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Questões Sistema Reprodutor Masculino_com gabarito

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ANATOMIA PATOLÓGICA II
QUESTÕES – SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO
1) Cite e explique quais as principais teratologias do sistema reprodutor masculino.
a. Criptorquidismo: é a descida incompleta do testículo. Na maioria dos casos o criptorquidismo é unilateral. O criptorquida bilateral sempre é estéril, mas a fertilidade dos animais com criptorquidismo unilateral também está prejudicada, em graus variáveis. O testículo retido pode apresentar teratoma ou desenvolver outros tipos de neoplasias testiculares primárias. 
b. Espermatocele: a dilatação cística do ducto epididimário com acúmulo de esperma. A espermatocele pode ser congênita ou adquirida, por oclusão do ducto. Esta leva a impactação do esperma, dilatação local do ducto (espermatocele) e extravasamento do esperma, produzindo os chamados granulomas espermáticos. 
c. Fimose e parafimose: É um orifício prepucial demasiadamente pequeno, que impossibilita a retração do prepúcio, constitui uma condição denominada fimose. Esse orifício anormalmente pequeno resulta de um defeito de desenvolvimento, mas pode também ser provocado por cicatrização do prepúcio. Fimose interfere na higiene, permitindo o acúmulo de secreção e detritos sobre o prepúcio, favorecendo o desenvolvimento de infecções bacterianas secundárias. Quando o prepúcio fimótico é forçado por sobre a glande, ele pode produzir uma constrição acentuada, acompanhada por edema, impedindo a volta do prepúcio à posição normal, condição esta denominada parafimose. 
d. Persistência de frênulo: Presença de tecido conjuntivo que une a rafe ventral do pênis ao prepúcio (ou ao próprio pênis). Limita o grau de exposição do pênis para fora do prepúcio e pode forçar o pênis ereto numa posição curva. 
e. Hipospádias (ventral) e Epispádias (dorsal): São alterações na abertura da uretra. A epispádias faz com que a abertura da uretra, o canal que transporta a urina da bexiga para fora do corpo, não esteja localizado no lugar certo, localizado na parte superior do órgão genital. Hipospádias, a abertura está na região inferior do órgão genital
2) Quais as principais neoplasias testiculares e quais podem ser suas consequências?
a) TUMOR DE LEYDIG - É o tumor testicular mais comum do cão e é encontrado principalmente em cães velhos. As células de Leydig produzem hormônios androgênicos, mas alguns tumores produzem sinais de feminização em alguns cães. Macroscopicamente pode ser único ou múltiplo, uni ou bilateral, geralmente não chega a aumentar o tamanho do testículo. Geralmente tem caráter benigno.
b) SEMINOMA - Mais comum em caninos. É mais frequente em animais velhos. Frequentemente há múltiplos focos de origem tumoral no testículo afetado. Esse tumor não produz hormônios. Geralmente é benigno. Tende a ser localmente invasivo. Há aumento súbito do testículo e dor, causados pela hemorragia e pela necrose. 
c) SERTOLIOMA - Ocorre em caninos, principalmente em animais mais velhos, é raro em outras espécies. Frequentemente causa aumento do testículo afetado. Ocasionalmente ocorre a síndrome de feminização do macho, devida à elevada taxa de estrógenos produzida pelo tumor. Quanto maior o tumor, mais frequente é a síndrome. O animal atrai outros machos, tem diminuição da libido, distribuição da gordura corporal similar à que ocorre na fêmea, atrofia cutânea e pilossebácea, levando a alopecia simétrica. Há atrofia testicular e peniana, desenvolvimento das mamas, tumefação do prepúcio e hiperplasia ou metaplasia escamosa da próstata, que pode ser acompanhada de hérnia perineal. O excesso de estrógenos endógeno em caninos com sertolioma pode levar a depressão da medula óssea, resultando em hemorragias por trombocitopenia, e em anemia, causada pela perda de sangue ou pela diminuição da produção de eritrócitos. A recuperação pode ocorrer após castração e terapia de apoio. 
3) Sobre Brucelose, explique quais lesões macroscópicas podem ser observadas em bovinos e ovinos.
a. A infecção causada pela Brucella abortus pode levar a distensão da cavidade da túnica vaginal por exsudato fibrinopurulento associado a sangue, e na superfície da túnica parietal e visceral há deposição de camada amarelada de fibrina. Focos de necrose aparecem no parênquima testicular, progredindo para necrose maciça. Alguns podem sofrer liquefação, e o órgão ficar preenchido por pus.
A brucelose em ovinos, causado pela Brucella ovis frequentemente estão associadas à epididimite ovina. Diferente da brucelose em touros, não há orquite primária. Muitos carneiros não desenvolvem lesões macroscópicas detectáveis, ou somente as desenvolvem num estágio tardio da doença, dificultando o controle.
4) Explique como ocorre (causas) de degeneração testicular e descreva o aspecto macroscópico do órgão. 
*calor, relacionado a criptorquidismo, gordura excessiva no saco escrotal, dermatites escrotais, edema, periorquite, aderências, infecções sistêmicas ou localizadas, etc. Em animais expostos a temperaturas mais elevadas a degeneração termal pode diminuir a fertilidade temporariamente,
*obstrução do fluxo espermático, devida a malformações e inflamações,
*lesões vasculares; como oclusões na torção do cordão espermático,
*deficiências ou excessos nutricionais,
*irradiações,
*avitaminose A e deficiência de zinco. Na deficiência de vitamina A a lesão é indireta e devida a supressão da liberação de gonadotrofina da hipófise. A deficiência de zinco retarda a função e o desenvolvimento testicular. Pode ocorrer em algumas pastagens,
*hormonal.
MACRO: aumento de volume inicialmente - devido ao edema, mas normalmente se observa redução do tamanho. Na degeneração de progressão
rápida o testículo fica flácido, sem turgidez e, ao corte, não protrui na superfície de corte como um testículo normal. A diminuição do parênquima não é equivalente à diminuição do estroma, resultando num testículo pequeno e firme. Com a degeneração contínua e a fibrose, o testículo pode ficar muito duro. Pode ocorrer mineralização em grau variável, ficando a superfície de corte com aspecto granular, áspera. Desde que o epidídimo seja menos afetado, ele parecerá desproporcionalmente grande.
5) Descreva a etiologia e lesões macroscópicas observadas nos casos de:
a. Balanopostite em touros; 
i. Herpesvírus bovino tipo 1.2. Caracteriza-se por uma secreção prepucial purulenta. Na forma aguda, numerosas pequenas pústulas branco-acinzentadas e opacas aparecem no pênis e no prepúcio, principalmente na glande, 2 a 3 dias após a infecção. Em casos graves pode ocorrer edema do pênis e do prepúcio. As pústulas permanecem por um ou dois dias somente, progredindo para ulceração. A cicatrização começa 6 a 8 dias após e, em casos não complicados, ocorre resolução.
b. Exantema coital equino;
i. Causado pelo Herpesvírus equino tipo 3, é uma doença de garanhões e de éguas. Há formação de vesículas, e depois pústulas, de cerca de 1,5 cm de diâmetro, atingindo o corpo do pênis mais do que a glande, cerca de 2 a 5 dias após infecção. Rapidamente há evolução para ulcerações. A doença desaparece após algumas semanas.
c. Postite ulcerativa dos ovinos
i. Causada pelo Corynebacterium renale, que age quando houver grande quantidade de ureia na urina, o que é proporcionado por determinadas dietas ricas em proteínas, especialmente leguminosas. Parece haver também envolvimento hormonal, sendo afetados principalmente animais castrados. O agente provoca ulcerações do prepúcio nas proximidades do orifício prepucial. A severidade da doença pode ser maior quando de obliteração do orifício prepucial, graças a tumefação local, levando a um envolvimento difuso da mucosa, com ulceração da glande peniana e perda do processo uretral

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