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Síndrome paraneoplásica

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SÍNDROME PARANEOPLÁSICA 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Apesar da evolução que a oncologia veterinária tem sofrido nos últimos tempos, sabemos que 
aproximadamente metade dos pacientes acabará por ser vitimada por neoplasias e, a maior 
parte, necessitará de terapia para controle da sintomatologia e da dor. Tal como no homem, um 
animal com doença neoplásica não sofre apenas com o tumor e a sua localização, mas 
também com vários problemas subjacentes. 
Tanto na origem quanto em sítios metastáticos, a expansão neoplásica pode comprimir o 
tecido normal adjacente ou bloquear seu suprimento sanguíneo, resultando em áreas de atrofia 
e necrose. Em adição, tumores podem causar uma variedade de sinais clínicos de maneira 
indireta incluindo lesões músculo-esqueléticas, cutâneas, endocrinológicas, neurológicas, 
metabólicas ou hematológicas. Em conjunto esses efeitos são denominados como Síndrome 
paraneoplásica. 
 
O reconhecimento da Síndrome paraneoplásica é de grande importância em medicina 
veterinária pelas seguintes razões: 
 
1 – elas podem aparecer precocemente com o início do desenvolvimento tumoral, podendo ser 
associada a tipos específicos de neoplasias; 
2 – o tratamento das anormalidades metabólicas associadas com a Síndrome paraneoplásica 
pode ser requisitado para o sucesso no tratamento curativo, 
3 – o monitoramento das anormalidades metabólicas pode ser útil na determinação da resposta 
do tumor à terapia e identificação de recorrência ou metástases. 
 
 
PRINCIPAIS SÍNDROMES PARANEOPLÁSICAS 
 
CAQUEXIA 
 
Muitos animais com câncer demonstram notável perda de peso e debilidade. Na caquexia 
cancerígena ambos, músculo e gordura, são perdidos já que não há diminuição compensatória 
dos índices basais metabólicos. Dentre os principais fatores contribuintes estão: anorexia, 
digestão comprometida, demanda nutricional pelo tumor, perda de nutrientes por efusões e 
exsudações relacionadas à neoplasia, e uma variedade de desarranjos metabólicos e 
endócrinos (Figura 1). 
 
 
Figura 1: Cão com caquexia 
Fonte: http://blogprotetoresindependentes.blogspot.com 
 
ENDOCRINOPATIAS 
 
Neoplasias funcionais de tecidos produtores de hormônios podem ter sua secreção regulada, 
através do tecido alvo, apenas numa extensão muito limitada. O aumento dos níveis hormonais 
pode ocorrer devido ao aumento de células tumorais produtoras, aumento da produção 
hormonal por cada célula tumoral, ou por ambos. Glândulas endócrinas com mais de um tipo 
celular como as ilhotas pancreáticas, a pituitária anterior, tireióde e adrenal, geralmente, 
apresentam apenas um tipo de célula com transformação neoplásica. Por outro lado, 
neoplasias não-endócrinas também podem produzir substâncias hormonalmente ativas que 
não são encontradas no tecido de origem tumoral. Este hormônio pode ser idêntico a um 
hormônio verdadeiro, pode ser uma forma modificada do hormônio ou ainda ser uma proteína 
relacionada ao hormônio. 
 
As duas desordens metabólicas mais observadas, como resultado de anormalidades 
endócrinas relacionadas ao câncer, são a hipercalcemia da malignidade e a hipoglicemia. Em 
cães, a hipercalcemia está relacionada, frequentemente, com adenocarcinomas de saco anal, 
linfomas e mielomas múltiplos. Já em gatos, a hipercalcemia da malignidade é relativamente 
rara. Ela se manisfesta através de fraqueza muscular, arritmia cardíaca, anorexia, vômito e 
falha renal. Já a hipoglicemia ocorre, principalmente, em insulinomas, mas também está 
presente nas diferentes neoplasias malignas devido à demanda nutricional pelo tumor. 
 
 
ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS E VASCULARES 
 
Neoplasias não-hematopoiéticas podem resultar, principalmente, em uma variedade de 
síndromes hematológicas e vasculares, incluindo leucocitose eosinofílica e neutrofílica. A 
etiologia é incerta, mas citocinas circulantes podem estar envolvidas. A anemia é vista com 
freqüência nos animais com doença oncológica maligna devido à presença de doença crônica, 
pela invasão da medula marrom ou pela perda crônica de sangue. Outras alterações 
relacionadas às neoplasias malignas são a policitemia, coagulação intra-vascular disseminada 
e a hiperviscosidade sanguínea. 
 
Os mastocitomas, por exemplo, produzem uma variedade de mediadores biológicos, incluindo 
histamina, heparina, fatores ativadores de plaquetas, TNF-a, prostaglandinas e proteases. 
Dentre todos esses componentes, a histamina é responsável por Síndromes paraneoplásicas 
como úlceras gastro-intestinais e hemorragias. Contudo, mastocitomas cutâneos raramente 
produzem sinais sistêmicos. 
 
 
ALTERAÇÕES NEUROLÓGICAS 
 
Doença neurológica paraneoplásica está, geralmente, relacionada à hipercalcemia, 
hipoglicemia e à hiperviscosidade sanguínea. Os animais acometidos podem apresentar sinais 
de apatia, incoordenação motora e perda da consciência. Quando há acometimento de nervos 
periféricos sinais de arreflexia, redução do tônus muscular e paralisia podem ser observados. 
 
 
ALTERAÇÕES MÚSCULO-ESQUELÉTICAS 
 
A osteopatia hipertrófica (diagnosticada por raio-X) ocorre com uma variedade de tipos 
tumorais, com forte associação com lesões, tanto neoplásicas quanto não neoplásicas, que 
ocupam o espaço intra-torácico. A causa desta condição é desconhecida, mas anormalidades 
relacionadas ao hormônio do crescimento podem estar envolvidas. 
 
 
CONCLUSÃO 
 
É importante ressaltar que a síndrome paraneoplásica é fator agravante do prognóstico e que 
seu controle depende do controle do tumor juntamente com a terapia de suporte. Sendo assim, 
diante da complexidade das manifestações clínicas do câncer, faz-se necessário que o 
processo diagnóstico seja conduzido de forma ordenada e abrangente tendo-se o cuidado de 
se investigar a presença de lesões multissistêmicas. Desta forma, além do tratamento cirúrgico 
e/ou quimioterápico a terapêutica oncológica deve objetivar a manutenção da qualidade de vida 
dos animais através do reconhecimento das alterações e uso de tratamentos paliativos (Figura 
2). 
 
 
Figura 2: Cuidados paliativos 
Fonte: www.aspcapro.org 
 
APOIO DIAGNÓSTICO LABORATORIAL 
 
Além da avaliação das margens cirúrgicas em oncologia veterinária e exames imuno-
histoquímicos para definição da morfogênese e prognóstico, o TECSA Laboratórios oferece 
aos Médicos Veterinários uma grande variedade de exames para auxiliar no diagnóstico de 
diversas outras patologias, seguindo todos padrões ISO de qualidade nas principais áreas. 
 
ÁREA PARÂMETROS 
Histopatologia 
Biópsia incisional, biópsia 
excisional, peça cirúrgica e 
fragmentos de necropsia. 
Histopatologia com 
coloração especial 
PAS, GROCOTT, Giemsa, 
Ziehl-Nielseen, Shorr, Masson, 
Good Pasture, Vermelho 
Congo, Alcien Blue, Warthinc, 
Azul da Prússia, Von Kossa e 
Impregnação pela prata. 
Citologia 
Punção aspirativa por agulha 
fina, citologia ótica, citologia de 
líquidos cavitários, citologia de 
líquido bronco-alveolar, 
citologia conjuntival, etc. 
Margens cirúrgicas 
Avaliação das margens de 
segurança da excisão tumoral 
através de marcação com tinta 
nanquim. 
Imuno-histoquímica de 
neoplasias 
Painel geral da neoplasia e 
neoplasia um marcador para 
determinação da origem (se 
epitelial, mesenquimal ou de 
células redondas), prognóstico, 
produtos de síntese de células 
neoplásicas e detecção de 
micro-metástases. 
Check up geral de funções 
Avaliação renal, hepática, 
pancreática, muscular e 
cardíaca: Uréia, Creatinina, 
ALT(TGP), AST( TGO), 
Fostase alcalina, Gama GT, 
Amilase, Glicose, Fósforo, 
Cálcio, Colesterol Total, Ácido 
Úrico, CPK Total , Bilirrubina 
Total, Proteínas Totais , 
Albumina, Globulina,Relação 
A/G e Relação U/C 
Exames hematológicos 
Hemograma completo, 
hematócrito, glicemia, 
contagem de reticulócitos, etc 
Dosagens hormonais THS, T3, T4, cortisol, etc 
 
EQUIPE DE VETERINÁRIOS - TECSA Laboratórios 
Primeiro Lab. Veterinário certificado ISO9001 da 
América Latina. Credenciado no MAPA. 
PABX: (31) 3281-0500 ou 0300 313-4008 
FAX: (31) 3287-3404 
tecsa@tecsa.com.brRT - Dr. Luiz Eduardo Ristow CRMV MG 3708 
 
WWW.TECSA.COM.BR

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