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GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS OBJETIVO E ESTRATÉGIAS COMPETITIVAS DA CADEIA DE ABASTECIMENTO Acadêmico: Leandro Chaves da Silva Tutor: Eleazar Venancio Carrias Centro Universitário Leonardo da Vince – UNIASSELVI Tecnólogo em Logística (FLX 1167) – Seminário Interdisciplinar 12/12/2019 RESUMO O presente artigo se dispõe a apresentar as todas as características e os objetivos de uma cadeia de suprimentos que para muitos é um assunto muito falado nos dias atuais, iremos conceituar com detalhes a chamada (supply chain), uma das características da gestão de cadeia e o modelo detalhado da estrutura da cadeia de suprimentos, fluxos de produtos e serviços e atividades que compõem a dinâmica estrutural desse processo chamado cadeia de abastecimento e os ciclos de fabricação e suprimentos. 1- INTRODUÇÃO A cadeia de suprimentos é um assunto muito discutido nos dias atuais. Trata-se de um processo que possibilita a uma empresa destacar-se e colocar-se à frente de seus concorrentes de mercado, com redução de custos operacionais e buscando melhorias na qualidade de seus serviços, fazendo com que traga pra perto de si seus fornecedores. Ela é formada por um conjunto de processos que simultaneamente trabalham para melhor atender o pedido de seus clientes. Nela estão contido os fabricantes, o fornecedor, as transportadoras, armazéns. Todos esses agentes cumpre seu papel no processo de abastecimento. Nosso objetivo é de transcrever e explicitar todas as funções dos agentes participantes da cadeia de abastecimento. 2.1- GESTÃO DA CADEIA De forma efetiva a gestão da cadeia de suprimentos surgiu afim de trazer respostas rápidas as demandas geradas na ponta de consumo pelo cliente. Essa prática fez com que as empresas buscassem melhorias e eficácia na hora de atender seus clientes, disponibilizando do seu produto aonde quer que ele esteja e quando lhe for solicitado. A cadeia de suprimentos é uma rede de organizações envolvidas por meio dos vínculos a montante e a jusante, nos diferentes processos e atividade que produzem valor na forma de produtos e serviços destinados ao consumidor final. (Martin Christopher. 2010). Os conceitos sobre gestão da cadeia de suprimentos ou supply chain management (SCM) vem evoluindo ao longo dos anos. Até 1950, conhecimento era baixo e o foco estava na produção. A logística se afirmou entre 1950 e 1970 pautada nas alterações dos padrões da demanda, na pressão pela redução de custos, nos avanços tecnológicos e nos estudos e práticas militares. A partir de 1970 percebeu-se uma maior necessidade de integração e a partir de 1990 iniciou-se um pouco o foco da produção, dando mais atenção à visão de fluxo ao longo das cadeias e alterando a estratégia de economia de escala para economia de escopo, valorizando os serviços prestados aos clientes (Tanoue, Giovani Ortiz. 2016) Para o Supply Chain Council, uma SC abrange todos os esforços envolvidos na produção e liberação de um produto final, desde o, (primeiro) fornecedor do fornecedor até o (ultimo) cliente do cliente, quatro processos básicos definem esses esforços, que são: Planejar (plan), abastecer (source), fazer (make), e entregar (delivery). Os anos 1990 foram marcados pela busca de eficiência. Neste sentido, a gestão da cadeia de suprimentos foi vista como um importante meio de criar e entregar mais valor para os clientes e acionistas, tornando mais rápidos os fluxos de produtos e serviços por meio da integração dos processos logísticos, de operações, e marketing. A tecnologia de informação se desenvolveu consideravelmente desde então para suportar tais processos integrados e passou-se a analisar de forma integrada toda a questão de transporte, armazenagem, distribuição, gerenciamento de operações, compras, gestão de ordens, gestão de estoques, planejamento e controle da produção e serviços ao cliente (Tanoue, Giovani Ortiz. 2016) Para Tanoue, Giovani Ortiz (2016), uma cadeia de suprimentos engloba todos os estágios envolvidos, direta ou indiretamente, no atendimento de um pedido de um cliente, não incluindo apenas fabricantes e fornecedores, mas também transportadores, depósitos, varejistas e os próprios clientes. Seu escopo contempla a gestão dos fluxos de materiais, informações e o fluxo financeiro. Ballou, Ronald H. (2006) afirma que o modelo de gerenciamento de cadeia de suprimentos conforme a figura 1-1, visto como uma fonte de informações, mostra o escopo desta definição. É importante destacar que o gerenciamento da cadeia de suprimentos trata da coordenação do fluxo de produtos ao longo de funções e de empresas para produzir vantagem competitiva e lucratividade para cada uma das companhias na cadeia de suprimentos e para o conjunto dos integrantes dessa mesma cadeia. É muito difícil, em termos práticos, separar a gestão da logística empresarial do gerenciamento da cadeia de suprimentos. Ocorre que, em um número muito grande de aspectos, as duas tem missão idêntica: Colocar os produtos ou serviços certos no lugar certo, no momento certo, e nas condições desejadas, dando ao mesmo tempo a melhor contribuição possível para a empresa. (Ballou, Ronald H. 2006, p 28). Figura. 1-1 FONTE: Mentzer et al., “Defining Supply Chain Management” , Jornal of Business Logistics, Vol. 22, nº 2 (2001), pág. 19. Reproduzindo com autorização do Council of Logistics Management. 2.2 - A CADEIA DE SUPRIMENTOS Para entendermos melhor os fluxos de produtos e serviços dentro da cadeia de suprimentos explicaremos através dos canais físicos imediatos e atividades dos canais de suprimentos suas funcionalidades. O grande objetivo da formação de uma cadeia de suprimentos é formar uma rede de cooperação com a intenção de aumentar a capacidade competitiva da rede. Este objetivo segue o princípio de que a cooperação distribui o risco das operações da cadeia entre as partes, de tal maneira que cada participante tenha um risco total reduzidos. (Beckedorff, Irzo Antonio. p. 96, 2013.) A logística/Cadeia de Suprimentos é um conjunto de atividades funcionais (transportes, controle de estoques, etc.) que se repetem inúmeras vezes ao longo do canal pelo qual matérias-primas vão sendo convertidas em produtos acabados, aos quais agrega valor ao consumidor. Uma vez que as fontes de matérias-primas, fábricas e pontos de venda em geral não têm a mesma localização e o canal representa uma sequência de etapas de produção, as atividades logísticas podem ser repetidas várias vezes até um produto chegar ao mercado. Então, as atividades logísticas se repetem à medida que novos produtos usados são transformados a montante no canal logístico. (Ballou, Ronald H, 2006, p 29). Segundo Beckedorff, Irzo Antonio (2013, p. 97) Nem todas as cadeias de suprimentos terão os quatros ciclos nitidamente separados. A cadeia de suprimentos de um fabricante que atenda diretamente a um cliente, seja através da internet ou do telefone, só será feita em três ciclos: O ciclo do pedido de cliente; O ciclo de fabricação; e o ciclo de suprimentos. O ciclo de pedido do cliente acontece entre o cliente e o varejista, inclui os processos ligados diretamente no recebimento e atendimento ao pedido do cliente. A intenção do varejista com o cliente começa quando o vendedor faz contato com o cliente e termina quando o cliente entrega o pedido ao vendedor, da seguinte forma: Chegada do cliente: é o momento em que o cliente chega ao ponto de venda e decide o que vai comprar. Emissão do pedido do cliente: refere-se à comunicação do cliente ao varejista sobre que produtos ele tem interesse em adquirir. O objetivo desse processo é garantir que a emissão do pedido seja rápida e que seja comunicada a todos os processos da cadeia de suprimentos a ela ligados. Atendimento ao pedido do cliente: neste processo o pedido é atendido e enviado ao cliente. Oobjetivo do processo do atendimento do cliente é enviar os pedidos completos e correto ao cliente, seguindo os prazos determinados, com o menor custo possível. Recebimento do produto pelo cliente: neste processo, o cliente recebe o pedido e tem posse do produto, e este ciclo se completa o recebimento do valor da venda. FONTE: Adaptado de www.unisalesiano.edu.br/encontro2007/ .../CC14568301807.pdf O ciclo de Fabricação segundo Chopra e Meindl, (2011): no registro do pedido, o distribuidor programa o acionamento do pedido de reabastecimento com base na previsão da demanda futura e nos estoques existentes, em seguida o pedido resultante é transmitido para o fabricante. O ciclo de Suprimentos para Beckedorff, Irzo Antonio (2013). Ocorre entre o fabricante e o fornecedor e inclui processos para garantir que os materiais estejam disponíveis para que o processo de fabricação não sofra atrasos. Conforme Chopra e Meindl (2011) os processos desse ciclo são: 1-Pedido baseado na produção do fabricante ou nas suas necessidades de estoque. 2-Programação da produção do fornecedor. 3-Fabricação e transportes dos componentes. 4-Recebimento pelo fabricante. http://www.unisalesiano.edu.br/encontro2007/%20%20.../CC14568301807.pdf A seguir observe a imagem que mostra os diferentes processos e atividades que a cadeia de suprimentos percorre para ter uma estrutura organizacional efetiva dentro da logística empresarial, desenvolvimento de acordo com o CLM. Figura - 2 FONTE: Ballou, Ronald H. 2006, p 30. A cadeia de suprimentos imediata da empresa. Conforme (Ballou, Ronald H, 2006) Atividades-chave e as Atividades de suporte são separadas porque algumas delas em geral ocorrerão em todos os canais de logísticas, enquanto outras só se darão, de acordo com as circunstâncias, em empresas específicas. 2.3- ATIVIDADE- CHAVE 1- Os serviços ao cliente padronizados cooperam com o marketing para: Determinar as necessidades e desejos dos clientes em serviços logísticos. Determinar a reação dos clientes ao serviço. Estabelecer níveis de serviços ao cliente. 2- Transporte Seleção do modal e serviço de transporte. Consolidação de fretes. Determinação de roteiros. Programação de veículos. Seleção do equipamento. Processamento das reclamações. Auditoria de frete. 3- Gerência de estoques. Políticas de estocagem de matérias-primas e produtos acabados. Previsão de venda a curto prazo. Variedades de produtos nos pontos de estocagem. Número, tamanho e localização dos pontos de estocagem. Estratégias just-ini-timer, de empurrar e de puxar. 4- Fluxo de informações e processamento de pedidos: Procedimento de interface entre pedidos de compra e estoques. Métodos de transmissão de informação sobre pedidos. Regras sobre pedidos. 2.4 ATIVIDADES DE SUPORTE 1- Armazenagem Determinação do espaço. Leiaute do estoque e desenho das docas. Configuração do armazém. Localização do estoque. 2- Manuseio dos materiais Seleção do equipamento. Normas de substituição de equipamento. Procedimentos para separação de pedidos. Alocação e recuperação de materiais. 3- Compras Seleção da fonte de suprimentos. O momento da compra. Quantidade das compras. 4- Embalagem protetora para: Manuseio. Estocagem. Proteção contra perdas e danos. 5- Cooperação com produção/operações para: Especificação de quantidades agregadas. Sequência e prazo do volume da produção. Produção de suprimentos para produção/operações 6- Manutenção de informações Coleta, armazenamento e manipulação de informações. Análise de dados. Procedimentos de controle. Figura - 3 Fonte: (Ballou, Ronald H, 2006) triangulo do planejamento em relação às principais atividades de logísticas/gerenciamento da cadeia de suprimentos. Conforme vimos para (Ballou, Ronald H, 2006) O transporte e a manutenção dos estoques são as atividades logísticas primárias na absorção de custos. A experiência demostra que cada um deles representará entre metade e dois terços dos custos logísticos totais. O transporte agrega valor de local aos produtos e serviços, enquanto a manutenção dos estoques agrega-lhes valor de tempo. 3. CONCLUSÃO Este presente artigo teve a finalidade de contribuir na busca de mais conhecimento a respeito sobre todos os fatores positivos e características da cadeia de suprimentos e destacar sua suma importância nos dias atuais. De acordo com conhecimentos adquiridos ao longo da pesquisa foi possível perceber que a cadeia de suprimentos é formada por uma série de processos que atuam de forma conjunta para o melhor funcionamento na hora de garantir a entrega de pedido aos clientes, pois se trata de um processo de distribuição que inclui vários agentes como: fabricantes, fornecedor, transportadora, armazéns e distribuição. É notório que nos dias de hoje se vem muito falando da cadeia de suprimento pois esse processo quando bem organizado pelas empresas podem trazer lucratividade ao produto ou serviço vendido, sempre visando ao máximo que além de agregar valor esse processo irá reduzir os custos de operações no mínimo possível para que haja um lucro desejado e que os produtos sejam oferecidos no mercado com preço justo assim gerando mais competitividade entre as empresas, fabricantes e distribuidores. 4. REFERENCIAS B193g Ballou, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos/logística empresarial/ Ronald H. Ballou ; tradução Raul Rubenich. – 5. Ed. – Dados eletrônicos. Porto Alegre : Bookman, 2007 – editado como livro impresso 2006. B3941 Beckedorff, Irzo Antonio Logistica de suprimentos e distribuição/Irzo Antonio Beckedorff. Indaial : Uniasselvi, 2013. CHOPRA, Sunil; MEINDL, Peter. Gestão da cadeia de suprimentos – estratégia, planejamento e operações. São Paulo: Prentice Hall, 2011. CHRISTOPHER, Martin. Logística e o gerenciamento da cadeia de suprimentos. São Paulo: Cengage learning, 2010. Tanoue, Giovani Ortiz – Flexibilidade, gestão de riscos e resiliência na cadeia de suprimentos/Giovani Ortiz Tanoue, Néocles Alves Pereira. – I ed. Curitiba: Appris, 2016. <www.unisalesiano.edu.br/encontro2007/ .../CC14568301807.pdf>
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