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Ergonomia - Unicesumar

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Prévia do material em texto

ERGONOMIA
PROFESSORA
Me. Veridianna Cristina Teodoro Ferreira Berbel
Quando identificar o ícone QR-CODE, utilize o aplicativo 
Unicesumar Experience para ter acesso aos conteúdos online. 
O download do aplicativo está disponível nas plataformas:
Acesse o seu livro também disponível na versão digital.
Google Play App Store
2 
ERGONOMIA 
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jd. Aclimação 
Cep 87050-900 - Maringá - Paraná - Brasil
www.unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a Distância; 
BERBEL, Veridianna Cristina Teodoro Ferreira.
 Ergonomia. Veridianna Cristina Teodoro Ferreira Berbel
 Maringá - PR.:Unicesumar, 2019. Reimpressão 2020.
 176 p.
 “Graduação em Design - EaD”.
 1. Ergonomia. 2. Antropometria. 3. EaD. I. Título.
ISBN 978-85-459-1844-8 CDD - 22ª Ed. 620.82
CIP - NBR 12899 - AACR/2
Ficha Catalográfica Elaborada pelo Bibliotecário
João Vivaldo de Souza - CRB-8 - 6828
Impresso por: 
DIREÇÃO UNICESUMAR
Reitor Wilson de Matos Silva, Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho, Pró-Reitor Executivo de EAD 
William Victor Kendrick de Matos Silva, Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin, Presidente 
da Mantenedora Cláudio Ferdinandi.
NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Diretoria Executiva Chrystiano Mincoff, James Prestes, Tiago Stachon, Diretoria de Graduação Kátia 
Coelho, Diretoria de Pós-Graduação Bruno do Val Jorge, Diretoria de Permanência Leonardo Spaine, 
Diretoria de Design Educacional Débora Leite, Head de Curadoria e Inovação Tania Cristiane Yoshie 
Fukushima, Gerência de Processos Acadêmicos Taessa Penha Shiraishi Vieira, Gerência de Curadoria 
Carolina Abdalla Normann de Freitas, Gerência de Contratos e Operações Jislaine Cristina da Silva, 
Gerência de Produção de Conteúdo Diogo Ribeiro Garcia, Gerência de Projetos Especiais Daniel Fuverki 
Hey, Supervisora de Projetos Especiais Yasminn Talyta Tavares Zagonel
Coordenador(a) de Conteúdo Larissa Siqueira Camargo, Projeto Gráfico José Jhonny Coelho, Editoração 
Arthur Cantareli Silva, Designer Educacional Bárbara Neves, Revisão Textual Meyre Barbosa da Silva, 
Ilustração Rodrigo Barbosa, Fotos Shutterstock.
Em um mundo global e dinâmico, nós trabalhamos 
com princípios éticos e profissionalismo, não 
somente para oferecer uma educação de qualidade, 
mas, acima de tudo, para gerar uma conversão 
integral das pessoas ao conhecimento. Baseamo-
nos em 4 pilares: intelectual, profissional, emocional 
e espiritual.
Iniciamos a Unicesumar em 1990, com dois cursos de 
graduação e 180 alunos. Hoje, temos mais de 100 mil 
estudantes espalhados em todo o Brasil: nos quatro 
campi presenciais (Maringá, Curitiba, Ponta Grossa 
e Londrina) e em mais de 300 polos EAD no país, 
com dezenas de cursos de graduação e pós-graduação. 
Produzimos e revisamos 500 livros e distribuímos mais 
de 500 mil exemplares por ano. Somos reconhecidos 
pelo MEC como uma instituição de excelência, com 
IGC 4 em 7 anos consecutivos. Estamos entre os 10 
maiores grupos educacionais do Brasil.
A rapidez do mundo moderno exige dos educadores 
soluções inteligentes para as necessidades de todos. 
Para continuar relevante, a instituição de educação 
precisa ter pelo menos três virtudes: inovação, 
coragem e compromisso com a qualidade. Por 
isso, desenvolvemos, para os cursos de Engenharia, 
metodologias ativas, as quais visam reunir o melhor 
do ensino presencial e a distância.
Tudo isso para honrarmos a nossa missão que é 
promover a educação de qualidade nas diferentes áreas 
do conhecimento, formando profissionais cidadãos 
que contribuam para o desenvolvimento de uma 
sociedade justa e solidária.
Vamos juntos!
Wilson Matos da Silva
Reitor da Unicesumar
boas-vindas
Prezado(a) Acadêmico(a), bem-vindo(a) à 
Comunidade do Conhecimento. 
Essa é a característica principal pela qual a Unicesumar 
tem sido conhecida pelos nossos alunos, professores 
e pela nossa sociedade. Porém, é importante 
destacar aqui que não estamos falando mais daquele 
conhecimento estático, repetitivo, local e elitizado, mas 
de um conhecimento dinâmico, renovável em minutos, 
atemporal, global, democratizado, transformado pelas 
tecnologias digitais e virtuais.
De fato, as tecnologias de informação e comunicação 
têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, de 
lugares, de informações, da educação por meio da 
conectividade via internet, do acesso wireless em 
diferentes lugares e da mobilidade dos celulares. 
As redes sociais, os sites, os blogs e os tablets aceleraram 
a informação e a produção do conhecimento, que não 
reconhece mais fuso horário e atravessa oceanos em 
segundos.
A apropriação dessa nova forma de conhecer 
transformou-se hoje em um dos principais fatores de 
agregação de valor, de superação das desigualdades, 
propagação de trabalho qualificado e de bem-estar. 
Logo, como agente social, convido você a saber cada 
vez mais, a conhecer, a entender, a selecionar e a usar 
a tecnologia que temos e que está disponível. 
Da mesma forma que a imprensa de Gutenberg 
modificou toda a cultura e a forma de conhecer, 
as tecnologias atuais e suas novas ferramentas, 
equipamentos e aplicações estão mudando a nossa 
cultura e transformando a todos nós. Então, priorizar o 
conhecimento hoje, por meio da Educação a Distância 
(EAD), significa possibilitar o contato com ambientes 
cativantes, ricos em informações e interatividade. É 
um processo desafiador, que ao mesmo tempo abrirá 
as portas para melhores oportunidades. Como já disse 
Sócrates, “a vida sem desafios não vale a pena ser vivida”. 
É isso que a EAD da Unicesumar se propõe a fazer. 
Willian V. K. de Matos Silva
Pró-Reitor da Unicesumar EaD
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está 
iniciando um processo de transformação, pois quando 
investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou 
profissional, nos transformamos e, consequentemente, 
transformamos também a sociedade na qual estamos 
inseridos. De que forma o fazemos? Criando 
oportunidades e/ou estabelecendo mudanças capazes 
de alcançar um nível de desenvolvimento compatível 
com os desafios que surgem no mundo contemporâneo. 
O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de 
Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo 
este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens 
se educam juntos, na transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem 
dialógica e encontram-se integrados à proposta 
pedagógica, contribuindo no processo educacional, 
complementando sua formação profissional, 
desenvolvendo competências e habilidades, e 
aplicando conceitos teóricos em situação de realidade, 
de maneira a inseri-lo no mercado de trabalho. Ou seja, 
estes materiais têm como principal objetivo “provocar 
uma aproximação entre você e o conteúdo”, desta 
forma possibilita o desenvolvimento da autonomia 
em busca dos conhecimentos necessários para a sua 
formação pessoal e profissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de crescimento 
e construção do conhecimento deve ser apenas 
geográfica. Utilize os diversos recursos pedagógicos 
que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita. 
Ou seja, acesse regularmente o Studeo, que é o seu 
Ambiente Virtual de Aprendizagem, interaja nos 
fóruns e enquetes, assista às aulas ao vivo e participe 
das discussões. Além disso, lembre-se que existe 
uma equipe de professores e tutores que se encontra 
disponível para sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em 
seu processo de aprendizagem, possibilitando-lhe 
trilhar com tranquilidade e segurança sua trajetória 
acadêmica.
boas-vindas
Débora do Nascimento Leite
Diretoria de Design Educacional
Janes Fidélis Tomelin
Pró-Reitor de Ensino de EAD
Kátia Solange Coelho
Diretoria de Graduação 
e Pós-graduação
Leonardo Spaine
Diretoria de Permanência
autores
Me. Veridianna Cristina Teodoro Ferreira Berbel
Graduada em Design de Moda pelo Instituto Educacional do Estado de São Paulo (2011). 
Possui curso de extensão na França e na Itália,com foco de pesquisa em Design e em 
Criação de produto (2013); especialista em Moda, em Produto e em Comunicação pela 
Universidade Estadual de Londrina (2013); mestre em Design, em Arte e em Tecnologia pela 
Universidade Anhembi Morumbi (2016); e, atualmente, é doutoranda em Design também 
pela Universidade Anhembi Morumbi. Tem experiência nas áreas de Design de Moda, de 
produto, de interiores e de gráfico, atuando principalmente nos seguintes temas: desen-
volvimento de produto; ergonomia; tecnologia têxtil; projeto; design; meios de produção; 
modelagem; gestão e metodologia científica; e ministra cursos de visual merchandising.
Possui pesquisas e publicações nacionais e internacionais com foco em ergonomia do 
produto, em moda inclusiva, em meios de produção na moda e em tecnologia têxtil. Tem 
experiência como professora acadêmica nos cursos de graduação em Design de Moda, em 
Design de interiores, em Design Gráfico, em Arquitetura e em Engenharia de Produção.
Link: <http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K8189797J0>.
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K8189797J0
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apresentação do material
ERGONOMIA
Me. Veridianna Cristina Teodoro Ferreira Berbel
Caro (a) aluno (a), este livro tem como objetivo apresentar e discutir sobre a er-
gonomia, suas áreas de atuação e suas diferentes abordagens. Pretendo fazer isso 
de forma leve para que você compreenda o que é ergonomia e passe a ter olhar 
crítico com relação aos ambientes, aos produtos e às vestimentas.
Ao longo dos capítulos, abordaremos o tema da ergonomia em diferentes si-
tuações, pois está relacionada a todos os produtos ou os ambientes desenvolvidos 
para uso do ser humano, uma vez que a principal definição de ergonomia é adequar 
o produto/ambiente ao usuário, ao contrário de permitir que este modifique sua 
postura para utilizá-lo.
Com base nesta constatação, podemos dizer que a ergonomia teve seus pri-
meiros indícios na pré-história, quando os homens das cavernas adaptaram suas 
armas para sobrevivência. O homem pré-histórico, ao fixar na ponta de uma vara 
uma lasca de pedra afiada para facilitar a caça de forma mais confortável, segura 
e eficaz, estava, inconscientemente, realizando ergonomia. 
O surgimento dessa temática se deu, portanto, juntamente com a necessi-
dade de sobrevivência do homem primitivo que, sem querer, começou a aplicar 
seus princípios para facilitar suas tarefas, como caçar, cortar e esmagar. Assim, a 
preocupação em adaptar o ambiente e/ou construir objetos para facilitar a vida 
dos indivíduos sempre esteve presente nos seres humanos, até mesmo em tempos 
remotos. (IIDA, 2005)
A ergonomia preza pelo conforto, pela saúde e pelo bem-estar do indivíduo 
e, para isso, muitas vezes utiliza das ferramentas de medições da antropometria 
para obter o resultado desejado–
antropometria será vista detalhadamente na Unidade I.
Começaremos nosso estudo entendendo o que é ergonomia, desde o significado 
da palavra até suas áreas de atuação.Discutiremos também sobre a biomecânica, 
a antropometria e suas formas de utilização. Posteriormente, trataremos sobre 
a ergonomia em diferentes situações, bem como no ambiente de trabalho, no 
desenvolvimento de produtos, nos projetos de interiores e nos projetos de moda. 
Para facilitar a compreensão nestas áreas, usaremos alguns estudos de caso que 
ajudarão a visualizar sua aplicação.
Serão apresentados estudos de caso voltados à melhor adequação do ambiente 
ao uso humano, à compreensão do uso da ergonomia no design de produto, bem 
como o uso do design universal e, por fim, ao uso da tecnologia têxtil aliada à mo-
delagem ergonômica com a finalidade de melhor adequar a vestimenta ao corpo.
Desta forma, ficará mais fácil compreender as diferentes formas de aplicação da 
ergonomia, sua importância e todos os benefícios de sua utilização pelo usuário.
Sejam bem-vindos(a) a esta disciplina e, agora, vamos estudar!
apresentação do material
sumário
UNIDADE I
ERGONOMIA: DEFINIÇÃO E ABRANGÊNCIA
14 Definição e Surgimento da Ergonomia
16 Abrangência da Ergonomia
21 Aplicação na Vida Diária
32 Aplicação da Antropometria
UNIDADE II
ERGONOMIA EM AMBIENTE DE TRABALHO
50 Biomecânica Ocupacional
54 Posto de Trabalho, Controles e Manejos 
57 Percepção e Processamento de Informação 
63 Ergonomia no Dia a Dia 
UNIDADE III
ERGONOMIA DO PRODUTO
78 Adaptação Ergonômica de Produtos
81 Projetos Universais
86 Desenvolvimento de Produto Ergonômico
88 A Importância de Produtos Ergonômicos
90 Estudo de Caso
UNIDADE IV
ERGONOMIA APLICADA NO AMBIENTE
110 Iluminação e Cores
117 Ruídos e Vibrações 
122 Ergonometria
124 Ergonomia e Mobiliário
126 Estudo de Caso 
UNIDADE V
ERGONOMIA NA MODA
146 Aplicação da Antropometria na Moda
149 Ergodesign e a Matéria-Prima Tecnológica
153 Ergonomia na Modelagem
158 Projeto de Moda Universal
164 Percepção do Usuário no Uso da Vestimenta 
Ergonômica
177 Conclusão geral
Professora Me. Veridianna Cristina Teodoro Ferreira Berbel
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
• Definição e surgimento da Ergonomia
• Abrangência da Ergonomia
• Aplicação na vida diária
• Antropometria
• Aplicação da Antropometria
Objetivos de Aprendizagem
• Apresentar o conceito de Ergonomia, descrevendo seu início intuitivo na pré-
história e o seu surgimento científico. 
• Discutir a abrangência da Ergonomia, suas aplicações gerais e, também, no 
design de interiores, no design de produto e no design de moda. Além de 
diferenciar Ergonomia de concepção, de correção, de conscientização e de 
participação.
• Apresentar a Ergonomia nas atividades domésticas, no ensino, no transporte 
e em espaços públicos. 
• Definir Antropometria Estática, Dinâmica e Funcional e reconhecer as 
alterações de medidas ocasionadas por diferenças entre sexos, variações 
genéticas, influências étnicas e climáticas.
• Identificar o uso de dados antropométricos e exemplificar o uso da 
Antropometria no Design de Interiores, Design de produto e Design de Moda.
ERGONOMIA: DEFINIÇÃO E 
ABRANGÊNCIA
unidade 
I
INTRODUÇÃO
O
lá caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a)(a) à disciplina de Er-
gonomia. Neste primeiro capítulo, compreenderemos o sur-
gimento da Ergonomia, desde a pré-história, com o uso intui-
tivo, passando pelo uso consciente, porém nos seus primeiros 
passos na Revolução Industrial, chegando aos períodos da 1º e da 2º 
Guerra Mundial, com os estudos aprofundados e, posteriormente, sua 
formalização como ramo de aplicação interdisciplinar da Ciência.
Seguiremos em nosso capítulo compreendendo a abrangência da Er-
gonomia e suas formas de aplicação, para que você compreenda a impor-
tância dela em sua área do designe para fique mais claro tanto a utilização 
da Ergonomia quanto sua importância. Ao longo do texto, você encon-
trará exemplos do uso da Ergonomia e da Antropometria no Design de 
Moda, no Design de Interiores e no Design de Produto, para que você 
compreenda as diversas formas de aplicação nos diferentes tipos de pro-
dutos ou deambientes e o quanto a Ergonomia é importante, seja na vesti-
menta, no produto em geral, nos ambientes e nossistemas.
O uso da Ergonomia na vida diária também será relatado, também, 
pois pode ser aplicada na maioria das nossas atividades ao longo do dia, 
seja em casa, no trabalho, nas ruas e, até mesmo, no lazer. Quando a Ergo-
nomia está presente, a atividade a ser desenvolvida flui melhor, devida aos 
princípios que visam, principalmente, ao conforto, ao bem-estar, à saúde 
e à segurança.
Para que estes princípios sejam utilizados e aplicados corretamente, 
compreenderemos, também, a importância do uso de dados antropomé-
tricos e suas formas de aplicações, para que o ambiente, o produto ou a 
vestimenta desenvolvida sejam adequados ao uso humano e não causem 
desconforto, insegurança ou problemas de saúde, e não atrapalhe o indi-
víduo a concluir suas inúmeras atividades diárias com prazer, saúde segu-
rança e conforto.
14 
ERGONOMIA 
Como já citado na apresentação, a Ergonomia 
surgiu na pré-história, a partir da necessidade de so-
brevivência do homem primitivo. Ele começou a afiar 
e amodificar alguns detalhes das ferramentas de caça 
para que tivesse mais segurança e eficácia durante as 
caçadas, além disso faziam utensílios de barro para 
retirar água das nascentes e levá-laspara seu uso. 
Na era da produção artesanal, a preocupação em 
adequar as tarefas às necessidades humanas sempre 
esteve presente. Entretanto, as mudanças significati-
vas da ergonomia vieram com a Revolução Industrial, 
que começou na Inglaterra, em meados do século 
Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a). Para iniciar 
nosso aprendizado, começaremos compreendendo 
o que é a Ergonomia, tanto no significado da palavra 
quanto no seu surgimento. A palavra “ergonomia” 
deriva do latim cujos significados são: ergo = traba-
lho e nomos = leis naturais e/ou regras. Desta forma, 
compreendemos que a Ergonomia se refere às regras 
do trabalho com relação ao homem e, com o passar 
dos tempos, estes princípios se estenderam a todos 
os produtos criados para o uso do ser humano. Sen-
do assim, a ergonomia adapta produtos, serviços, 
ferramentas de trabalhos e ambientes aos usuários.
Definição e Surgimento 
da Ergonomia
 15
 DESIGN 
XVIII. Tal revolução caracterizou-se pela passagem 
da manufatura à indústria mecânica e com a introdu-
ção de máquinas fabris, que multiplicaram o rendi-
mento do trabalho e aumentaram a produção global.
Inicialmente, as fábricas eram escuras, sujas, ba-
rulhentas e perigosas. As jornadas de trabalho chega-
vam a 16 horas por dia, sem férias, com chefes auto-
ritários e castigos corporais. A Figura 1 mostra uma 
fábrica, nos anos de 1912, com crianças trabalhando. 
Industrial, que realizou inúmeras pesquisas referen-
tes à fadiga na indústria, principalmente nas de mi-
nas de carvão. Em 1929, este órgão foi reformulado 
para Instituto de Pesquisa para Saúde do Trabalho, 
desta forma teve seu campo de pesquisa ampliado 
com desenvolvimento de pesquisa de posturas de 
trabalho, de carga manual, de treinamento, de ilu-
minação, de ventilação, entre outras (IIDA, 2005).
Com a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), os 
conhecimentos científicos e tecnológicos adquiridos 
foram utilizados ao máximo, para construir instru-
mentos bélicos complexos, como submarinos, tan-
ques, radares, sistemas contra incêndio e aviões. As-
sim, a ergonomia se fez essencial, pois qualquer erro 
no manuseio poderia ser fatal, por isso, as pesquisas 
foram redobradas para adaptar os instrumentos bé-
licos às características e às capacidades do operador, 
com o intuito de melhorar o desempenho do usuário, 
reduzindo a fadiga e os acidentes (IIDA, 2005).
De acordo com os fatos históricos anteriormente 
relatados, a Ergonomia começou a ser elaborada a 
partir de pesquisas para combater os efeitos da Re-
volução Industrial, em busca de trabalho humaniza-
do. Em seguida, foi profundamente pesquisada, nos 
períodos das Primeira e Segunda Guerra Mundial, 
com intuito de minimizar a fadiga e, com isso, di-
minuir os riscos de acidentes fatais no manuseio de 
equipamentos bélicos. Porém, o termo “ergonomia” 
teve seu nascimento oficial em 12 de julho de 1949, 
na Inglaterra, quando cientistas e pesquisadores reu-
niram-se e decidiram formalizar a existência deste 
novo ramo de aplicação interdisciplinar da ciência 
(IIDA, 2005). A partir de sua formalização, esta área 
se apresenta para repensar o trabalho e questionar: 
como ter qualidade de vida no trabalho?
Figura 1 - Crianças trabalhando em fábrica
A partir desses fatos, alguns estudos começaram a 
ser desenvolvidos no final do século XIX e no início 
do século XX, sobre a fisiologia do trabalho, os gas-
tos energéticos e afadiga, para solucionar problemas 
decorrentes da industrialização.
Durante a Primeira Guerra Mundial (1914-
1917), na Inglaterra, foi criada a Comissão de Saúde 
dos Trabalhadores na indústria de Munição e, em 
1915, fisiologistas e psicólogos foram chamados para 
colaborar com estratégias para aumentar a produção 
de armamentos. Quando a guerra chegou ao fim, 
passou a chamar-se Instituto de Pesquisa da Fadiga 
16 
ERGONOMIA 
A saúde é priorizada na ergonomia quando seu 
limite é respeitado, evitando estresse, riscos de aci-
dente e doenças ocupacionais. A segurança condiz 
com o respeito às capacidades e às limitações do 
usuário, que contribuem com a redução de erros, de 
acidentes, de estresse e fadiga. O conforto se dá pelo 
resultado das necessidades atendidas junto ao bom 
planejamento. Necessidades estas que têm como 
foco a adequação do produto/ambiente ao homem 
de forma que respeite seus limites, priorize seu bem-
-estar e, consequentemente, aumente seu rendimen-
to, seja no trabalho ou nas atividades diárias. 
Como já vimos, a Ergonomia defende que o pro-
duto se adapte ao homem, e não o contrário.Para 
isso, atua em correção de produtos mal projetados, 
na concepção de novos produtos, na conscientiza-
ção de uso e na participação do sistema para busca 
de soluções. Os princípios ergonômicos defendem 
o bem-estar, o conforto, a saúde, a segurança, a sa-
tisfação e a eficiência do indivíduo. A eficiência do 
trabalho e o aumento da produtividade virão como 
consequência, pois, quando o indivíduo trabalha de 
forma confortável, naturalmente produzirá mais, 
pois sua fadiga, se houver, será tardia.
Abrangência da 
Ergonomia
 17
 DESIGN 
ria-prima que será desenvolvida, a vestimenta ou 
o acessório, desta forma, proporciona ao usuário a 
percepção de conforto no uso da vestimenta, resul-
tando em melhor desempenho de suas atividades di-
árias. No caso do Design de Interiores, a Ergonomia 
é aplicada no espaço, tanto em busca de conforto 
térmico, visual e auditivo, quanto na disponibilida-
de dos móveis e aplicações de facilitadores no uso 
diário do ambiente. Isso resulta em facilidade no uso 
do espaço, seja no fluxo de pessoas, no conforto do 
lar ou na implantação de soluções ergonômicas em 
ambientes de trabalho.
A contribuição da ergonomia pode ser feita na 
concepção do produto/ambiente na correção, na 
conscientização ou até mesmo na participação. A 
ergonomia de concepção ocorre quando a contri-
Também pode contribuir de diversas maneiras 
para melhorar as condições do usuário. Em alguns 
casos, para ter melhor aproveitamento, envolve di-
versos profissionais de diferentes áreas de uma em-
presa, isso porque a ergonomia pode ser estudada 
por diversas profissões, como médicos do trabalho, 
engenheiros, enfermeiros, fisioterapeutas, admi-
nistradores, compradores, designers, entre outros. 
Cada área se apropria para atender sua necessidade 
específica, porém sempre dentro dos mesmosprin-
cípios, os de favorecer o usuário e melhorar sua qua-
lidade de vida (IIDA, 2005).
Os designers, quando fazem uso da ergono-
mia, auxiliam nessa adaptação de produto/espaço 
ao usuário. Especificamente, o designer de produto 
pesquisa formas de torná-lo mais adequado ao uso 
humano, facilitando aberturas e fechamentos, com-
preensão do uso, minimização de força para manu-
seio do produto dentre outros detalhes que favore-
cem a aceitação do item.
No caso do Design de Moda, a pesquisa é fei-
ta com foco tanto na modelagem quanto na maté-
18 
ERGONOMIA 
buição se faz durante o projeto de desenvolvimento 
do produto, da máquina, do ambiente ou do sistema. 
É uma ótima situação, pois as alternativas poderão 
ser amplamente examinadas para evitar inadequa-
ção durante o uso, porém exige mais conhecimento 
e experiência, uma vez que as decisões são tomadas 
com base em situações hipotéticas, por não existir o 
produto, o ambiente ou o sistema de forma real. Para 
obter melhor resultado, aconselha-se usar como base 
situações semelhantes ou produtos similares. Algu-
mas situações podem ser simuladas no computador, 
com uso de modelos virtuais (IIDA, 2005).
A Ergonomia de Concepção é mais utilizada 
na criação de postos de trabalho, pois, antes de 
comprar maquinários e equipamentos para pro-
dução, que costumam ter alto custo, deve-se pen-
sar em todas as possibilidades, para que depois 
não necessite correção do sistema de trabalho, o 
que, muitas vezes, não é viável pelo alto investi-
mento sobre o mesmo sistema. Por isso, neste 
caso, as correções, quando necessárias, são rea-
lizadas inicialmente, modificando os elementos 
parciais do posto de trabalho, como as dimensões, 
a iluminação, o ruído, a temperatura e a conscien-
tização sobre posturas e usos do sistema. Se todas 
estas possibilidades não resolverem o problema, 
então, busca-se a correção do sistema por meio de 
compras de novos maquinários.
A imagem a seguir ilustra um projeto de layout 
com Ergonomia de Concepção, pois avalia as formas 
de uso do ambiente e aplica os aspectos ergonômi-
cos necessários. 
Figura 2 - Layout de posto de trabalho ergonômico
 19
 DESIGN 
A Ergonomia de Correção é aplicada em situações 
ou produtos já existentes e serve para resolver pro-
blemas detectados durante o uso do produto, como: 
segurança, desconforto, dificuldade de manejo, fadi-
ga excessiva, doenças derivadas do uso do produto 
ou ambiente e quantidade e/ou qualidade de produ-
ção (IIDA, 2005).
A Ergonomia de Correção é uma das mais uti-
lizadas, pois a todo momento designers procuram 
criar produtos com melhorias, baseando-se nas ina-
dequações dos produtos anteriores, por exemplo, os 
celulares, que já passaram por inúmeras correções 
com a intenção de se adequarem ao uso do indiví-
duo, facilitando seu manejo e concentrando várias 
utilidades em um só produto, como: despertador, 
agenda, bloco de notas, acesso fácil à internet etc.
As roupas também passam por correções a todo 
momento e suas intervenções ergonômicas ocorrem, 
geralmente, na modelagem e na escolha da matéria-
-prima, como os uniformes esportivos, que sempre 
são modificados com a intenção de melhorar o de-
sempenho do atleta e favorecer sua saúde. Nos uni-
formes de basquete, por exemplo, os tecidos foram 
criados para serem os mais leves possíveis para não 
atrapalhar nos saltos dados pelos atletas para alcan-
çar a cesta. Para que se torne mais confortável e ain-
da mais leve, as emendas são coladas com materiais 
específicos em vez de serem costuradas. 
Na Ergonomia de Conscientização, busca, como o 
nome sugere, conscientizar o próprio trabalhador para 
identificar e corrigir o problema quando necessário, 
seja do dia a dia ou de forma emergencial. Os impre-
vistos podem surgir a qualquer momento, e os operá-
rios devem estar preparados para enfrentá-los. 
É importante conscientizar o operador por meio 
de cursos, de treinamentos e de frequentes recicla-
gens, ensinando-o, de forma segura, a reconhecer os Figura 3 - A ergonomia no uniforme de basquete
20 
ERGONOMIA 
fatores de risco que podem surgir a qualquer mo-
mento no ambiente de trabalho. Ele deve saber exa-
tamente a providência a ser tomada numa situação 
de emergência (IIDA, 2005). Além disso, ensina o 
colaborador a usufruir os benefícios de seu posto de 
trabalho com boa postura, uso adequado de mobili-
ários e de equipamentos, auxilia na implantação de 
pausas e conscientiza sobre a importância delas.
A Ergonomia de Conscientização é muito utili-
zada por seguranças de trabalho, que conscientizam 
os operários a manusear a máquina de forma cor-
reta, com postura adequada, com atenção, e a utili-
zarem os equipamentos de segurança corretamente.
O segurança do trabalho supervisiona os ope-
rários, enquanto estão trabalhando, para evitar que 
sofram acidentes por usos inadequados de maqui-
nários ou equipamento de segurança e, quando per-
cebe algo errado, conscientiza o operário para que 
faça da forma certa e, assim, preserve sua saúde e 
sua integridade física.
A Ergonomia de Conscientização se vê também 
em produtos, como o verso das embalagens de ci-
garros, que contém os malefícios que o uso contí-
nuo daquele produto pode causar ao consumidor. 
A Figura 4 demonstra a aplicação da Ergonomia de 
Conscientização em rótulo de embalagem, com o 
intuito de conscientizar o fumante dos males que o 
cigarro pode causar.
E, por fim, a Ergonomia de Participação envol-
ve o próprio usuário do sistema na resolução do 
problema de forma mais ativa, na busca da solução 
para o problema, seja trabalhador, seja consumidor, 
Figura 4 - Ergonomia de conscientização em produto
Fonte: Anvisa (2017, on-line)1.
enquanto a Ergonomia de Conscientização procura 
apenas manter os trabalhadores e usuários informa-
dos. Este princípio acredita que o usuário tenha o 
conhecimento prático, de uso, o que contribui para 
evitar que detalhes passem despercebidos pelo pro-
jetista (IIDA, 2005).
 21
 DESIGN 
A ergonomia deve ser aplicada no produto junto as 
premissas do design, para que resultem em produtos 
e/ ou espaços adequados ao ser humano. Devemos 
sempre levar em consideração que o produto será uti-
lizado pelo corpo humano, por isso deve partir de suas 
medidas, necessidades e expectativas. O projeto ergo-
nômico tem como objetivo facilitar a vida do usuário, 
deixando-o mais confortável para, assim, aumentar 
seu desempenho, diminuir seu desgaste e eliminar 
os riscos de danos à saúde provocados pelo uso de 
produto/ambiente mal projetado. Quando aplicamos 
a ergonomia no projeto, temos que pensar no usuário 
do produto e levar em consideração suas necessida-
des, dificuldades e limitações. Devemos também pen-
sar em possibilidades de facilitar o uso do produto, a 
fim de aumentar o desempenho do usuário.
A ergonomia deveria estar presente a todo 
momento em nosso dia a dia, pois sua ausência é 
facilmente percebida, por exemplo, quando você 
acorda, depois de ter dormido com um pijama 
apertado, ou em um colchão inapropriado ou, até 
mesmo, com um travesseiro que não estava na al-
Aplicação na 
Vida Diária
22 
ERGONOMIA 
tura correta, e, imediatamente, as dores no cor-
po são percebidas. Isso ocorre também quando 
o indivíduo levanta da cama de forma incorreta, 
podendo causar um mal jeito imediato. Posterior-
mente, você resolve limpar a casa e, caso não le-
vante os objetos pesados com a postura correta, 
pode desenvolver lesões corporais sentidas ime-
diatamente ou após a finalização da tarefa. Ao la-
var uma louça numa pia mais baixa ou mais alta 
que o correto, as dores nas costas são inevitáveis.
Caso você não costume fazer serviços domésticos, 
seguranças. Ufa, quanta coisa, não? Como essa tal er-
gonomia é importante, não é? Consegue imaginar a di-
ficuldade da rotina que relatei? Sabia que muita gente 
passa exatamente, todos os dias, por esses obstáculos? 
Imagine, agora, que maravilha seria morar em uma 
casa ergonômica, numa cidade ergonômica e, ainda, 
trabalharnuma empresa ergonômica. Muito do stress, 
da fadiga e das dores no corpo seriam evitadas. Por 
isso cabe a nós, designers, tentar inserir, ao máximo, a 
ergonomia em cada projeto que desenvolvermos e em 
cada adequação que fazermos.
Figura 5 - Posições do dia a dia com e sem ergonomia
Fonte: RPG Souchard ([2018], on-line)2. 
A Figura 5 ilustra alguns movimentos do dia a dia 
que muitas pessoas fazem de maneira completamen-
te incorreta, o que pode acarretar problemas futuros 
como dores, inflamações, entre outras enfermidades 
causadas por posturas incorretas.
usuário ao lado e uma insegurança quando o ônibus frear 
rapidamente ou fizer uma curva em velocidade por conta 
da falta de cintos de segurança.
Ao chegar em seu ambiente de trabalho, pode ser 
que se depare com uma cadeira desconfortável, uma 
mesa baixa, um computador sem apetrechos de apoio 
que evite doenças causadas por movimentos repetiti-
vos. Ou pode ser que você trabalhe horas seguidas em 
pé, às vezes, até sem poder se movimentar, como os 
mas trabalhe, ou estude fora, 
sentirá falta da ergonomia 
quando sair de casa e andar 
por calçadas desniveladas e 
esburacadas. Se for pegar um 
ônibus, e o ponto não for cor-
retamente coberto, irá se mo-
lhar caso esteja chovendo, ou, 
então, sentirá o forte calor do 
sol, dependendo do horário. 
Ao observar uma pessoa 
de mais idade subir os altos 
degraus do ônibus, perceberá 
quão inadequados são. Quando 
se sentar no ônibus, que, geral-
mente, tem o assento estreito, 
sentirá um desconforto com o 
 23
 DESIGN 
 F
ig
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6 
- H
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 d
e 
V
itr
úv
io
 (H
om
em
 V
itr
uv
ia
no
)
A Antropometria é ferramenta utilizada pela Ergo-
nomia, que utiliza pesquisas intensas das medidas 
dos usuários de diversas formas, desde eretas, em 
movimento e, até mesmo, em alcances. Como já foi 
dito, um projeto que será desenvolvido para o uso 
humano deve se basear nas medidas humanas, além 
de levar em consideração as formas de usos, necessi-
dades, capacidades e limitações.
24 
ERGONOMIA 
As formas e as proporções da constituição física 
humana têm encantado artistas, filósofos, arquitetos 
e teóricos há muito tempo, desde épocas remotas. 
No século I a.C., o arquiteto romano Vitrúvio estu-
dava as proporções do corpo humano, um século e 
meio mais tarde estes mesmos estudos foram reto-
mados por Leonardo da Vinci, com o Homem de 
Vitrúvio. Mais tarde, outros estudiosos também se 
debruçaram sobre o assunto, como o inglês Gibson 
e Bonomi, em 1957, e o arquiteto Francês Le Corbu-
sier com o tão conhecido Modulador, nos anos de 
1960. (MARTINS, 2008).
 Nesse sentido, essa pesquisa é fundamental para 
a criação de ambientes, arquiteturas, postos de 
trabalhos, bem como para o desenvolvimento de 
roupas, calçados, acessórios, artigos para espor-
tes, vestimentas para atender às diversas deficiên-
cias, entre muitos outros produtos, como assevera 
Saltzman (2008).
 A Antropometria dá-se pelo estudo das me-
didas do indivíduo em diferentes situações. Desse 
modo, os tipos de medidas dependem do produto 
ou ambiente a ser desenvolvido.
Por exemplo, no caso do desenvolvimento de 
um teclado de computador, deve-se levar em con-
sideração as medidas das mãos e o alcance dos de-
dos para que o teclado não seja projetado maior 
que o alcance das mãos, o que causaria desconfor-
to no uso do objeto.
Essas medidas antropométricas devem ser tira-
das com muito cuidado e com muita precisão, pois 
qualquer detalhe pode alterar os dados do estudo. 
Se pessoas serão medidas com ou sem roupas, com 
ou sem sapatos, entre outros detalhes que devem 
ser definidos antes de começar as medições. Se fi-
car determinado que as medidas serão feitas com 
roupas íntimas, então, todos deverão estar vestidos 
apenas com roupas íntimas, e assim por diante. Isso 
torna o estudo mais preciso.
Um produto adequado ao corpo deve ser em-
basado em medidas antropométricas, se levarmos 
em consideração que, em alguns casos, o usuário 
não permanecerá estático com o produto ao cor-
po, esse é o caso das vestimentas. Por isso, quan-
do se pretende trabalhar com vestuário, o ideal 
é conhecer as proporções e dimensões do corpo, 
para que a vestimenta se ajuste ao usuário e se 
mova de forma confortável. 
Figura 7 - O Modulor, de Le Corbusier
Fonte: Dezeen (2015, on-line)4.
As proporções do corpo humano foram estuda-
das em diferentes épocas e com pretensões diver-
sas, por isso, ao criarmos algo para o uso huma-
no, devemos considerar esses estudos, a fim de 
evitar erros, como o de adequação ao corpo.
 25
 DESIGN 
Figura 8 - Alcance ótimo e máximo (antropometria dinâmica) para determinar o tamanho da superfície de trabalho
Fonte: Adaptado de IIDA, 2005, p. 146.
Figura 9 - Dimensionamento da superfície de trabalho para postura em pé
Fonte: Adaptado de IIDA, 2005, p. 147.
26 
ERGONOMIA 
Figura 10 - (A) Dimensões do posto de trabalho sentado, (B) Problemas dimensionais causados por assentos inadequados.
Fonte: Adaptado de IIDA (2005, p. 145 - 152).
A
Cadeira
Mesa regulável
Dimensões em cm
37-5354-74
Mesa fixa
Apoios 
para os
pés
Cadeira
74
47-57
0-20
B
 27
 DESIGN 
O designer/projetista deve conhecer a estrutura bá-
sica do corpo, como os movimentos, a anatomia, 
as formas e as medidas, já que o dimensionamento 
adequado do vestuário é tão importante quanto as 
sensações de conforto, de segurança, de proteção e a 
estética do produto (BOUERI, 2008).
Um único estudo antropométrico não é válido 
para toda a população mundial, pois existem di-
ferenças étnicas e climáticas que influenciam nas 
medidas do corpo humano. Além disso, há diferen-
ciações de medidas entre homens e mulheres, bem 
como as variações de medidas que ocorrem em um 
ser humano ao longo de sua vida, há diferenças in-
questionáveis entre uma criança de 5 anos, um ado-
lescente de 15, um adulto de 30 e, assim, por diante. 
Por isso, é preciso saber para quem estamos desen-
volvendo o produto, para nos basearmos nas medi-
das relativas à etnia do indivíduo, à faixa-etária e ao 
tipo de uso do produto, para nos referirmos ao tipo 
de medidas estáticas, dinâmicas ou funcionais.
Até 1940, a antropometria visava determinar 
apenas algumas grandezas médias, como o peso e a 
estatura da população, depois passaram a determi-
nar as variações das medidas e os alcances dos mo-
vimentos (IIDA, 2005).
Os primeiros estudos são datados há muitos 
anos, mas essas pesquisas foram aplicadas de fato, e 
de forma sistêmica, em projetos somente a partir da 
década de 1950, por conta do desenvolvimento de 
métodos para aplicação das medidas corporais em 
diferentes tipos de projetos. 
Nesse mesmo período, surgiu, nos Estados 
Unidos, o escritório de projetos Henry Drey-
fuss, que atuou na área de design, elaborando 
projetos com dados ergonômicos e antropomé-
tricos da população usuária (BOUERI, 2008 
apud FERREIRA, 2016, p. 37).
A princípio, estas medidas eram tiradas de forma 
manual, mas, atualmente, existem máquinas que es-
Figura 11 - Evolução antropométrica ao longo da vida do ser humano. Pode-se notar que algumas medidas variam mais que outras. Por exemplo, o 
tamanho da cabeça varia menos que o comprimento dos braços e pernas
28 
ERGONOMIA 
Esses dados podem ser utilizados em todo e qual-
quer produto que seja destinado ao uso do homem, 
como um mobiliário, um posto de trabalho, objetos 
de uso e, até mesmo, uma vestimenta. Este estudo 
de medidas é fundamental em diferentes setores, o 
que prova isso são os inúmeros produtos inadequa-
dos que já foram e ainda são exportados para outros 
países sem considerar as variações de medidas por 
influências étnicas e/ou climáticas.
Um exemplo de inadequação foram as antigas 
máquinas locomotivas exportadas pelos ingleses 
para a Índia. Elas não se adaptavam aos operadores 
indianos, por desconformidade com as medidas dos 
locais. Outro exemplo ocorreu durante a guerra do 
Vietnã, quando os soldados vietnamitas com altu-
ra média de 160,5 cm tinham muita dificuldade emoperar as máquinas bélicas fornecidas pelos norte-a-
mericanos, e isso porque foram projetadas para uma 
altura média de 174,5 cm (IIDA, 2005).
Esses exemplos demonstram o risco que um usu-
ário corre ao utilizar um produto que não tenha sido 
projetado de acordo com suas medidas corporais e 
medidas de alcances. Riscos ao usuário, no entanto, 
caneiam o corpo humano e identificam, detalhada-
mente, suas dimensões, facilitando o detalhamento 
dos dados antropométricos para aplicação em dife-
rentes setores, tanto da moda como no projeto de 
ambientes ou na criação de novos produtos.
existem em diversos produtos. Isso acontece quando 
não se pesquisa as mediadas da constituição física para 
criar um produto para o corpo, ou quando não se leva 
em consideração as medidas da região para a qual se 
destina determinado produto,, aumentando o risco de 
inadequação do produto ao usuário.
Pode-se apontar, como exemplo, pesquisas de 
medidas para a população brasileira, que apresentam 
diversos problemas, devido à miscigenação existente, 
desse modo, há uma variação considerável de medi-
das, se considerarmos todo o país. Essas diferenças 
concentram-se nas cinco regiões brasileiras, tendo, 
em cada uma, variações consideráveis. Desta forma, 
os estudos que se destinam às medidas corporais ou a 
modelagens brasileiras devem ser divididos por regi-
ões, resultando em cinco padrões de medidas.
 As medidas antropométricas podem ser estáti-
cas ou dinâmicas. As estáticas referem-se às medidas 
do corpo parado, sem movimento, e são muito utili-
zadas no processo de alfaiataria. As medidas antro-
pométricas dinâmicas, por sua vez, são tiradas com 
o corpo em movimento, assim como as funcionais, 
esta, porém, refere-se a movimentos específicos que 
serão desenvolvidos com o produto. Essas informa-
ções são adequadas para projetar, principalmente, 
vestuários esportivos, pois considera todos os movi-
mentos que o atleta produzirá, e, em cada esporte, o 
tipo de movimento será diferente (BOUERI, 2008).
A imagem a seguir traz as imagens das prin-
cipais formas de medição das diferentes partes do 
corpo humano estático, na tabela a seguir é possível 
notar a média de medidas feita por meio do estudo 
antropométrico realizado na Alemanha, assim po-
demos perceber que há inúmeras formas de se me-
dir o corpo humano, tudo vai depender a utilidade 
das medidas, e do quanto elas são importantes para 
aquele determinado projeto.
Quando o ponto de contato entre o produto 
e as pessoas se torna um ponto de fricção, 
então o design industrial falhou.
(Henry Dreyfuss)
REFLITA
 29
 DESIGN 
1,5
1,4
1,6
1,8 1,1
2,8
2,9
2,10
1,7 1,9 3,3 
3,2
3,1 4,21
4,6 4,5
2,12
5,1
2,13
4,4
4,7
2,1
2,2
2,3
2,4
2,6 2,5
2,111,3
1,2
1,1
3,4
5,2
5,3
4,1
4,3
3,5
Figura 12 - Medição estática
Fonte: Brendler (on-line, 2013)8.
MEDIDAS DE ANTROPOMETRIA ESTÁTICA (CM)
MULHERES HOMENS
5% 50% 95% 5% 50% 95%
1 
CO
RP
O
 E
M
 P
É
1.1 Estatura, corpo ereto 151 161,9 172,5 162,9 173,3 184,1
1.2 Altura dos olhos, em pé, ereto 140,2 150,2 159,6 150,9 161,3 172,1
1.3 Altura dos ombros, em pé, ereto 123,4 133,9 143,6 134,9 144,5 154,2
1.4 Altura do cotovelo, em pé, ereto 95,7 103 110 102,1 109,6 117,9
1.5 Altura do centro da mão, braço pedindo, em pé 66,4 73,8 80,3 72,8 76,7 82,8
1.6 Altura do centro da mão, braço erguido, em pé 174,8 187,8 200 191 205,1 221
1.7 Comprimento do braço, na horizontal, até o centro da mão 61,6 69 76,2 66,2 72,2 78,7
1.8 Profundidade do corpo, na altura do tórax 23,8 28,5 35,7 23,3 27,6 31,8
1.9 Largura dos ombros, em pé 32,3 35,5 38,8 36,7 39,8 42,8
1.10 Largura dos quadris, em pé 31,4 35,8 40,5 31 34,4 36,8
Tabela 01 - Média de medidas tomadas em antropometria estática
30 
ERGONOMIA 
MEDIDAS DE ANTROPOMETRIA ESTÁTICA (CM)
MULHERES HOMENS
5% 50% 95% 5% 50% 95%
2 
CO
RP
O
 S
EN
TA
D
O
2.1 Altura da cabeça, a partir do assento, tronco ereto 80,5 85,7 91,4 84,9 90,7 96,2
2.2 Altura dos olhos, a partir do assento, tronco ereto 68 73,5 78,5 73,9 79 84,4
2.3 Altura dos ombros, a partir do assento, tronco ereto 53,8 58,5 63,1 56,1 61 65,5
2.4 Altura do cotovelo, a partir do assento, tronco ereto 19,1 23,3 27,8 19,3 23 28
2.5 Altura do joelho, sentado 46,2 50,2 54,2 49,3 53,5 57,4
2.6 Altura poplítea (parte inferior da coxa) 35,1 39,5 43,4 39,9 44,2 48
2.7 Comprimento do antebraço, na horizontal, até o centro da mão 29,2 32,2 36,4 32,7 36,2 38,9
2.8 Comprimento nádega-poplítea 42,6 48,4 53,2 45,2 50 55,2
2.9 Comprimento da nádega-joelho 53 58,7 63,1 55,4 59,9 64,5
2.10 Comprimento nádega-pé, perna estendida na horizontal 95,5 104,4 112,6 96,4 103,5 112,5
2.11 Altura da parte superior das coxas 11,8 14,4 17,3 11,7 13,6 15,7
2.12 Largura entre os cotovelos 37 45,6 54,4 39,9 45,1 51,2
2.13 Largura dos quadris, sentado 34 38,7 45,1 32,5 36,2 39,1
3 
CA
BE
ÇA
3.1 Comprimento vertical da cabeça 19,5 21,9 24 21,3 22,8 24,4
3.2 Largura da Cabeça, de frente 13,8 14,9 15,9 14,6 15,6 16,7
3.3 Largura da cabeça de perfil 16,5 18 19,4 18,2 19,3 20,5
3.4 Distância entre os olhos 5 5,7 6,5 5,7 6,3 6,8
3.5 Circunferência da cabeça 52 54 57,2 54,8 57,3 59,9
4 
M
ÃO
S
4.1 Comprimento da mão 15,9 17,4 19 17 18,6 20,1
4.2 Largura da mão 8,2 9,2 10,1 9,8 10,7 11,6
4.3 Comprimento da palma da mão 9,1 10 10,8 10,1 10,9 11,7
4.4 Largura da palma da mão 7,2 8 8,5 7,8 8,5 9,3
4.5 Circunferência da palma 17,6 19,2 20,7 19,5 21 22,9
4.6 Circunferência do pulso 14,6 16 17,7 16,1 17,6 18,9
4.7 Cilindro da pega máxima (diâmetro) 10,8 13 15,7 11,9 13,8 15,4
5 
PÉ
S
5.1 Comprimento do pé 22,1 24,2 26,4 24 26 28,1
5.2 Largura do pé 9 9,7 10,7 9,3 10 10,7
5.3 Largura do calcanhar 5,6 6,2 7,2 6 6,6 7,4
Fonte: IIDA (2005, p. 118).
 31
 DESIGN 
Os supermaiôs utilizados pelos nadadores 
alguns anos atrás foi proibido. As polêmicas 
começaram na natação mundial, em fevereiro 
de 2008, quando uma marca de acessórios 
esportivos da Austrália lançou o supermaiô 
LZR, produzida em parceria com a Nasa e pa-
tenteada em Portugal. A nova roupa auxiliava 
o fluxo de oxigênio no corpo do atleta, que 
também ganhava nova posição hidrodinâmica 
e velocidade incrível dentro da água. 
Com essa medida, uma nova regra surge na 
natação mundial: “Nenhum nadador será auto-
rizado a utilizar ou vestir qualquer máquina ou 
maiô que possa lhe dar velocidade, resistência 
ou flutuação extras durante uma competição”, 
consta no regulamento. Mas não podemos 
deixar de reconhecer o quanto este produto 
é inovador e ergonômico, mas que o produto 
é sensacional, isso é.
Fonte: UOL ([2018], on-line)7.
SAIBA MAIS
Adução Abdução
Fle
xã
o
Extensão
Extensão
Flexão
Adução Abdução
Fle
xã
o
Extensão
Flexão
Se partirmos do princípio de que não são apenas 
os atletas que vivem em movimentos constantes, pode-
mos, então, levar em consideração o uso dessas medidas 
dinâmicas no projeto de roupas comuns, sem o apelo 
esportivo, já que um indivíduo com inúmeras ativida-
des diárias precisa ter liberdade para movimentar-se de 
forma geral, como: sentar, levantar, agachar, deitar, subir 
e descer escadas, andar, correr, entre muitos outros mo-
vimentos comuns presentes no nosso dia a dia, de modo 
que estes produtos não nos impeçam de fazê-lo de for-
ma confortável ou, até mesmo, de forma rápida e segu-
ra, sem causar desgaste, desconforto ou insegurança em 
pequenos movimentos cotidianos (FERREIRA, 2016).
A imagem demonstra o corpo parado em diferen-
tes posições para que seja feita a medição antropo-
métrica estática. Em seguida, demonstra os pontos de 
articulação que devem ser levados em consideração 
no momento das medidas dinâmicas.
Figura 13 - Medição dinâmica
Fonte: IIDA, 2005, p. 127.
32 
ERGONOMIA 
Como os dados antropométricos podem ser extraí-
dos de diversos países, deve-se, antes de qualquer coi-
sa, certificar-se da origem dos dados. Posteriormente, 
deve-se verificar alguns fatores que influenciam nos 
resultados das medidas, tais como: etnia, profissão, 
faixa etária, épocae condições especiais (IIDA, 2005).
A etnia influencia nos resultados dos dados, por 
isso, deve-se ter conhecimento da região que os da-
dos foram retirados e para qual região serão aplica-
dos para que não haja incoerência, devido às dife-
renças nas proporções corporais (IIDA, 2005).
O homem é a medida de todas as coisas, das 
coisas que são, enquanto são, das coisas que 
não são, enquanto não são.
(Protágoras de Abdera)
REFLITA
Aplicação da
Antropometria
A imagem a seguir demonstra as diferenças de pro-
porções dos corpos de diferentes etnias.
 33
 DESIGN 
A profissão deve ser levada em consideração para 
que alguns cuidados sejam tomados, com relação à 
predominância de homens ou mulheres ou, até mes-
mo, à faixa etária predominante, que também deve 
ser considerada por conta das formas corporais que 
se modificam, continuamente, com a idade. A época 
em que os dados antropométricos foram realizados 
também é importante, pois eles evoluem com o tem-
po. E, por fim, as condições em que as medidas fo-
ram tiradas, se as pessoas estavam com ou sem rou-
pas, com ou sem calçados, e assim por diante.
Os itens mencionados anteriormente são apenas 
para adequar os dados antropométricos ao público, 
no qual o produto ou espaço será projetado. Além da 
adequação às proporções, deve-se, também, definir 
se utilizará as medidas dinâmicas ou estáticas, para 
isso, é preciso ter conhecimento de como o corpo se 
portará durante o uso do produto, pois, caso o pro-
duto exija poucos ou nenhum movimento do cor-
po, as medidas utilizadas poderão ser as dinâmicas, 
como postos de trabalhos de escritórios. Se o produ-
to exigir maiores movimentos corporais, a exemplo 
das vestimentas, então, os dados antropométricos 
deverão ser os dinâmicos. Ou, então, caso seja ne-
cessário, pode-se aplicar a antropometria funcional, 
na qual se baseia nas medidas associadas à tarefa.
Do ponto de vista industrial, visando reduzir 
custo, o ideal seria fabricar um produto padroniza-
do para toda a população, em contrapartida propor-
cionaria desconforto e insegurança ao usuário, além 
disso, se tornaria crítico em caso de produtos de uso 
individual, como vestuário, calçados e equipamento 
Figura 14 - Diferenças étnicas
Fonte: IIDA, 2005.
34 
ERGONOMIA 
de proteção individual. A falta de adaptação pode 
reduzir a eficiência do produto. Para que isso não 
aconteça, vejamos os cinco princípios para aplicação 
de dados antropométricos propostos por Iida (2005).
Para a indústria, quanto mais padronizado melhor, pois 
minimiza o custo. Sendo assim, é mais comum a aplica-
ção do primeiro e segundo princípio. Os custos aumen-
tam, relativamente, no caso da aplicação do terceiro e 
quarto princípios, já o quinto é inviável para a indústria, 
necessitando de mão de obra especializada. Em contra-
partida, para a ergonomia, quanto menos padronizado 
e mais adaptável melhor, pois se entende que os corpos 
são diferentes e necessitam de cuidados, adequações e 
ajustes diferentes para que cumpra seus princípios de 
conforto, saúde, eficiência e prazer no uso.
Ao desenvolver um produto ou ambiente, é ne-
cessário ter conhecimento do usuário para que se 
possa utilizar os dados antropométricos e aplicá-los 
da forma correta, levando em consideração as ne-
cessidades dos usuários.
1
4
5
2
3
Primeiro princípio:
Quarto princípio:
Quinto princípio:
Segundo princípio:
Terceiro princípio:
refere-se aos projetos dimensionados para a média da po-
pulação neste caso, utiliza-se o percentil de 50%. É mais uti-
lizado em produtos de uso coletivo, como o banco do ponto 
de ônibus. Isso não quer dizer que será ótimo para todos, 
mas, coletivamente, causará menos incômodo à maioria, 
por isso, em produtos de uso coletivo, são aplicados os da-
dos antropométricos referentes à média da população.
refere-se aos projetos que apresentam dimensões 
reguláveis para se adaptar ao usuário, geralmente, 
não abrangem o produto como um todo, apenas nas 
regiões críticas para o desempenho. Um exemplo é o 
banco do automóvel, que possui regulagem de distân-
cia, de altura, de encosto e, às vezes, até de encaixe 
da coluna. Estes ajustes são necessários para preser-
var a segurança, conforto e eficiência do usuário.
este último refere-se aos projetos adaptados ao in-
divíduo, especificamente, para um indivíduo. Como 
os aparelhos assistivos de deficientes físicos, aparel-
hos ortopédicos, roupas feitas sob medida, sapatos 
ortopédicos que precisem de ajuste por conta de al-
guma deficiência, entre outros.
refere-se aos projetos dimensionados para um dos ex-
tremos da população, pois, em alguns casos, o uso de 
dados médios não funciona, por exemplo, em uma saída 
de emergência, onde 50% da população não conseguiria 
passar. Assim como, se for construído um painel de con-
trole para a média da população, dificultaria o acesso das 
pessoas mais baixas.
Para utilizar este princípio, é necessário saber qual a 
variável limitante, ou seja, se considerado o painel de 
controle, o limitante é o alcance dos braços. Desta forma, 
se quisermos englobar 95% da população, a medida do al-
cance dos braços não pode ser maior que o comprimento 
dos braços de 5% da população.
refere-se aos projetos que são para faixas da população, 
como acontece no caso das roupas, que são fabricadas 
em tamanhos diferentes como P (pequeno), M (médio), G 
(grande) etc. Neste caso, atende ao maior número de pes-
soas, diminuindo a inadequação.
 35
considerações finais
Caro(a) aluno(a), espero que tenham compreendido o quão importante é o uso da 
ergonomia nos projetos de design, independentemente, de ser vestimenta, produtos 
diversos, ambientes comerciais ou residenciais, enfim, tudo o que se cria para o 
uso do homem deve-se ter em mente seu corpo, sua origem, para que seja levado 
em consideração as diferenças étnicas. A faixa-etária também é importante para 
que não ocorram inadequações em virtude das diferenças corporais ao longo da 
vida. Necessidades, possibilidades de uso, facilidades e dificuldades também devem 
ser consideradas, pois quanto mais informações você tiver do seu usuário, melhor 
será a adequação do seu produto a ele.
Este capítulo permitiu-nos a discussão sobre a Ergonomia, quando surgiu, por 
que foi criada. Falamos sobre a importância dela em todas as áreas do design e o 
quanto o produto torna-se mais adequado ao uso humano quando se considera 
o corpo para criar um produto. Foi possível compreender, também, as medidas 
antropométricas, os tipos existentes e suas formas de aplicação. Por isso, devemos, 
sempre, atermo-nos ao usuário que utilizará nosso produto ou ambiente, preci-
samos saber de que região ele é, qual asua idade, quais suas dificuldades e quais 
suas necessidades.
Desta forma, buscaremos a tabela de medidas antropométricas adequada para que 
os usuários do meu produto se sintam confortáveis, tenham suas necessidades su-
pridas, além da sensação de conforto durante o uso do produto. Quando as medidas 
antropométricas não são levadas em consideração, inadequações podem acontecer 
durante o uso do produto. Essas inadequações podem resultar em desconforto, 
constrangimento ou, até mesmo, sérios problemas de saúde.
Agora, que os conhecimento básicos sobre a Ergonomia e a Antropometria foram 
apreendidos, seus objetivos, sua abrangência e sua importância, acredito que a 
compreensão dos próximos capítulos será mais fácil e eficaz.
36 
atividades de estudo
1. A adaptação ergonômica de produtos tem uma longa história. A conside-
ração de fatores humanos no desenvolvimento de produtos tem sido um 
dos elementos de sua diferenciação no mercado consumidor. Trata-se de 
uma forma de adaptar a natureza às necessidades do homem, modifican-
do-a e criando meios artificiais, quando ela não lhe é conveniente.
A adaptação de produtos já existentes para inserção de características ergonô-
micas enquadra-se em qual tipo de ergonomia? 
a. Ergonomia de conscientização.
b. Ergonomia de correção.
c. Ergonomia de participação.
d. Ergonomiade concepção.
e. Ergonomia espacial.
2. A ergonomia é um conjunto de ciências que visa ao bem-estar e ao conforto 
do ser humano. Quando a Ergonomia surgiu de forma intuitiva, começou 
a ser utilizada de forma consciente e quando foi denominada Ergonomia?
a. De forma intuitiva, na Pré-história, de uso consciente, em 1949, e denomi-
nada nos anos 1970.
b. De forma intuitiva, na Revolução Industrial, de uso consciente, em 1949, e 
denominada nos anos 1970.
c. De forma intuitiva, na Pré-história, de uso consciente, na Revolução Indus-
trial, e denominada ergonomia em 12 de julho 1949.
d. De forma intuitiva, na Pré-história, de uso consciente, na revolução indus-
trial, e denominada ergonomia em 1970.
e. De forma intuitiva, na Pré-história, de forma consciente, na revolução in-
dustrial, e denominada ergonomia também na revolução industrial.
3. Com relação à Antropometria Estática e Dinâmica, analise as afirmativas:
I. A estática refere-se às medidas tiradas do corpo sem movimentos.
II. A medida estática é feita com o corpo em movimento apenas no caso de 
atletas.
III. As medidas dinâmicas são tiradas com o corpo em movimento.
IV. As medidas dinâmicas são tiradas apenas no caso de desenvolvimento de 
uniformes para atletas.
 37
atividades de estudo
Assinale a alternativa correta:
a. Apenas I e II estão corretas.
b. Apenas II e III estão corretas.
c. Apenas I está correta.
d. Apenas II, III e IV estão corretas.
e. Nenhuma das alternativas está correta.
4. Com relação à aplicação da Antropometria, assinale verdadeiro (V) ou falso 
(F) nas seguintes afirmações:
( ) Para desenvolvimento de produtos de uso coletivo, o mais apropriado é o 
uso da média da população para menos inadequação dos usuários.
( ) Em caso de produtos adaptáveis, utiliza-se as medidas antropométricas de 
um usuário específico, neste caso, o que utilizará o produto.
( ) Existem os produtos com dimensões reguláveis para se adaptar ao usuário, 
geralmente, não possuem regulagens no produto como um todo, apenas nas 
regiões críticas para o desempenho. Abrangem maior parte das pessoas com 
segurança e eficácia.
Assinale a alternativa correta:
a. V, V e F.
b. F, F e V.
c. V, F e V.
d. F, F e F.
e. V, V e V.
5. A ergonomia deveria estar presente a todo momento em nosso dia a dia, 
pois sua ausência é facilmente percebida. De que forma a ergonomia pode 
ser aplicada numa residência com o intuito de facilitar os trabalhos diários?
38 
LEITURA
COMPLEMENTAR
LEVANTAMENTO DE DADOS ANTROPOMÉTRICOS PARA O 
DIMENSIONAMENTO DE ARMÁRIOS DE GUARDAR ROUPA PARA 
CADEIRANTES 
Seleção de variáveis antropométricas 
Além da seleção dos percentis corretos para o desenvolvimento de um projeto de pro-
duto, faz-se necessária a correta seleção das variáveis antropométricas. Na verdade, 
uma das maiores razões de erro na aplicação de dados antropométricos encontra-se 
na seleção incorreta da variável pertinente. É frequente a utilização da estatura para 
definir o local de melhor visualização de mostradores, quando o certo seria utilizar a 
altura do nível dos olhos e, a partir daí, delimitar o campo de visão. Outro erro cometi-
do é a seleção da largura de ombros bideltóide, quando o que se quer é dimensionar 
a largura do apoio lombar. Neste caso, seria melhor, então, a largura do tórax entre as 
axilas para não atrapalhar a movimentação do usuário. 
Tal fato explica, parcialmente, porque, até em países onde existe profusão de levanta-
mentos, os produtos não são bem dimensionados (MORAES, 1994, p. 37). Moraes (1983, 
p. 327) lembra que se deve observar a especificidade do projeto, explicitada a partir da 
análise da tarefa, pois só dessa forma é que se determinará, em última instância, as va-
riáveis que serão necessárias ao dimensionamento da estação de trabalho ou produto. 
Variáveis antropométricas para dimensionamento de armários para guardar roupa 
As recomendações para o dimensionamento de armário de guardar roupas para ca-
deirantes que aqui apresentamos estão baseadas no referencial teórico levantado, 
assim como nas referências de Panero (2003) cujas indicações mostraram que o cor-
reto dimensionamento de um produto é fundamental para o conforto dos usuários e 
a prevenção de patologias. Ressaltamos que as recomendações aqui elaboradas ape-
nas servem como referência para um primeiro passo ao se dimensionar um armário 
 39
LEITURA
COMPLEMENTAR
de guardar roupas. Estes dados são teóricos e devem ser, exaustivamente, testados 
quanto à validade por meio da elaboração de testes antes da elaboração do produto 
final quando feito sob medida para um único usuário ou encaminhamento dos projetos 
para linha de produção. Foram levantadas as variáveis antropométricas para dimensio-
namento considerando os 5º e 95º percentis, sendo o 5º da mulher e 95º do homem, de 
forma a atender a 90% da população usuária. 
Variáveis antropométricas para dimensionamento de armários para guardar roupa
Algumas variáveis dimensionais devem ser levadas em consideração, então, define-se 
a variável dimensional e se aplica o percentil baseado nas medidas dos homens ou das 
mulheres, de acordo com o que se adequa melhor a maioria uma vez que não se dife-
rencia um armário para homens e outro armário para mulheres.
Tanto na profundidade do armário como na altura máxima da arara, aplica-se o per-
centil 5 da mulher, enquanto na largura da porta aplica-se o percentil de 95 do homem. 
O ângulo de abertura da porta deve ser de 90º, no mínimo, e, na circulação, aplica-se 
o percentil de 95 do homem. Na altura máxima do topo de gavetas, altura mínima do 
fundo de gavetas, altura máxima de prateleiras, altura mínima de prateleiras e altura 
máxima do armário devem ser aplicadas o percentil de 5 das medidas das mulheres.
Com relação ao campo de visão e visualização de objetos no armário, deve se consi-
derar o campo visual na postura sentado, sendo aplicado, então, 30º acima da linha 
padrão e 30º abaixo da linha padrão - 60º total abrangendo, assim, o percentil de 5 para 
mulheres e de 95 para homens.
Conclusão
Com base na análise feita até o momento, as pessoas com deficiência adquiriram gran-
des conquistas a partir da década de 1990, tanto no campo de pesquisa como em leis 
que garante o direito de acessibilidade, identificando e eliminando as diversas barreiras 
40 
LEITURA
COMPLEMENTAR
que impeçam a realização e exerçam as atividades no corpo social, a fim de garantir 
uma sociedade democrática. Portanto, a antropometria e a ergonomia, sob o vetor 
do design, trazem estudos de medidas físicas do corpo humano e sua relação com o 
trabalho, originando resultados que garantam as modificações nos diversos âmbitos 
sociais, dando autonomia nos espaços, nos mobiliários e equipamentos urbanos, nas 
edificações, nos serviços de transporte e dispositivos, nos sistemas e meios de comu-
nicação e informação. 
Considera-se, para tanto, de modo conclusivo e pautado nos limiares da pesquisa, que 
a aplicação adequada das práticas projetuais, associadas aos princípios do Design Uni-
versal e o emprego de requisitos antropométricos permitirão o desenvolvimento de 
mobiliário acessível e adaptado à inclusão de todas ou da maioria das pessoas ao uso 
do mesmo. No estudo aqui proposto, os requisitos antropométricos delimitados deve-
rão, exclusivamente, ser aplicados ao projeto de guarda-roupas. No entanto cabe ao 
designer, partindo do mesmo princípio aqui exposto, estabelecer parâmetros projetu-
ais adequados ao uso no que tange à relação homem x tarefa x máquina. 
Sugere-se como propostas futuras a continuidade da pesquisa no âmbito de estudo 
de requisitos para outros mobiliários, propor ambiente mobiliado inclusivo bem como 
o estudo de aplicação dos parâmetros citados à indústria moveleira. Aqui, também se 
propõe o uso do resultado da pesquisa e da sua continuidade, pautada na produção 
industrial com valor acessível à maioria.
Fonte: adaptado de Mariño, Silveira e Silva (2016).
 41material complementar
Ergonomia: Projeto e Produção
Itiro Iida e Lia Buarque
Editora: Blucher
Sinopse: nas últimas décadas, alargou-se a abrangência da ergonomia, com a 
visão macro ergonômica e com maior respeito a certas minorias populacionais, 
como as pessoas idosas, obesas e portadoras de deficiências. Neste volume, fo-
ram colocados casos de aplicação ao final dos capítulos. Sempre que possível, 
baseou-se em pesquisas brasileiras ou aquelas com possíveis aproveitamentos 
em nossas situações de trabalho. A aplicação dos conhecimentos deste livro con-
tribuirá para melhorar o desempenho humano no trabalho, reduzindo erros, 
acidentes, estresses e doenças ocupacionais. Ao mesmo tempo, contribuirá para 
aumentar o conforto e a eficiência dos trabalhadores, com evidentes resultados 
custo/benefício favoráveis.
Tempos Modernos
Ano: 1936
Sinopse: Tempos Modernos é uma crítica ao modo capitalista de produção. Os 
operários trabalhavam com cargas horárias extensas, com obrigação de pro-
duzir sempre mais em condições subumanas, lugares sujos e máquinas de ma-
nuseio perigoso. A luta por melhores salários, melhores condições de trabalho 
e por uma carga horária menor eram constantes desde a Revolução Industrial. 
O filme continua sendo atual, porque mostra um contexto social parecido com 
nosso dia a dia, como se Chaplin tivesse uma visão do futuro. O avanço tecnológi-
co não atingiu plenamente o objetivo da melhoria da sociedade humana, porque 
trouxe consequências que o homem não consegue administrar.
Comentário: o filme apresenta os problemas citados no primeiro tópico da unida-
de, onde se relata a necessidade da criação de estudos como a Ergonomia.
Indicação para Assistir
Indicação para Ler
42 
material complementar
O artigo a seguir relaciona a Ergonomia com o Design de Moda, especificamente, na modelagem.
Acesse: http://www.coloquiomoda.com.br/anais/Coloquio%20de%20Moda%20-%202006/artigos/107.pdf.
O artigo a seguir relaciona a Ergonomia com o Design de Interiores.
Acesse: https://eed.emnuvens.com.br/design/article/view/276.
Indicação para Acessar
http://www.coloquiomoda.com.br/anais/Coloquio de Moda - 2006/artigos/107.pdf
http://www.coloquiomoda.com.br/anais/Coloquio de Moda - 2006/artigos/107.pdf
http://www.coloquiomoda.com.br/anais/Coloquio de Moda - 2006/artigos/107.pdf
http://www.coloquiomoda.com.br/anais/Coloquio de Moda - 2006/artigos/107.pdf
http://www.coloquiomoda.com.br/anais/Coloquio de Moda - 2006/artigos/107.pdf
http://www.coloquiomoda.com.br/anais/Coloquio de Moda - 2006/artigos/107.pdf
http://www.coloquiomoda.com.br/anais/Coloquio de Moda - 2006/artigos/107.pdf
http://www.coloquiomoda.com.br/anais/Coloquio de Moda - 2006/artigos/107.pdf
http://www.coloquiomoda.com.br/anais/Coloquio de Moda - 2006/artigos/107.pdf
http://www.coloquiomoda.com.br/anais/Coloquio de Moda - 2006/artigos/107.pdf
http://www.coloquiomoda.com.br/anais/Coloquio de Moda - 2006/artigos/107.pdf
http://www.coloquiomoda.com.br/anais/Coloquio de Moda - 2006/artigos/107.pdf
http://www.coloquiomoda.com.br/anais/Coloquio de Moda - 2006/artigos/107.pdf
http://www.coloquiomoda.com.br/anais/Coloquio de Moda - 2006/artigos/107.pdf
http://www.coloquiomoda.com.br/anais/Coloquio de Moda - 2006/artigos/107.pdf
http://www.coloquiomoda.com.br/anais/Coloquio de Moda - 2006/artigos/107.pdf
http://www.coloquiomoda.com.br/anais/Coloquio de Moda - 2006/artigos/107.pdf
http://www.coloquiomoda.com.br/anais/Coloquio de Moda - 2006/artigos/107.pdf
http://www.coloquiomoda.com.br/anais/Coloquio de Moda - 2006/artigos/107.pdf
https://eed.emnuvens.com.br/design/article/view/276
https://eed.emnuvens.com.br/design/article/view/276
https://eed.emnuvens.com.br/design/article/view/276
https://eed.emnuvens.com.br/design/article/view/276
https://eed.emnuvens.com.br/design/article/view/276
https://eed.emnuvens.com.br/design/article/view/276
https://eed.emnuvens.com.br/design/article/view/276
https://eed.emnuvens.com.br/design/article/view/276
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https://eed.emnuvens.com.br/design/article/view/276
https://eed.emnuvens.com.br/design/article/view/276
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https://eed.emnuvens.com.br/design/article/view/276
https://eed.emnuvens.com.br/design/article/view/276
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 43
referências
BOUERI, J. J. Sob Medida: antropometria, projeto e modelagem. In: PIRES, D. 
B.(Org.). Design de Moda: olhares diversos. Barueri-SP: Estação das Letras e Co-
res Editora, 2008.
IIDA, I. Ergonomia: projeto e produção. 2. ed. São Paulo: Blucher, 2005.
MARIÑO, S. M.; SILVEIRA, C. S.; SILVA, R. C. Antropometria aplicada ao design 
de produtos: um estudo de caso de dimensionamento de armário de guardar rou-
pa para cadeirantes. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DE ERGONOMIA 
APLICADA, 1., 2016, Recife. Anais... Recife: CONAERG, 2016. p.1-13. Disponí-
vel em: http://pdf.blucher.com.br.s3-sa-east-1.amazonaws.com/engineeringpro-
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MARTINS, S. B. Ergonomia e moda: repensando a Segunda Pele. In: PIRES, D. B. 
(Org.). Design de Moda: olhares diversos. Barueri-SP: Estação das Letras e Cores 
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SALTZMAN, A. O design vivo. In: PIRES, D. B. (Org.). Design de moda olhares 
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FERREIRA, V. C. T. Design de moda e tecnologia têxtil: Projetos ergonômicos 
de Nanni Strada e Issey Miyake. 2016. 76f. Dissertação (Mestrado em Design de 
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mode=view&p_p_col_id=column-2&p_p_col_pos=1&p_p_col_count=4&_ 110_
INSTANCE_ZaYCxY1QptBQ_struts_action=%2Fdocument_library_display%2Fview_file_
entry&_110_INSTANCE_ZaYCxY1QptBQ_redirect=http%3A%2F%2Fportal.
anvisa.gov.br%2Ftabaco%2Fimagens-de-advertencia%2F %2Fdocument_library_
display%2FZaYCxY1QptBQ%2Fview%2 F4314710%3F_110_INSTANCE_ZaY-
CxY1QptBQ_redirect%3Dhttp%253A%252F%252Fportal.anvisa.gov.br%252F-
tabaco%252Fimagens-deadvertencia%253Fp_p_id%253D110_INSTANCE_
ZaYCxY1QptBQ%2526p_p_lifecycle%253D0%2526p_p_state%253Dnor-
mal%2526p_p_mode%253Dview%2526p_p_col_id%253Dcolumn2%2526p_p_
col_pos%253D1%2526p_p_col_count%253D4&_110_INSTANCE_ZaYCxY-
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44 
referências
2Em: http://www.rpgsouchard.com.br/pacientes/postura-correta/. Acesso em: 13 
mar. 2019.
3Em: https://www.dezeen.com/2015/12/08/warsaw-beton-polish-film-festival-
-brand-identity-graphic-design-references-le-corbusier-modulor-man/. Acesso 
em: 13 mar. 2019.
4Em: https://www.dezeen.com/2015/12/08/warsaw-beton-polish-film-festival-
-brand-identity-graphic-design-references-le-corbusier-modulor-man/. Acesso 
em: 13 mar. 2019.
5Em: https://simanaitissays.com/2014/06/13/henry-dreyfuss-designer-for-hu-
manity/. Acesso em: 13 mar. 2019.
6Em: http://www.arch.mcgill.ca/prof/castro/arch304/winter2001/dander3/fra-
me/Homepage8.htm. Acesso em: 13 mar. 2019.
7Em: https://esporte.uol.com.br/natacao/ultimas/2009/07/24/ult77u2452.jhtm. 
Acesso em: 13 mar. 2019.
8Em: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/22408/22408.PDFXXvmi=QZnZlVWe-
R65O1tpxpC7e3QFeWAiMpF0gFog1ldfdjk2kOrjf5qt9ianfKH2bn3s3sK4Oxk3i-
G6EvzxLEpgOJqdZcU2nj5RmzCroBMrTtxz07xLMZ3BItOIGKK54QWrpzTOa-
Gh5aPFbxdWKd0mVucEcxph2getHOow06O5gFLsD0qodqMaWZP9Wgr0wHu-
fvTMv0CChhoKUockDD7OB6EL4Ud5sUBJrvvZv8COp1AlqMG5qNT3UzO0u-
35ZxHIqdeqK. Acesso em: 13 mar. 2019.
 45
gabarito
1. Alternativa b - Ergonomia de correção.
2. Alternativa c - De forma intuitiva, na pré-história, de uso cons-
ciente na revolução industrial, e denominada Ergonomia em 12 
de julho 1949.
3. alternativa a - Apenas I e II estão corretas.
4. Alternativa e - V, V e V.
5. De diversas formas, sempre com o intuito de facilitar a vida do in-
divíduo e contribuir para que ele realize suas tarefas comeficácia 
e conforto. Por exemplo, caso o indivíduo não levante os objetos 
pesados com a postura correta, pode desenvolver lesões corpo-
rais sentidas imediatamente ou após a finalização da tarefa. Ou, 
então, ao lavar louça numa pia mais baixa que o correto, as dores 
nas costas são inevitáveis.
ERGONOMIA EM AMBIENTE 
DE TRABALHO
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta 
unidade:
• Biomecânica ocupacional
• Posto de trabalho, controles e manejos
• Percepção e processamento de informação
• Dispositivo da informação
• Ergonomia no dia a dia
Objetivos de Aprendizagem
• Detalhar a postura do corpo no ambiente de trabalho, 
além de compreender aplicações de forças e examinar 
levantamento e transporte de cargas.
• Detalhar o trabalho estático, dinâmico e os enfoques do 
posto de trabalho, analisando tarefas e arranjo físico de 
posto de trabalho.
• Explicar sensação e percepção e compreender memória 
humana e organização da informação.
• Apresentar principais tipos de mostradores e alarmes e 
definir ergonomia de sinalização
• Apresentar formas de utilização da ergonomia no dia a dia 
e nas atividades domésticas e cotidianas.
Professora Me. Veridianna Cristina Teodoro Ferreira Berbel
Ergonomia
unidade 
II
INTRODUÇÃO
O
lá, caro(a) aluno(a), nesta segunda unidade, compreenderemos 
como a ergonomia funciona no ambiente de trabalho, tanto a 
postura do corpo no trabalho como as formas de prevenção 
para que o trabalho não prejudique a saúde do corpo e da men-
te. Para isso, compreenderemos as posturas de trabalho, que podem ser 
em pé, sentado ou deitado, mas todos têm seus prós e contras que, aqui, 
serão discutidos. Para cada tipo de tarefa a ser desempenhado, existe uma 
postura mais adequada. 
Discutiremos, também, sobre os danos à saúde do indivíduo quando ele 
desenvolve tarefas, como levantamento e transporte de cargas sem os cuida-
dos necessários. O trabalho que o indivíduo desenvolve pode ser estático ou 
dinâmico, e serão apresentadas as duas formas, além de relatados os seus pon-
tos positivos e seus pontos negativos para cada tipo de função. 
Os postos de trabalhos inadequados provocam estresses musculares, 
dores e fadiga que, na maioria das vezes, pode ser resolvida com interven-
ções ergonômicas simples, como aplicação de dimensões reguláveis nas 
mesas ou cadeiras, para que o indivíduo se sinta confortável, independen-
temente de ele ter 1,60 de altura e 70 kg, ou 1,90 de altura e 110 kg, entre 
outras variações de pesos e alturas. Muitas vezes, a melhoria do indivíduo 
no mercado de trabalho dá-se também com a inserção de pausas, quando 
em trabalhos muito fatigantes.
Além dos aspectos físicos do trabalhador e compreensão de como o 
corpo funciona, precisamos, também, compreender como funciona o cére-
bro do ser humano, como ele recebe, processa e interpreta a informação, e 
isso fazemos por meio da ergonomia cognitiva. Compreenderemos, então, 
como nosso cérebro funciona com este turbilhão de informações que recebe 
a todo momento, como processa, percebe, compreende e toma uma decisão.
Finalizaremos nossa unidade compreendendo como a ergonomia está 
presente em nosso dia a dia, em nosso emprego, em nossa casa, em nossas 
vestimentas e produtos.
50 
ERGONOMIA 
Olá, caro (a) aluno (a), para compreendermos a bio-
mecânica ocupacional, precisamos compreender 
a biomecânica geral que se refere aos movimentos 
corporais relacionados ao trabalho, logo, a biome-
cânica ocupacional refere-se aos movimentos rela-
cionados ao trabalho do usuário, com suas especi-
ficidades, como ferramentas, máquinas, materiais 
utilizados etc. Desta forma, a biomecânica visa re-
duzir os riscos de lesões no músculo esquelético, 
bem como acidentes de trabalho.
Segundo Iida (2005, p. 159), a biomecânica “ana-
lisa basicamente a questão das posturas corporais no 
trabalho, a aplicação de forças, bem como as suas 
conseqüências”. Quando as máquinas, os ambientes 
ou as ferramentas referentes aos postos de trabalho 
estão inadequadas ao corpo do trabalhador, podem 
ocorrer estresses musculares, dores e fadiga. Para 
evitar tais complicações, o ambiente deve passar por 
intervenções ergonômicas para adequação do posto 
de trabalho, isso pode acontecer por meio de ade-
Biomecânica 
Ocupacional
 51
 DESIGN 
quações no layout, inserção de pausas ou, até mes-
mo, com simples adequações em mesas e cadeiras.
O corpo humano é a máquina mais complexa que 
existe, assemelha-se a um sistema de alavancas mo-
vidos pela contração muscular, e estes movimentos 
permitem-nos fazer várias coisas, porém esta má-
quina possui diversas limitações e fragilidades que 
não podem ser ignoradas na projeção de um espaço, 
produto, vestimenta ou posto de trabalho. Quando 
as limitações do corpo são ignoradas, aumentam as 
chances de inadequação, consequentemente, aumen-
tam riscos de dores, lesões, acidentes etc.
O corpo é como uma máquina e, desta forma, 
precisa ser aquecido antes de iniciar suas tarefas, 
pois isto reduz o risco de acidente. Um atleta precisa 
aquecer antes da competição para manter seu corpo 
aquecido e minimizar lesões musculares. 
O primeiro passo para aplicação das interven-
ções ergonômicas na biomecânica ocupacional é en-
tender, como já dito, que o corpo é como uma má-
quina, posteriormente, deve se compreender como 
esta trabalha, para isso, é preciso diferenciar o traba-
lho estático do dinâmico.
APLICAÇÃO DE FORÇAS
Os movimentos humanos são resultados de contra-
ções musculares, sua força depende da quantidade 
de fibras musculares contraídas. Geralmente, apenas 
dois terços da forma de um músculo pode ser con-
traída de cada vez, mas se nos referirmos aos longos 
períodos, a contração muscular não deve ultrapas-
sar 20% da força máxima.
No ambiente de trabalho, as exigências de for-
ças devem ser adaptadas às capacidades do usuário e 
às suas condições operacionais reais. Para cada tipo 
de trabalho haverá um movimento específico, uma 
“No Japão existem empresas que reúnem to-
dos os trabalhadores para uma ginástica de 
aquecimento, antes da jornada de trabalho. 
Outros instituíram também pausas regulares 
[...] Isso é importante [...] no caso de trabalhos 
estáticos ou tarefas altamente repetitivas” 
Fonte: Ilda (2005, p.161).
SAIBA MAIS
aplicação de força necessária e um movimento cor-
reto para aplicação da força da forma correta, sendo 
assim, cada ambiente de trabalho deve ser averigua-
do, isoladamente, assim como a capacidade de força 
de cada operador.
Para fazer determinado movimento, podem ser 
utilizadas diversas combinações de contrações mus-
culares, cada uma delas com um tipo específico de 
velocidade, precisão e movimento. Os custos ener-
géticos são diferentes para cada tipo de músculo. 
Quando o operador é experiente, ele fadiga menos 
que um operador inexperiente, pois aprende a usar 
aquela combinação com maior eficiência, economi-
zando, assim, suas energias (IIDA, 2005). 
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ERGONOMIA 
Este é um processo natural. Por exemplo, quando 
começamos a fazer algo, muitas vezes, começamos 
de forma desajeitada ou mesmo descoordenada. 
Com a repetição desta atividade, vamos, natural-
mente, modificando nossa postura e nossa forma de 
agir para fazermos de forma mais confortável e ágil.
Uma exigência muito comum no dia a dia de 
operadores, em diversas áreas produtivas, é o esfor-
ço repetitivo. Estas tarefas estão presentes em nosso 
dia a dia sem que a gente perceba, como ao bater 
clara em neve com as mãos, ao utilizar tesoura, lixar 
madeira ou, até mesmo, em simples tarefas de casa. 
Porém, quando estes esforços não são realizados por 
muito tempo, não notamos seus efeitos.
Há algumas profissões que exigem atividades 
que demandam esforços repetitivos, desta forma, 
o operador a desempenha em toda sua jornada de 
trabalho, isso acontece, por exemplo, em setores de 
desossa de carnes em frigorífico. Acontece, também, 
com manicures, operadores de linha de montagem, 
pessoas que trabalham com digitação,

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