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Resumo 1° prova de Micro Vet. Programa Nacional de Controle e Erradicação de Brucelose e Tuberculose Criado para controlar e erradicar as duas enfermidades Percentual de animais acometidos é diminuído vacinando e seguindo o protocolo do Controle Nacional Diminui a prevalência das doenças O objetivo do programa é abaixar a incidência e prevalência de casos visando a erradicação Incidência = Aparecimento de casos Prevalência = Percentual de animais acometidos Brucelose Possui vacina É uma zoonose Sinais Clínicos: Aborto em várias espécies (pior): Terço final da gestação, Retenção de placenta, Nascimento de animais fracos ou mortos. Orquite: Uni ou bilateral, pode levar à esterilidade temporária ou permanente (Depende do grau da inflamação) Epididimite Bursite Alterações hepáticas Podem inflamar as glândulas acessórias masculinas como: Próstata, Vesicular, Bulboretral Etiologia: Brucella spp Melitensis: Não há no Brasil Abortus: Bovinos Suis: Suínos Ovis: Ovinos Canis: Cães Cada espécie possui um hospedeiro preferencial, mas não é exclusivo - A Brucella Abortus possui biovares 1, 2, 3 (sorogrupos) Biovar: Variedade que tem alguma proteína ou epítopo diferente - Mesmo indivíduo com alguma alteração. São separadas em grupos: Lisas (mais patogênicas): Abortus e Suis; Rugosas: Canis e Ovis. Essa separação é feita de acordo com pelo lipopolissacarídeo presente na parede celular, Característica das bactérias GRAM – Por isso, reações cruzadas acontecem Ex: Pode ser positivo para E.coli, Leptospira, Salmoella e negativo para brucella. OBS: Antígenos Lisos não reconhecem anticorpos rugosos e vice-versa; Características microscópicas da Brucella Spp: Cocobacilo GRAM – Não flagelado Não- formadora de esporos Aeróbicos ou Microaerófilos Imóveis Desinfetantes: Álcool 96° Gl Hipoclorito de sódio 5% (mais recomendado) Formol 3% Cloro Calor: Autoclavagem Pasteurização lenta Rápidas fervuras Transmissão: Placenta/Fluidos fetais (independentemente da espécie) - Período peri-parto e peri-aborto 20 dias antes Momento do parto 15 dias após Vertical: Da mãe para o filho - 5-10% por via transplacentária Para humanos, o leite é a principal fonte de contaminação Ex: Se um cão fosse contaminado pela canis, os sinais clínicos talvez demorassem mais a aparecer, mas ele sendo contaminado pela abortus, sim, pois é mais patogênica. A Brucella sp. pode ser fagocitada pelo macrófago e impede que o fagossomo e o lisossomo se fundem - Impedem a digestão da bactéria. Tem preferência pelos órgãos hematopoiéticos: Baço, Fígado, Aparelho reprodutor, Linfonodos regionais; Elas não ficam no ambiente muito tempo (tipo anos, no máximo meses), mas elas vão mudando de hospedeiro por isso se ''perpetuam’’. Existem outras vias de transmissão: Transmissão via agulhas; a cópula é menos eficiente na transmissão do que a inseminação, pois no momento da cópula, há defesas imunológicas naturais. OBS: A brucella pode ser eliminada por secreções e excreções. Ministério da agricultura: Preconiza que 80% das bezerras sejam vacinadas, apenas são vacinadas bezerras de 3 a 8 meses. Re-testadas após 24 meses. A vacina utilizada deve conter a cepa B-19 ou a RB-51. A vacina é viva e atenuada e produz respostas imunitárias, é mais rápida e eficiente - Há mais chances de os machos contraírem brucelose pois as vacinas são ministradas somente em fêmeas, pois há risco de orquite. Em equinos: Cernelha, Bursite fistulosa - Diagnóstico: Direta - Vê o MO por alguma prova (Isolamento, PCR - prova ouro), Indireta: Vê resposta imune montada pelo animal (anticorpos). Sorologia para brucelose por AAT: Antígeno Acidificado Tamponante Só funciona com brucellas lisas (abortus e suis) É uma prova individual e qualitativa (é ou não é) É uma prova de triagem É feita para saber se o animal foi exposto a brucella É rápido e barato COMO FAZER: Colher 5 mL de sangue para 2 mL de soro No microtubo há brucella abortus inativada - Como é uma brucella lisa, pode ser positivo para abortus ou suis. Não usar soro hemolisado! Pipetar 30 microlitros de soro e antígeno, colocando um ao lado do outro na placa de vidro Misturar os dois e fazer por 4 minutos movimentos de báscula A leitura não deve ser feita após 4 minutos de reação: Positivo = Grumos rosas ou Negativo = Grumos claros e pequenos (resto de fibrina). Prova do anel do leite (ring test) É uma prova de rebanho Utiliza-se hematoxilina como corante COMO FAZER: Quando formar o complexo Ag-Ac, a gordura do leite aglutina, Caso for positivo, a gordura se precipita, formando um anel azul no topo por causa do complexo Ag-Ac, Se for negativo, o anel formado será branco, de leite - Pode haver problemas na interpretação, pois alguns leites podem dar reação no teste (Leites ácidos, Leites mastísticos) Prova confirmatória: 2-mercapitoetanol É o mais específico Destrói IgM, restando apenas IgG É uma prova quantitativa Título 1:25 já é considerado positivo Teste de polarização fluorescente: Muito especifica e sensível Pode ser usada como prova única Medida compulsória: Vacinação obrigatória (controle). Tuberculose É uma zoonose É uma doença de caráter crônico, não agudo Mycobacterium tuberculosis: OBS: Atinge humanos e causa sensibilidade em outros animais. M. bovis: Atinge bovinos, humanos e outras espécies, é um agente zoonótico, a transmissão é por meio de secreção e excreções M. avium: Não é patogênico para bovinos e bubalinos, causam reações inespecíficas. Mycobacterium: GRAM + Baar (coloração Ziehl- Neelsen) - É utilizada porque a parede mycobacterium possui muitos lipídeos Bacilo Possui o crescimento extremamente lento (4 a 8 semanas) - Diagnóstico por meio de cultura é muito demorado Bactéria não esporulada é muito mais resistente Tuberculose é uma zoonose de evolução crônica caracterizada pelo desenvolvimento progressivo de lesões nodulares, que pode acometer qualquer órgão ou tecido; os sinais clínicos estão relacionados ao local onde o tubérculo está. é uma doença ocupacional, pois os profissionais da saúde são os mais vulneráveis. Desinfetantes: Fenol 5% Formol % Fontes de infecção e transmissão: Animais infectados e o homem Ingestão de alimento infectado Aerossóis Urinas Descargas vaginais Descargas respiratórias Leite Vertical (mãe para filho) Locais das lesões: Cabeça Pescoço Tórax OBS: As lesões são arenosas e amareladas devido a calcificação da resposta imunológica. Tuberculose miliar: Generalizada. Tuberculose retraída: Reservada em um só local. Sinais clínicos: Perda de peso progressiva Animal com pescoço esticado OBS: tratamento para bovinos e bubalinos é proibido, animais devem ser eutanasiados. Diagnósticos: Métodos diretos e indiretos Clínicos e bacteriologia Histopatologia e tuberculina Diagnóstico alérgico cutâneo (PPD) Derivado proteico purificado Desenvolvido por Koch Para medir a hipersensibilidade tardia Funcionamento: Caso o animal tenha sido exposto previamente à mycobacterium, quando a tuberculina for inoculada, causará um tipo de alergia - Bovinos e bubalinos devem ser testados a partir de 6 semanas de idade - NÃO HÁ VACINA - Fêmeas de 15 dias antes e até 15 dias depois do parto são retestadas. Existe risco de falso positivo, os testes só são feitos de 60 em 60 dias pois pode dar falso-negativo, caso seja feito antes: PPD bovino – NA5 de M.bovis – 1mg de proteína/ mL PPD aviária – D4 de M. aviarium – 0,5 mg de proteína/ mL Teste cervical simples: Teste de rotina Não indica qual micobacteria é PPD bovina Dosagem: 0,1mL Região cervical ou escapular Caso haja aumento de pele, é uma reação de hipersensibilidade tardia do tipo 4 Caso haja aumento de pele por M. aviarium, é negativo pois ele causa reações inespecíficas.Tabela de interpretação do teste cervical simples em bovinos - um exame quantitativo Teste cervical comparativo: Inocula PPD aviária e bovina Via intradérmica Dosagem de 0,1 mL Região cervical ou escapular PPD aviária cranialmente PPD bovina caudalmente É o teste confirmatório para animais reagentes Clostridium Características gerais: Possuem a capacidade de formar esporos Sobrevivem no ambiente por muito tempo Os esporos podem estar no centro ou na porção terminal O posicionamento do esporo auxilia no diagnóstico Bacilo GRAM + Flagelado Exigentes em meios de cultura - Necessitam de muita proteína Causam odor pútrido em sua multiplicação São anaeróbicos, mas alguns são microaerófilos facultativos Caso tenho O², vai produzir esporos Se faltar O², sai da forma esporulada e se multiplica produzindo toxinas na fase vegetativa Existe uma suscetibilidade diferente entre as espécies, estão mais no solo e intestino de humanos/animais Aspectos importantes para formar lesão: Falta de O² - Pois ele sairá da forma esporulada para produzir toxinas Os clostridiums são classificados de acordo com o tecido que acometem Neutrófilos: Produzem potentes neurotoxinas C. Tetani C. Botulinum C. Perfringens tipo D Histotrópicos: C. Chauvoei C. Septicum C. Novyi C. Haemoliticum C. Sordelli C. Perfringens tipo A Enterotóxicos: C. Perfringens tipo A e E São divididos entre: Não-invasivos (toxinas que migram): C. Tetani: Necessita de uma lesão para entrar C. Botulinum: Necessita ser ingerido Invasivos (bactérias que migram, e após toxinas migram também) C. Perfringens C. Haemolyticum C. Sordelli C. Chauvoei OBS: Causam mortes sozinhos ou em conjunto. A doença varia de acordo com a quantidade de toxinas ingeridas ou produzidas. Botulismo hídrico: Bubalinos que se banhavam em água com toxinas, porém não haviam lesões, mas mesmo assim desenvolviam botulismo apenas pelo contato com as mucosas. C. Tetani: Equinos são a raça mais acometida A bactéria penetra por ferimentos na pele A multiplicação aumenta em ferimentos profundos - teor de O² é menor Sinais Clínicos: Hiperexcitabilidade muscular Tremores Convulsões Morrem por parada cardiopulmonar Principais lesões associadas na transmissão: Cascos de equinos Descornas Castrações Infecção no parto Erupções dentárias São 3 toxinas: Tetanoespasmina: Dá as características clínicas do tétano Atua no neurônico Inibe a glicina e GABA Tetanolisina Ajuda a tetanopasmina causando necrose tecidual Toxina não-espasmogênica Causa paralisia periférica Diagnóstico: É difícil pois ele está em qualquer lugar Deve-se fazer uma prova sorológica para fechar o diagnóstico O material a ser enviado pode ser fragmento da lesão ou soro C. Botulinum: Conhecido como a doença da vaca caída, mão dura, mal de alegrete. Sinais Clínicos: Paralisia flácida Morte consequente de insuficiência respiratória Possui várias toxinas: A, B, C, D, E, F e G Todas causam os mesmos sinais clínicos São sensíveis a luz e temperatura OBS: Alimentos associados - Enlatados (Mel, Cereal de arroz); Fatores predisponentes a transmissão: Ingestão de carcaças contaminadas Água contaminada Alimentos contaminados OBS: A sobrevivência depende da quantidade de toxinas ingeridas ou produzidas; Tratamento: Manutenção - Soro até desintoxicar. Diagnóstico: Baseado nos sinais clínicos Tem que fazer a captação da toxina A maioria dos diagnósticos é pós-mortem Envia-se material fragmentado do intestino delgado
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