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PATOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTIVO DE FÊMEAS DOMÉSTICAS
terça-feira, 11 de maio de 2021
00:09
PATOLOGIA DOS OVÁRIOS
Alterações do desenvolvimento
Alterações circulatórias
Alterações inflamatórias
Alterações regressivas
Alterações progressivas 
 
ALTERAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO
 
Agenesia
Ausência do desenvolvimento ovariano
Uni (nem sempre vai saber, animal pode ser subfértil, é fértil mas o gene que codifica as gônadas é o mesmo, uma fêmea que tem agenesia unilateral pode gerar indivíduos ovariana ou escrotal bilateral) ou bilateral (não há o desenvolvimento ou o que chamamos de expressão dos caracteres secundários na puberdade pq quem faz esse desenvolvimento é a associação do E2 com a P4)
· Subdesenvolvimento das vias genitais
Hereditária
Acomete: ruminantes, suínos e caninos
 
Hipoplasia ovariana
Tamanho ovariano reduzido (redução do nº de cél germinativas - estrutura que dá sustentação é normal mas tem a deficiência das cél germinativas os folículos)
· Superfície lisa ou rugosa, ausência de folículos ou CL, cortical hipodesenvolvida e medular bem desenvolvida
*nos equinos a cortical é bem desenvolvida e medular hipodesenvolvida
Uni ou bilateral; total ou parcial
· Total e bilateral é como se a fêmea tivesse uma agenesia ovariana, ela não tem tecido germinativo portanto não forma foli e consequentemente CL, o tecido glandular ele praticamente não existe
· Total e bilateral existe um subdesenvolvimento da genitália
· Subdesenvolvimento das vias genitálias??
Hereditária -> gene recessivo de baixa penetrabilidade ou de penetrabilidade incompleta - isso significa que dependendo da expressão maior ou menor desse gene, que ela vai ser uni ou bilateral, total ou parcial; a não ser que tenha um marcador genético, fêmeas que tem uma hipoplasia unilateral e parcial (o ovário muda muito de volume) não tem como fechar o diagnóstico pois tem casos que não muda muito de tamanho
Acomete: todas as espécies
 
ALTERAÇÕES CIRCULATÓRIAS
Hemorragia folicular
Hemorragia por enucleação do CL
Lesões vasculares
*raras
 
ALTERAÇÕES INFLAMATÓRIAS
 
Ooforite ou ovarite
Associada a infec do peritônio ou serosas de outros órgãos ou de estroma, que se propagam pela tuba uterina
Infecções pode chegar por via descendente (infecção generalizada) ou por via descendente (tem uma metrite salpingente e chegando até o ovário)
Aspecto nódulos avermelhados (pápulas) ou amarelados (pústulas), elevados e de aspecto granuloso; lesões necróticas multifocais, além de poder encontrar abcessos ováricos (crônicos) e aderências ováricas
Causas: 
· Infecciosas: tuberculose, Brucella suis, DBV, Herpesvírus bovino tipo 1, vírus Akabane
· Manipulações: extirpação de CL, drenagens de cistos ovarianos e aspiração folicular
 
 
Recorte de tela efetuado: 11/05/2021 19:14
 
ALTERAÇÕES REGRESSIVAS
Hipotrofia
Fibrose
Cistos ovarianos
 
Hipotrofia
Processo regressivo ovariano -> diminuição do tamanho ovariano devido à ausência de crescimento folicular (acontece toda vez que existe uma diminuição da frequência de GnRH pelo hipotálamo, ela é a situação do anestro, não posso dizer que é a causa, é o anestro, se falta pulsatilidade de GnRH, falta de LH, com o tempo os níveis de FSH também vão caindo, devido as ações a longo e curto prazo, ai muito tempo com baixa frequência de liberação de FSH vai levar a uma hipotrofia ovariana)
Ocorre em animais adultos
Causas: inanição crônica, doenças crônicas caquetizantes, deficiência nutricional, amamentação, pós-parto e senilidade (ela não é reversível, hipotálamo para de liberar GnRH; em humanos é a menopausa)
Adquirida e reversível 
Acomete: todas as espécies
 
Cistos ovarianos
· Cisto paraovárico
Localiza-se adjacente ao ovário, originando-se a partir de resquícios embrionários dos túbulos mesonéfricos
Quando derivados da porção cranial dos túbulos mesonéfricos são chamados epoóforos e da porção caudal paraoóforos
Não há evidências que eles interfiram na atividade ovariana e na reprodução
· Cisto do CL (CL CAVITÁRIO)
É a formação de uma cavidade cística na porção central do CL, irregular com tamanho variado (não é patológico)
Possivelmente ocorre por falta de irrigação na porção central do CL. A função luteínica não é afetada
· Cisto luteínico ou luteinizado
Estrutura grande, parede espessa, único ou múltiplo
Falhas na ovulação -> luteinização das céls da teca interna
Causas: insuficiência da ação de LH (desnutrição, corticoides, balanço energético negativo)
Sinais: anestro
Produção de P4
 
 
Recorte de tela efetuado: 11/05/2021 19:31
Azul - níveis de P4 produzido por um cisto luteinizado; ele não é eficiente como CL para produzir P4; isso significa que vai demorar mais tempo para ter down regulation, a prod de LH ou inibição de GnRH e consequentemente de LH pelos centros de liberação episódico e tônico são dose de P4 dependentes, ou seja, essa quantidade de P4 não é capaz de inibir o LH como deveria, então os níveis ficam mais altos e sustenta esse cisto mais tempo, pq as céls que foram luteinizadas não tem a mesma quantidade de receptores de LH que tem as céls luteinicas de um CL normal, então não faz down regulation de receptor de P4 por causas de níveis baixos de P4 produzida, mas esses níveis baixos de P4 não deixam ter o pico ou a frequência de GnRH para ovular outros folículos que estão crescendo; então esses níveis intermediários de P4 não faz a down regulation e o endométrio não expressa receptor de E2 bloqueia a luteólise, e não tem como fazer o cisto sair dali, pois os níveis de P4 inibe a liberação pré-ovulatória de GnRH
*são muito mais comuns em vacas de leite de alta produção do que outras categorias de vacas pq essas vacas são submetidas a um estresse térmico do calor muito maior, pq a produção do incremento calórico é maior, maior metabolismo de esteroides (pico de E2), balanço energético negativo, tudo isso as coloca em uma situação onde existe a possibilidade de levar a essa disfunção hormonal
*teve a formação de um cisto, ele pode morrer, mas conforme a produção de P4 vai caindo o hipotálamo libera mais um pouco de GnRH e LH e chega um ponto que tem LH suficiente para induzir luteinização mas não para induzir ovulação, esse cisto que estava começando a morrer leva a formação de outro, e assim sucessivamente, enquanto tem cisto não tem ovulação, enquanto não tem ovulação não tem gestação
Tratamentos: PGF2alfa (só que alguns cistos não respondem bem); pode colocar um implante ou aplicar P4 pq ela subindo ela inibe o GnRH e o LH, o LH caindo esse cisto morre pq não tem o hormônio que o sustenta; protocolos IATF
· Cisto folicular
Persistência de estrutura folicular grande (diam > 2,5 cm na vaca) por período > 7 - 10 dias, na ausência de CL
Parede fina, único ou múltiplo
Causas: insuficiência/ausência da ação de LH
Sinais: ninfomania, anestro ou virilismo
Etiopatogenia: Alterações FSH, LH, GnRH, estrógeno, ácido siálico
 
ALTERAÇÕES PROGRESSIVAS
 
Tumor das células da granulosa (TCG)
Na maioria dos casos é unilateral e não maligno, sua ocorrência aumenta com a idade
É hormonalmente ativo, com produção de E2 e/ou testosterona
Sinais: ninfomania ou virilismo, em cadelas e gatas é comum apresentarem alopecias
Pode apresentar uma superfície lisa ou com aspecto granular, podendo a massa apresentar-se sólida ou císticas
Diagnóstico: com base no histórico, por palpação ou US transretal (vacas, éguas e búfalas) ou transabdominal (cadelas e gatas) e por dosagens hormonais
Tratamento: dos reprodutores e de animais de companhia pode ser feito pela extirpação da massa tumoral. Os animais comerciais devem ser descartados
 
PATOLOGIA DAS TUBAS UTERINAS
 
ALTERAÇÕES INFLAMATÓRIAS
 
Salpingite
Caracteriza-se pelo aumento macroscópico das tubas uterinas, sendo frequentemente bilateral. A maioria das salpingites segue-se da infecção do útero, mas em alguns casos, como na tuberculose, a difusão ocorre pela cavidade peritoneal
Todas as espécies de mamíferos, mais frequente em vacas e éguas, porcas
 
 
Recorte de tela efetuado: 11/05/2021 20:43
Só consegue palpar o oviduto da vaca quando tem salpingite
Terapias traumatizantes:infusão uterina com terramicina LA ela tem veículo oleoso e extremamente caustico no local que é aplicado a inflamação e o trauma que causa no endométrio é muito intenso, e se essa substância chega até o oviduto causa a mesma reação
 
Tratamento: é realizado com base no tipo de agente infeccioso e repouso sexual
O sucesso do tratamento dependerá do agente causador e das sequelas que causou, podendo ocorrer frequentemente obstrução anatômica e funcional após o término do processo inflamatório 
Uma diferença importante entre o útero e tuba uterina é que o útero tem uma luz relativamente grande em comparação a tuba uterina, imagina que se houver uma inflamação lá com liberação de fibrina é muito fácil acontecer obstrução, se ocorrer obstrução o animal pode ser subfértil se for unilateral e fértil se for bilateral
Técnicas de FIV poderão ser utilizadas como meio de reprodução do animal
 
Aderência 
Aderências da fímbria com o ovário e na bursa ovariana desenvolvem frequentemente em associação da salpingite, podendo surgir após enucleação do CL (hoje é aspiração folicular). Pode impedir a captação do ovócito e causar infertilidade, pode causar cistos bursa-ovárico (obstrução do oviduto com uma aderência da bursa ao ovário fazendo com que não haja possibilidade do liquido folicular sair nem para cavidade abdominal e nem pela tuba uterina, o liquido vai se acumulando e forma um cisto entre a bursa ovariana e o mesovário)
Principalmente se for uma infecção descendente 
 
PATOLOGIA DO OVÁRIO
 
ALTERAÇÕES DE POSIÇÃO OU DISTOPIAS ADQUIRIDAS
 
Torção 
É mais comum em gestantes e em casos de piometrite (metrite), mucometra e hidrometra
Quando acentuada pode causar transtornos circulatórios: congestão venosa, edema e alterações degenerativas e necróticas da parede do órgão. Em consequência ocorrem morte do feto e, as vezes, ruptura com mumificação fetal na cavidade abdominal (bovinos; que são mais resistentes a peritonite)
Porque na gestação e patologias que aumentam o volume e peso do útero facilitam a torção? Pq quando o útero começa a ficar pesado existe um afrouxamento do ligamento largo do útero, e esse afrouxamento existe a possibilidade de torção; uma vez que houve essa torção, principalmente as veias são bloqueadas, as artérias também mas tem uma pressão muito grande, continua entrando sg no órgão o sg não consegue sair e as veias vão se tornando cada vez mais congestas
Acontece no terço final da gestação 
Etiologia:
· Forma do útero e disposição do ligamento largo
· Comportamento de deitar e levantar - as vezes animal muito pesado ao deitar muito rápido o útero gira e quando ele levanta não volta ao normal e fica pendurado no lig largo, isso dá origem a uma torção parcial que pode se desfazer sozinha ou necessitar de ajuda, o prognóstico é reservado
· Assimetria de cornos uterinos - animais grandes com apenas 1 feto por gestação, 1 dos cornos cresce mais e já faz uma leve torção prévia, para terminar de torcer fica mais fácil
· Idade do animal e nº de partos - quanto mais velha e quanto mais partos maior a chance devido o afrouxamento do lig
· Transportes dos animais 
· Contenção de animais no final da gestação (bovino - precisa derrubar na técnica de pressão, abdômen mais caudal)
Sintomas: variam de acordo com o grau de torção
· Leve -> desconforto abdominal
· Grave -> necrose -> morte fetal, esgotamento e debilidade materna
Tratamento:
· Correção via retal ou rolamento do animal
· Correção cirúrgica -> cesariana
 
Prolapso uterino
Útero everte - vira do avesso e sai para fora
Tem um ponto onde o útero dobra e conforme ele dobra os vasos também vão dobrar, essa dobra bloqueia o fluxo sanguíneo, principalmente de veia que tem uma pressão baixa o sg não consegue sair, útero começa a edemaciar, pq tem sg entrando e não consegue sair, ainda tem o efeito da gravidade pq ele fica pendurado
Causas: processos irritativos da vagina, retor e bexiga urinária, tração forçada, retenção de anexos fetais
É mais comum em ruminantes
Em vacas está relacionada ao período de involução uterina, podendo ser causada por tração forçada do feto no parto, retenção de placenta e hipocalcemia pós-parto
Em ovelhas está relacionada a ingestão de plantas fitoestrogênicas. Como consequência ocorre congestão, edema, hemorragia e necrose, podendo evoluir para gangrena
 
 
Recorte de tela efetuado: 12/05/2021 11:52
 
 
Recorte de tela efetuado: 12/05/2021 11:58
 
 
 
Recorte de tela efetuado: 12/05/2021 11:58
 
Hérnia
É a insinuação do útero de um ou de ambos os cornos através da parede abdominal, com o peritônio e a pele intactos
Pode complicar-se na gestação 
 
Ruptura
Pode ocorrer espontaneamente, mas é usual ser resultante de manobras obstétricas, podendo ocorrer após torção ou distocia, distensão do útero por acúmulo demasiado de líquido usado em lavagens
 
ALTERAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO
Aplasia segmentar - comum em suínos
Hipoplasia uterina 
Hipoplasia do endométrio
Útero duplo 
 
ALTERAÇÕES CIRCULATÓRIAS
Hiperemia e edema
Hemorragia
 
ALTERAÇÕES REGRESSIVAS
Hipotrofia do endométrio
Mucometra e hidrometra
Alongamento da base do corno uterino
Cistos endometriais
 
Mucometra e hidrometra
Caracterizam-se pelo acúmulo de líquido ou muco dentro do útero, podendo haver invasão bacteriana e evoluir para endometrite
São causadas por obstrução do canal cervical ou da vagina, hiperestrogenismo, como nos casos de cistos foliculares acompanhado de ninfomania e persistência do hímen
 
Alongamento da base do corno uterino
Observado em éguas velhas, pode ser confundido com gestação e pode causar infertilidade por dificuldade de migração do embrião
 
Cistos endometriais
Resultam de dilatação de vasos ou de glândulas endometriais, podendo ser único ou múltiplos. São mais comuns em éguas velhas

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