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ENFERMAGEM DO TRABALHO

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Gerenciamento dos Serviços de Saúde
Tema 07 – Planejamento e avaliação da qualidade dos serviços de saúde e de enfermagem 
Bloco 1
Ursula Westin
1
OBJETIVOS
- Compreender o significado de planejamento em saúde e os tipos utilizados;
Analisar a utilização do planejamento como instrumento para a administração em enfermagem; 
Reconhecer sua finalidade e benefícios; 
- Identificar a importância da avaliação da qualidade dos serviços de saúde para a qualidade da assistência;
- Relacionar a qualidade dos serviços de saúde com segurança do paciente.
INTRODUÇÃO 
O planejamento é parte essencial do processo de trabalho da enfermagem;
É a base de todas as ações da enfermagem;
Deve estar presente desde a assistência até a gestão do serviço;
 
INTRODUÇÃO 
FUNDAMENTAL:
A qualidade da assistência está intimamente ligada à segurança do paciente e qualidade do cuidado, que, por sua vez, depende do planejamento das ações, já que o imprevisto nem sempre resulta em processos de qualidade.
SUA RELAÇÃO COM AVALIAÇÃO DOS SERVIÇOS: OBJETIVO > CUIDADO SEGURO E DE QUALIDADE
PLANEJAMENTO EM SAÚDE 
Planejamento: intrínseco no cotidiano dos seres humanos (tomam pequenas decisões diariamente - decisões automáticas e passíveis de erro);
Acertar nas decisões: chave para o sucesso ou fracasso pessoal e profissional.
 (CIAMPONE; MELLEIRO, 211)
 
PLANEJAMENTO EM SAÚDE 
 Chiavenato (2004):
 - Função administrativa - determina antecipadamente os objetivos a serem atingidos e como se deve fazer para alcançá-los;
 - Modelo teórico para ação futura;
 - Definição dos objetivos e escolha antecipada do caminho para obtê-los;
 - Define onde se pretende chegar, o que deve ser feito, quando, como e em que sequência. 
Lanzoni et al (2009):
 - Planejar > um método de se pensar ações, organizar, alcançar resultados e efetivar as metas.
- Instrumento do processo de trabalho gerencial que favorece escolhas e elaboração de planos para enfrentar processos de mudança. (MELLEIRO; TRONCHIN; CIAMPONE, 2011)
PLANEJAMENTO EM SAÚDE 
Planejamento:
 - Considerado a primeira função administrativa e constitui-se a base para as demais funções (organização, direção, coordenação e controle). É a partir do planejamento que todas as outras funções ocorrem. (CHIAVENATO, 2004)
PLANEJAMENTO EM SAÚDE 
- Planejamento resulta em vantagens e economia de tempo e energia (essenciais para a equipe), bem como melhora da qualidade da assistência. A atuação do enfermeiro é eficaz quando não há improvisação e falta de sistematização. (GAMA, 2011)
PLANEJAMENTO EM enfermagem 
 
 - Deve aparecer em todas as dimensões do processo de trabalho:
 - Assistência - sistematização da assistência de enfermagem (SAE);
 - Gestão - coordenação efetiva da equipe e distribuição do pessoal de enfermagem. 
 (CIAMPONE; MELLEIRO, 2011)
PLANEJAMENTO EM enfermagem 
 - Lei nº 7.498/86: regulamenta o exercício da profissão: é competência do enfermeiro o planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços de enfermagem. (BRASIL, 1986)
 
PLANEJAMENTO EM enfermagem
Florence: Guerra da Criméia;
Década de 1940: América Latina (contexto de produção industrial);
Década de 1960: OPAS encomenda plano nacional de saúde ao CENDES > criação do planejamento normativo ou tradicional.
 (KURCGANT; CIAMPONE; MELLEIRO, 2006)
PLANEJAMENTO EM enfermagem 
PLANEJAMENTO NORMATIVO OU TRADICIONAL:
Questões de conflito e poder não são levadas em conta, tampouco a historicidade dos fenômenos; o sujeito que planeja e o objeto do planejamento são independentes, não visualiza as ligações entre os pontos de partida e chegada. (CIAMPONE; MELLEIRO, 2011)
 
PLANEJAMENTO em enfermagem
PLANEJAMENTO NORMATIVO OU TRADICIONAL:
7 fases:
1ª Fase: Diagnóstico - conhecer o Sistema como um todo;
2ª Fase: Determinação dos objetivos;
3ª Fase: Estabelecimento de prioridades
4ª Fase: Seleção de recursos disponíveis;
5ª Fase: Estabelecimento de Plano Operacional;
6ª Fase: Desenvolvimento;
7ª Fase: Aperfeiçoamento.
 (CIAMPONE; MELLEIRO, 2011)
PLANEJAMENTO em enfermagem
PLANEJAMENTO NORMATIVO OU TRADICIONAL:
PLANEJAMENTO em enfermagem
PLANEJAMENTO NORMATIVO OU TRADICIONAL:
Instrumentos utilizados: o cronograma; Grafico de Gantt; Progran Evaluation Review Techinique (PERT); 5W3H, dentro outros.
 (DUTRA, 2013)
PLANEJAMENTO em enfermagem
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL (PES):
Valoriza as pluralidades de atores sociais envolvidos numa realidade complexa e dinâmica;
Dá controle e empoderamento aos atores envolvidos, a fim de que eles consigam modificar aquilo que os incomoda.
 (CIAMPONE; MELLEIRO, 2011)
PLANEJAMENTO em enfermagem
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL (PES):
Ator detecta algo que o incomoda e então é motivado a buscar soluções adequadas, produzindo mudanças;
É mais horizontal: ator vivencia o problema identificado juntamente com outros trabalhadores da saúde, analisam as implicações deste para o paciente e a equipe, bem como suas consequências, e só então são pensadas ações para resolvê-lo. 
 (LANZONI, et al, 2009)
PLANEJAMENTO em enfermagem
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL (PES):
4 momentos:
Explicativo;
Normativo;
Estratégico; 
Tático-operacional. 
 (CIAMPONE; MELLEIRO, 2011) 
PLANEJAMENTO em enfermagem
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL (PES):
- Análise do ambiente interno (pontos fortes e fracos), de acordo com a missão, visão e valores da organização hospitalar;
Análise do ambiente externo, identificando oportunidades e ameaças;
Estratégias vistas e revistas em todos os momentos. Após estabelecidas, devem ser implementadas utilizando ferramentas de gestão que determinarão a efetividade ou não das ações.
 
PLANEJAMENTO em enfermagem
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL (PES):
Ferramentas de gestão:
- Diagrama de Causa e Efeito de Ishikaswa (espinha de peixe); Brainstorming; Tabela de planos de ação contendo a identificação/descrição do problema, causas que o geraram, consequências para o paciente e equipe de trabalho, detalhamento em termos operacionais das propostas de intervenção, bem como os resultados esperados e avaliação destes.
PLANEJAMENTO em enfermagem
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL (PES):
Ferramentas de gestão: Tabela de planos de ação:
PLANEJAMENTO em enfermagem
	Identificação e descrição do problema.	Identificação das causas que geram os problemas identificados.	Análise das consequências do problema para os pacientes e para o grupo de trabalho.	Identificação e detalhamento, em termos operacionais, das propostas de intervenções do aluno diante do problema identificado.	Resultados Esperados.	Avaliação dos resultados.
						
						
Atividade sistêmica que visa, de forma organizada, prever recursos necessários para serem utilizados no momento certo e da maneira correta: planejamento em saúde torna-se fundamental quando falamos em qualidade dos serviços de saúde e segurança do paciente.
 
 (MORETTO NETO; SILVA; SCHMITT, 2007)
PLANEJAMENTO em enfermagem
Gerenciamento dos Serviços de Saúde
Tema 07 – Planejamento e avaliação da qualidade dos serviços de saúde e de enfermagem 
Bloco 2
Ursula Westin
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AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE SAÚDE E DE ENFERMAGEM
Gestão em saúde: foco na qualidade e segurança do paciente (LIMA, et al, 2014).
Falhas nos processos de gestão e assistência: contribuem para uma falha na segurança do paciente (BRASIL, 2014). 
Segurança do paciente: forte impacto na qualidade da assistência de enfermagem: redução de riscos e danos (OLIVEIRA et al, 2014). 
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE SAÚDE E DE ENFERMAGEM
 Assistência de enfermagem de qualidade, sem falhas: contribui diretamente para a evolução do quadro clínico de saúde do paciente, bem como da satisfação deste e de sua família frente ao atendimento. Talqualidade na assistência está intimamente relacionada aos cuidados seguros e livres de danos prestados pela equipe de enfermagem. 
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE SAÚDE E DE ENFERMAGEM
QUALIDADE: Organização Mundial da Saúde (OMS): “o grau em que os serviços de saúde para indivíduos e populações aumentam a probabilidade de resultados desejados e são consistentes com o conhecimento profissional atual”.
 (WHO, 2009) 
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE SAÚDE E DE ENFERMAGEM
 Florence Nightgale: diminuição da taxa de mortalidade de 40% para 2%;
 Donabediam: 7 atributos: eficácia, efetividade, eficiência, otimização, aceitabilidade, legitimidade e equidade.
(TRONCHIN; MELLEIRO; TAKAHASHI, 2011)
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE SAÚDE E DE ENFERMAGEM
Gestão da qualidade:
Normas ISO 9000 e ISO9001 para produtos, ISO 9002 para serviços, ISO 9003 para sistemas, ISO 9004 para usuários e ISO 14000 para preservação ecológica;
Gestão da qualidade total. 
 (TRONCHIN; MELLEIRO; TAKAHASHI, 2011)
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE SAÚDE E DE ENFERMAGEM
Ferramentas internas de avaliação:
Indicadores de saúde, brainstorming, diagrama de causa e efeito, diagrama de Pareto, fluxograma, histograma, gráfico de dispersão, Programa 5S, Ciclo PDCA, 5W2H, Lista de verificação simples e lista de verificação de frequência;
Comissões (Comissão de prevenção e controle de Infecções Hospitalares, Comissão ética em pesquisa, Comissão de Educação permanente)
 
 (TRONCHIN; MELLEIRO; TAKAHASHI, 2011
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE SAÚDE E DE ENFERMAGEM
Ferramentas externas de avaliação:
 - Habilitação ou Alvará;
 - Acreditação: processo educacional e a segunda como um processo de avaliação e certificação das instituições de saúde, se estas alcançarem padrões pré-definidos.
 (MAZZIERO; SPIRI, 2013) 
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE SAÚDE E DE ENFERMAGEM
Instituições de saúde incorporem aspectos relacionados à qualidade e segurança do paciente em sua cultura organizacional, a fim de promover maior consciência e compromisso ético no gerenciamento das ações e visando a máxima qualidade, ou qualidade total no atendimento ao usuário. 
 (OLIVEIRA, et al, 2014) 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 É importante que a Cultura de segurança do paciente seja difundida dentro das organizações de saúde, bem como que estes serviços sejam constantemente avaliados, a fim de que os sejam de qualidade e promovam um cuidado seja contínuo, livre de danos, que atenda satisfatoriamente o usuário e os objetivos da organização. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 A implementação de ações que visem a qualidade e segurança do paciente podem parecer simples, mas a compreensão desta cultura requer muito além do que a teoria, requer a participação de todas as pessoas envolvidas no processo. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 A interface do conceito qualidade, segurança do paciente e avaliação dos serviços de saúde é de indiscutível relevância na atual sociedade e merece maior atenção a fim de que a qualidade da assistência seja promovida da forma mais segura e efetiva possível, levando em consideração o interesse das instituições, dos profissionais e, principalmente, para que seja centrada no usuário.

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