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Orientações para psicoterapia sistêmica- Tratar o ser como um todo

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Orientações sobre a Psicoterapia Sistêmica 
 
TRATAR O SER COMO UM TODO – UM SISTEMA 
 
5 PONTOS DA PSICOTERAPIA SISTÊMICA: 
1º ) Saber receber e acolher as pessoas; 
2º ) Escutar - Não fazer cara de “paisagem”; 
3º ) Esmiuçar – O problema precisa virar um processo/ Estudar o caso, trazer técnicas; 
4º ) Respeitar o cliente – deixar falar o que pensa, tratar o problema dele; 
5º ) Ressonância – transferência. Estar atento. Se perguntar: O que ele está me pedindo nesse momento? 
 
SABER: 
� Queixa Primária (o que o cliente consegue falar) 
� Queixa Secundária (o que está por trás) 
� O que eu sei do caso? Colher dados. 
� O que sinto do caso? Sentimento/percepção 
� O que essa pessoa valoriza? 
 
LEMBRAR E FAZER: 
� Converter o problema em um processo – falar muito sobre o problema – esmiuçar. O cliente tem que bater de 
frente com o sentimento que trás, ver e falar sobre o sentimento/sensação. 
� Trabalhar com que o cliente trás, com o que ele é, para depois inverter. 
� Valorizar os positivos / Reduzir os negativos. 
� Buscar soluções, criar alternativas / Evitar focar no problema. 
� Anotar frases prontas, ditas pelo cliente. 
� Fazer tabela de comparações do problema/crise – como estava antes, durante e depois do problema/crise. 
� Situação Ruim: Transformar essa situação num objeto ruim e depois em um bom. 
� Amarras familiares: Como que você se vê? Como os outros te vêem? Quem é você? 
� O terapeuta tem que ser sempre dominador, no seu espaço. Quando o cliente é dominador, ir com mais calma. 
 
ASPECTOS DO CLIENTE: 
( ) Interno - fala dele 
( ) Externo - não fala dele 
 
( ) Intra punitivo - ele é o culpado 
( ) Extra punitivo - o mundo é o culpado 
 
( ) Ampliador – o sintoma é muito, o problema é enorme, aumenta a gravidade 
( ) Redutor - reduz, fala pouco, o mínimo, não dá importância devida 
 
( ) Submissa – Submissa aos outros, recebe ordens e acata. 
( ) Dominadora – Quer mandar, dominar os outros e as coisas. 
 
( ) Linear – Relata tudo cronologicamente, em detalhes. 
( ) Mosaico – Conta pedaços, vai lá na frente da história e depois volta atrás. 
 
( ) Difusa – Não presta muita atenção, olha para outras coisas, olhar difuso. 
( ) Focada – Concentrada, centrada no terapeuta. 
 
( ) Rural - Veio do interior, necessita de um tempo maior, processo mais lento. 
( ) Cidade – As coisas são mais rápidas, processo rápido. 
 
( ) Deprimida – Vive do passado, relembra o passado. 
( ) Ansiosa – É mais do futuro, vive pré-ocupada. 
 
( ) Visual – Trás imagens, lembranças 
( ) Sinestésico – Sente no corpo 
( ) Auditivo – Se prende a audição, barulhos, ouve algo. 
 
( ) Absorvedora – Absorve tudo, sofre com tudo, fica mal, suga tudo para ele. 
( ) Doadora – Manda para o outro sua dor, não absorve nada. 
 
( ) Audacioso – Enfrenta as coisas, corajoso. 
( ) Autoprotetor – Cautelosa, se protege, analítico. 
 
( ) Em stress - Ativa, não consegue se desligar, não pára, acelerada. 
( ) Homeostase – Devagar, mais lenta, caminha lento, rotina. 
TÉCNICA DA IMAGEM (1 imagem) 
 
Objetivo: Conhecer o momento atual do cliente, criar transferência. 
 
Aplicação: Em adolescentes em diante, nas primeiras sessões. 
 
Material: Revistas diversas sobre vários assuntos. 
 
Instrução: Pedir ao cliente que escolha uma imagem qualquer, que tenha lhe agradado. Não 
pode ler o que está em torno da imagem. Pedir ao cliente que fale o porquê da escolha daquela 
imagem. (o que ele der conta de falar). 
 
Avaliação: A escolha da imagem vem do inconsciente da pessoa. O que ela passa no 
momento. Nossa função é traduzir o que se passa atrás da imagem. Verificar se há algo atrás 
da imagem e traduzir também. Cores, pessoas, energia, formas. Aproveitar a frase e aplicá-la 
ao cliente. 
 
 Obs: Guardar a imagem e usá-la depois de algum tempo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA DA COLAGEM 
 
 
Objetivo: Separar pessoas que estejam coladas, próximas demais. Observar as diferenças 
entre elas. 
 
Aplicação: Em adolescentes, crianças e adultos que estejam nessa situação. 
 
Material: Cartolina, revistas velhas, tesoura, cola e canetinhas. 
 
Instrução: Pedir ao cliente que escolha imagens nas revistas que fale dele e da outra pessoa 
(com quem esteja colada). Pode ser coisas boas ou ruins que representem as pessoas 
envolvidas. Fazer uma divisão na cartolina e colar separadamente as imagens. 
 
Avaliação: Pedir ao cliente que fale das imagens, porque tal imagem se parece com fulano e 
tal. Esmiuçar, questionar e apontar as semelhanças e diferenças. Expor que cada um tem sua 
vida própria, seus gostos e características e que por mais que se pareçam, sempre haverá algo 
de diferente entre elas. 
 
Obs: Guardar a colagem junto ao arquivo do cliente e trazê-la depois de algum tempo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA DO LIVRO: A FLOR DO LADO DE LÁ 
 
 
Objetivo: Fazer com o que o cliente veja outras possibilidades. Desfoque de um problema ou 
de uma situação - “vire o disco”. 
 
Aplicação: Para todos os clientes/idades. 
 
Material: O livro: A Flor do Lado de Lá – Roger Mello. 
 
Instrução: Explicar que é o livro é um livro diferente. Não tem palavras/frases. Quem faz a 
história é o próprio leitor. Não existe história certa ou errada. Mostrar as imagens aos poucos e 
o cliente vai relatando a história – o que consegue ver na imagem. 
Depois o terapeuta vai contar a sua história. Perguntar ao cliente se conhece o animal da capa 
(anta). Explicar que a anta somos nós, em alguns momentos da nossa vida. A Flor (do outro 
lado), são os nossos sonhos, nossos objetivos e metas. Quando tem cor – felicidade. Sem cor 
– tristeza. 
Questionar: O que você aprendeu com essa história? 
 
Avaliação: Fazer com o que o cliente se permita para novas possibilidades, crie novos sonhos, 
desapegue de algo difícil de ser alcançado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA DA CAIXA DE PRESENTES 
 
 
Objetivo: Observar o momento atual (o que busca) e observar o que lhe atrapalha (prejudica) 
na busca deste sonho. 
 
Aplicação: Nas primeiras sessões. Clientes adolescentes em diante. Não usar com psicóticos. 
 
Material: Uma caixa bonita de presentes (que chame atenção) com vários recortes de revista, 
expressando várias situações, momentos, pessoas, objetos, etc. 
 
Instrução: Pedir ao cliente que escolha uma 1ª imagem. Depois pedir a ele que escolha uma 
2ª imagem. Questionar o porquê da escolha das imagens, na ordem em que elas foram 
escolhidas. 
 
Avaliação: Traduzir a imagem, o que está por trás. A primeira imagem são os sonhos ou 
problemas, objetivos ou soluções, momento atual do cliente. A segunda imagem é algo que 
pode estar impedindo a realização daquele sonho, que atrapalha o momento atual. Precisa-se 
resolver a 2ª imagem para conquistar a 1ª. 
 
Obs: Guardar a imagem e voltar com ela depois de algum tempo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA METAFORA: A OSTRA E A PÉROLA 
 
 
Objetivo: Despertar algo bom em pessoas deprimidas, tristes. 
 
Aplicação: Em clientes adolescentes em diante que estejam nesta situação. 
 
Material: Uma cópia da metáfora da Ostra e a Pérola. 
 
Instrução: Ler a metáfora. Questionar o cliente: 
- O que você entendeu da historinha? 
- O que ela tem a ver com você? 
A Ostra e a Pérola 
 
"Uma ostra que não foi ferida não produz pérolas." 
 
Pérolas são produtos da dor; resultados da entrada de uma substância estranha ou indesejável 
no interior da ostra, como um parasita ou grão de areia. 
 
Na parte interna da concha é encontrada uma substância lustrosa chamada nácar. Quando um 
grão de areia a penetra, as células do nácar começam a trabalhar e cobrem o grão de areia 
com camadas e mais camadas, para proteger o corpo indefeso da ostra. 
 
Como resultado, uma linda pérola vai se formando.Uma ostra que não foi ferida, de modo 
algum produz pérolas, pois a pérola é uma ferida cicatrizada. 
O mesmo pode acontecer conosco. Se você já sentiu ferido pelas palavras rudes de alguém? 
Já foi acusado de ter dito coisas que não disse? Suas idéias já foram rejeitadas ou mal 
interpretadas? Você já sofreu o duro golpe do preconceito? Já recebeu o troco da indiferença? 
Então, produza uma pérola! Cubra suas mágoas com várias camadas de AMOR. 
 
Infelizmente, são poucas as pessoas que se interessam por esse tipo de movimento. A maioria 
aprende apenas a cultivar ressentimentos, mágoas, deixando as feridas abertas e alimentando-
as com vários tipos de sentimentos pequenos e, portanto, não permitindo que cicatrizem. 
Assim, na prática, o que vemos são muitas "Ostras Vazias", não porque não tenham sido 
feridas, mas porque não souberam perdoar, compreender e transformar a dor em amor. Um 
sorriso, um olhar, um gesto, na maioria das vezes, vale mais do que mil palavras. 
 
Avaliação: Fazer uma conexão com a situação do cliente e a pérola. Mostrar que há 
possibilidades, e que depois de um sofrimento surge algo belo, maravilhoso. É preciso sofrer 
para depois nascer algo grandioso. 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA METAFORA: A PORTA NEGRA 
 
Objetivo: Mostrar que há outras possibilidades, outro caminho – basta arriscarmos. É preciso 
segui em frente, sair das amarras familiares, “virar a página”. 
 
Aplicação: Em clientes adolescentes em diante que estejam nesta situação. 
 
Material: Uma cópia da metáfora da Porta Negra. 
 
Instrução: Ler a metáfora. Questionar o cliente: O que você entendeu dessa história? O que 
ela tem a ver com você? 
A Porta Negra 
 
Era uma vez um país de Mil e Uma Noites. Neste país, havia um rei que era muito polêmico por 
causa de seus atos. Ele pegava os prisioneiros de guerra e levava para uma enorme sala. 
Os prisioneiros eram enfileirados no centro da sala e o rei gritava: 
-Eu vou dar uma chance para vocês. Olhem para o canto direito da sala. 
Ao olharem, os prisioneiros viam alguns soldados armados de arco e flechas, prontos para 
ação. 
-Agora, - continuava o rei -, olhem para o canto esquerdo. 
Ao olharem, todos os presos notavam que havia uma terrível Porta Negra de aspecto dantesco. 
Crânios humanos serviam como decoração e a maçaneta era a mão de um cadáver. Algo 
horripilante só de imaginar, quanto mais para ver. 
O rei se posicionava no centro da sala e gritava: 
-Agora, escolham: o que vocês querem? Morrerem cravados de flechas ou... abrirem 
rapidamente aquela Porta Negra e entrarem lá dentro enquanto eu tranco vocês? Agora, 
decidam, vocês têm livre arbítrio, escolham... 
 
Todos os prisioneiros tinham o mesmo comportamento: na hora da decisão, eles chegavam 
perto da terrível Porta Negra de mais de quatro metros de altura, olhavam para os desenhos de 
caveiras, sangue humano, esqueletos, aspecto infernal, coisas escritas do tipo: “Viva a morte”, 
etc, e decidiam: 
- Quero morrer flechado... Um a um, todos agiam assim: olhavam para a Porta Negra e para os 
arqueiros da morte e diziam para o rei: 
- Prefiro ser atravessado por flechas a abrir essa Porta Negra e ser trancado lá dentro. Milhares 
optaram pelo que estavam vendo: a morte feia pelas flechas. 
 
Mas um dia, a guerra acabou. Passado algum tempo, um daqueles soldados do “Pelotão da 
Flechada” estava varrendo a enorme sala quando eis que surge o rei. O soldado, com toda 
reverência e meio sem jeito, perguntou: 
- Sabe, ó Grande rei, eu sempre tive uma curiosidade, não se zangue com minha pergunta, 
mas... o que tem além daquela Porta Negra? 
O rei respondeu: 
- Lembra que eu dava aos prisioneiros duas escolhas? Pois bem, vá e abra a Porta Negra. O 
soldado, trêmulo, virou cautelosamente a maçaneta e sentiu um raio puro de sol beijar o chão 
feio da enorme sala. Abriu mais um pouquinho a porta e mais luz e um gostoso cheiro de verde 
inundaram o local. 
 
O soldado notou que a Porta Negra abria para um caminho que apontava para uma grande 
estrada. Foi aí que o soldado foi perceber: a Porta Negra abria para um caminho que apontava 
para uma grande estrada. Foi aí que o soldado foi perceber: a Porta Negra dava para a 
liberdade. 
 
Avaliação: Fazer uma conexão com a situação do cliente e a porta. O Rei é a vida – ela 
sempre nos dá 2 opções. Temos que escolher e seguir em frente. A maioria das pessoas “vão 
pela maioria”, não arriscam, não assumem suas escolhas. Tem que escolher e ser responsável 
pela escolha que fez, é um caminho para a felicidade. Não ter medo do novo. Pode ser feio no 
inicio (a porta negra), mas depois é belo, é bonito. Não podemos servir a 2 reis. O sintoma 
serve para encontrarmos um novo caminho. 
 
 
 
TÉCNICA DESENHO DA FAMILIA 
 
 
Objetivo: Conhecer a percepção da criança em relação à família. Composição e laços 
familiares. 
 
Aplicação: Crianças a partir de 3 anos em diante. 
 
Material: Folhas brancas de oficio, canetinhas, lápis de cor, borracha e lápis preto. 
 
Instrução: Pedir ao cliente que desenhe uma família qualquer, a que ele quiser. Depois pedir a 
ele que desenhe a sua família. Pedir ao cliente que fale sobre os desenhos, quem é quem, 
quantos anos, mora com ele ou não, etc. 
 
Avaliação: Analisar e perceber as amarras familiares, a composição da família. O que ele 
percebe sobre família (primeiro desenho), e como é a família dele. Quem está perto de quem, 
como são desenhados, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA DA CAIXA DE BRINQUEDOS 
 
 
Objetivo: Avaliar a criança, suas preferências. 
 
Aplicação: Em crianças. 
 
Material: Caixa grande exposta, não transparente contendo vários tipos de brinquedos. 
 
Instrução: Deixar 20 minutos da sessão para o momento livre. O cliente vai escolher o 
brinquedo e brincar. 
 
Avaliação: Avaliar qual e que tipo de brinquedo e atividade a criança prefere brincar. Como ele 
reage na brincadeira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA DO DESENHO DA FIGURA HUMANA 
 
 
Objetivo: Conhecer a percepção da criança em relação a si própria e as pessoas. 
 
Aplicação: Crianças a partir de 3 anos em diante. 
 
Material: Folhas brancas de oficio, canetinhas, lápis de cor, borracha e lápis preto. 
 
Instrução: Pedir ao cliente que desenhe uma pessoa. Pedir a ele que faça outro desenho, da 
pessoa do sexo oposto ao desenhado anteriormente. Pedir ao cliente que fale sobre as 
pessoas desenhadas: 
- Quem são? 
- Quantos anos? 
- Conhece? 
- Gosta?, etc. 
 
Avaliação: Analisar e perceber como o cliente se vê e vê outras pessoas. O preferencial é que 
se desenhe uma pessoa do seu mesmo sexo primeiro e depois a do sexo oposto. Caso se 
desenhe o contrário, investigar questões sexuais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA DO DESENHO LIVRE 
 
 
Objetivo: Conhecer o momento atual do cliente. 
 
Aplicação: Crianças a partir de 3 anos em diante. 
 
Material: Folhas brancas de oficio, canetinhas, lápis de cor, giz de cera, tintas guache borracha 
e lápis preto. 
 
Instrução: Pedir ao cliente que desenhe o que quiser. Pedir ao cliente que fale sobre o que 
desenhou, por que desenhou e etc. 
 
Avaliação: Analisar e perceber como o cliente vê o mundo, o que ele está vivendo no mundo 
atual. Cores utilizadas, se contêm pessoas, objetos, situações, energia, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA DO CICLO DA VIDA 
 
 
Objetivo: Conhecer com o que o cliente está gastando energia na vida no momento atual. 
 
Aplicação: Utilizada em qualquer sessão em adolescentes em diante. 
 
Material: Folhas brancas de oficio, lápis de cor, borracha e lápis preto. 
 
Instrução: Pedir ao cliente que liste em qualquer lugar da folha as coisas que valoriza no 
momento em sua vida. Descrever quantos itens quiser. Depois de listados os itens, pedir ao 
cliente que faça na mesma folha um circulo e odivida em várias partes do tamanho que quiser 
e coloque dentro de cada parte, um item listado anteriormente. Após o desenho e divisão do 
gráfico, pedir que colora cada parte da “pizza” com a cor que quiser, com a cor que represente 
cada valor listado. 
 
Avaliação: Analisar o gráfico. A folha é a vida, o mundo. Ver como a pessoa se coloca no 
mundo. 
Tamanho do Gráfico: 
Pequeno (excluída-submissa) 
Grande (expansiva) 
Médio (sabe se posicionar) 
Posição: 
Superior (se acha - no topo - dominação) 
Inferior (pouca energia, inferiorizado – submisso) 
Direita (antecipada, ansiosa, se preocupa) 
Esquerda (lenta, pouco contato social) 
Cores utilizadas, partes do gráfico para cada item, etc. 
Analisar os itens, se tiver poucos itens - falar sobre outros (trabalho, família, lazer, amor, 
dinheiro, relacionamento social, fé). 
Instigar o cliente a gastar a energia também com outras coisas, aumentar os espaços, mostrar 
que há outras possibilidades, outros aspectos que merecem uma atenção na vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA DOS MITOS FAMILIARES 
 
 
Objetivo: Conhecer sobre a família do cliente e qual posição ela ocupa. 
 
Aplicação: Adolescentes em diante. 
 
Material: Folhas brancas de oficio e lápis preto. 
 
Instrução: Pedir ao cliente que relate sobre sua família: 
- Frases da família; 
- Ditados da família; 
- Expressões familiares; 
- Comentários da família. 
 
Avaliação: Conhecer os aspectos familiares. Mostrar ao cliente que tais situações vivenciadas 
por ele têm a ver com a herança familiar, com o convívio entre os familiares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA DO GENOGRAMA FAMILIAR 
ÁRVORE GENEALÓGICA (livro) 
 
Objetivo: Utilização dos dados familiares a fim de auxiliar na avaliação da forma da construção 
familiar e os conteúdos relacionais e emocionais na família do cliente. 
 
Aplicação: Adolescentes a partir de 16 anos em diante. 
 
Material: Cartolina, lápis preto e lápis de cor. 
 
Instrução: Pedir ao cliente que fale sobre a composição familiar, desde os avôs 
maternos/paternos, tios, pais, irmãos, sobrinhos, em ordem cronológica. Separar uma sessão 
inteira ou duas para a composição da árvore genealógica. 
 
Avaliação: Investigar e conhecer mitos, histórias, conflitos familiares, relações, semelhanças, 
diferenças, as fraquezas, os traumatismos, os fracassos, a raiva, as frustrações, os 
preconceitos, sensibilidade, gestão dos mecanismos, capacidade para resolver um problema. 
Analisar a proximidade ou o afastamento das relações, o poder e a hierarquia, dominância – 
submissão, flexibilidade – rigidez, tradição – adaptação, os fantasmas familiares, a repetição 
dos esquemas e das atitudes, as crenças do sistema familiar. 
Pesquisar: Quem casou, quem tem profissão, quem ganha seu próprio dinheiro, quem 
sustenta, quem mora junto, quem mora separado, quem é feliz, para quem os pais ligam 
quando tem problemas, quem deixa seus compromissos para atender os outros da família, 
quem adoece, quais são as doenças da família, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA DO SIGNIFICADO DO NOME (livro) 
 
 
Objetivo: Conhecer o cliente e a relação familiar. Proporcionar o contato do cliente com as 
emoções e as razões da escolha do seu nome. Levantar dados importantes nas questões de 
identidade. 
 
Aplicação: Utilizada no inicio da terapia, primeiras sessões em crianças a partir de 10 anos em 
diante. 
 
Material: Folha com o significado e origem do nome do cliente. 
 
Instrução: Questionar o cliente: 
- Se ele sabe sobre quem escolheu o seu nome e por que; 
- Se gosta do seu nome; 
- Se sabe quais os outros nomes que poderia ter chamado e porque foram descartados; 
- Se sabe sobre o significado e origem do seu nome; 
- Se já leu sobre alguma coisa. 
Ler para o cliente a folha com o significado e questionar: 
- Se gostou de saber; 
- O que o significado tem a ver com ele. 
- Qual outro nome gostaria de chamar? Por quê? 
 
Avaliação: Analisar a história do nome, o que ele carrega com esse nome. Fazer conexão de 
situações já relatadas com o significado do nome. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA DO GOSTO E FAÇO/NÃO GOSTO E NÃO FAÇO 
 
 
Objetivo: Conhecer o posicionamento do cliente, suas atividades diárias e preferências/ limites 
e regras. 
 
Aplicação: Utilizada em adolescentes em diante. 
 
Material: Folha com os 4 quadrados (gosto e faço, gosto e não faço/ não gosto e faço, não 
gosto e não faço). 
 
Instrução: Pedir ao cliente na sessão ou que leve para casa e faça o exercício de avaliar e 
listar as atividades/limites e regras que tem feito atualmente. 
 
Gosto e faço 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gosto e não faço 
Não gosto e faço 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Não gosto e não faço 
 
 
Avaliação: Questionar ao cliente a refletir sobre sua vida de acordo com os itens listados. Tudo 
na vida há duas situações/bipolaridade. Avaliar como está a vida do cliente, o que ele pode 
fazer diferente, o que ele pode começar a fazer. 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA DA IMAGEM QUE REVELA SENTIMENTO 
 
 
Objetivo: Fazer com o que o cliente veja que tudo na vida há 2 lados/caminhos diante de um 
sintoma. 
 
Aplicação: Em adolescentes em diante - quando existe uma situação/sintoma difícil. 
 
Material: Caixa de presentes contendo as diversas figuras. 
 
Instrução: Pedir ao cliente que escolha uma imagem (única) que represente a 
situação/sentimento ruim com que ele está vivendo atualmente. Depois pedir para que ele 
escolha uma outra imagem que demonstre o contrário dessa situação. 
Questionar: por que escolheu tais imagens, (na ordem de escolha)? 
Pedir ao cliente para levar tais imagens para casa e colocá-las juntas em local visível, onde 
possa ver sempre as imagens e observar que sempre há o lado ruim e o lado bom de cada 
situação. 
 
Avaliação: Avaliar a escolha das imagens, questionar sobre as escolhas e avaliar as 
respostas. Questionar na próxima sessão, como foi para o cliente a experiência em casa, como 
foi ver as duas situações/sentimentos/imagens. Qual ele quer viver, presenciar? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA DO BOICOTE 
 
 
Objetivo: Perceber como o cliente faz “suas armadilhas”, posicionamento na vida. 
 
Aplicação: Em adolescentes em diante, quando reclamam de começarem algo e não 
terminarem. 
 
Instrução: Questionar o cliente: 
- O que você gostaria de fazer e não fez? 
- O que te impede de fazer? Por que não começou? 
- Fazer planejamento, colocar em ordem, critérios de prioridade, organizar as metas. 
 
Avaliação: Avaliar as “desculpas”, investigar os boicotes e auxiliá-lo a criar novas 
possibilidades, organizar o pensamento e propor ação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA DOS PONTOS POSITIVOS ( + ) E NEGATIVOS ( - ) 
 
 
Objetivo: Fazer com o que o cliente vê a situação. Possibilitá-lo ver de outras formas. 
(Fazer em casa). 
 
Aplicação: Em adolescentes em diante, quando possuem algum sintoma. 
 
Instrução: Pedir ao cliente que faça uma divisão numa folha branca e liste de um lado os 
pontos positivos da (pessoa, situação) e do outro lado os pontos negativos da 
(pessoa/situação). 
 
Avaliação: Avaliar todos os pontos listados, por que pensa assim, descrever situações com 
que o faz perceber tal situação/pessoa assim. Ver qual lado pesa mais, clarear a situação, ver 
todos os ângulos do problema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA METAFORA: ESVAZIANDO ARMÁRIOS/ 
 DIA DE FAXINA 
 
Objetivo: Fazer com o que o cliente limpe seus sentimentos, organizar os pensamentos. 
 
Aplicação: Em clientes adolescentes em diante que estejam precisando rever mágoas, limpar 
sentimentos ruins, “dar um jeito” na vida. 
 
Material: Uma cópia da metáfora: Esvaziando Armáriosou o Dia de Faxina. 
 
Instrução: Ler a metáfora. Questionar o cliente: 
- O que você entendeu da historinha? 
- O que ela tem a ver com você? 
 
Esvaziando Armários 
Todos os anos, há um momento em que olhamos nossos armários com um olhar crítico. 
Olhamos aquelas roupas que não usamos há tanto tempo. Aquelas que tiramos do cabide de 
vez em quando, vestimos, olhamos no espelho, confirmamos mais uma vez que não gostamos 
e guardamos de volta no armário. Aquele sapato que machuca os pés, mas insistimos em 
mantê-lo guardado. 
Há ainda aquele terno caro, mas que o paletó não cai bem, ou o vestido "espetacular" ganho 
de presente de alguém que amamos, mas que não combina conosco e nunca usamos. Às 
vezes tiramos alguma coisa e damos para alguém, mas a maior parte fica lá, guardada sabe-se 
lá porquê. 
Um dia alguém me disse: tudo o que não lhe serve mais e você mantém guardado, só lhe traz 
energias negativas. Livre-se de tudo o que não usa e verá como lhe fará bem. Acontece que 
nosso guarda-roupa não é o único lugar da vida onde guardamos coisas que não nos servem 
mais. Você tem um guarda-roupa desses no interior da mente. Dê uma olhada séria no que 
anda guardando lá. 
Experimente esvaziar e fazer uma limpeza naquilo que não lhe serve mais. Jogue fora idéias, 
crenças, maneiras de viver ou experiências que não lhe acrescentam nada e lhe roubam 
energia. Faça uma limpeza nas amizades, aqueles amigos cujos interesses não têm mais nada 
a ver com os seus. 
Aproveite e tire de seu "armário" aquelas pessoas negativas, tóxicas, sem entusiasmo, que 
tentam lhe arrastar para o fundo dos seus próprios poços de tristezas, ressentimentos, mágoas 
e sofrimento. A insegurança dessas pessoas faz com que busquem outras para lhes fazer 
companhia, e lá vai você junto com elas. 
Junte-se a pessoas entusiasmadas que o apóiem em seus sonhos e projetos pessoais e 
profissionais. Não espere um momento certo, ou mesmo o final do ano, para fazer essa "faxina 
interior". 
Comece agora e experimente aquele sentimento gostoso de liberdade. Liberdade de não ter de 
guardar o que não lhe serve. Liberdade de experimentar o desapego. Liberdade de saber que 
mudou, mudou para melhor, e que só usa as coisas que verdadeiramente lhe servem e fazem 
bem. 
 
Dia de Faxina 
Estava precisando fazer uma faxina em mim. 
Jogar alguns pensamentos indesejados para fora, lavar alguns tesouros que andavam meio 
enferrujados...Tirei do fundo das gavetas lembranças que não uso e não quero mais. Joguei 
fora alguns sonhos, algumas ilusões... Papéis de presente que nunca usei, sorrisos que nunca 
darei; Joguei fora a raiva e o rancor das flores murchas que estavam dentro de um livro que 
não li. Olhei para meus sorrisos futuros e minhas alegrias pretendidas... E as coloquei num 
cantinho, bem arrumadas. 
Fiquei sem paciência!... Tirei tudo de dentro do armário e fui jogando no chão: Paixões 
escondidas, desejos reprimidos, palavras horríveis que nunca queria ter dito, mágoas de um 
amigo, lembranças de um dia triste... Mas lá também havia outras coisas... e belas! Um 
passarinho cantando na minha janela... aquela lua cor-de-prata, o pôr do sol!... Fui me 
encantando e me distraindo, olhando para cada uma daquelas lembranças. Sentei no chão, 
para poder fazer minhas escolhas. 
Joguei direto no saco de lixo os restos de um amor que me magoou. Peguei as palavras de 
raiva e de dor que estavam na prateleira de cima, pois quase não as uso, e também joguei fora 
no mesmo instante! Outras coisas que ainda me magoam, coloquei num canto para depois ver 
o que farei com elas, se as esqueço lá mesmo ou se mando para o lixão. 
Aí, fui naquele cantinho, naquela gaveta que a gente guarda tudo o que é mais importante: o 
amor, a alegria, os sorrisos, um dedinho de fé para os momentos que mais precisamos... como 
foi bom relembrar tudo aquilo! 
Recolhi com carinho o amor encontrado, dobrei direitinho os desejos, coloquei perfume na 
esperança, passei um paninho na prateleira das minhas metas, deixei-as à mostra, para não 
perdê-las de vista. 
Coloquei nas prateleiras de baixo algumas lembranças da infância, na gaveta de cima as da 
minha juventude e, pendurada bem à minha frente, coloquei a minha capacidade de amar... e 
de recomeçar... 
 
 
Avaliação: Fazer uma conexão com a situação atual do cliente e a metáfora. Mostrar que há 
possibilidades, e que guardar sentimentos ruins, paralisa a vida. É preciso movimentar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA METAFORA: O FRIO PODE SER QUENTE 
 
 
Objetivo: Fazer com o que o cliente veja e perceba os dois lados de uma mesma situação. 
 
Aplicação: Em clientes adolescentes em diante que estejam precisando ver outras 
possibilidades. 
 
Material: O livro da Jandira – O frio pode ser quente? ou uma cópia da história do livro. 
 
Instrução: Ler a metáfora. Questionar o cliente: 
- O que você entendeu da historinha? 
- O que ela tem a ver com você? 
 
O frio pode ser quente 
Jandira Mansur 
 
As coisas têm muitos jeitos de ser, 
depende do jeito que a gente vê. 
O comprido pode ser curto e o pouco pode ser muito. 
O manso pode ser bravo e o escuro pode ser claro. 
O fino pode ser redondo e o doce pode ser amargo. 
O quente pode ser frio e o que parece um mar também pode ser um rio. 
(...) 
Quem já se queimou num pedaço de gelo e sentiu muito frio depois de um banho quente não 
pode se espantar do frio poder queimar e o quente também esfriar. 
Uma árvore é tão grande se a gente olha lá para cima mas do alto de uma montanha ela 
parece tão pequenina. 
Grande ou pequena depende do quê? 
Depende de onde a gente vê. 
O domingo é tão curto os outros dias duram tanto, 
nas horas eles são iguais 
a diferença deve estar naquilo que a gente faz. 
O amanhã de ontem é hoje, o hoje é o ontem de amanhã; 
dentro dessa complicação quem tem uma explicação? 
Dá até para perguntar se o amanhã nunca chega, 
e também para pensar hoje, ontem, amanhã depende do quê, 
depende do jeito que você vê. 
(...) 
O pouco pode ser muito, o quente pode ser frio, 
será que tudo está no meio e não existe só o bonito ou só o feio? 
O comprido pode ser curto, o fino pode ser redondo, 
parece mesmo que no fim o bom pode ser ruim, 
e neste caso por que não o ruim pode ser bom? 
Curto e comprido, bom e ruim, vazio e cheio, bonito e feio 
- são jeitos das coisas ser, depende do jeito da gente ver. 
Ver de um jeito agora e de outro jeito depois, 
 ou melhor ainda, ver na mesma hora os dois. 
 
 
Avaliação: Fazer uma conexão com a situação atual do cliente e a metáfora. Mostrar que há 
possibilidades, que sempre há dois lados, dois caminhos na vida. Reler as duas últimas frases 
da metáfora. 
 
TÉCNICA DA UMA VIAGEM AO FUTURO 
 
 
Objetivo: Fazer com o que o cliente veja mais para frente, se imaginar no futuro. Despertar 
sonhos, metas e objetivos. 
 
Aplicação: Em adolescentes em diante - quando não existir uma demanda a ser trabalhada. 
Quando o cliente está paralisado no processo de terapia, está preso a um problema. 
 
Material: uma cópia da viagem ao futuro. 
 
Instrução: Propor uma viagem a um determinado tempo (de acordo com a idade do cliente) – 
geralmente o dobro ou 1/3 da idade do cliente. Fazer os questionamentos propostos. Pode ser 
coisas, pessoas ou sentimentos. 
- Cite 3 coisas que você tentará levar com você de qualquer maneira; 
- Pense em 3 sonhos que você gostaria de ver realizados durante a viagem; 
- Cite 2 grandes medos que você gostaria de perder ao longo do caminho; 
- Deixe uma mensagem para tornar a viagem mais fácil; 
- O que você não quer levar contigo; 
- Como será em X (ano que propôs a viagem). 
 
Avaliação: Avaliar a viagem como um todo. As respostas, tempo para responder, sentimento 
ao falar, expressão facial. Voltar a cada resposta e trabalhar as mesmas, com o intuito de 
conhecer o cliente e possibilitá-lo a fazer novas mudanças. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA ROTEIRODA CRISE (fobia, medo, ansiedade, queixa). 
 
 
Objetivo: Saber como o cliente vê e percebe tal situação. 
 
Aplicação: Todos os clientes. 
 
Instrução: Fazer os seguintes questionamentos sobre a crise: 
- Quando começa? 
- Como termina? 
- Você relaciona a crise X (a do momento) com algo ou alguém? 
- O que você pensa na hora? 
- Qual a sensação corporal (frio, calor, tremor)? 
- Tem a vontade de fazer o quê quando surge a crise? 
- O que você costuma fazer geralmente? 
- O que acontece quando termina? 
Depois de anotar tudo, ler uma metáfora sobre o assunto e questionar: 
- O que você entendeu da historinha? 
- O que ela tem a ver com você? 
 
Avaliação: Colher dados e tratá-los na próxima sessão – trazer conceitos, possibilidades de 
mudança. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA DAS CONQUISTAS 
 
 
Objetivo: Conhecer o cliente – ter assunto/demanda para ser tratada na sessão. 
 
Aplicação: Todos os clientes, adolescentes em diante. 
 
Instrução: Perguntar ao cliente e fazer com que ele reflita e responda: 
- Citar duas conquistas/acontecimentos positivos na sua vida; 
- Citar duas conquistas/acontecimentos negativos na sua vida. 
 
Avaliação: Colher dados e marcos da vida do cliente. Trabalhar os fatos negativos e valorizar 
os pontos positivos. Analisar o que o cliente pensa sobre os aspectos positivos e negativos em 
sua vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA DO INCIO DO ANO 
 
 
Objetivo: Fazer uma avaliação do ano que passou e criar objetivos para o novo ano que se 
inicia. 
 
Aplicação: Na primeira sessão do ano, com clientes antigos. Todos os clientes, adolescentes 
em diante. 
 
Instrução: Questionar o cliente: 
- Como ele avalia o ano que se passou. 
- O que ele aprendeu e precisa aprender ainda? 
- Fazer um levantamento dos objetivos para o novo ano: listar sonhos, metas. 
 
Avaliação: Colher dados, gerar assunto. Trazer esses tópicos durante o ano e em dezembro – 
levantar o que foi feito ou não. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA METAFORA: A CASA DOS MIL ESPELHOS 
 
 
Objetivo: Fazer com o que o cliente veja e perceba o seu reflexo na vida. 
 
Aplicação: Em clientes adolescentes em diante que estejam precisando ver os reflexos da 
vida. 
 
Material: Uma cópia da metáfora: A casa dos Mil Espelhos. 
 
Instrução: Ler a metáfora. Questionar o cliente: 
- O que você entendeu da historinha? 
- O que ela tem a ver com você? 
- Qual é o seu reflexo hoje? 
 
A Casa dos Mil Espelhos 
Tempos atrás em um distante e pequeno vilarejo, havia um lugar conhecido como a casa dos 
1000 espelhos. Um pequeno e feliz cãozinho soube deste lugar e decidiu visitar. Lá chegando, 
saltitou feliz escada acima até a entrada da casa. Olhou através da porta de entrada com suas 
orelhinhas bem levantadas e a cauda balançando tão rapidamente quanto podia. Para sua 
grande surpresa, deparou-se com outros 1000 pequenos e felizes cãezinhos, todos com suas 
caudas balançando tão rapidamente quanto a dele. Abriu um enorme sorriso, e foi 
correspondido com 1000 enormes sorrisos. 
Quando saiu da casa, pensou, 
- Que lugar maravilhoso! Voltarei sempre, um montão de vezes. 
Neste mesmo vilarejo, um outro pequeno cãozinho, que não era tão feliz quanto o primeiro, 
decidiu visitar a casa. Escalou lentamente as escadas e olhou através da porta. Quando viu 
1000 olhares hostis de cães que lhe olhavam fixamente, rosnou e mostrou os dentes e ficou 
horrorizado ao ver 1000 cães rosnando e mostrando os dentes para ele. 
Quando saiu, ele pensou, - Que lugar horrível, nunca mais volto aqui. 
Todos os rostos no mundo são espelhos. 
 
Avaliação: Ver como o cliente percebeu a história. Na vida veremos aquilo que refletirmos. A 
vida é um espelho. Tudo que vai, volta. O que você envia é o que você recebe. Se sorrirmos 
para a vida, ela sorrirá para você. Se rosnarmos para a vida, ela rosnará para gente (caras 
fechadas). 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA DA PERCEPÇÃO PRÓPRIA 
 
 
Objetivo: Conhecer o cliente – ter assunto/demanda para ser tratada na sessão. 
 
Aplicação: Todos os clientes, adolescentes em diante. 
 
Instrução: Perguntar ao cliente e fazer com que ele reflita e responda: 
- Citar dois defeitos; 
- Citar duas manias; 
- Citar duas qualidades. 
 
Avaliação: Colher dados de como o cliente se vê e analisar todas as respostas. Os defeitos 
são os aspectos que o incomoda. As manias são as resistências. E a qualidades, devemos 
valorizá-las, criar segurança para o cliente, como recursos bons a serem utilizados na vida. 
Trabalhar os defeitos e manias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA DO SACO DE OBJETOS 
 
Objetivo: Conhecer o cliente – saber do inconsciente e momento atual do cliente. 
Aplicação: Todos os clientes, adolescentes em diante. 
Material: Um saco não transparente, contendo objetos diversos - CONHECER BEM SOBRE O 
QUE AQUELE OBJETO PODE SIGNIFICAR. 
- Vela: luz, iluminação, renovação, comemoração, acender, clarear, renovar, guia, energia, 
calor; 
- Óculos: ver algumas coisas da vida, cada um escolhe o seu grau de visão, pode se colocar 
para ver ou não ver; 
- Vidro de remédio: ajuda, medicação, psicologia – remédio da vida espiritual/mental: 
- Calculadora: as coisas não são exatas sempre, há de somar, dividir, diminuir, multiplicar e 
igualar na vida, nas relações; 
- Espelho: se ver, deixando se ver, o que está refletindo na vida; 
- Caixa de fósforos: agente pode acender e apagar possibilidades, cuidado para não se 
queimar; 
- Caixinha de presente: o que quer ganhar na vida, o que já deu de presente, qual o seu 
presente atual; 
- Bola: movimento, guia, segurar ou abrir mão, jogar; 
- Argola: ciclos da vida, se fecha e se abre a todo o momento. Qual ciclo precisa fechar ou 
abrir; 
- Relógio: pessoa obsessiva com o tempo, controlamos o tempo consciente, mas 
inconscientemente é atemporal, sem controle. Como está controlando seu tempo; 
- Nota falsa de R$: qual o papel do dinheiro na sua vida, é muito, pouco, como gasta; 
- Perfume: é vaidosa na vida, olfato, cheiros, aromas, até onde pode ir com essa habilidade. 
Sua vida está com que cheiro, aparência; 
- Pedras: rigidez, dura, pesada, bruta, formato não definido. O que precisa mudar. A vida é 
flexível. – Zebra: “Deu zebra!”. O que está ruim, errado na vida; 
- Tartaruga: é lenta, como faz as coisas, honra os compromissos no tempo estipulado; 
- Tigre: é feroz, dominadora o tempo todo. Do que tem medo, do que se recua. 
 
Instrução: Entregar o saco ao cliente e pedir para que ele escolha um objeto qualquer dentro 
do saco. Não pode abrir o saco para ver o que é. Utilizar apenas o tato para escolher. Quando 
escolher, retirar o objeto escolhido do saco e questioná-lo o porquê da escolha daquele objeto. 
 
Avaliação: Avaliar se o cliente escolhe de maneira: Calma (age assim na vida, pensa antes de 
agir), Muita calma (pessoa mais lenta, devagar) e Rápido (ansiosa, não tem paciência, 
impulsiva). Dar o significado do objeto escolhido ao cliente (aplicado ao contexto do cliente), 
reforçando que isso tem a ver com o seu momento atual. Depois questioná-lo: O que o objeto 
tem a ver com você? 
 
 
TÉCNICA DA CONVERSA (CONSTELAÇÃO) 
 
 
Objetivo: Fazer com o que o cliente fale do problema/crise. 
 
Aplicação: Todos os clientes, adolescentes em diante. 
 
Instrução: Fazer os seguintes questionamentos: 
- Que tamanho tem esse “problema/crise/medo/ansiedade/sintoma”? 
- Como está o “fantasma” desse sintoma dentro de você? 
- O que você gostaria de falar para ele? 
- O que você fazer para não sentir esse “problema/crise/medo/ansiedade/sintoma”?- Quais são as possibilidades para fazer algo diferente do que você pode fazer com esse 
“problema/crise/medo/ansiedade/sintoma”? 
- Mágica: Transformar o sintoma em objeto ruim, depois em um bom. 
 
Avaliação: Fazer a transformação, ressignificação do sintoma para o cliente. Possibilitá-lo falar 
do problema, transformá-lo num processo. Alivia a dor e o peso do sintoma, além de fazer com 
que ele veja possibilidades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA DA TABELA FAMILIAR 
 
 
Objetivo: Conhecer sobre a família do cliente, o que ele pensa sobre sua família – Colher 
dados, observar relações parentais. 
 
Aplicação: Todos os clientes, adolescentes em diante. 
 
Material: Tabela com os dados – pai e mãe por períodos de tempo até a idade do cliente. 
 
Instrução: Com a tabela em mãos, questionar o cliente em como ele via o pai e a mãe por 
períodos de idade, até a idade atual do cliente. Estabelecer espaçamento entre as idades, a fim 
de colher mais dados. Geralmente de 5 a 7 anos. Mostrar a tabela para o cliente e o terapeuta 
fazer as anotações. 
 
Avaliação: Observar as relações parentais, os conflitos maternos e paternos. Avaliar as 
respostas e fazer questionamentos. Descobrir em qual fase da vida do cliente é necessário ser 
trabalhada. O esperado é que o cliente mude de idéia e visão ao decorrer dos anos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA DA COURAÇA 
 
 
Objetivo: Fazer com o que o cliente recorde fatos que o fizeram mal e que o “bloquearam” 
para a vida/mundo. 
 
Aplicação: Todos os clientes, adolescentes em diante. 
 
Instrução: Contar a história da couraça. Ao decorrer da vida, acontecem muitas coisas que faz 
com que criamos uma proteção interna sobre algumas coisas, vamos criando uma casca de 
tartaruga e ficamos flexíveis, o que pode ser bom ou ruim. Quando agente quer sair (externo), 
colocamos nossa cabeça para fora, quando queremos nos esconder (interno), colocamos a 
cabeça para dentro. Agente vai e volta para o mundo, aparece e se recolhe. 
Questionar o cliente: 
- Quem/quais foram às pessoas ou acontecimentos que enrijeceram a sua couraça? Traumas, 
relacionamentos maus. 
 
Avaliação: Levantar dados, conhecer o cliente. Trabalhar sobre as respostas. Avaliar pontos 
positivos e negativos do cliente. Saber fatos e criar demanda de trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA DAS FOTOS 
ALBUM DE VIDA (livro) 
 
 
Objetivo: Conhecer sobre o cliente, o que ele pensa sobre ele e sua família. Avaliar 
capacidade e qualidade das escolhas. Possibilitar ao cliente trazer a consciência elementos 
que ajudem a clarificar questões não entendidas até o momento. 
 
Aplicação: Todos os clientes, crianças em diante. 
 
Material: Fotos trazidas pelo cliente 
 
Instrução: Pedir ao cliente na sessão anterior, que traga algumas fotos (quantas quiser) que 
represente fatos importantes da sua vida, e em vários aspectos – pessoais, familiares, 
profissionais, relacionamentos, idades diferentes. Fotos que mais gosta. 
 
Avaliação: Observar a capacidade de escolha, quem são as pessoais das fotos que aparecem 
mais, perfil/ângulo das fotos, fatos importantes, momentos, conversar sobre os fatos. Sobre 
cada foto – conhecer o cliente e pontuar suas dificuldades e possibilidades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA DA CARTA 
 
 
Objetivo: Fazer com que o cliente entre em contato consigo mesmo – exercício introspectivo. 
(Fazer na sessão) 
 
Aplicação: Todos os clientes, adolescentes em diante. 
 
Instrução: Falar para o cliente que ele fará uma carta para si próprio(a), uma carta sobre a sua 
vida. Essa carta é sua, sobre você. Questionar o cliente: 
1º Tópico: Agradecer: Quem você gostaria de agradecer? 
2º Tópico: Reclamar: Do que você gostaria de reclamar (algo, alguém, fato)? 
3º Tópico: Falar algo para alguém que não teve oportunidade de falar. Por tempo, oportunidade 
ou medo. 
4º Tópico: Relembrar bons momentos. 
5º Tópico: Escrevo nessa carta quem fez ou faz parte da minha vida que me fez ou faz muito 
bem. Citar as pessoas e motivos. 
6º Tópico: Escrevo nessa carta, mas prefiro riscar. Algo ou alguém. 
7º Tópico: Como você finalizaria essa carta? 
 
Avaliação: Colher informações, dados para uma próxima sessão. Estudar a carta e o caso do 
cliente. Criar demanda e pontos a serem trabalhados. Reler a carta com o cliente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA METAFORA: A QUALIDADE DOS AMIGOS 
 
 
Objetivo: Fazer com o que o cliente não se influencie pelos outros. 
 
Aplicação: Em clientes adolescentes em diante que podem estar sendo influenciados pelas 
pessoas ou por motivos ruins. 
 
Material: Uma cópia da metáfora: A qualidade dos amigos. 
 
Instrução: Ler a metáfora. Questionar o cliente: 
- O que você entendeu da história? 
- O que ela tem a ver com você? 
 
QUALIDADE DOS AMIGOS 
Um homem foi comprar jornal com seu amigo. 
O amigo cumprimentou o jornaleiro com amor, mas, como retorno, recebeu um tratamento 
rude e grosseiro. 
Pegando o jornal que foi atirado em sua direção, o amigo sorriu carinhosamente e com toda 
atenção, desejou ao jornaleiro um bom final de semana. 
Quando os dois desciam pela rua, o homem perguntou ao seu amigo: 
- Ele sempre lhe trata com tanta grosseria? 
- Sim, infelizmente é sempre assim. 
- E você é sempre tão amável com ele? 
- Sim, sempre sou. 
- Por que você é tão educado, já que ele é tão rude com você? 
- Porque não quero que ele decida como eu devo agir. 
Nós somos nossos ‘próprios donos’. 
Não devemos nos curvar diante de qualquer vento que sopra, nem estar à mercê do mau 
humor, da mesquinharia, da impaciência e da raiva dos outros. 
Não são os ambientes que nos transformam e sim nós que transformamos os 
ambientes. 
- ‘Para saber quantos amigos você tem, dê uma festa.’ 
- ‘Para saber a qualidade deles, fique doente!’ 
 
Avaliação: Ver como o cliente percebeu a história. Passar a mensagem de que - independente 
do que acontecer, não devemos nos deixar se influenciar pelos outros – ser dono da sua vida, 
tomar cuidado com as amizades e com as pessoas no geral. Devemos sorrir para a vida. 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA METAFORA O PATINHO FEIO 
 
 
Objetivo: Situar o cliente dentro da sua família, relação aos pais e irmãos. 
 
Aplicação: Em crianças, adolescentes e adultos. 
Material: Uma cópia da metáfora: O patinho feio. 
Instrução: Ler a metáfora. Questionar o cliente: 
- O que você entendeu da história? 
- O que ela tem a ver com você? 
 
Avaliação: Ver como o cliente percebeu a história. Encontrar um lugar na família. Passar a 
mensagem de que o feio pode ser lindo. Que não precisa ser o feio da família, o que tem 
problemas, o que precisa aceitar tudo, ser o bom, o melhor, ou o excluído. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA METAFORA: EU SEI, MAS NÃO DEVIA 
 
 
Objetivo: Possibilitar o cliente a fazer algum movimento/mudança na vida. 
 
Aplicação: Em clientes adolescentes em diante que estão estáticos, sem movimento, sem 
mudança, empacados no processo de terapia. 
 
Material: Uma cópia da metáfora: Eu sei, mas não devia. 
 
Instrução: Ler a metáfora. Questionar o cliente: 
- O que você entendeu da história? 
- O que ela tem a ver com você? 
 
Eu sei, mas não devia 
 
Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia. 
A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as 
janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque 
não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as 
cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece 
o sol, esquece o ar, esquece a amplidão. 
A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque estána hora. A tomar o café 
correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da 
viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. 
A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia. 
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os 
mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas 
negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, 
dos números, da longa duração. 
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para 
as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto. 
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar 
o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a 
pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais 
trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra. 
A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a 
televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, 
conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos. 
A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À 
luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da 
água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não 
ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher 
fruta no pé, a não ter sequer uma planta. 
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não 
perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema 
está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está 
contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a 
gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que 
fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado. 
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para 
evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente 
se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, 
se perde de si mesma. 
 
Avaliação: Ver como o cliente percebeu a história. Passar a mensagem de que é necessário 
fazer alguma mudança, não devemos nos acostumar com as situações ruins, precisamos 
“acordar para a vida”. Fazer algo diferente, sair da rotina, alterar o que está ruim, abrir portas 
para o novo, para as mudanças, perder o medo – Criar coragem e movimentar-se. 
 
 
TÉCNICA METAFORA: TÊNIS E FRESCOBOL 
 
 
Objetivo: Trabalhar as relações entre casais. 
 
Aplicação: Em terapia de casal ou com um dos pares que esteja com dificuldades nos 
relacionamentos amorosos. Adultos em diante. 
 
Material: Uma cópia do Texto de Rubem Alves – Tênis e Frescobol. 
 
Instrução: Ler a metáfora com o casal. Questionar o(s) cliente(s): 
- O que você(s) entendeu da história? 
- O que ela tem a ver com você(s)? 
- Que tipo de relacionamento estão vivendo/qual jogo? 
- Qual jogo gostaria de viver? 
 
 
Avaliação: Ver o que mantêm esse casal. Possibilitar reflexão e percepção da relação. 
Amenizar problemas de relacionamentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA LIVRAR-SE DAS DIFICULDADES (livro) 
 
 
Objetivo: Permitir que o cliente amplie sua visão sobre determinada dificuldade e, a partir da 
reflexão, perceba novas possibilidades. (Fazer na sessão ou em casa). 
 
Aplicação: De modo individual (adolescentes em diante), casal, família e grupos. 
 
Instrução: Liste todas as possibilidades de se livrar dessa dificuldade com a qual estamos 
trabalhando, mesmo que sejam idéias que você considere fora de cogitação ou impossíveis e 
fantasiosas. 
 
Avaliação: Perceber a possibilidade de pensar e refletir do cliente sobre determinada 
dificuldade, pensar sem preconceitos – considerar possibilidades absurdas, abre para outras 
que são mais viáveis, flexibilizando os ângulos de visão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA O QUE EU GANHO? (livro) 
 
 
 
Objetivo: Propiciar conscientização de algumas razões que dificultam a realização de 
mudanças. Flexibilizar a compreensão linear de sintomas e dificuldades. (Fazer na sessão ou 
em casa) 
 
Aplicação: De modo individual (adolescentes em diante), casal, família e grupos. 
 
Instrução: Liste todos os ganhos que você tem com essa situação. 
 
Avaliação: Enxergar as formas que o cliente usa para manter o sintoma ou a dificuldade. A 
base para trabalhar dessa forma é a crença de que todas as situações têm ângulos opostos e 
complementares – Bipolaridade Sistêmica - (positivos e negativos / ganhos e perdas). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA EMOÇÕES NO DIA A DIA (livro) 
 
 
 
Objetivo: Definir objetivos da terapia e aumentar a consciência do cliente sobre como ele lida 
com as emoções. (Fazer em casa). 
 
Aplicação: De modo individual (adolescentes em diante), casal, família e grupos. 
 
Instrução: No seu dia a dia, avalie e liste quais as emoções/sentimentos que mais lhe 
atrapalham nesse momento, com quais você sente mais dificuldade em lidar e o que você faz 
quando elas aparecem. 
 
Avaliação: Perceber o dia a dia do cliente, capacidade de lidar com sentimentos, de percepção 
e escolha. Ver a implicação do cliente no processo de terapia e definir novas demandas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA SEM RECEIO (livro) 
 
 
 
Objetivo: Flexibilizar a compreensão linear de sintomas ou dificuldades. Avaliar outras 
possibilidades de ação e possíveis acontecimentos na presença ou ausência de uma 
determinada emoção. (Fazer na sessão). 
 
Aplicação: De modo individual (adolescentes em diante), casal, família e grupos. 
 
Instrução: Liste o que você imagina que faria ou que aconteceria se não tivesse mais este 
sentimento (descrevê-lo). Pode ser utilizada para trabalhar vários sentimentos como: raiva, 
ciúmes, insegurança, culpa, medo, mágoa, etc. 
 
Avaliação: Perceber a possibilidade de abrir novos caminhos. Auxiliar o cliente a enxergar 
novas opções. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA FINALIZAÇÃO COM RECORTES (livro) 
 
 
 
Objetivo: Proporcionar ao cliente, de forma simbólica, uma visão de sua história de vida, para 
ampliar seus pontos de vista. Definir objetivos da terapia e aprendizagens necessárias. 
Obs: (Fazer na última sessão do cliente). 
 
Aplicação: De modo individual (adolescentes em diante). 
 
Material: Caixa contendo recortes variados. 
 
Instrução: Escolha vários recortes na caixa e fale de você – monte sua história e 
evolução/crescimento dentro da terapia através dos recortes/imagens da caixa. 
 
Avaliação: Perceber a evolução do cliente na terapia. Fazer uma boa finalização, de modo 
transparente e consciente tanto para o cliente como para o terapeuta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA HISTÓRIA COM RECORTES (livro) 
 
 
 
Objetivo: Proporcionar ao cliente, de forma simbólica, uma visão de sua história de vida, para 
ampliar seus pontos de vista. Definir objetivos da terapia e aprendizagens necessárias. 
Obs: (Fazer nas primeiras sessões). 
 
Aplicação: De modo individual (adolescentes em diante), casal, família e grupos. 
 
Material: Caixacontendo recortes variados, cartolina e cola. 
 
Instrução: Escolha vários recortes na caixa e monte a sua história de vida. 
Pode ser: Figuras que demonstrem como gostaria que sua história de vida tivesse sido. 
 
Avaliação: Conhecer o cliente, sua vida e seu modo de vê-la. Explorar cada situação: como 
ocorreu, como gostaria que tivesse sido, o que acha que poderia ter feito diferente na ocasião, 
como desencadeou determinados fatos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA SEMPRE, ÀS VEZES, NUNCA (livro) 
 
 
 
Objetivo: Proporcionar ao cliente tomada de consciência do seu padrão de comportamento, a 
fim de perceber possível influência ou impedimento nas situações atuais/ “agarrado” com um 
mesmo sintoma. (Fazer em casa). 
 
Aplicação: De modo individual (adolescentes em diante), casal e família. 
 
Instrução: A respeito da situação que estamos trabalhando, faça uma lista com: 
- O que você faz SEMPRE; 
- O que você só faz ÀS VEZES; 
- O que você NUNCA faz. 
 
Avaliação: Avaliar as crenças e valores do cliente. Permite uma vasta exploração sobre o 
funcionamento do cliente que pode resultar em um aumento de repertório para novas ações do 
cliente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA LINHA DA VIDA (livro) 
 
 
 
Objetivo: Proporcionar ao cliente uma visão geral sobre como foi a sua vida até aquele 
momento, de forma organizada. Identificar padrões estabelecidos e aprendizagens 
necessárias. (Fazer na sessão). Quando o cliente está confuso ou mesmo para ver o 
andamento do processo e as fases mais significativas. 
 
Aplicação: De modo individual (adolescentes em diante), casal, família e grupos. 
 
Instrução: Numa folha de papel A4, vamos desenhar uma linha. Nela, o começo será o dia do 
seu nascimento e o final será o dia de hoje. Assinalaremos nessa linha todos os 
acontecimentos, positivos e negativos, que foram marcantes para você. Criar intervalos de 
tempo, pedir momentos bons (gráfico para cima) e ruins (gráfico para baixo). Mostrar o gráfico 
para o cliente no final e questionar: 
- O que você me diz a respeito desse gráfico? 
Pode ser feita com figuras, fotos ou recortes. 
Pode ser para questões especificas: relacionamentos, aspectos profissionais, ciclos de energia, 
etc. 
 
Avaliação: Avaliar os fatos da vida do cliente, sua capacidade de organização, cores, 
momentos, idades, é uma radiografia do funcionamento do cliente. Conhecer o cliente e 
organizar os acontecimentos. Observar se há quebras na linha, se há grandes espaços ou 
intervalos vazios, se foi feita com cores ou canetas diferentes, se existem repetições, quais 
fatos provocam emoções fortes, de que forma o cliente reage ou reagiu a cada fato citado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA PROJETO PARA DAQUI A 20 ANOS (livro) 
 
 
 
Objetivo: Propiciar ao cliente uma reflexão sobre como quer que seja sua vida no futuro e 
oportunizar a conscientização de que é necessário preparar esse futuro agora. Possibilitar ao 
cliente a percepção do seu padrão de funcionamento e estimular que ele assuma a 
responsabilidade sobre as aprendizagens que precisam ser feitas. 
 
Aplicação: De modo individual (jovens em diante). 
 
Instrução: Traga por escrito na próxima sessão, seu projeto de vida pessoal nos mais diversos 
aspectos e em todos os seus papéis (familiar, do casal, profissional) para daqui X (o período 
depende da idade do cliente) anos. 
 
Avaliação: Identificar aonde o cliente quer chegar e o que ele precisa fazer agora para que 
isso aconteça. Fazer um movimento para o futuro, ter lugar e importância para tudo: família, 
lazer, trabalho, relacionamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA DESENHO DOS QUATRO QUARTOS (livro) 
 
 
 
Objetivo: Propiciar ao cliente a exploração de uma situação em todos os seus aspectos. 
Possibilitar a organização dos diferentes campos da experiência do cliente. Definir novos 
aspectos para trabalhar, novas demandas. 
 
Aplicação: De modo individual (adolescentes em diante). 
 
Material: Folha dividida em 4 partes. 
 
Instrução: Dividir a folha em quatro partes. Escrever em cada quarto um ângulo da situação 
que estamos trabalhando. Em cada um deles, escreva: 
- Seus sentimentos sobre ela; 
- O que você pensa sobre a situação; 
- Qual a sua sensação corporal ligada ao assunto; 
- Quais são suas ações na situação. 
 
Avaliação: Ter clareza do que está acontecendo com o cliente e avaliar novos aspectos de 
trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS (livro) 
 
 
 
Objetivo: Proporcionar ao cliente, através da reflexão e comparação com as pessoas da 
família, uma maior consciência do seu padrão de funcionamento e de sua identidade. 
Obs: Nas primeiras sessões. 
 
Aplicação: De modo individual (adolescentes em diante), família e grupos. 
 
Material: Folha com as grades – pessoas, semelhanças e diferenças. 
 
Instrução: Usando a grade, liste as suas características, que são semelhantes e diferentes das 
de seu pai, mãe, cônjuge, amigo, avós, etc.; (as pessoas podem variar – aquelas que mais 
convivem com o cliente ou que vivenciem algum conflito). 
Pode pedir a lista: 
- Das características de cada um que gostaria de ter; 
- Das habilidades que poderia aprender com cada um. 
 
Avaliação: Conhecer a identidade do cliente, características pessoais e familiares. O que o 
cliente herdou de cada um com quem convive. Possibilidade de enxergar e fazer com que o 
cliente enxergue semelhanças e diferenças que eram desconhecidas ou porque causam tantos 
conflitos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA DOS CULPADOS (livro) 
 
 
Objetivo: Proporcionar o aprendizado de lidar com diferentes formas de pensar, preconceitos, 
julgamentos e condicionamento social. 
 
Aplicação: De modo individual (adolescentes em diante), casal, família e grupos. 
Para clientes racionais, que acham que tem certeza de tudo e possuem dificuldades de 
mudança. 
 
Material: Uma cópia do Texto Culpados/O Caso da Ponte 
 
Instrução: Vou ler uma história para você e ao final teremos uma pergunta, na qual deverá 
respondê-la. 
O Caso da Ponte 
 
João era casado com Maria e se amavam. 
Depois de um certo tempo, João começou a chegar cada vez mais tarde em casa. Maria se 
sentiu abandonada e procurou Paulo que morava do outro lado da ponte. Acabaram amantes e 
Maria voltava para casa sempre antes do marido chegar. 
Um dia, quando voltava, encontrou um bandido atacando as pessoas que passavam na ponte. 
Ela correu de volta para a casa de Paulo e pediu proteção. Ele respondeu que não tinha nada 
haver com isso e que o problema dela. Ela, então, procurou um amigo. Este foi com ela até a 
ponte, mas se acovardou diante do bandido e não o enfrentou. 
Resolveram procurar um barqueiro mais para baixo do rio. Este aceitou levá-la por R$ 100,00, 
mas nenhum dos dois tinha dinheiro. Insistiram e imploraram, barqueiro foi irredutível. Aí 
voltaram para a ponte e o bandido matou Maria. 
Coloque os seis personagens em ordem decrescente de culpa, isto é, no n.º 1 coloque o maior 
responsável pelo que ocorreu e os restantes em ordem decrescente, ficando no n.º 6 o menos 
culpado. 
 
 
Avaliação: Trabalhar o conceito de que não existe uma só verdade, uma definição correta, não 
existe verdade absoluta, não existe certo e errado, tudo é relativo e relacional. Estimular o 
cliente a avaliar os motivos da sua escolha. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA PODER (livro) 
 
 
 
Objetivo: Possibilitar ao cliente conscientização de como exercita o poder. Tomar consciência 
sobre as perdas. 
 
Aplicação: De modo individual (adolescentes em diante) e grupos. 
Para clientes materialistas. 
 
Instrução: Pedir ao cliente que me diga 3 coisas que lhe dão poder. Agorame diga três coisas 
que fazem você perder o poder. 
 
 
Avaliação: O cliente precisa ter clareza do seu funcionamento nessa área e começar a 
flexibilizar ou alterar suas premissas. Trabalhar os mitos que o cliente tem em relação ao 
poder, tais como: todo poder corrompe, querer é poder, ninguém tem poder, etc. Circular as 
formas de uso do poder. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA MAPEAR O CORPO (livro) 
 
 
 
Objetivo: Possibilitar ao cliente consciência e percepção de suas vivências corporais. 
 
Aplicação: De modo individual (adolescentes em diante) e grupos. 
 
Material: Papel ofício, lápis preto e lápis de cor. 
 
Instrução: Pedir ao cliente que faça um desenho do seu próprio corpo (inteiro) nesta folha. 
Agora acrescente ao desenho, colorindo cada parte de uma cor: 
- áreas mais conhecidas; 
- áreas desconhecidas – que precisam ser exploradas; 
- áreas doloridas; 
- áreas com traumas, fraturas, cirurgias; 
- áreas de que gosta; 
- áreas de que não gosta; 
- áreas que acha mais bonita; 
- áreas que gostaria de “consertar” – plásticas; 
- áreas nas quais segura ou vivencia as emoções e tensões (cabeça, coração, pernas, etc). 
 
Avaliação: Ficar atento as cores, formas e tamanhos. Trabalhar com as dificuldades do cliente 
em relação ao seu corpo, a sexualidade, etc. Relacionar com as vivências diárias, os sintomas 
e as dificuldades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA MEU CORPO (livro) 
 
 
 
Objetivo: Possibilitar ao cliente tomar consciência de sua imagem corporal. 
 
Aplicação: De modo individual, com crianças. 
Para clientes com indícios de transtornos alimentares e outros sintomas que envolvam 
diretamente a relação com o corpo. 
 
Material: Papel craft do tamanho da criança e canetinhas de 2 cores diferentes. 
 
Instrução: Pedir ao cliente que desenhe na folha de papel craft do seu tamanho, o seu corpo 
em tamanho real. Depois, pedir a criança que deite sobre o desenho que ela fez e eu 
contornarei com uma canetinha de outra cor o contorno do corpo da criança, assim como ele é. 
 
Avaliação: Perceber como o cliente se vê. Trabalhar a percepção que tem e as distorções que 
percebe entre os dois desenhos. Trabalhar as diferenças de percepção do corpo e fazer 
ligações delas com suas questões corporais, relacionais e seus sintomas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA CONVERSA COM AUSENTES (livro) 
 
 
 
Objetivo: Possibilitar ao cliente fechar situações que ficaram pendentes com relação a 
pessoas ausentes (vivas, mortas, separadas, brigadas, distantes, etc). (Fazer em casa) 
 
Aplicação: De modo individual, com adolescentes em diante. 
 
Instrução: Pedir ao cliente que escreva uma carta para a pessoa ausente, expressando tudo o 
que gostaria de ter falado e não falou, desculpando, pedindo perdão, resolvendo a situação 
pendente. 
Ler na sessão a carta junto com o cliente e conversar sobre tal discurso, tais situações e 
sentimentos. Perguntar como foi escrever a carta, como se sentiu. 
Se a pessoa, estiver viva: guardar a carta; 
Se a pessoa estiver morta: pode queimar a carta. 
 
Avaliação: Perceber como o cliente irá se desprender das situações que o estão impedindo de 
ir adiante no seu processo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA POSSIBILIDADES (livro) 
 
 
 
Objetivo: Ampliar e flexibilizar a percepção do cliente diante de uma situação. Criar e estimular 
possibilidades de ação, quando o cliente não consegue ou não quer ver outras hipóteses. 
(Fazer na sessão ou em casa) 
 
Aplicação: De modo individual, com adolescentes em diante. 
 
Instrução: Pedir ao cliente que fale outras X (nº que quiser) opções de reação que ele poderia 
ter tido na situação. Avaliar perdas e ganhos de cada uma delas. Depois, pedir ao cliente que 
fale outras X (nº que quiser) opções de ações para atingir determinado objetivo. 
 
Avaliação: Perceber como o cliente vê a situação, se ele quer ou não mudar, tomar atitude ao 
que lhe incomoda. Criar mecanismos de ação. Passar a idéia de que sempre existem outras 
possibilidades de ação e de reação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA O QUE É UM CASAL? (livro) 
 
 
 
Objetivo: Auxiliar o cliente a identificar suas crenças e valores referentes a casamento e 
relacionamento a dois. Identificar ambivalências, concordâncias e rigidez presentes no 
relacionamento conjugal. 
Obs: Fazer no início da sessão com casal. 
 
Aplicação: Com casal, os dois ou separados, um de cada vez. 
 
Instrução: Pedir aos clientes que cada um deve refletir e escrever sobre cada uma das 
seguintes questões: 
- O que é um casal? 
- Por que um casal fica junto? 
- Quais são os casais felizes e infelizes que foram ou são marcantes para você? (Listar nomes) 
- Por que (motivos) eles foram ou são marcantes para você? 
 
Avaliação: Identificar as semelhanças e diferenças entre o casal, trabalhar as dificuldades que 
surgirem a partir das diferenças, salientando que as pessoas não precisam pensar de forma 
igual, mas é interessante encontrar estratégias para aceitar e respeitar as diferenças e 
aproveitá-las como oportunidade de crescimento. O que cada um dos membros está disposto a 
aprender com o outro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA EXPLICITANDO DIFICULDADES (livro) 
 
 
 
Objetivo: Possibilitar ao cliente tomar consciência de sua forma de lidar com situações em que 
tem dificuldades. Facilitar novas aprendizagens. 
 
Aplicação: De modo individual (adolescentes em diante), casal, família e grupos. 
 
Instrução: Dividir uma folha em 3 partes, colunas iguais e mostrar para o cliente. Solicitar a ele 
que me refletisse e falasse: 
- As dificuldades que estão presentes no seu momento atual; 
- Os problemas que tais dificuldades lhe trazem; 
- O que você precisa aprender para resolvê-las ou melhorá-las. 
 
Avaliação: Ampliar a visão sobre a dificuldade do cliente e criar novas possibilidades de 
mudança. Quanto mais o cliente enxergar as vantagens de ficar livre das dificuldades, maior 
será sua possibilidade de mudança. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA DESENHO SIMBÓLICO (livro) 
 
 
 
Objetivo: Possibilitar ao cliente revisar as fases da sua vida e conhecer seu padrão de 
funcionamento além de definir as aprendizagens necessárias. 
 
Aplicação: De modo individual (adolescentes em diante), família e grupos. 
Clientes com apego ao passado – positivo ou negativo. 
 
Material: Papel ofício e lápis preto. 
 
Instrução: Pedir ao cliente que faça um desenho simbólico (dele ou objeto) que o represente 
quando tinha 1 ano, outro quando estava com 5 anos, outro com 15 anos e outro com a idade 
atual. (Dividir os intervalos de tempo, de acordo com a idade do cliente). Depois de ter 
desenhado os diversos desenhos, solicitar que escreva uma frase para cada desenho. 
 
Avaliação: Conhecer e levantar dados sobre o padrão de funcionamento/comportamento do 
cliente e definir novas demandas de trabalho. Verificar sobre a história de vida do cliente, como 
ele vê seu crescimento e evolução. Avaliar períodos que houve conflitos. Fazer com que o 
cliente reformule suas crenças e álibis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA EU, MEU PASSADO E FUTURO (livro) 
 
 
 
Objetivo: Auxiliar na identificação de novos dados relacionados ao cliente e a sua história. 
 
Aplicação: De modo individual (adolescentes em diante), família e grupos. 
 
Instrução: Pedir ao cliente que se sente confortavelmente e feche os olhos. Imagine um 
caminho, imagine uma casa. Ao entrar nela, verá uma sala com quatro portas. Em cada porta, 
há uma placa em que está escrito o tema daquele cômodo. Abra cada uma das portas e veja o 
que aparece em cada cômodo.Pode ver objetos, cores, pessoas, formas, etc. 
Na primeira porta, está escrito “Meu Passado”. Abra e veja. Quando estiver satisfeito com a 
inspeção, feche a porta e vá para outro cômodo. Na segunda porta, está escrito “Meu futuro”, 
na terceira porta “Meu Presente”. (Dar nomes para as outras portas – negócios, relações, 
família, relacionamento conjugal, etc. Faça a mesma inspeção com cada uma das portas. 
Questionar o cliente: 
- O que viu em cada uma das portas? 
- O que tinha no cômodo? 
- Qual cômodo a entrada/visualização foi pior? E o melhor? 
 
Avaliação: Lidar com a fantasia e situações simbólicas, conhecer mais dados sobre a história 
do cliente e sua visão do futuro. Identificar novos conteúdos de trabalho. 
 
TÉCNICA DO ESCUDO 
 
 
Objetivo: ajudar o cliente a expor planos, sonhos, jeitos de ser, deixando-se conhecer melhor 
pelo terapeuta 
 
Aplicação: Em clientes adolescentes em diante. 
 
Material: uma folha com o desenho do escudo, lápis colorido ou giz de cera. 
 
Instrução: Pedir ao cliente que fale de você dividindo-se em quatro etapas, através de coisas 
ou fatos importantes da sua vida por meio de imagens (desenhos), frases e não apenas de 
coisas faladas. Na parte superior do escudo o cliente deverá escrever o seu lema, ou seja, uma 
frase ou palavra que expresse seu ideal de vida. 
O período das idades poderá ser alterado de acordo com a idade do cliente. 
 
A. Do nascimento aos 6 anos; 
 
B. Dos 6 aos 14 anos; 
 
C. O Presente; 
 
D. O Futuro. 
 
 
 
Avaliação: Conhecer o cliente, avaliar as dificuldades e facilidades de realizar a técnica e 
relembrar o passado e desejos para o futuro. Encaminha a reflexão pessoal, utilizando o 
desenho do escudo, entregue para cada um. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA DA MINHA BANDEIRA 
 
 
Objetivo: Auxiliar o cliente a identificar suas habilidades e deficiências. 
 
Aplicação: Em clientes adolescentes em diante. 
 
Material: Folha da bandeira com 6 espaços, lápis preto. 
 
Instrução: Você fará a sua bandeira, expressando o seu modo de ser. Dê ao cliente a folha 
com o desenho de uma grande bandeira dividida em seis partes iguais. Leia as 6 perguntas e 
peça a ele que responda cada resposta em um dos espaços, colocando o numero da pergunta 
ao lado da resposta. 
 
Perguntas: 
 
1. Qual foi a melhor coisa que aconteceu na sua vida até agora? 
 
2. O que você mais gosta na sua família? 
 
3. O que você mais valoriza na vida? 
 
4. Cite três qualidades suas. 
 
5. O que gostaria de melhorar em si mesmo? 
 
6. Qual é o seu maior sonho ou aspiração? 
 
 
Avaliação: Analisar as respostas, pedir que leia cada uma delas e conversarem sobre elas. 
Questionar: 
- Qual a pergunta que considerou mais difícil de responder? Por quê? 
- Você já tinha parado para pensar nessas coisas antes? 
- Como você se sentiu ao mostrar aos outros a sua bandeira? 
- O que você aprendeu sobre si mesmo? 
 
 
 
TÉCNICA VALE A PENA AGIR ASSIM 
 
 
Objetivo: Possibilitar ao cliente fazer um levantamento e projeção de seus comportamentos 
atuais, melhorando seu relacionamento interpessoal e desempenhos pessoais. 
 
Aplicação: Em clientes adolescentes em diante. 
 
Material: Folha com as 3 partes e lápis preto: 
 Comece a... Pare de... Continue a... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Instrução: Pedir ao cliente que coloque seu nome e escreva em cada um dos espaços, 
comportamentos e atitudes de acordo com a solicitação prescrita. 
 
Avaliação: Analisar as respostas e propor ações. 
Obs: Guardar a folha e voltar com ela depois. 
 
 
Nome: 
Comece a... 
 
 
Continue a... Pare de...

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