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- Observações: # Deformidade dentoesquelética = dentofacial o paciente com deformidade dentofacial também tem deformidade psicológica e social. # uma face sem proporções não é esteticamente atrativa, enquanto uma face proporcional é aceitável mesmo quando não é bela. # Curiosidade pode ser feita a cirurgia primeiro em casos em que há dificuldade do paciente conviver com o problema. No entanto, a surgery first (ou benefício antecipado) leva a uma maior recidiva, há menor estabilidade. Cassio não recomenda e não é assunto da aula. Como é possível movimentos dos maxilares maiores com ortodontia pré-operatória, os resultados são melhores nesse caso do que com surgery first. # no centro da tecnologia da informação (CTI Renato Archer) em campinas, eles fazem o protótipo do esqueleto facial do paciente a partir da tomografia. Ajuda no planejamento e também é utilizado no transcirúrgico porque pode ser esterilizado. # antissepsia intraoral com escova descartável (dentes, mucosa, língua, bochecha) e PVPI tópico # preferível tirar 3º molar 6 meses antes da cirurgia, mas pode tirar durante a cirurgia. # paciente classe III: geralmente, paciente classe III tem laterognatismo, ou seja, a mandíbula cresce para frente e mais para um lado do que para o outro. Portanto, geralmente classe III é laterognata. NOÇÕES DE CIRURGIA ORTOGNÁTICA - Definição: cirurgia ortognática é o reposicionamento cirúrgico dos maxilares (maxila e mandíbula). É parte integrante do tratamento de pacientes portadores de deformidades dento-esqueléticas provocamos uma fratura intencional nos maxilares e reposicionamos em um lugar mais adequado e estabilizamos as fraturas com placas e parafusos de titânio e ligas de titânio. Existem 2 osteomias que são mais utilizadas: osteotomia sagital de mandíbula e Le Fort I. - Deformidade dentoesquelética: - Definição: Deformidades dentoesqueléticas são alterações das normais proporções faciais e interrelação entre os arcos dentários. São alterações dos componentes esqueléticos da face associadas a má oclusão dentária. - Prevalência: Indivíduos com face longa e mordida aberta anterior são estereotipicamente considerados menos inteligentes. pacientes classe II com excesso maxilar vertical, dentes maxilares bem à frente dos mandibulares (ou seja, maxila bem para baixo e para frente), sorriso gengival. Mento frágil e incisivos superiores protruídos, afetam adversamente oportunidades de promoção de trabalho. classe II com excesso vertical de maxila. A cirurgia ortognática consegue corrigir a posição dos maxilares nas três dimensões: vertical, horizontal e anteroposterior. ETIOLOGIA 1) Estima-se que a hereditariedade esteja associada em até 50% das alterações do esqueleto facial. 2) Os fatores ambientais são os maiores responsáveis pelo desenvolvimento e pelo agravamento de uma deformidade. na maioria das vezes, o meio atua desfavoravelmente na deformidade, piora a situação. Deformidade dentoesquelética – pode ser adquirida ou congênita (origem genética): 1) Anquilose da ATM. a. Causa laterognatismo. O laterognatismo (desvio da mandíbula) é para o lado que há o problema. Exemplo: havia desvio da mandíbula para o lado direito, o que mostra que o lado direito da face estava deficiente de crescimento, então a anquilose da ATM é do lado direito. b. A anquilose da ATM causa uma limitação de abertura bucal que progride (a limitação vai piorando com o tempo). Por isso, deve-se operar o mais precoce possível. c. Após remover a massa de anquilose, coloca-se um enxerto de costela no lugar da articulação (enxerto ósseocondral, que tem cartilagem, a qual deve ficar voltada para a base do côndilo para haja crescimento nessa região) e aos 18 anos faz-se ortognática no paciente. ou seja, o paciente passará no mínimo por 2 cirurgias na vida dele (uma da anquilose e uma ortognática, no MÍNIMO). # a cartilagem tem potencial de crescimento. Assim, colocamos a cartilagem voltada para o côndilo, mas a cartilagem nunca cresce o que o côndilo real cresceria, por isso o paciente sempre vai ter que fazer ortognática. 2) Infecção neonatal 3) Síndrome de Goldenhar afeta a fusão do primeiro e segundo arco branquial durante o período da embriogênese. Em casos severos, há microssomia hemifacial (um lado bem menor do que o outro). 4) Hiperplasia condilar: a. O côndilo cresce mais do que o normal nas três dimensões (ântero-posterior, lateral e vertical), principalmente na vertical. b. No lado alterado, quase não tem ângulo mandibular. c. É diferente da anquilose, que o queixo vai em direção ao lado da anquilose. Na hiperplasia é o contrário, o queixo vai para o lado contrário da hiperplasia condilar. d. Se é anquilose, o queixo vai para o lado da anquilose. Na hiperplasia, o queixo vai para o outro lado. # Um risco de realizar um avanço muito grande da maxila é causar uma incompetência velofaríngea, porque o palato mole deve fechar a entrada em direção à cavidade nasal quando engolimos. Com a incompetência do palato mole, não há o fechamento e o líquido vai para a cavidade nasal. # segundo o google – hiperplasia condilar pode ser adquirida ou congênita. A anquilose geralmente é adquirida, raramente é congênita. - Necessidade de equipe multiprofissional: há a necessidade de uma equipe multiprofissional, uma vez que as alterações esqueléticas levam a alterações em fala, deglutição e alterações emocionais. Tem casos em que se precisa de neuro e otorrino. 1) Ortodontista, 2) Cirurgião bucomaxilofacial 3) Psicólogo, 4) Fonoaudiológo 5) Neurologista 6) Otorrinolaringologista DIAGNÓSTICO: 1) Realizar uma avaliação clínica – anamnese, exame físico, queixa principal (devemos obrigatoriamente tratar a queixa do paciente, se ela for plausível) 2) Avaliação radiográfica – pede-se para os pacientes (3) uma panorâmica, telefrontal e telelateral O próprio dentista realiza o traçado cefalométrico nas radiografias telefrontal e telelateral para chegar ao diagnóstico. Onde está o problema? Confirma a avaliação clínica? 3) Avaliação fotográfica – confirma a radiografia? 4) Avaliação dos modelos de gesso – qual a relação inter-arcos? Do ponto de vista ortodôntico, o paciente está pronto para cirurgia ortognática se você consegue encaixar os modelos do paciente em classe I canina (se possível, canina e molar) e ficar estável, sem báscula. Deve-se avaliar se ele está pronto do ponto de vista emocional e psicológico também, não somente do ponto de vista ortodôntico. 5) Avaliação tomográfica – diagnóstico e predictivo 6) Chegar a um diagnóstico. O diagnóstico correto não necessariamente leva a um plano de tratamento correto, o profissional pode elaborar um plano de tratamento errado. Mas o diagnóstico errado nunca vai levar a um plano de tratamento correto. - Se o paciente tem uma deformidade dentoesquelética/dentofacial, existe uma compensação dentária para diminuir a classe III: a língua força os dentes superiores para frente e o lábio inferior força os dentes inferiores para trás. ou seja, a própria musculatura de lábio e língua tenta compensar a deformidade esquelética com uma compensação dentária. A compensação tira o dente da base óssea dele, a descompensação devolve o dente para sua base óssea. - Existe um limítrofe entre deformidade esquelética para ortodontia e para cirurgia ortognática. Não há como tratar apenas com ortodontia problemas esqueléticos, precisa de cirurgia ortognática. - Nos pacientes que são limítrofes, talvez uma compensação ortodôntica resolva. Mesmo nos casos limítrofes, o Cássio aconselha ortodontia. Se vai ser tratado com aparelho, ele compensa ainda mais a compensação que já existe. Já se for preparo para ortognática, faz-se a descompensação, alinhamento e nivelamento. São tratamentos opostos (compensação x descompensação dentária). TRATAMENTOORTODÔNTICO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO 1. O tratamento ortodôntico pré-operatório leva de 8 a 24 meses. 2. A tríade chave da ortodontia pré-operatória é alinhamento, nivelamento e descompensação dentária. 3. Na descompensação dentária, o ortodontista devolve os dentes para posições adequadas na base óssea, sem considerar a posição dos dentes do arco oposto. assim, retira-se a compensação dentária que a língua e o lábio causaram e acentua-se a classe III / classe II do paciente (paciente fica mais classe II/classe III). 4. O ortodontista tem que moldar o paciente periodicamente para verificar a relação entre os arcos. No final da ortodontia para ortognática, temos que conseguir encaixar os modelos em classe I (canina, pelo menos). 5. Tratamento ortodôntico pós-operatório dura em média 6 a 12 meses para a finalização do caso. a maioria dos casos são finalizados após a cirurgia porque a posição dos maxilares vai estar mais favorável. - MOLDAGEM: 1) Para manter o tratamento ortodôntico realizado até o momento da cirurgia, coloca-se um fio retangular passivo por pelo menos 3 semanas, depois faz-se uma moldagem e o modelo é enviado para o cirurgião buco-maxilo. não tem como deixar o fio retangular totalmente passivo, ele vai causar alguma movimentação dentária. Por isso, pede-se um período de no mínimo 3 semanas (se puder dar mais, melhor) e só então moldamos o paciente para obter o modelo, porque o modelo de gesso deve ser totalmente fiel à boca do paciente. 2) Envia-se os modelos para o cirurgião. 3) Monta-se os modelos em ASA. 4) Realiza-se a cirurgia nos modelos de gesso no ASA. primeiro no modelo da maxila, usando a mesa de Erickson e depois na mandíbula. 5) Obtenção dos guias cirúrgicos geralmente, opera-se a maxila e faz-se o guia cirúrgico intermediário. Depois, opera-se a mandíbula e faz-se o guia final. Os guias são feitos com resina quimicamente ativada. Utilizam-se os guias cirúrgicos no momento da cirurgia. DEPOIS QUE A ORTODONTIA PRÉ-OPERATÓRIA FOI FINALIZADA Pede-se radiografias novas: panorâmica, telefrontal e telelateral. - ANÁLISE FACIAL: 1) Análise das metades, dos quintos, dos terços. O terço superior ele não usa muito para homens porque depende da implantação do cabelo. O terço superior vai de linha de implantação do cabelo à glabela. O terço médio da glabela à subnasal. O terço inferior de subnasal ao mento. # Composição quimérica da face: duplicar cada lado da face. # o paciente classe III geralmente tem deficiência de proeminência zigomática. Se não arrumar, continua com face de classe III. Colocamos um preenchimento denominado “medpore”. # cant = É uma assimetria vertical (um lado mais comprido que o outro). O plano oclusal não está paralelo ao solo. - ANÁLISE CEFALOMÉTRICA 1) É feito um traçado cefalométrico nas radiografias telefrontal e telelateral 2) Elaboramos um tratamento proposto 3) Fazemos o traçado de previsão cirúrgica (faz-se à mão) - CIRURGIA EM PROTÓTIPO 1. O arquivo da tomografia é “.dicom”. Mandamos os arquivos em .dicom para uma empresa e ela monta uma reprodução 3D (protótipo) em poliamida. 2. Podemos simular a cirurgia no protótipo. 3. O protótipo pode ser esterilizado e deixado na mesa cirúrgica. o protótipo facilita para colocar o preenchimento. O preenchimento é modelado no protótipo, depois é colocado em cima do osso e fixado com parafuso. É chamado “medpore”, vem pré-moldado mas após mergulhar no soro quente conseguimos modelar ele. É o material bioinerte, então forma-se uma cápsula de tecido fibroso acima dele. - MESA OU PLATAFORMA DE ERICKSON: 1. Composta por um paquímetro digital e uma mesa de granito 2. Pegamos as medidas do plano de tratamento proposto e devemos fazer todas as medidas do modelo de gesso da MAXILA baterem com as medidas do planejamento cirúrgico. 3. Após chegar nas medidas adequadas, faz-se o guia cirúrgico intermediário. 4. Fazemos isso só com a maxila. Na mandíbula, não precisa da mesa de Ericsson. Após a cirurgia da mandíbula, fazemos o guia final. Na maioria das cirurgias, não utilizamos o guia final (mais fino). No entanto, é importante ter os dois guias se for cirurgia bimaxilar (maxila e mandíbula). Só não tem os dois se a cirurgia for de um maxilar só. - TESTAR O GUIA INTERMEDIÁRIO E FINAL 1. Testamos 1 semana antes da cirurgia. 2. Testamos o guia na maxila e na mandíbula 3. Se tiver interferência, desgastamos até conseguirmos estabilidade OSTEOTOMIAS MAIS UTILIZADAS EM CIRURGIA ORTOGNÁTICA: 1. Osteotomia Le Fort I (para maxila) 2. Osteotomia sagital da mandíbula (para mandíbula) – também chamada osteotomia de separação sagital da mandíbula - LE FORT I: 1) Provoca-se uma fratura Le Fort I cirurgicamente começa o corte do pilar zigomático até a abertura piriforme, sempre protegendo a mucosa nasal e a fossa pterigomaxilar. Usa uma serra reciprocrante para cortar o osso. 2) Encaixar o cinzel para septo nasal e bater até o fundo. Depois usar o cinzel curvo na placa pterigoidea, soltando a maxila. 3) Manobra Down fracture pegando a espinha nasal anterior para terminar de fraturar a maxila. 4) Coloca-se o guia cirúrgico intermediário durante a cirurgia e faz o bloqueio com o fio de aço. Sempre um osso tem que estar inteiro para poder colocar o outro na dimensão. Portanto, a mandíbula serve de referência junto com o guia intermediário para colocar a maxila na posição. 5) Após colocar as placas e parafusos de titânio, retiramos o guia intermediário e operamos a mandíbula. # fechar mordida aberta só com Le Fort I não tem muita estabilidade. A le Fort I é a fratura mais baixa. A Le fort II é uma fratura piramidal e mais alta. Le fort III é mais alta, separando neurocranio do viscerocranio, sendo uma fratura grave. Le Fort I é muito versável, permite corrigir até “cant” (um lado mais comprido que outro). - OSTEOTOMIA SAGITAL DA MANDÍBULA: 1) Incisão e descolamento inclusive do masseter e do temporal 2) Primeira osteotomia - feita acima da língula da mandíbula, para não ferir o feixe vásculonervoso que sai próximo da língula o uso do retrator do Arnett ajuda a proteger, ficando preso na língula da mandíbula 3) Segunda osteotomia – medial à linha obliqua até a região entre 1º e 2º molar 4) Terceira osteotomia – em direção à base da mandíbula. Todos os cortes com serra reciprocrante. 5) Começa a fraturar a mandíbula com cinzel e depois separa-se cortical vestibular da lingual com separador de Smith. 6) Desloca-se o feixe vásculonervoso com o nervo alveolar inferior, veia e artéria alveolar inferior não é para o feixe ficar no segmento que tem o côndilo e o coronoide e sim no segmento mais interno. 7) Coloca-se o guia final e faz-se bloqueio com fio de aço 8) Coloca-se placas e parafusos 1 placa de cada lado com parafusos monocorticais (travam só na cortical vestibular) de 5 mm de comprimento. 9) Testar a oclusão se não ficar bom, tira as placas e parafusos, reposicionar o osso e então fixar novamente. Se ficar bom (ficar passivo, oclusão em classe I), podemos suturar. # em pacientes classe III, geralmente fazemos cirurgia tanto na maxila quanto na mandíbula. realizamos Le fort I com avanço da maxila e osteomia sagital da mandíbula com recuo da mandíbula. Isso porque os casos ficam mais estáveis se eu divido o problema nos dois maxilares. # agulha colorado = é um termocautério, pode usar para fazer as incisões. - CIRURGIA DE MENTO: Para a redução para reduzir o mento, faz-se a remoção de uma fatia (cortes horizontais). Para a constrição na constrição, faz uma redução na frente (cortes verticais), aproximando uma borda da outra. Pode ser feito também um recuo ACOMPANHAMENTO: 1. panorâmica, telefrontal e telelateral após cirurgia (1/2 semanas depois) 2. Fotos 3. Composição quiméricada face: duplicar cada lado da face. 4. Etc
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