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ATIVIDADE 02 - 05/05/2020 a 24/05/2020
1. O conceito de receita pública é o ingresso de recursos arrecadados pela entidade com o fim de ser aplicado em gastos operacionais e de administração, ou seja, todo recurso obtido pelo Estado para atender as despesas públicas. Diferencie os tipos de receitas públicas.
 
· Quanto à natureza: orçamentária ou extra-orçamentária.
· Quanto à categoria econômica: correntes e de capital.
· Quanto ao poder de tributar: federal, estadual ou municipal.
· Quanto à afetação patrimonial: efetivas ou por mutação patrimonial.
· Quanto à regularidade: ordinária ou extraordinária.
· Quanto à coercitividade: originárias ou derivadas.
RECEITA PÚBLICA ORIGINÁRIA É a Receita Pública Efetiva oriunda das rendas produzidas pelos ativos do Poder Público, pela cessão remunerada de bens e valores (aluguéis e ganhos em aplicações financeiras), ou aplicação em atividades econômicas (produção, comércio ou serviços). É uma classificação da Receita Corrente. As Receitas Originárias também são denominadas como Receitas de Economia Privada ou de Direito Privado. Ex: Receitas Patrimoniais, Receitas Agropecuárias, Receitas Comerciais, Receitas de Serviço, etc. 
RECEITA PÚBLICA DERIVADA É a Receita Pública Efetiva obtida pelo Estado em função de sua soberania, por meio de Tributos, Penalidades, Indenizações e Restituições. É uma classificação da Receita Corrente. As Receitas Derivadas são formadas por Receitas Correntes, segundo a classificação da Receita Pública por Categoria Econômica. Ex: Receita Tributária, Receita de Contribuições, etc. 
RECEITA FINANCEIRA São as receitas decorrentes de aplicações financeiras, operações de crédito e alienação de ativos e outras.
 RECEITA NÃO-FINANCEIRA São as receitas oriundas de tributos, contribuições, patrimoniais, agropecuárias, industriais, serviços e outras. 
RECEITAS PÚBLICAS ORDINÁRIAS São as receitas que ocorrem regularmente em cada período financeiro. Ex.: Impostos, taxas, contribuições, etc. 
RECEITAS PÚBLICAS EXTRAORDINÁRIAS São aquelas que decorrem de situações emergenciais ou em função de outras de caráter eventual. Ex: Empréstimos compulsórios, doações, etc. 
RECEITA CORRENTE LÍQUIDA Terminologia dada ao parâmetro destinado a estabelecer limites legais definidos pela LRF. A Receita Corrente Líquida é o somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas correntes, consideradas as deduções conforme o ente União, Estado, Distrito Federal e Municípios. A metodologia para o cálculo da Receita Corrente Líquida é definida no Manual de Elaboração do Relatório Resumido da Execução Orçamentária quando trata do Demonstrativo da Receita Corrente Líquida.
 RECEITA LÍQUIDA REAL Definição dada pela Resolução do Senado Federal nº 96, de 15 de dezembro de 1989, que entende ser a receita realizada nos doze meses anteriores ao mês em que se estiver apurando, excluídas as receitas provenientes de operações de crédito e de alienação de bens. A referida Resolução dispõe sobre as operações de crédito internas e externas dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de suas respectivas autarquias, inclusive concessão de garantias, seus limites e condições de autorização. 
OUTRAS DEFINIÇÕES 39 RECEITA COMPARTILHADA Receita orçamentária pertencente a mais de um Beneficiário independente da forma de arrecadação e distribuição. 
RECEITA PREVISTA, ESTIMADA OU ORÇADA Volume de recursos, previamente estabelecido no orçamento do Ente, a ser arrecadado em um determinado exercício financeiro, de forma a melhor fixar a execução da despesa. É essencial o acompanhamento da legislação específica de cada receita onde são determinados os elementos indispensáveis à formulação de modelos de projeção, como a base de cálculo, as alíquotas e os prazos de arrecadação. 
RECEITA VINCULADA É a receita arrecadada com destinação específica estabelecida em dispositivos legais. A vinculação da receita torna a programação financeira menos flexível, deixando parte dos recursos disponíveis apenas a uma destinação certa. 
RECEITAS COMPULSÓRIAS São receitas cujas origens encontram-se nas legislações que impõem aos particulares uma obrigação. São casos de receita compulsória: os tributos, as contribuições e etc.
 RECEITAS FACULTATIVAS As receitas facultativas possuem sua origem nos atos jurídicos bilaterais, ou seja, aquelas decorrentes da vontade das pessoas, como exemplos surgem os aluguéis (Receita Patrimonial), preços públicos, etc. 
RECEITAS PRÓPRIAS São as receitas enquadradas como Tributárias, Patrimoniais, de Serviços, Industriais e outros que não sejam decorrentes de transações que guardem características de transferências, mesmo que de outras esferas governamentais, como convênios, e operações de créditos. 
RECEITAS DE FONTES DIVERSAS São aquelas que guardam características de transferências, mesmo que de outras esferas governamentais, como convênios, e operações de créditos, ou seja, são originárias de terceiros que em determinados casos terão de ser devolvidos. ANTECIPAÇÃO DE RECEITAS São os valores recebidos em virtude de um fato que caracteriza uma “antecipação da receita prevista”. Ex.: Adiantamento de fornecimentos. 
RECEITA LÍQUIDA É a receita resultante da diferença entra a Receita Bruta e as deduções.
 RECEITA VINCULADA É a receita arrecadada que em função da legislação apresenta a sua destinação estabelecida. 
RENÚNCIA DE RECEITA É a não arrecadação de receita em função da concessão de isenções, anistias ou subsídios. Deve-se atentar, na renúncia de receita, ao disposto pela Lei nº 101/2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal art. 14, que determina critérios a serem observados quanto a este fato.
2. Podemos conceituar também o direito tributário, como sendo um ramo do direito público, onde o Estado tem posição superior à do particular. Nesse caso, há evidente desigualdade jurídica, quais as duas características do direito tributário permitem essa discrepância?
Princípio da Legalidade
Reforça que os particulares - compostos por pessoas físicas e jurídicas - devem fazer somente aquilo que a lei determina ou autoriza. Desse modo, o Estado tem o poder de tributar e cobrar impostos contínuos (nos município, estados e União) dos cidadãos.
Princípio da Capacidade Contributiva
Faz referência à cobrança de impostos de acordo com a capacidade dos contribuintes, que são representados pelas pessoas físicas e pessoas jurídicas (empresas privadas e entes da sociedade civil).
3. A disciplina Direito Tributário versa sobre o instituto jurídico denominado Tributo.  Qual o conceito de tributo?
Tributo pode ser conceituado por uma obrigação de pagar criada por lei, na qual o indivíduo deve entregar parte de sua renda e patrimônio para a operação, manutenção e desenvolvimento do Estado, devendo o pagamento, ser realizado somente com dinheiro.
Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. “Tributo é a receita derivada, instituída pelas entidades de direito público, compreendendo os impostos, as taxas e contribuições, nos termos da Constituição e das leis vigentes em matéria financeira, destinando-se o seu produto ao custeio de atividades gerais ou específicas exercidas por essas entidades”.
Estabelece o artigo 3º do Código Tributário Nacional:
Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
4. No que diz respeito as espécies tributárias o STF adota a teoria pentapartite, ou seja, no nosso Ordenamento Jurídico temos 5 espécies tributárias. Relacione as espécies tributárias.
1- Impostos: O imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte(CTN, art. 16).
2-Taxa: Tributo que tem como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva e potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. (CTN, art. 77).
3-Contribuição de melhoria: É o tributo cobrado pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra a valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. (CTN, art. 81).
4 - Empréstimo compulsório: Somente podem ser criados diante de situações específicas (guerra externa ou sua iminência e calamidade pública, ou investimento público de caráter relevante), e a aplicação dos recursos provenientes de sua arrecadação é vinculada à despesas correspondente, que justificou sua instituição. Trata-se de exceção, prevista em norma de superior hierarquia (CF/88, art. 148, parágrafo único).
5 - Contribuições: Os recursos obtidos com sua arrecadação devem ser necessariamente aplicados no atendimento da finalidade que justifica a sua cobrança. Podem ser sociais, de intervenção no domínio econômico, de interesse de categorias profissionais ou econômicas, de custeio da iluminação pública.
5. Os princípios constitucionais tributários estão intimamente relacionados à necessidade de existir um limite para que a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal sigam de maneira correta as imposições legais necessárias ao funcionamento harmônico do Estado. Comente sobre o princípio da anterioridade e sua subdivisão.
O princípio da anterioridade tributária, também conhecido apenas como princípio da anterioridade, é o princípio de Direito Tributário que estabelece que não haverá cobrança de tributo no mesmo exercício fiscal da lei que o instituiu. Pelo princípio da anterioridade nenhum tributo poderá ser cobrado no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que instituiu ou aumentou, levando em consideração o princípio constitucional pelo qual “não há crime sem lei anterior que defina, em cena sem prévia cominação penal (CF, Art, 5° ,XXXIX).
Princípio da Anterioridade do Exercício Financeiro Seguinte (art. 150, III, b, CF):
Determina que os entes somente podem cobrar o tributo a partir do primeiro dia do exercício financeiro seguinte àquele em que foi publicada lei que o instituiu ou aumentou.
Princípio da Anterioridade Nonagesimal (art. 150, III, c, CF)
Também chamado de noventena, esse princípio determina que os entes cobrem o tributo somente depois de decorridos 90 dias da publicação da lei que o instituiu ou aumentou.
PRINCÍPIO DA NOVENTENA
O princípio da noventena é também conhecido como princípio da anterioridade nonagesimal ou princípio da anterioridade reforçada. Este último nome se explica pela razão de que este princípio foi acrescentado pela Emenda Constitucional n° 42/2003, de forma a reforçar o princípio da anterioridade do exercício financeiro.
Os princípios da legalidade e anterioridade no direito tributário nos oferecem uma rica análise de discussões e um importante comando de observância quando do estudo do sistema tributário. Olvidar qualquer destes princípios é trafegar em um mar de inconstitucionalidade insanável que, como o Rei Midas, irá contaminar de nulidade tudo o que vier a tocar.
A análise da ciência tributária deve ser feita, sempre, partindo do texto constitucional e, dentro desta diretriz, encontramos nos primeiros passos dados os princípios da legalidade e anterioridade, os quais irão nos acompanhar durante todo o percurso, como verdadeiros guias.
Neste percurso se olvidarmos qualquer das diretrizes definidas por estes guias, trafegaremos por caminhos equivocados, desperdiçando esforço e tempo sem um resultado satisfatório. Por esta razão o estudo destes princípios deve anteceder ao estudo de qualquer outro instituto, antes de começar a caminhar temos que nos valer destes dois instrumentos para uma viagem de conhecimento segura e efetiva.
Ambos os princípios são constantemente tratados por nossos Tribunais Superiores na análise das mais diversas matérias postas sob sua apreciação, tornado-se um rico manancial de informações a serem aproveitados pelo operador do direito, razão pela qual é indicada a leitura de julgados do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça, neste sentido os informativos assumem relevante papel.
Dentro deste estudo, grifa-se a importância a ser dedicada na análise das exceções, são estas constantemente cobradas em provas de concurso e exame de ordem. Como exceções que o são, devem vir expressamente previstas em lei.
Desta forma, os princípios da legalidade e anterioridade, mais do que limitações ao poder de tributar, são indicativos de existência de um Estado Democrático de Direito, razão pela qual a sua importância transcende as palavras, se espraiando por todo o sistema jurídico tributário.
O princípio da anterioridade tem natureza jurídica de garantia individual, pois assegura a possibilidade de o contribuinte programar-se contra a ingerência estatal em sua propriedade, preservando-se, pois, a segurança jurídica.
É bom lembrar, que a Constituição prevê que este Princípio não se aplica aos seguintes impostos (art. 150, § 1º): importação de produtos estrangeiros, exportação de produtos nacionais ou nacionalizados, produtos industrializados, impostos extraordinários, empréstimo compulsório extraordinário e contribuições sociais (estas últimas estão sujeitas ao período de 90 dias entre a publicação da lei e a eficácia, conforme disposto no art. 195, § 6º).
Será que esse princípio da anterioridade, no estágio em que se apresenta, trata-se de mero princípio retórico, pelo elevado número de exceções constitucionais e pelo fato de ser possível publicar uma lei em 31 de dezembro do ano em curso criando novo tributo e iniciar a cobrá-lo no dia 1° de janeiro do ano seguinte?
Princípio da Anterioridade Mitigada ou Nonagesimal
A EC n° 42 de 2003, ampliou a proteção aos contribuintes, estabelecendo nova restrição à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, ao vedar a cobrança de tributos antes de decorridos noventa dias da data, em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. Já existente em nossa Constituição, para fins de cobrança de contribuições sociais ( art. 195, § 6° da CF).
Princípio da Vedação ao Fisco
A Constituição brasileira veda a utilização do poder de tributar estatal com a finalidade confiscatória.
A proibição constitucional do confisco em matéria tributária nada mais representa senão a interdição, pela Carta Política, de qualquer pretensão governamental que possa conduzir, no campo da fiscalidade, à injusta apropriação estatal, no todo ou em parte, do patrimônio ou dos rendimentos dos contribuintes, comprometendo-lhes, pela insuportabilidade da carga tributária, o exercício do direito a uma existência digna, ou a prática de atividade profissional lícita ou, ainda, a regular satisfação de suas necessidades vitais (educação, saúde e habitação, por exemplo).
Portanto, podemos concluir que o princípio do não-confisco, combinado com o princípio da capacidade contributiva, impedem que a atividade tributária avance além dos limites suportados pelo contribuinte, de modo a preservar-lhe a renda e o patrimônio.
Princípio da Ilimitabilidade do Tráfego de Pessoas ou de Bens
O inciso V do art. 150 da CF, consagra esse princípio como corolário da garantia individual prevista no art. 5°, XV que prevê a liberdade de locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoas, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens. Sendo assim, impede que os tributos sejam utilizados de modo a obstruir o direito de ir, vir e ficar, previsto na Constituição Federal. Fica então, proibida a cobrança de tributos interestaduais ou intermunicipais que estabeleçam limitações ao tráfego de pessoasou bens, salvo no caso de pedágios instituídos em virtude da utilização de vias conservadas pelo Poder Público.
O pedágio é espécie do gênero de taxas, e como tal submetido a sua disciplina constitucional, inclusive, ao princípio da razoabilidade.
É bom lembrar, que essa proibição não impede que os Estados e Municípios instituam postos de fiscalização em suas fronteiras, já que não se está cobrando um imposto interestadual ou intermunicipal, mas sim evitando a sonegação de tributos dos respectivos entes da Federação.
6. Taxa é a exigência financeira imposta pelo governo ou alguma organização política ou governamental a pessoa privada ou jurídica para usar certos serviços fundamentais, ou pelo exercício do poder de polícia. Quais os tipos de Taxa?
7. O Fato Gerador é revestido de cinco aspectos, comente sobre eles.
8. A relação Jurídico-tributária, em regra, envolve dois sujeitos. Diferencie sujeito passivo direto e indireto. 
9. Crédito tributário é um direito subjetivo, onde o credor é o Fisco, uma vez constituído o crédito tributário, a autoridade não pode dispensá-lo sem expressa autorização legal sob pena de responsabilidade. Qual o objeto do Crédito Tributário?
Lançamento é definido como um procedimento que declara formalmente a ocorrência do fato gerador. Quais as modalidades de lançamento previstas no Ordenamento Jurídico Brasileiro?
Modalidades de Lançamento. Há três modalidades de lançamento: o lançamento direto ou de ofício, o lançamento misto ou por declaração e o lançamento por homologação. A escolha da modalidade é feita pela lei que institui o tributo.
O Código Tributário Nacional dispõe a respeito das modalidades de lançamento, acolhendo três espécies, que são: a) lançamento por declaração, b) lançamento de ofício ou direto e c) lançamento por homologação.
Lançamento de Ofício ocorre quando por iniciativa da própria autoridade administrativa. Ele ocorre, ordinariamente, nos casos onde a lei o determina (art. 149, I do CTN). Portanto ele se aplica aos tributos cuja legislação não obriga o contribuinte a declarar, ou a pagar antecipadamente. Podemos citar como exemplo o IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores), que são lançados de ofício. As Secretarias das Fazendas Estaduais mantém um cadastro dos proprietários de veículos e faz os lançamentos, anualmente, de acordo com esse banco de dados.
Importante observar que o lançamento de ofício também pode ocorrer em relação a qualquer tributo, que deveria ser objeto de lançamento por declaração ou obrigação, quando o contribuinte obrigado a declarar se omita de prestar a obrigação. Portanto, todos os tributos que têm sua cobrança originada na lavratura de auto de infração, estão dentro da modalidade de lançamento de ofício.
Lançamento por declaração ocorre quando a legislação tributária impõe ao sujeito passivo da obrigação correspondente a declaração. Ou seja, o sujeito passivo, ou um terceiro, oferece à autoridade, as informações necessárias ao lançamento do crédito tributário (art. 147 do CTN). No parágrafo primeiro, do art. 147 do CTN, aparece uma importante observação, que trata da RETIFICAÇÃO, ou seja, da correção das informações contidas na declaração original, que só será admissível mediante a comprovação do erro que se funde, e desde que antes de notificado o lançamento. O lançamento por declaração também é conhecido como lançamento misto, por conter atos tanto do sujeito ativo, como do sujeito passivo. Certamente é o lançamento menos utilizado, pois envolve três etapas: declaração à autoridade, lançamento pela autoridade e notificação do contribuinte. Ele é utilizado em tributos de transmissão, como o ITCMD e ITBI.
Lançamento por homologação ocorre nos tributos cuja legislação determina ao sujeito passivo o dever de realizar a apuração do valor a recolher e realizar o pagamento, antes mesmo de manifestação da autoridade administrativa. A autoridade administrativa tem conhecimento da atividade exercida pelo sujeito passivo da obrigação e a homologa. Importante observar que o objeto do lançamento por homologação não é o pagamento, mas sim, a apuração do montante devido, até mesmo porque é possível ser realizada a homologação, mesmo que não tenha ocorrido o pagamento.
O art. 150 do CTN determina que o pagamento ocasione a extinção do crédito tributário. Em seu parágrafo 1° determina que a o pagamento antecipado pelo obrigado (condição exclusiva do lançamento por homologação) extingue o crédito sob condição da posterior homologação ao lançamento. Além disso, em seu parágrafo 4°, estipula o prazo máximo de cinco anos para a homologação, contado a partir do fato gerador. Ou seja, se a autoridade administrativa não se manifestar dentro desse prazo, o crédito considera-se homologado, estando pago ou não.
Portanto, o CTN prevê que, os tributos sujeitos ao lançamento por homologação, devem ser pagos independente de atividade da autoridade administrativa. Este pagamento fica pendente para análise e homologação do sujeito ativo, que tem o prazo de cinco anos para conferir a apuração e homologar o lançamento. Enquanto isso, o crédito não se considera extinto. Caso a autoridade julgue incorreta a apuração, poderá intimar o contribuinte a fazer o recolhimento, com multa e encargos pelo inadimplemento. Caso a autoridade não se manifeste dentro do prazo, o crédito será considerado extingo, mesmo que não tenha sido pago.
Modalidades de lançamento
No lançamento de ofício, todos os atos pertinentes ao lançamento (verificação do fato gerador, cálculo do montante devido, definição das alíquotas e base de cálculo, determinação do sujeito passivo etc.) são realizados pelas autoridades administrativas. Isso pode ocorrer naturalmente, após a verificação de inadequação de declarações do contribuinte, após a percepção da inércia deste em declarar e pagar e em outras situações previstas em lei.
Já o lançamento por declaração ou misto é o que é efetuado, pela autoridade, com base em declaração do sujeito passivo. Há uma participação nodal do contribuinte no fornecimento de informações que serão efetivamente utilizadas pela Fazenda para aperfeiçoar o lançamento. Expõe o art. 147, do CTN:
O lançamento por homologação (chamado também de “autolançamento”, mas com críticas de parte da doutrina) tem traços distintos. Nesta modalidade, o próprio contribuinte ou responsável observa o fato gerador, promove o cálculo do tributo e o recolhe, sem participação prévia da autoridade fiscal. Esta atua posteriormente, verificando a regularidade da conduta do agente passivo. Inexistindo vício, a autoridade realiza a homologação expressa ou tacitamente. No caso de irregularidade, a retificação será promovida pela Administração, nos moldes do art. 142, do CTN, estudado no introito.