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FACULDADE SALESIANA DOM BOSCO
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM AUDITORIA AMBIENTAL
	
PROJETO DE PESQUISA
		
	Título: Implantação da NBR ISO 14001 nas empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM)
	Discente (s): Marciney Mendonça e Samara Castro
	Professor da Disciplina Metodologia da Pesquisa Científica: Dr. Klilton Barbosa da Costa
	II –RESUMO DO PROJETO 
	
A implantação da NBR ISO 14001 nas empresas privadas, permite um direcionamento de ações para solucionar problemas ambientais na sociedade contemporânea, apesar da norma não ser de caráter obrigatório e, sim, de instrumentos voluntários. No Polo Industrial de Manaus (PIM), apenas 100 das 600 empresas possuem a certificação NBR ISO 14001, segundo dados da Secretaria de Estado de Planejamento, Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (SECTI) e Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO). Este trabalho tem como objetivo entender porque a Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA), órgão responsável pela homologação das empresas instaladas em Manaus, não exige essa certificação que colabora para preservação, proteção e prevenção do meio ambiente. A pesquisa é de caráter descritiva e a coleta de dados por meio do levantamento documental e bibliográfico com abordagem qualitativa. Com os resultados pretende-se mostra os fatores e motivos das empresas do PIM não obter a certificação ISO 14001 e apontar os benefícios de uma empresa certificada ISO 14001, conscientizar as empresas quanto a importância da certificação.
	Palavras-chave: NBR ISO 14001, Meio Ambiente, Gestão Ambiental, Polo Industrial de Manaus.
	III – TEMA
	
Implantação da NBR ISO 14001 nas empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM) e a não exigência da certificação pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA). 
	IV – PROBLEMA DE PESQUISA
	
Entender porque a Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA), órgão responsável pela homologação das empresas que entram no Polo Industrial de Manaus, não exige a implantação da NBR ISO 14001.
	V– OBJETIVOS
	
Geral: Analisar a não exigência da certificação da NBR ISO 14001 pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA) juntos as empresas instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM). 
	
Específicos:
· Apontar os impactos causados pelas empresas que não são certificadas na NBR ISO 14001;
· Verificar os motivos que impedem as empresas, depois de instaladas no PIM, a buscar a certificação da NBR ISO 14001;
· Demonstrar as vantagens das empresas certificadas NBR ISO 14001.
	VI – JUSTIFICATIVA
	
A visão e o comportamento da sociedade e entidades em lidarem com a natureza e meio ambiente tem modificados nos últimos anos. Consequentemente as legislações sobre responsabilidade ambiental têm sido mais rígidas, o que leva uma nova visão e dimensão ética da responsabilidade das empresas sobre natureza e meio ambiente (JÚNIOR et al., 2010, p. 60)
A poluição das indústrias do PIM é bastante significativa, o ar é poluído com a emissão dos gases que acabam contribuindo para o aumento do efeito estufa. Com relação a poluição das águas, os igarapés são contaminados com a demanda bioquímica de oxigênio e materiais em suspensão resultantes dos despejos tóxicos. Quanto aos resíduos, o setor industrial é responsável por grande parte da demanda que são destinados para o aterro sanitário. 
Nesse contexto, há uma necessidade de investimento em ações e campanhas de proteção ao meio ambiente, reduzindo os impactos gerados pelas empresas e incentivar a redução de custo dos produtos com materiais, desperdício e projetos sustentáveis.
	VII – REFERENCIAL TEÓRICO
	
ZONA FRANCA DE MANAUS E SUFRAMA
A Zona Franca de Manaus (ZFM) apresenta-se como um conceito mais amplo do que uma zona de livre comércio. Originalmente, pensado com a finalidade de criar um centro industrial, comercial e agropecuário dotado de todas as condições econômicas que permitam seu desenvolvimento. Além de características econômicas, trata-se de um regime aduaneiro aplicado em áreas especiais e, ao mesmo tempo, uma área de livre comércio de importação e exportação e de incentivos fiscais que permitem a manutenção do parque industrial instalado (BISPO, 2009, p. 105).
Descreve Brianezi e Sorrentino (2012) que:
A ZFM foi estabelecida com a finalidade de "criar no interior da Amazônia um centro industrial, comercial e agropecuário dotado de condições econômicas que permitam seu desenvolvimento" (BRASIL, 1967, art. 1º, grifo nosso). Nas três fases já vivenciadas pelo projeto, segundo a divisão proposta por Marcelo Seráfico (2011), fica evidente que a face agropecuária do modelo foi a que menos se concretizou: a) primeira fase - comercial (1967-1975); b) segunda fase - comercial e industrial (1976-1990); c) terceira fase - industrial (1991 - em vigor).
A mais bem-sucedida estratégia de desenvolvimento regional, o modelo leva à região de sua abrangência (estados da Amazônia Ocidental: Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima e as cidades de Macapá e Santana, no Amapá) desenvolvimento econômico aliado à proteção ambiental, proporcionando melhor qualidade de vida às suas populações (SUFRAMA, 2017).
Os empreendimentos instalados na Zona Franca de Manaus contam com diversos incentivos, que têm por objetivo reduzir as desvantagens locacionais e estimular o desenvolvimento regional. Há incentivos tributários, com redução ou isenção de tributos federais, estaduais e municipais, além da venda de terrenos a preços simbólicos no parque industrial de Manaus, com completa infraestrutura de serviços sanitários, energia e comunicações (MIRANDA, 2013).
Nesse contexto, regulamentada pelo Decreto de Lei n° 288 era criada a Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA) com objetivo de administrar a área de atuação e prestação dos serviços referentes à Zona Franca de Manaus (GARCIA, 2017, p. 7).
A ZFM é composta por três polos sendo: comercial, industrial e agropecuário. Nesse sentido, a SUFRAMA promove a interiorização do desenvolvimento por todos os Estados da área de abrangência do modelo, identificando oportunidades de negócios e atraindo investimentos para a região tanto para o Polo Industrial de Manaus quanto para os demais setores econômicos da sua área de atuação.
Define portal da SUFRAMA (2017) que:
A Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA - é uma autarquia vinculada ao Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços que administra a Zona Franca de Manaus - ZFM, com a responsabilidade de construir um modelo de desenvolvimento regional que utilize de forma sustentável os recursos naturais, assegurando viabilidade econômica e melhoria da qualidade de vida das populações locais.
A missão da SUFRAMA é promover o desenvolvimento econômico regional, mediante geração, atração e consolidação de investimentos, apoiado em educação, ciência, tecnologia e inovação, visando à integração nacional e inserção internacional competitiva (SUFRAMA, 2017).
CONHEÇENDO NBR ISSO 14001
Segundo ABNT ISO 14001 (2015, p. 2):
É uma norma aceita internacionalmente que define os requisitos para colocar um sistema da gestão ambiental em vigor, ajudando a melhorar o desempenho das empresas por meio da utilização eficiente dos recursos e da redução da quantia de resíduos, ganhando assim vantagem competitiva e a confiança das partes interessadas.
A implantação da NBR ISO 14001, nas empresas privadas, permite um direcionamento de ações para solucionar problemas ambientais na sociedade contemporânea, apesar da norma não ser de caráter obrigatório e sim de instrumentos voluntários, é função do direito confrontar as práticas sociais aos mecanismos legais vigentes, seus limites e possibilidades, como instrumento dinâmico e, por vezes, insubstituível, destinado à regulamentação da convivência social e ao balizamento do poder, poder este organizado em forma de política (JÚNIOR et al., 2010, p. 61).
Afirma Comparato (1997), a política aparece antes de tudo, como uma atividade, isto é, como um conjunto organizado de normas e atos tendentes à realização de um objetivo determinado.Assim, a política pública ambiental pode ser considerada como um conjunto de normas e atos unificado pela atividade que visa a realização da proteção ambiental.
Define Lustosa, May e Vinha (2010) que: 
A política ambiental é o conjunto de metas e instrumento que visam reduzir os impactos negativos da ação antrópica, aquelas resultantes da ação humana sobre o meio ambiente. Como toda política, possui justificativa para sua existência, fundamentação teórica, metas e instrumentos, e prevê penalidades para aqueles que não cumprem as normas estabelecidas. Interfere nas atividades dos agentes econômicos e, portanto, a maneira pela qual é estabelecida influência as demais políticas industriais e de comércio exterior. Por outro lado, as políticas econômicas favorecem um tipo de composição da produção e do consumo têm impactos importantes sobre o meio ambiente. 
As políticas privadas tratam das diretrizes e bases de implementação de ações para melhoria de convivência de um público determinado, exemplo disso, são as políticas ambientais adotadas dentro da organização empresarial. Neste sentido, diz-se que a política ambiental é aquela que pode ser implementada, tanto no âmbito dos estados (nacional ou internacional) no sentido de norma jurídica, quanto no âmbito empresarial.
A política ambiental privada ou das empresas, pode ser compreendida como um conjunto de objetivos, diretrizes e instrumentos voluntários, quer dizer, conforme a declaração da organização, expondo suas intenções e princípios em relação ao seu desempenho ambiental global, que provê uma estrutura para a ação e definição de seus objetivos e metas ambientais (ALPERSTEDT; QUINTELLA; SOUZA, 2010).
Para Cruz, Vasconcelos e Oliveira (2014, p. 4):
Gestão ambiental é um processo de administração participativa, integrada e contínua, que visa à compatibilização das atividades humanas com a qualidade e a preservação do patrimônio ambiental, através da ação conjugada do Poder Pública e da sociedade organizada em seus vários segmentos, mediante priorização das necessidades sociais e do mundo natural, com alocação dos respectivos recursos e mecanismos de avaliação e transparência.
Conforme Comparato (1997) as políticas se relacionam igualmente com a administração ou gestão ambiental, os termos administração, gestão do meio ambiente ou, simplesmente, gestão ambiental são similares e eles devem ser entendidos como as diretrizes e as atividades administrativas e operacionais, tais como: planejamento, direção, controle e alocação de recursos. Tais diretrizes e atividades seriam então realizadas com o objetivo de obter efeitos positivos sobre o meio ambiente, quer reduzindo ou eliminando os danos ou problemas causados pelas ações humanas.
Além disso, a ISO 14001 deve determinar os requisitos legais e outros requisitos, e identificar aqueles relacionados aos seus aspectos ambientais.
Segundo ABNT ISO 14001 (2015, p. 28), os requisitos legais mandatórios relacionados aos aspectos ambientais de uma organização podem incluir, se aplicável: 
 a) requisitos de organizações governamentais ou outras autoridades pertinentes;
 b) leis e regulamentos internacionais, nacionais e locais; 
c) requisitos especificados em permissões, licenças ou outras formas de autorização; 
d) ordens, regras ou orientações de agências regulamentadoras;
 e) sentenças de tribunais ou órgãos administrativos.
Outros requisitos também incluem partes interessadas relacionados com seu sistema de gestão ambiental que a organização tem de cumprir ou opta por cumprir. Estes são:
— Acordos com grupos comunitários ou organizações não governamentais; 
— Acordos com autoridades públicas ou clientes;
— Requisitos organizacionais; 
— Princípios voluntários ou códigos de práticas; 
— Rotulagem voluntária ou compromissos ambientais; 
— Obrigações decorrentes de acordos contratuais com a organização;
— Normas organizacionais ou industriais pertinentes.
Nesse sentido, Junior et al. (2012, p. 147) diz que o escopo da norma NBR ISO 14004 (Sistemas de gestão ambiental) requisitos com orientação para o uso (ABNT, 2015) recomenda a existência dos seguintes elementos na gestão: a) identificar as necessidades de treinamento dos empregados; b) estabelecer um plano de treinamento para atender as necessidades definidas; c) contemplar o plano de treinamento com os requisitos legais e organizacionais; d) treinar grupos específicos de funcionários; e) documentar e avaliar o treinamento recebido pelos funcionários.
OS IMPACTOS CAUSADOS PELAS EMPRESAS QUE NÃO SÃO CERTIFICADAS NA NBR ISO 14001
O pensamento de que a indústria é geradora de poluição nasceu devido à Revolução Industrial, pois nessa época a natureza era considerada um sistema amplo e de inesgotáveis reservas de matérias primas e energia. Valle ressalta que a poluição gerada pela indústria nada mais é do que uma forma de desperdiçar matérias-primas e insumos, além de ser um forte indício de ineficiência dos processos produtivos (NAIME; ANDARA; SANTOS, 2010).
Recentemente, os problemas ambientais ganharam espaço e passaram a ter atenção da sociedade em geral, das organizações (não somente industriais) e de suas partes interessadas. Neste contexto, a questão ambiental estreitou as relações diplomáticas entre os países, desenvolvidos e em desenvolvimento, que se uniram para trabalhar com foco na minimização dos impactos ambientais (JÚNIOR et al., 2010, p. 62).
Conforme afirmar Seiffert (2011):
Os dados relacionados à deterioração ambiental, apesar de apresentarem uma redução nos últimos 20 anos, apontam que as indústrias dos países desenvolvidos, contribuem externalidades negativas tem sido proporcionalmente maior. Quando a poluição do ar, o ramo industrial é responsável por 40 a 50% das emissões de óxidos de enxofre e 50% d o efeito estufa. Com relação a poluição da água, a indústria contribui com 60% da demanda bioquímica de oxigênio e de material em suspensão é 90% dos despejos tóxicos da água. Quanto ao lixo, o setor industrial produz 75% de lixo orgânico.
O crescente aumento do volume de produção e consumo pode ser considerado fatores cruciais para os atuais problemas ambientais enfrentados, o aumento caótico da população mundial bem como o início da escassez dos recursos naturais disponíveis faz surgir à discussão acerca da sustentabilidade do sistema natural e econômico e remete às organizações um novo cenário político, aquele que traz o meio ambiente como elemento estratégico para a competitividade das empresas e organizações (ALPERSTEDT; QUINTELLA; SOUZA, 2010).
OS MOTIVOS QUE IMPEDEM AS EMPRESAS, DEPOIS DE INSTALADAS, NO POLO INDUSTRIAL DE MANAUS, DE BUSCAR A CERTIFICAÇÃO DA NBR ISO 14001
Atualmente, apesar de não ser obrigatória a aplicação de normas de certificação ambiental por parte das empresas do PIM, estão cadastradas na Suframa 58 empresas como certificadas pela Norma NBR ISO 14001, distribuídas em diversos segmentos (JÚNIOR et al., 2010, p. 60).
Segundo Junior et al. (2012, p. 144) em decorrência da natureza contemporânea das variáveis ambientais, as organizações se deparam com o desafio de incorporar em seu modelo de gestão protocolos e condutas que atendam a essa nova realidade. Ante a necessidade de ajustar e ou alterar suas atividades, um caminho natural é a adoção de modelos de gestão estabelecidos especificamente para essa situação.
O elevado custo para a implantação de uma Estação de Tratamento de Efluentes (ETE), atendimento aos requisitos legais aplicáveis, a escassez de mão de obra qualificada para tratamento de efluentes são os maiores gargalos para as empresas do PIM por muitas organizações não entram para o seleto grupo de empresas certificadas no NBR ISO 14001 (BOLONHESE; BONIN, 2015).
Segundo Derisio (2012, p. 190) a implantação do sistema de gestão ambiental pode custar até R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) e leva um ano de trabalho, a organização reconhece a exigência do mercado que agrega valor ao seu produto. O universo de empresas certificadas no PIM ficou reduzido a menos de uma centena em razão da ausênciadesta cultura e de um baixo nível de comprometimento em relação à questão ambiental. 
Entre as dificuldades encontradas para certificação das empresas do PIM, destacam-se a interpretação dos requisitos, sem falar nos custos com a certificação, que começa com a contratação de uma empresa de consultoria, gastos com treinamento operacional e com o processo de certificação. Outra dificuldade é a resistência dos funcionários à mudança de hábitos e falta de comprometimento com o resultado (JÚNIOR et al., 2010, p. 62).
AS VANTAGENS DAS EMPRESAS CERTIFICADAS NA NBR ISO 14001 
Diante da globalização, as empresas devem buscar a certificação da NBR ISO 14001 para se manter inserido no mercado competitivo. Uma das maiores estratégias das empresas é adotar atividades ambientais sustentáveis como vantagem competitiva, pois empresas que adotam responsabilidade ambiental tendem a conquistar mercados onde a questão ambiental é um dado bastante relevante, que evidencia a todas as partes interessadas, que a organização está comprometida com a melhoria contínua do seu desempenho ambiental (DERISIO, 2012). 
Para Schwabe (2011, p. 18) uma empresa, ao implementar a NBR ISO 14001, conquista vantagens e benefícios abaixo relacionados:
· Identificação de passivos ambientais existentes potenciais
· Minimização de conflitos com órgãos ambientais
· Uniformização de práticas e procedimentos nas diversas unidades operacionais
· Priorização de investimentos para eliminação das não conformidades graves
· Avaliação de passivos ambientais da empresa
· Redução de custos pelo controle de perdas de matéria-prima
· Melhor posicionamento e imagem da empresa em mercados com fortes requisitos ambientais
· Redução de custos com energia e seguro de investimentos resíduos 
· Redução de riscos de responsabilidade de despoluição
· Aumento da eficiência e eficácia dos serviços através de uma ferramenta gerencial
Comenta Júnior et al. (2010, p. 63) com a implementação da norma de qualidade ambiental, ocorreram melhorias quando do cumprimento dos requisitos das normas e na satisfação dos clientes da empresa. O ganho de produtividade deu-se em decorrência de mudanças no processo tanto para adequação aos requisitos normativos, quanto para atendimento ao mercado.
Para ABNT ISO 14001 (2015, p. 4) existem inúmeros motivos para as empresas adotarem uma abordagem estratégica a fim de melhorar o seu desempenho ambiental:
· Demonstrar conformidade com requisitos legais e regulamentares atuais e futuros;
· Aumentar o envolvimento da liderança e o comprometimento dos funcionários;
· Melhorar a reputação da empresa e a confiança das partes interessadas mediante comunicação estratégica;
· Alcançar os objetivos estratégicos de negócios através da incorporação de questões ambientais na gestão das empresas;
· Oferecer vantagem competitiva e financeira aumentando a eficiência e reduzindo custos;
· Incentivar a melhoria do desempenho ambiental por parte de fornecedores, integrando-os aos sistemas de negócios da empresa.
Complementa Cruz, Vasconcelos e Oliveira (2014, p. 3) que medidas de gestão ambiental alteram a imagem da empresa para fins institucionais, abarcando o planejamento estratégico e representando um fator positivo nas relações com os stakholders e servindo de referência no meio empresarial se tornando mais competitiva diante de seus concorrentes.
Segundo Junior et al. (2012, p. 145):
A implantação de um SGA demanda a necessidade de definição da estrutura e das responsabilidades associadas. A partir destes estabelecimentos torna-se possível implantar e desenvolver um SGA, pois a organização caracteriza o agente de coordenação e as atribuições permanentes de todos os envolvidos. A integração dos sistemas contribui favoravelmente a implantação e incorporação dos requisitos no sistema de gestão, bem como evita situações de conflito entre requisitos originários de normas associadas aos respectivos sistemas. A integração proporciona ainda um enfoque sistêmico para a empresa no qual se insere o meio ambiente.
	VIII – PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
	
Inicialmente, este trabalho é de objetivo descritivo, com o procedimento de pesquisa bibliográfica e utiliza uma abordagem qualitativa.
A pesquisa descritiva expõe as características de uma determinada população ou fenômeno, demandando técnicas padronizadas de coleta de dados, proporcionando detalhes das características da temática abordada estabelecendo relações entre as variáveis (MARCONI; LAKATOS, 2010).
A pesquisa bibliográfica tem como objetivo reunir toda a bibliografia possível sobre o tema estudado, desde publicações escritas até as comunicações orais. Por meio do levantamento bibliográfico ou de fontes secundárias, abrange toda bibliográfica já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográfico e etc. (MARCONI; LAKATOS, 2010).
Para seleção dos dados coletados, utilizam-se livros e publicações disponibilizados no banco de dados do Google Acadêmico na biblioteca do: REDALYC (Rede de Revistas Científicas da América Latina e do Caribe, Espanha e Portugal); LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e SCIELO (biblioteca eletrônica científica on-line). Onde foram selecionados diversos assuntos relacionados à temática como: Gestão Ambiental, Política ambiental, NBR ISO 14001, ZFM, SUFRAMA e outros.
Segundo Marconi e Lakatos (2010) a aplicação de método qualitativo considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa. Não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o instrumento- chave. Os pesquisadores tendem a analisar seus dados indutivamente. O processo e seu significado são os focos principais de abordagem.
	IX – REFERÊNCIAS
	
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR ISO 14001:2015. (2015). Disponível em: <www.abnt.org.br/publicacoes2/category/146-abnt-nbr-iso-14001>. Acesso em 20 nov 2017.
ALPERSTEDT, Graziela Dias; QUINTELLA, Rogério Hermida; SOUZA, Luiz Ricardo. Estratégias de gestão ambiental e seus fatores determinantes: uma análise institucional. RAE-Revista de Administração de Empresas, v. 50, n. 2, 2010. Disponível em: <http://www.redalyc.org/html/1551/155115784004/>. Acesso em 15 nov 2017.
BISPO, Jorge de Souza. Criação e distribuição de riqueza pela Zona Franca de Manaus. Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo. São Paulo, 2009. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12136/tde-04122009-161933/en.php>. Acesso em 21 nov 2017.
BOLONHESE, Erivelto Heliton; BONIN, Tatiane Aparecida. Impacto das dificuldades para implantação de sistemas de gestão ambiental com base na NBR ISO 14001:2004. Revista Engenho, v. 11, 2015. Disponível em: <http://www.portal.anchieta.br/revistas-e-livros/engenho/pdf/revista_engenho_vol11_4.pdf>. Acesso em 12 nov 2017
BRIANEZI, Thaís; SORRENTINO, Marcos. A modernização ecológica conquistando hegemonia nos discursos ambientais: o caso da Zona Franca de Manaus. Ambiente & Sociedade, v. 15, n. 2, p. 51-71, 2012. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1414-753X2012000200004&script=sci_arttext>. Acesso em 20 nov 2017.
COMPARATO, Fábio. Instrumentos de Política e Gestão Ambiental nas Atividades do Polo Industrial de Manaus. 2009. 184p. Dissertação (Mestrado) – Universidade do Estado do Amazonas, Manaus. 
CRUZ, Camila Lima; VASCONCELOS, Ana Cecília Feitosa; OLIVEIRA, Juliana Ribeiro Maia. Situação de Impacto Ambiental: um estudo em uma Indústria de Extração Mineral. Qualitas Revista Eletrônica, v. 15, n. 2, 2014. Disponível em: <http://revista.uepb.edu.br/index.php/qualitas/article/ view/2039/1271t>. Acesso em 20 nov 2017.
DERISIO, José Carlos. Introduçãoao controle de poluição ambiental. 4ª ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2012. 
GARCIA, Rebecca Martins. Zona Franca de Manaus: 50 anos. Manaus/AM: Discurso proferido durante a
278ª Reunião Ordinária do Conselho de Administração da Suframa (CAS). Manaus: SUFRAMA, 2017. Disponível em: <https://site.suframa.gov.br/assuntos/publicacoes/zfm-50-anos/discurso-superintendente-recbecca-garcia_zfm-50-anos_15-02-2017_public.pdf>. Acesso em 21 nov 2017.
JUNIOR, Celso Machado et al. A incorporação da gestão ambiental na estrutura organizacional. Análise–Revista de Administração da PUCRS, v. 23, n. 2, p. 140-154, 2012. Disponível em: <http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/face/article/view/13829/12739>. Acesso em 24 nov 2017.
JÚNIOR, Aristide da Rocha et al. A gestão ambiental na gerência empresarial: a ISSO 14001 em uma empresa da cidade de Manaus. Anais da III Mostra de Trabalhos Técnicos-cientificos apoiados pela SUFRAMA. Manaus: SUFRAMA, 2010. Disponível em: <http://www.suframa.gov.br/Fiam/publicacoes/mostra/ anais_III_mostra_tec_cientifica_rev31052010.pdf#page=59>. Acesso em 10 nov 2017.
LUSTOSA, Maria Cecília; MAY, Peter H; VINHA, Valéria Gonçalves. Economia do Meio Ambiente: Teoria e Prática. 2ª ed. Rio de Janeiro: Elselvier, 2010.
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de Metodologia Científica. 7ª ed. São Paulo: Atlas, 2010.
MIRANDA, Ricardo Nunes de. Zona Franca de Manaus: desafios e vulnerabilidades. 2013. Disponível em: <http://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/488852/TD126-Ricardo_Nunes_de_Miranda.pdf>. Acesso em: 22 nov 2017.
NAIME, Roberto Harb; ANDARA, Sabrina; DOS SANTOS, Karin Luise. Benefícios da implantação do Sistema de Gestão Ambiental na Indústria. Revista Cesumar–Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, v. 15, n. 1, 2010. Disponível em: <http://periodicos.unicesumar.edu.br/index.php/revcesumar/article/view/ 1063/1031>. Acesso em 24 nov 2017.
SCHWABE, Pollianne Dionor. Vantagens da certificação ambiental para empresas. Monografia apresentada Universidade Federal do Paraná. Paraná. 2011. Disponível em: <http://www.acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/32728/POLLIANNE%20DIONOR%20SCHWABE.pdf?sequence=1>. Acesso em 22 nov 2017.
SEIFFERT, Maria Elizabete Bernadini; ISO 14001 Sistemas de Gestão Ambiental: Implantação objetiva e Econômica. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2011. 
SUFRAMA. Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Institucional: modelo zona franca. 2017. Disponível em: <http://site.suframa.gov.br>. Acesso em 22 nov 2017.
	X – CRONOGRAMA
	
Local e data: Manaus, 28 de Julho de 2017.

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