   A filosofia contribui para uma visão de mundo crítica e reflexiva.
II.  As ferramentas da filosofia são úteis para nos ajudar a tomar decisões e até mesmo para interagir na internet.
III. A reflexão filosófica trata de questões importante, mas pode trazer consequências negativas quando se relaciona com a prática.
IV.  Formas de interações tecnológicas como redes sociais são criticadas pela filosofia por expressar sentimentos de raiva.
Agora, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	I, II e III
	
	B
	II, III e IV
	
	C
	II e IV
	
	D
	I e II
Você acertou!
Comentário: As afirmativas I e II estão corretas, pois, além do exposto no elemento-base, podemos afirmar que não é possível dissociar a filosofia do mundo, tampouco da vida. “A filosofia, portanto, não é um pensar descontextualizado, uma viagem ao mundo de ideias fantasiosas. Ela se constrói a partir de conceitos que têm uma gênese e um contexto. Pressupõe que se tenha um profundo conhecimento de si e da realidade para que se possa pensar com fundamentos sólidos acerca de questões e problemas fundamentais que envolvem a existência humana” (livro-base, p. 174). As afirmativas III e IV estão incorretas, pois, como exposto no elemento-base, a filosofia não só nos ajuda a ver o mundo de maneira diferente, mas também pode mudar a forma como interagimos com ele.
	
	E
	I e III
Questão 6/10 - Tópicos Especiais de Filosofia Contemporânea
Atente para a citação:
“A história é, sobretudo, um guia para o estudo [...]. É necessário voltar a estudar toda a história, devem examinar-se em todos os detalhes as condições de existência das diversas formações sociais antes de procurar deduzir delas as ideias políticas, jurídicas, estéticas, filosóficas, religiosas etc. que lhes correspondem”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: NETTO, José Paulo. Introdução ao estudo do método de Marx. São Paulo: Editora Expressão Popular, 2011. p. 13.
Considerando o fragmento de texto e os conteúdos do livro-base Tópicos especiais de filosofia contemporânea sobre a concepção materialista da história de Marx, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	A produção econômica é a base do conjunto das relações sociais, e Marx apresentava esta visão finalista e determinista.
	
	B
	A base da história humana foi determinada pelo conflito entre as classes sociais, ou seja, os que são dominados e os dominantes.
Você acertou!
Comentário: Os conflitos entre as classes sociais formaram a base da história da humanidade de acordo com Marx. Da divergência recorrente dos interesses entre as classes sociais – entre os dominantes e os dominados –, os retrocessos e os avanços da sociedade foram originados (livro-base, p. 25).
	
	C
	A consciência é apenas um reflexo da produção material humana, e Marx não a denomina como ativa na história da humanidade.
	
	D
	Independentemente da classe social de cada ser humano, Marx acreditava que toda pessoa que pensa, atua na política e simplesmente possui seu espaço age de acordo com as condições históricas do momento.
	
	E
	Marx acreditava que o impedimento de luta de classes devia-se pela ascensão e domínio de uma classe social que chegou ao poder e se manteve.
Questão 7/10 - Tópicos Especiais de Filosofia Contemporânea
Considere a seguinte informação:
“Assim a liberdade é a razão da existência do ‘para-si’, se confundindo com o próprio modo de existir da realidade humana. Entretanto, Sartre explica que, ao contrário do que parece, a descoberta da liberdade leva à angústia. Uma angústia decorrente do fato de que o ‘para-si’ é livre e não tem como se precaver contra a permanente possibilidade de fazer uma nova escolha de sua maneira de ser”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: A DA SILVA, Aline Maria V. B. A concepção de liberdade em Sartre. Revista Eletrônica de Pesquisa na Graduação em Filosofia, Marília, v. 6, n. 1, p. 93-107, set./out., 2013. p. 100-101.
Considerando o fragmento de texto e os conteúdos do livro-baseTópicos especiais de filosofia contemporânea sobre o conceito de angústia e má-fé discutidos por Sartre, analise as afirmativas a seguir:
I.   É a consciência que o homem tem, na condição de ser-para-si, ao fazer uma escolha que gera a responsabilidade pela existência.
II. A angústia sartreana pode ser entendida como aquilo que impede o homem de agir, é o reflexo mais profundo da responsabilidade e da falta de engajamento do homem no mundo, é a atualização do seu destino.
III. Toda a humanidade está voltada para a concretização de seus projetos de vida, e a angústia se manifesta justamente no engajamento da própria existência na escolha desses projetos.
IV.  Em cada escolha que o indivíduo faz, aparece a angústia porque nela está presente a humanidade, ou seja, o outro indivíduo com consciência de si e na condição de existir para si mesmo.
Assinale a alternativa correta:
Nota: 0.0
	
	A
	III e IV
Comentário: A afirmativa I está incorreta, pois é a “consciência que o homem, na condição de ser-para-si, tem ao fazer uma escolha que gera, entretanto, a angústia”. A afirmativa II está incorreta porque a “angústia sartreana pode ser entendida como aquilo que faz com que o homem se revele ao agir. Em outras palavras, é o reflexo mais profundo do engajamento do homem no mundo; é a atualização de sua essência livre”. A afirmativa III está correta, pois “a angústia é a manifestação do engajamento na existência, que se concretiza numa escolha para a realização de um projeto – no qual está envolvida toda a humanidade”. A afirmativa IV está correta, visto que a angústia “surge porque, em cada escolha que alguém faz, lá está presente a humanidade, isto é, o outro, igualmente na condição de ser-para-si e consciente de si” (livro-base, p. 144-145).
	
	B
	I e II
	
	C
	II e IV
	
	D
	II, III e IV
	
	E
	I, II e IV
Questão 8/10 - Tópicos Especiais de Filosofia Contemporânea
Considere a seguinte informação:
“Nietzsche [...] se questiona ‘se até hoje a filosofia, de modo geral, não teria sido apenas uma interpretação do corpo e uma má-compreensão do corpo’, que foi apresentada de forma dogmática levando o homem a eximir-se de qualquer explicação ou questionamento sobre si mesmo. Podemos afirmar que Nietzsche vai apontar o corpo para expressar um rompimento do dualismo entre corpo e alma”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CAES, Valdinei. Tópicos de filosofia contemporânea. Curitiba: Intersaberes, 2017, p. 56.
Considerando o fragmento de texto e os conteúdos do livro-base Tópicos especiais de filosofia contemporânea sobre a crítica de Nietzsche à metafísica platônica, leia as afirmativas a seguir:
I.   O que Nietzsche pretende com sua crítica é mostrar que a metafísica de Platão reafirma os valores da vida e da natureza.
II. Com base na filosofia metafísica, as coisas são consideradas como miraculosas, Nietzsche mostrou que tudo possui uma história, valorizando o fluir de tudo.
III. Na tradição grega, em um período anterior a Platão, vivia-se de modo intenso os valores da natureza assim como a experimentação da vida em sua forma natural, de acordo com Nietzsche.
IV.  A metafísica ocidental serviu de base para Nietzsche elaborar sua filosofia, que defende os valores tradicionais e a tradição platônica.
Está correto apenas o que se afirma em:
Nota: 10.0
	
	A
	I e II
	
	B
	II e III
Você acertou!
Comentário: a afirmativa I é falsa, pois “o que Nietzsche pretende com sua crítica é desmistificar as crenças que nascem no âmago da metafísica desde Platão e ‘em contraposição a este, mostrar que a sabedoria não está em conquistar o conhecimento sobre o que é fixo [...] mas no que é, justamente, passageiro’” (livro-base, p. 56). A afirmativa II é verdadeira, pois “o escopo de Nietzsche é valorizar o devir, o fluir de todas as coisas, e mostrar que elas têm uma história e não são dadas como miraculosas, como propõe a filosofia metafísica”. A afirmativa III é verdadeira, pois, “conforme Nietzsche, em sua obra O nascimento da tragédia, o grego era aquele que, na época trágica, experimentava a vida em sua forma natural, vivendo intensamente os valores inerentes à sua natureza” (livro-base, p. 56). A afirmativa IV está incorreta, pois “Nietzsche critica a cultura ocidental e a metafísica herdada do platonismo” (livro-base, p. 55).
	
	C
	I e III
	
	D
	II e IV
	
	E
	III e IV
Questão 9/10 - Tópicos Especiais de Filosofia Contemporânea
Leia a passagem de texto:
“A discussão acerca dos aspectos do ser nos leva ao principal fundamento do sujeito sartreano: a liberdade. Não sendo naturalmente determinado, o sujeito é livre para construir-se a partir de suas escolhas diante das possibilidades que o meio lhe dispõe. Nesse sentido, é importante destacar que o ser livre de que trata o existencialismo não significa obter o que se quer, e sim determinar-se a querer”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: VIEIRA JUNIOR, Cezar Augusto; ARDANS-BONIFACINO, Hector Omar; ROSO, Adriane. Construção do Sujeito na perspectiva de Jean-Paul Sartre. Revista Subjetividades, Fortaleza, v. 16, n. 1, p. 119-130, abril, 2016. p. 122.
Considerando o fragmento de texto e os conteúdos do livro-base Tópicos especiais de filosofia contemporânea sobre a filosofia de Sartre e o significado da frase “a existência precede a essência”, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	A frase significa que o homem existe antes que surge no mundo, é uma essência prévia, pois para o existencialismo o homem é definível pelo ambiente em que vive.
	
	B
	Entende-se como ser humano nada além do que ele realmente faz, ou seja, distanciando-se da ideia de como foi concebido, mas valorizando o que ele quer ser, sua própria existência.
Você acertou!
Comentário: A alternativa correta é a opção B, porque “o homem é, não apenas como é concebido, mas como ele se quer, e como se concebe a partir da existência, como se quer a partir desse elã de existir, o homem nada é além do que ele se faz” (livro-base, p. 136).
	
	C
	Essa frase evidencia que o homem se define antes de surgir no mundo, o homem é aquilo que fizer de si mesmo antes de seu advento no mundo.
	
	D
	Sartre coloca a responsabilidade nas mãos do mundo ao definir que a existência precede a essência. Há uma predefinição nas escolhas humanas.
	
	E
	Para Sartre, uma caneta tem uma existência que precede sua essência, pois, antes de existir objetivamente, em modelo e formato específicos, a caneta estava presente na mente de seu inventor.
Questão 10/10 - Tópicos Especiais de Filosofia Contemporânea
Leio o fragmento de texto:
“Nietzsche acreditava que o homem moderno ainda não estava preparado para se ver livre de Deus, como alguns já pensavam. A vontade que governa esse homem é a de continuar procurando valores para preencher esse vazio, ou seja, trata-se de uma incessante busca de ilusão e regresso a tempos remotos, ao governo da moral religiosa e da filosofia metafísica”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CAES, Valdinei. Tópicos de filosofia contemporânea. Curitiba: Intersaberes, 2017. p. 64.
Considerando o fragmento de texto e os conteúdos do livro-base Tópicos especiais de filosofia contemporânea sobre a crise dos valores compreendida no niilismo anunciado por Nietzsche, analise as afirmações a seguir:
I.   O homem moralizado passa, com a crise dos valores, a questionar as coisas do além e vive em conformidade com sua racionalidade.
II.  A vontade de viver e conhecer a si próprio torna-se alienada com os ideais religiosos que dispersam os afetos humanos, e com isso a vida é enfraquecida com o niilismo.
III. A pessoa que se acostuma a utilizar as “muletas” da religião não enxerga de maneira positiva e otimista a vida, porque está direcionada somente à visão viciosa do destino que a espera.
A respeito das afirmações, assinale está correto apenas o que se afirma em:
Nota: 10.0
	
	A
	II
	
	B
	III
	
	C
	I e II
	
	D
	I e III
	
	E
	II e III
Você acertou!
Comentário:A afirmativa I está incorreta, pois o niilismo, marcado pela crise dos valores, “pode ser considerado um sintoma do enfraquecimento da vontade. O homem moralizado passa a atribuir valores a coisas do além e vive em conformidade com suas crenças”. A afirmativa II está correta, visto que, no niilismo, “a vida é enfraquecida, pois a vontade de viver e de experimentar a si próprio é alienada a um ideário religioso que faz com que os afetos humanos se esvaeçam”. A afirmativa III está correta, pois em razão do vazio de valores, “o homem acostumado a utilizar as muletas das crenças não consegue mais responder de forma otimista e positiva à vida diante das vicissitudes que o destino lhe reserva e não sabe o que fazer com a notícia [...] da morte de Deus” (livro-base, p. 64).
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