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Cir����a �r���náti�� - Mar��� Responda - direcionamento de um bom tratamento: 1. O que é necessário para o planejamento de uma cirurgia? Análise de modelos, análise cefalométrica, análise tomográfica, análise de modelos, análise facial, queixa principal, expectativa. 2. Quais são suas indicações? Depende da Deformidade do paciente: osteotomia sagital, osteotomia le Fort I, disjunção de maxila, osteotomia horizontal de mento, ou todos juntos. 3. Quais as osteotomias e quais as combinações de movimentos cirúrgicos (para obtenção de funcionalidade/ estética como consequência)? Correção funcional: Correção de dor muscular; ATM; Fonatória; Deglutição; Respiratória; Mastigação; Dores de face; Alimentar. Para movimentação considerar maxila, mandíbula, mento, e raras vezes a movimentação da articulação. 4. Quais são as necessidades pós operatórias? Fono, fisio, orto, participação do paciente, hidratação, alimentação, consulta de retorno. 5. Quais são as alterações pós-operatórias? Devem ser explicadas antes do procedimento. Chamadas de "ocorrências cirúrgicas", acontecem com certa frequência e não são tidas como intercorrências. Ex. de parestesia, equimose, edema, dificuldade de alimentação (deglutir) nos primeiros dias. 6. Quais os riscos? A maioria são de "ocorrências cirúrgicas". As que apresentam um certo risco são as de acessos extraorais (paralisia) e as de ATM (risco neural). 7. Quando compensar ortodonticamente? Casos de pacientes que não aceitam cirurgia ortognática, é feita uma compensação ortodôntica, desde que a discrepância óssea não seja muito grande. São os chamados "pacientes limítrofes" - tem diferença porque caso for fazer a cirurgia, haverá descompensação para facilitar a oclusão cirúrgica (os dentes não vão de encontro). Caso não haja cirurgia, será feita a compensação e os dentes vão de encontro visando um posicionamento final. 8. Complicações: ter que reoperar o paciente, redução de fratura errada, mal posicionamento esquelético, remodelações ósseas que tiram o paciente do planejamento final (recidiva - mais comum em mulheres classe II com grande discrepância por conta de inflamação articular que causa a remodelação). As possibilidades de tratamento para as deformidades dentofaciais Ortopedia facial - Ainda quando criança, na dentição mista. Compensação ortodôntica - pacientes limítrofes que ficam entre a cirurgia e a correção ortodôntica. Pequenas deformidades ósseas. Através da inclinação dos dentes. Cirurgia ortognática - Grandes deformidades ósseas. Ortodontia descompensatória. Indicação cirúrgica Discrepância esquelética → Má oclusão (com ortodontista); Alterações funcionais (com o fono); Queixa estética (em último plano) Onde está a deformidade? - No mento, na maxila ou na mandíbula, Ou em todos. Cirurgia articular é raro. 1/2. Anamnese Avaliação geral do paciente História médica História da doença atual Avaliação psico-social Queixa principal Estética x função - a queixa principal de estética e insatisfação é muito grande e muito frequente hoje em dia. Expectativa do paciente A queixa dos pacientes varia entre função e estética entre os trabalhos. Não é nada definido. Avaliação clínica Análise facial Harmonia e simetria - Para harmonia a proporção de Fibonacci, terço superior (30%), terço médio (35% e terço inferior (35%). Também há a divisão das linhas verticais do risco em quintos. Proporção entre os ⅕, de ponta da orelha a ponta da orelha. Exame infero-superior e exame de ¾ D e E, que avalia assimetrias mandibulares, discrepâncias zigomáticas e contorno nasal Lábios e dentes - normalidade entre selamento e 3mm de abertura. >3mm - dimensão vertical da maxila pequena e sulco nasolabial pronunciado. No sorriso, 1-3 mm acima da linha mucogengival. =1,618 *Análise cefalométrica Telerradiografia perfil; Telerradiografia frontal; Radiografia panorâmica; Quantidade e orientação do movimento Análise de oclusão *Análise de modelos/planejamento virtual Exame clínico Dorso nasal - convexo, normal e côncavo. A cirurgia ortognática altera a postura do nariz. Contorno do mento - profundo, curvo, raso e plano Deformidades Mandibulares Deficiência A-P mandíbula e excesso de mandíbula Maxilares Deficiência A-P de maxila - sulco nasolabial pronunciado e lábio fino Excesso vertical de maxila - falta de selamento labial e sorriso gengival Exame físico Avaliação dos músculos mastigatórios e ATM, abertura bucal MM. mastigatórios: Dor Movimentos mandibulares: Limitações e desvios Sintomas articulares Sinais articulares: Crepitação, estalido 3. Exames complementares Cefalometria lateral - travado de diagnóstico do tamanho de maxila e mandíbula Cefalometria frontal - travado diagnóstico para avaliar assimetria Panorâmica - avaliação dentária, lesão Tomografia computadorizada - desconfiança de patologia associada, deformação condilar, planejamento virtual Cintilografia óssea Análise estática dos modelos Desvios de linha média; Grau de apinhamento; Estudo dinâmico com modelos 4. Planejamento - Traçado de previsão Sequência: traçado diagnóstico → avaliações de modelo → avaliações radiográficas → traçado de previsão Traçado de previsão: manipula a telerradiografia de perfil (frontal e lateral) e simula os movimentos esqueléticos que o paciente vai receber. É uma projeção bi-dimensional dos ossos, dentes e tecidos moles que sofrerão alterações resultantes de movimentações ortodônticas e correções cirúrgicas Softwares Dolphin, Radio memory, Radioceph e QuickCeph. Ortodontia Ortodontia pré-operatória: Eliminar compensações - alinhamento, nivelamento (intrusão) e coordenação dos arcos Cirurgia ortognática: Ortodontia pós-operatória: Finalização - nivelamento (extrusão), paralelismo radicular. O tempo varia. Osteotomias em cirurgia ortognática Maxila: osteotomia Le Fort I - do pterigóideo ao piriforme, solta o septo nasal e solta a maxila Mandíbula: Osteotomia sagital - movimento como se fosse um cisalhamento. É bom porque mantém o contato ósseo e preservar o nervo Mento: Osteotomia horizontal - complementa a cirurgia ortognática Fixação com placa e parafusos. → Osteotomia sagital e avanço mandibular Deformidades - Procedimentos Deficiência transversa de maxila/mandíbula Expansão maxila ou mandíbula/Segmentação da maxila - pode ser em crianças, com expansão da sutura (ainda possível) e em adultos é assistida, com uma Le Fort I associada à disjunção da maxila Deficiência ântero posterior de maxila/mandíbula - Le Fort I com avanço de maxila. O recuo da mandíbula pode causar obstrução de via aérea, além de manter as características do lábio fino e suco nasolabial evidente / nariz mais estreito e apontado mais para baixo. O melhor é o avanço de maxila. Excesso antero posterior de mandíbula Excesso vertical de maxila - Assimetrias A. Deformidades: Dispositivos, técnica cirúrgica e protocolo pós operatório para deficiência transversa e Antero-posterior de maxila/mandíbula em adulto Dispositivos - Hirax e Haas Hirax - é um dispositivo colocado em crianças para expandir a maxila sem apoio no palato e sim nos dentes, de modo a prevenir ulceração no palato - mais usado Haas - tem apoio nos dentes e no torno palato e pode gerar ulceração Técnica cirúrgica É feita a disjunção da maxila + Le Fort I (disjunção do pterigóideo) com espaçamento em torno de 1 mm por dia. Não mais que isso para haver reaproximação óssea e não menos que isso para o osso não unir antes da hora. Tem um problema de diastema. Deve ficar por aproximadamente 6 meses. Depois dos 6, meses, coloca o aparelho ortodôntico normal. Protocolo pós-operatório Ativação - 1 mm por dia durante 6 meses Contenção - Contenção ortodôntica e ajuste de oclusão CASO CLÍNICO de deformidades Paciente EPA, 26 anos, queixa principal “dificuldade de falar e mastigar”, HM: nega, Alergias nenhuma, não usa medicamentos e nunca teve hospitalizações. Aspecto final com imagem radiolúcida que na verdade étecido neoformado que não fica radiopaco na radiografia. O aparelho é mantido para dar continuidade a consolidação óssea. Diagnóstico: Deficiência transversa e Ântero posterior de maxila. Má oclusão classe III; Mordida cruzada; Deficiência transversa da maxila; Deficiência ântero-posterior de maxila. Planejamento: Expansão rápida de maxila assistida cirurgicamente (13 mm de expansão). O paciente é instruído a rodar o torno. Cada volta do torno é de 0,3mm com 1 mm por dia - 13 dias. Avanço de maxila. Esses pacientes geralmente ganham perímetro de arco para só depois, em uma segunda oportunidade cirúrgica, fazer o avanço de maxila. Prognatismo e laterognatismo mandibular - osteotomia sagital dos ramos mandibulares CASO CLÍNICO - Prognatismo e laterognatismo Osteotomia sagital dos ramos mandibulares Diagnóstico: prognatismo e laterognatismo Planejamento: em modelo e articulador Pós-operatório de 6 meses com elástico por causa da propriocepção dos músculos que terá que ser totalmente modificada e se não for, voltará a ser o que era antes. CASO CLÍNICO - excesso vertical de maxila, deficiência mandibular e laterognatismo LBM 19 anos. Data do 1º atendimento: 2010. Data da cirurgia: 24 de janeiro de 2013. Queixa principal: não tenho queixo e minha gengiva é grande”. História pregressa: fratura de côndilos bilaterais aos 7 anos de idade. Tratamento conservador com BMM por 4 semanas. Falta de selamento labial, dor muscular. Pouca passagem de via aérea inferior (apneia obstrutiva do sono). Diagnóstico: excesso vertical de maxila, mandíbula curta e um pouco de laterognatismo Traçado cefalométrico: de diagnóstico e de previsão Planejamento: em modelo e articulador com avanço de maxila e mentoplastia. Geometria do plano oclusal - pontos de rotação entre o ENP, ENA e os dentes. CASO CLÍNICO - Face longa e prognatismo Além do avanço, pode ser planejado o giro em torno do eixo anterior ou posterior da maxila, pelo planejamento através da tele lateral. Análises modelo, cefalométricas, análise previsão. Paciente face longa e prognatismo. CASO CLÍNICO - Apnéia obstrutiva do sono Foi avançado entre mento e mandíbula 21 mm. O normal é que se avance entre 8 e 10 mm. A paciente precisava de cirurgia porque já estava com sobrecarga no coração por deficiência de oxigênio, devido a falta de passagem da via aérea superior. Ortodontia pós-cirúrgica 6 a 8 semanas após cirurgia. 45-60 dias para planejamento das movimentações ortodônticas. As vezes é necessário refinamento com elástico (feito pelo cirurgião), que encaminha para o ortodontista depois desses 60 dias. Finalização (alinhamento e nivelamento finais; Intercuspidação; Posicionamento “artístico” e Contenção - com fio de aço ou aparelho móvel). Acompanhamento com fono as vezes é necessário para exercitar os músculos, além de terapeutas para abrir a boca e fortalecer a musculatura do pescoço, porque o paciente pode ter medo de abrir a boca. Hidratação é muito importante também. Dieta pastosa nos primeiros 20 dias. Abertura bucal adequada: 3 dedos (30 cm). Considerações finais Baixos índices de complicações; Planejamento integrado (cirurgião e ortodontista; Análise facial e queixa do paciente); Acompanhamento pós operatório longo.
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