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cap_4_(95-126)

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CAPÍTULO 4
RECOMENDAÇÕES PARA UMA BOA ATUAÇÃO 
DO TUTOR EM AMBIENTES VIRTUAIS DE 
APRENDIZAGEM
A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes 
objetivos de aprendizagem:
  Aplicar os conceitos e conhecimentos sobre a prática tutorial.
  Diagnosticar os desafi os da prática tutorial na mediação de comunidades virtuais.
  Compreender a importância do planejamento e elaboração de recursos multimídia 
 na EAD.
D8 - 96
 Tutoria na Educação a Distância
D8 - 97
RECOMENDAÇÕES PARA UMA BOA ATUAÇÃO DO TUTOR 
EM AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM 
97
 Capítulo 4 
CONTEXTUALIZAÇÃO
 Agora que você estudou, compreendeu, sistematizou, pesquisou, refl etiu 
e aprendeu sobre Tutoria e EAD, chegou o momento de estabelecer as 
relações com a prática da tutoria e realizar algumas leituras e atividades para 
compreender de forma signifi cativa como o tutor atua nesta modalidade.
Ao ler este capítulo, imagine que você é um tutor que iniciou há pouco 
tempo suas atividades na EAD e que deseja conhecer e praticar algumas 
orientações para realizar a mediação e a interação com seus alunos por meio 
de um ambiente virtual de aprendizagem.
Você deve saber que não existe uma receita pronta sobre as funções 
e competências ideais de um tutor. Cada instituição, dependendo de suas 
concepções pedagógicas e de sua metodologia, vai defi nir estas funções e 
competências, conforme você estudou no capítulo 2 desta disciplina. No 
entanto, sabemos que existem algumas competências, funções e práticas 
tutoriais que são importantes e essenciais em qualquer tipo de tutoria. 
Neste capítulo, você vai estudar quatro temas distintos, mas que possuem 
total relação com a prática do tutor na EAD. O primeiro deles vai trazer 
algumas dicas e orientações práticas sobre a ação tutorial, ou seja, você vai 
estudar sobre o assunto e, ao mesmo tempo, realizará atividades como se 
fosse um tutor. Dando continuidade, você vai estudar sobre a moderação de 
comunidades virtuais e como moderar um fórum de discussão. A linguagem 
e a afetividade são assuntos que também serão abordados neste capítulo. 
Por fi m, você vai entender e praticar algumas regras relativas à elaboração de 
recursos multimídia pelo tutor. 
Você terá a oportunidade de praticar muitas coisas a partir de agora, 
por isso, arregace as mangas, sente-se confortavelmente na sua cadeira e 
comece agora mesmo o reconhecimento do campo de atuação!
 
CONHECENDO O CAMPO DE ATUAÇÃO
Como falamos anteriormente, este capítulo será dedicado para que você 
tenha a possibilidade de simular algumas atividades como tutor. Para que isso 
ocorra, é preciso que você conheça o campo de atuação, ou seja, saiba qual a 
metodologia e a concepção pedagógica que orienta as ações do curso no qual 
você atuará como tutor ou tutora e o perfi l dos seus futuros alunos.
Ao ler este capítulo, 
imagine que você é 
um tutor que iniciou 
há pouco tempo suas 
atividades na EAD e 
que deseja conhecer 
e praticar algumas 
orientações para 
realizar a mediação e 
a interação com seus 
alunos por meio de 
um ambiente virtual de 
aprendizagem.
D8 - 98
 Tutoria na Educação a Distância
• O nome da instituição que você vai atuar é a Faculdade EAD on-line. 
• Você foi contratado por esta instituição de ensino superior para fazer a 
tutoria de uma disciplina da sua área em um curso de pós-graduação a 
distância.
• Os componentes e recursos que integram a metodologia de EAD desta 
instituição são: material didático impresso encaminhado ao aluno por 
disciplina via correio postal; tutor da área da disciplina; avaliações 
presenciais e a distância; ambiente virtual de aprendizagem para 
comunicação e interação entre alunos e tutor; monitoria e secretaria para 
suporte acadêmico, administrativo e técnico.
• Cada disciplina do curso tem duração de um mês e é ofertada uma após a 
outra. Ao fi nal de cada três meses, o aluno tem o encontro presencial para 
fazer avaliação, apresentar trabalhos etc.
• A estrutura de cada curso funciona assim: > coordenador do curso > tutor > 
alunos. Há uma equipe pedagógica que dá suporte ao tutor, capacitando-o 
de forma inicial e continuada.
• Os materiais didáticos (livros, ambiente virtual e atividades) são elaborados 
por um professor da área, mas que não necessariamente será o tutor.
• O tutor é o responsável pela docência virtual, correção das atividades, 
realização de atividades complementares, indicação de textos e novos 
materiais e motivação dos alunos. É responsável, ainda, em sanar as 
dúvidas dos alunos e dar retorno a todas as perguntas, indagações e 
observações sobre o conteúdo. 
• Cada turma possui em média de 40 a 50 alunos. Todos são adultos, 
geografi camente dispersos, possuem uma média de 35 anos.
Agora, você já conhece o cenário e o campo de atuação no qual você vai 
atuar ao longo deste capítulo. Cada atividade e intervenção que você realizar, 
bem como nossas observações e orientações, levarão em consideração estas 
informações.
Nossas orientações estarão pautadas nos estudos e experiência na EAD 
desde 1999 desta autora e nos autores Harasim (2005), Palloff e Pratt (2002; 
2004), Gutierrez e Prieto (1994), Peters (2003), Gonzalez (2005) e Loch e Luz 
(2005).
Agora, você já conhece 
o cenário e o campo de 
atuação no qual você 
vai atuar ao longo deste 
capítulo. Cada atividade 
e intervenção que você 
realizar, bem como 
nossas observações 
e orientações, levarão 
em consideração estas 
informações.
D8 - 99
RECOMENDAÇÕES PARA UMA BOA ATUAÇÃO DO TUTOR 
EM AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM 
99
 Capítulo 4 
Atividade de Estudos: 
O seu primeiro desafi o será pensar e sistematizar o conceito 
de tutor para esta instituição e quais as principais funções, 
atribuições e competências do tutor para atuar em uma 
disciplina que contempla os recursos e componentes citados.
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
O PRIMEIRO CONTATO E AS ORIENTAÇÕES INICIAIS
Levando em consideração o cenário descrito anteriormente, agora chegou 
o momento de você interagir pela primeira vez com seus alunos. Vamos dar 
um exemplo a seguir, baseado em Harasim (2005), no qual a autora descreve 
o processo de comunicação e interação entre os alunos e o tutor em um fórum 
de discussão. 
Durante a primeira semana de aula, o tutor deve assegurar-se de que 
cada aluno receba uma resposta individual quando este participar ou realizar 
alguma interação no ambiente virtual de aprendizagem. (HARASIM, 2005). A 
autora afi rma que, no início de cada curso, o tutor abre os debates com algum 
assunto comum a todos, com o objetivo de “quebrar o gelo”, e depois parte 
para os assuntos e temas específi cos do curso.
Ao realizar um fórum com o objetivo de quebrar o gelo da turma, o tutor 
solicita aos alunos para se apresentarem, expondo, por exemplo, hobbies, 
local de residência e assim por diante. No segundo momento, apresenta os 
objetivos do curso, os objetivos do aluno ao fazer o curso, a metodologia, os 
critérios de avaliação e a ementa da disciplina. Por último, Harasim (2005) 
sugere que o tutor coloque para a turma uma questão polêmica ou um assunto 
atual e pede uma explicação/participação dos alunos sobre ele. Este debate 
tem o objetivo de quebrar o gelo e somente após o término dele os debates 
formais devem ser iniciados. 
D8 - 100
 Tutoria na Educação a Distância
Para Palloff e Pratt (2004), o primeiro contato do tutor com os alunos e 
as orientações iniciais são essenciais para o aluno a distância. As autoras 
estabelecem algumas dicas e orientações para a instituição e para o professor 
que estáatuando na EAD, visando orientar os alunos nos primeiros dias de um 
curso. Seguem algumas delas: 
• Disponibilizar um sistema de autoavaliação para seus alunos determinarem 
se a educação on-line é apropriada para eles. 
• Disponibilizar orientações presenciais ou a distância sobre os softwares 
que serão utilizados e um tutorial sobre cada um deles. 
• Ensinar o básico da internet e fornecer dicas e orientações de como fazer 
pesquisa na internet.
• Deixar claros os papéis dos alunos e dos professores. 
• Oferecer informações sobre as diferentes formas de comunicação on-line, 
sobre netiqueta, feedback e utilização de emoticons.
• Disponibilizar informações sobre como e onde conseguir ajuda.
• Disponibilizar informações sobre as políticas do curso, sobre a avaliação 
da aprendizagem e expectativas.
• Colocar no site do curso/disciplina uma explicação sobre o próprio curso, o 
plano de ensino e a biografi a dos professores. 
• Disponibilizar informações sobre os recursos necessários para o aluno 
acessar as aulas on-line. Muitos programas podem utilizar multimídia e o 
aluno precisa ter todos os equipamentos e softwares à disposição.
• Explicar para os alunos as exigências nas atividades, o tempo e cronograma 
do curso, as exigências nas mensagens e avaliações.
• Apresentar um arquivo ou um FAC com as dúvidas e respostas para estas 
dúvidas, principalmente as mais frequentes.
• Disponibilizar aos alunos no início do curso informações sobre todas as 
regras do curso, como critérios de avaliação, por exemplo.
• Apresentar para os alunos o tempo de correção das atividades 
encaminhadas, se todas serão corrigidas e terão peso na média fi nal. 
• Disponibilizar o tempo de resposta para as dúvidas dos alunos. Em média, 
as instituições estabelecem entre 24h a 48h, no máximo.
Para Palloff e Pratt 
(2004), o primeiro 
contato do tutor com os 
alunos e as orientações 
iniciais são essenciais 
para o aluno a distância. 
D8 - 101
RECOMENDAÇÕES PARA UMA BOA ATUAÇÃO DO TUTOR 
EM AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM 
101
 Capítulo 4 
• Sempre que estabelecer e disponibilizar regras sobre a disciplina ou sobre 
o curso, encaminhe um e-mail aos alunos, peça que leiam e que coloquem 
suas percepções e entendimentos sobre as regras pré-estabelecidas.
Você deve ter percebido o quanto é importante desde o início de um 
curso a distância que as regras estejam claras para os alunos. Se no ensino 
presencial as regras são feitas e elaboradas ao longo do processo, na EAD 
não deve ocorrer assim, elas devem ser disponibilizadas para os alunos na 
primeira semana da disciplina ou do curso. 
Agora que você leu as orientações anteriores, chegou o momento de 
você planejar e escrever as orientações iniciais da sua disciplina. Elabore a 
atividade a seguir.
Atividade de Estudos: 
Chegou o momento de você planejar o seu primeiro contato com os 
alunos e estabelecer as regras nos contatos, interações, correção 
de atividades, envio de mensagens etc., além de se apresentar 
para a turma. Leve em consideração a metodologia do curso 
que você está atuando e que descrevemos acima, bem como as 
informações e dicas sobre o primeiro contato com alunos on-line.
Disciplina:
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
Sua apresentação:
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
As regras da disciplina:
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
Você deve ter percebido 
o quanto é importante 
desde o início de um 
curso a distância que as 
regras estejam claras 
para os alunos. Se 
no ensino presencial 
as regras são feitas e 
elaboradas ao longo 
do processo, na EAD 
não deve ocorrer 
assim, elas devem ser 
disponibilizadas para 
os alunos na primeira 
semana da disciplina ou 
do curso. 
D8 - 102
 Tutoria na Educação a Distância
A MEDIAÇÃO DE COMUNIDADES VIRTUAIS E 
A QUESTÃO DO TEMPO DA TUTORIA ON-LINE
Palloff e Pratt (2002; 2004) e Harasim (2005) estabelecem e nos 
apresentam algumas orientações ou dicas para a mediação, o planejamento 
e a atividade em comunidades virtuais. De acordo com Harasim (2005), em 
cursos a distância, os alunos podem se sentir sozinhos e acharem o ambiente 
frio. Nesse caso, cabe ao tutor deixar o ambiente caloroso e aconchegante, 
que instigue os alunos a um imediato começo nas participações e os tranquilize 
para a realização do curso/disciplina on-line. As autoras sempre falam em 
conferência on-line, seja síncrona ou assíncrona. Neste caderno, vamos tratá-
las como sinônimo de disciplina on-line. 
Palloff e Pratt (2002, p. 77) estabelecem uma comparação entre o tempo 
de um professor do ensino presencial e de um tutor na EAD em uma semana 
de aula. Veja as diferenças:
ATIVIDADES DO 
PROFESSOR
AULA 
PRESENCIAL
AULA
 ON-LINE
Preparaçã o 2 horas por semana 
para: rever leituras 
propostas; rever mate-
rial expositivo; rever e 
preparar atividade de 
aula.
2 horas por semana 
para: rever leituras 
propostas; preparar 
questões para discus-
são e preparar material 
“expositivo” na forma 
de um parágrafo ou 
dois.
Tempo de aula 2 ½ horas por semana 
de aula previamente 
marcada.
2 horas diárias para ler 
e responder as mensa-
gens dos alunos.
Continuação 2 a 3 horas por semana 
para: contato individual 
com os alunos; ler os 
trabalhos dos alunos.
2 a 3 horas por semana 
para: contato individu-
al com os alunos via 
e-mail ou ambiente 
virtual; ler os trabalhos 
dos alunos.
Total da semana 6 ½ a 7 ½ horas por 
semana.
18 a 19 horas por se-
mana.
Quadro 5 - Comparações temporais entre uma aula on-
line e uma aula presencial durante uma semana.
Fonte: Palloff e Pratt (2002, p. 77).
D8 - 103
RECOMENDAÇÕES PARA UMA BOA ATUAÇÃO DO TUTOR 
EM AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM 
103
 Capítulo 4 
O tempo envolvido com as aulas on-line está relacionado a algumas 
variáveis, tais como: o número de alunos na turma, o nível de conforto ou 
desconforto com a tecnologia, tanto por parte dos professores quanto dos 
alunos, o surgimento de difi culdades técnicas, o grau esperado de discussão 
como parte da atividade da aula e os tipos de atividades com as quais os 
alunos se envolvem. 
Diante do tempo que o professor necessita para gerenciar as discussões 
on-line, Palloff e Pratt (2002, p. 79) nos fornecem orientações e técnicas de 
como gerenciar o curso e o tempo.
PROBLEMA RESPOSTA DO PROFESSOR
Nenhuma ou quase nenhuma parti-
cipação de um ou mais estudantes 
devido à sobrecarga de informações
- Faça contato pessoal para determi-
nar a causa.
- Sugira o estabelecimento de um 
horário diário de conexão para leitu-
ras apenas.
- Imprima as mensagens do site do 
curso.
- Estabeleça dois horários adicionais 
por semana para responder. Prepa-
re as respostas no editor de textos, 
copie e cole no site do curso.
- Ajude no gerenciamento de leituras 
extras voltadas para o curso.
Sobrecarga de informação devido à 
informação mal organizada ou mal 
administrada. 
- Certifi que-se de que os alunos 
estejam enviando suas mensagens 
para o Fórum de discussão de forma 
adequada e corrija-os se necessário.
- Crie fóruns de discussão para se-
parar e organizar as discussões e os 
temas do curso.
- Apresente leituras extras em quali-
dade adequada. 
- Se o grupo for grande, divida-os 
em pequenos grupos de discussão.
- Estabeleça limites de tempo para a 
discussão dos tópicos (por exemplo, 
uma a duas semanas por tópico).
D8 - 104
 Tutoria na Educação a Distância
Ansiedade comunicacional.
- Façacontato pessoal para estimu-
lar os alunos.
- Ofereça apoio toda vez que o alu-
no enviar uma mensagem, até que a 
ansiedade reduza-se.
- Assegure-se de que o aluno se 
sente à vontade com a tecnologia 
utilizada.
- Estimule a preparação das comu-
nicações no editor de texto para que 
sejam copiadas e coladas no site do 
curso, em vez de serem respondidas 
diretamente no AVA. 
Falta de participação devido a difi -
culdades técnicas.
- Faça contato pessoal com o aluno 
a fi m de instruí-lo e treiná-lo para o 
uso da tecnologia em questão.
- Contrate administradores de siste-
mas para resolver problemas técni-
cos que estejam fora do alcance do 
aluno ou do professor.
- Disponibilize suporte técnico para 
os participantes. 
Participação reduzida devido à preo-
cupação com privacidade e superex-
posição.
- Faça contato pessoal com os 
alunos para determinar a natureza 
da preocupação e estimule a partici-
pação.
- Ofereça apoio imediato às mensa-
gens enviadas pelo aluno a fi m de 
reduzir sua ansiedade a estimular a 
participação.
- Cubra imediatamente qualquer furo 
na segurança do sistema e mude as 
senhas com frequência.
Envio excessivo de mensagens por 
irritação com os que não conseguem 
acompanhar o ritmo do curso.
- Faça contato pessoal com o aluno 
e assista-o no gerenciamento do 
curso, dando-lhe retorno sobre a sua 
participação.
 - Sugira apenas um horário diário 
de conexão.
- Limite as mensagens a duas por 
semana.
- Limite a extensão das mensagens.
Quadro 6 - Técnicas de gerenciamento do curso e do tempo.
Fonte: Palloff e Pratt (2002, p. 79-80).
D8 - 105
RECOMENDAÇÕES PARA UMA BOA ATUAÇÃO DO TUTOR 
EM AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM 
105
 Capítulo 4 
Você viu como o tempo e o número de alunos por sala virtual pode 
impactar de forma negativa ou positiva em uma disciplina a distância e, ao 
mesmo tempo, conheceu técnicas de como gerenciar o tempo e algumas 
difi culdades encontradas em uma disciplina que possui basicamente fóruns de 
discussão como atividades no curso. 
De acordo com Harasim (2005, p. 223):
[...] a natureza de muitos-para-muitos e assíncrona do meio 
democratiza o acesso e estimula a participação dos alunos. 
Geralmente, eles colaboram com a maior parte do material 
das discussões. A proporção de comentários de professores 
e alunos costuma fi car entre um para dez e um para dois. Os 
cursos com as porcentagens mais altas de comentários de 
alunos costumam ser os mais bem- sucedidos.
Agora chegou o momento de conhecer e compreender algumas 
orientações sobre as comunidades virtuais e como gerenciá-las com sucesso. 
(HARASIM, 2005).
• Os alunos sentem-se sozinhos no ambiente virtual nos primeiros dias de 
um curso, por isso, cabe ao professor manter e criar um ambiente caloroso 
e aconchegante, que motive os alunos para a participação ao longo do 
curso nas atividades e discussões.
• Todos os alunos no primeiro dia de aula devem receber uma mensagem de 
boas-vindas no curso, sendo que esta deve solicitar ao aluno o retorno, ou 
seja, uma resposta sobre a mensagem, assim o professor tem a noção se 
ele recebeu ou não e ainda inicia a interação com todos.
• Nesta mesma mensagem, o professor deve fazer uma breve apresentação 
sobre o curso, seus objetivos e outras informações que julgar necessárias.
• Desde o início, é importante esclarecer para os alunos o que se espera 
deles, os critérios de avaliação e correção das atividades de aprendizagem 
de realização obrigatória ou não, o prazo para resolvê-las e o tempo exigido 
do aluno para se dedicar ao curso, orientar a leitura do plano de ensino etc.
• O segundo comentário do curso poderia ser no MURAL do ambiente 
virtual, ou mesmo, em e-mail encaminhado, no qual o tutor especifi ca as 
atividades da semana. O tutor pode orientar os alunos que respondam a 
esta mensagem expondo as suas expectativas em relação ao curso.
• O terceiro comentário ou mensagem poderá recapitular algumas ideias 
importantes das leituras obrigatórias, complementares e recursos 
multimídia disponíveis e solicitar do aluno alguma resposta ou perguntas 
chave.
D8 - 106
 Tutoria na Educação a Distância
• É importante que os alunos compreendam desde o início que devem 
participar e responder/comentar as participações dos colegas como se 
fosse o tutor. 
• Dar nota a participação dos alunos ao longo do curso é um ótimo meio de 
motivá-los e logo eles tomarão a iniciativa de participar, pois, neste caso, 
ocorrerá a reprovação, caso o aluno não participe. O feedback qualitativo 
também é importante e você deve realizar intervenções no sentido 
de orientar o aluno para o caminho correto ou simplesmente elogiar as 
intervenções dele. 
• É preciso que o tutor tenha paciência quando perceber que não há um 
grande número de participações dos alunos nas discussões. À medida que 
o prazo for se esgotando, deverão chover respostas.
Você percebeu o quanto é importante e essencial que o tutor tome 
as medidas necessárias para que o aluno se sinta acolhido e participe 
efetivamente das discussões. O planejamento prévio de todos os recursos, 
atividades e mensagens que serão encaminhas é um grande passo para que 
tudo ocorra da melhor maneira possível.
Sabemos que os programas de EAD, principalmente aqueles que ocorrem 
através de ambientes virtuais de aprendizagem, devem ter e possibilitar 
uma participação ativa e signifi cativa dos alunos e, para que isso ocorra, 
apresentamos a seguir algumas técnicas de acompanhamento e motivação 
dos alunos em cursos on-line, de acordo com aquelas apresentadas por 
Harasim (2005). Lembramos apenas que vamos adaptar as técnicas para 
nossa realidade e, levando em consideração que o curso ocorrerá em um 
ambiente virtual de aprendizagem, com ferramenta síncrona e assíncrona:
• Crie uma atmosfera amigável, descontraída e calorosa. Para muitas 
pessoas, expor-se por meios da linguagem escrita não é algo fácil. Crie 
regras sobre o nível da linguagem, bem como a correção ortográfi ca e 
gramatical.
• Estabeleça o número de participações e contribuições na disciplina/
curso por semana, bem como o número mínimo de linhas e se devem ser 
fundamentadas ou não nos conteúdos estudados. Geralmente, estabelece-
se um número entre três a quatro contribuições. Dê notas ou feedbacks a 
elas e comente aquelas que considerar pertinentes.
• Quando for abrir um novo tema para discussão no fórum, por exemplo, 
não faça uma apresentação muito longa, elaborada ou baseada em muitos 
textos. Um exemplo para um bom tema de fórum é apresentar alguns fatos 
relacionados aos conteúdos estudados e, em seguida, algumas questões 
Você percebeu o quanto 
é importante e essencial 
que o tutor tome as 
medidas necessárias 
para que o aluno 
se sinta acolhido e 
participe efetivamente 
das discussões. O 
planejamento prévio 
de todos os recursos, 
atividades e mensagens 
que serão encaminhas 
é um grande passo 
para que tudo ocorra 
da melhor maneira 
possível.
D8 - 107
RECOMENDAÇÕES PARA UMA BOA ATUAÇÃO DO TUTOR 
EM AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM 
107
 Capítulo 4 
para a discussão; resuma algum texto importante e faça perguntas que 
suscitem respostas controversas para estimular as discussões e os 
julgamentos dos fatos e assuntos, oferecendo aos alunos a possibilidade 
de diferentes pontos de vista.
• Assim como ocorre em sala de aula presencial, quando professor e alunos 
discutem sobre determinado tema e os alunos concordam ou discordam 
entre si, no ambiente virtual o tutor também deve encorajar seus alunos 
para a participação. Cabe a ele redirecionar uma pergunta/mensagem de 
um aluno para o outro, nomeando quem são eles.
• Faça comentários positivos sobre as discussões dos alunos e, inclusive, 
nomeie alguns nomes, colocando em público os seus elogios. Mas chame 
a atenção sobre o silêncio do grupo. Mande mensagens individuais para 
aqueles alunos que estão com maior difi culdade, provocando a discussão 
e indicando recursos extras para aleitura de conteúdos que estão sendo 
trabalhados.
• Feche a discussão com um resumo sobre os principais assuntos tratados. 
Peça aos alunos para realizarem cada um o seu resumo e expor ao grupo.
• Vá ajustando as regras na medida em que você receber os feedbacks 
dos alunos sobre a metodologia utilizada e o que pode ser ajustado ou 
melhorado.
Você deve ter percebido que mediar uma comunidade de aprendizagem 
não é tarefa fácil e exige dos alunos e do tutor um desprendimento das 
aulas presenciais e tradicionais. Neste espaço, todos são responsáveis pela 
aprendizagem de todos e somente desta forma a verdadeira comunidade de 
aprendizagem poderá se consolidar. Caberá ao tutor a facilitação e a mediação 
nas discussões propostas.
Atividade de Estudos: 
Agora que você já mandou a primeira mensagem para seus 
alunos, chegou o momento de elaborar a primeira atividade. Siga 
os passos a seguir e vá preenchendo cada um dos espaços de 
acordo com o que foi estudado neste capítulo. 
- Nome da disciplina:
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
Você deve ter 
percebido que mediar 
uma comunidade de 
aprendizagem não 
é tarefa fácil e exige 
dos alunos e do tutor 
um desprendimento 
das aulas presenciais 
e tradicionais. Neste 
espaço, todos são 
responsáveis pela 
aprendizagem de 
todos e somente desta 
forma a verdadeira 
comunidade de 
aprendizagem poderá 
se consolidar. Caberá 
ao tutor a facilitação 
e a mediação nas 
discussões propostas.
D8 - 108
 Tutoria na Educação a Distância
- Conteúdo/objetivos de aprendizagem:
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
- Tema do fórum de discussão:
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
- Regras para a participação dos alunos:
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
- Planeje os possíveis feddbacks que você vai repassar aos alunos 
no Fórum:
 ____________________________________________________
- Feedback orientando o aluno para algum detalhe que precisa ser 
melhorado:
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
- Feedback elogiando o aluno sobre suas intervenções:
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
 ____________________________________________________
D8 - 109
RECOMENDAÇÕES PARA UMA BOA ATUAÇÃO DO TUTOR 
EM AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM 
109
 Capítulo 4 
A AFETIVIDADE NA RELAÇÃO TUTOR E ALUNO
Não há educação sem amor. O amor implica luta contra o 
egoísmo. Quem não é capaz de amar os seres inacabados 
não pode educar. Não há educação imposta, como não há 
amor imposto. Quem não ama não compreende o próximo, 
não o respeita. Não há educação do medo. Nada se pode 
temer na educação quando se ama. (FREIRE, 1983, p. 28-
29).
Afeto, do latin affectus, designa o conjunto de atos ou de atitudes como 
a bondade, a benevolência, a inclinação, a devoção, a proteção, o apego, a 
gratidão, a ternura etc., que no seu todo podem ser caracterizados como a 
situação em que a pessoa se preocupa com ou cuida de outra pessoa em 
que esta responde, positivamente, aos cuidados ou à preocupação de que foi 
objeto. (ABBAGNANO, 2000, p. 21). 
Já o dicionário Aurélio (2004, p. 55) defi ne afeto como um conjunto de 
fenômenos psíquicos que se manifestam sob a forma de emoções, sentimentos 
e paixões, acompanhados sempre da impressão de dor ou de prazer, de 
satisfação ou de insatisfação, de agrado ou de desagrado, de alegria ou de 
tristeza.
Sabemos que toda relação humana pressupõe diálogo, interação, 
comunicação. Não é diferente com as relações entre o tutor e alunos na EAD. 
No ensino presencial, há os gestos faciais, manuais, os olhos que piscam, as 
mãos que vão e voltam no ar, enfi m, nos comunicamos também com nosso 
corpo e não somente por meio da voz.
Na EAD, como tutor e alunos estão dispersos no tempo e no espaço, 
geralmente há a necessidade de um cuidado todo especial com a clareza 
desta comunicação, com a linguagem, com a forma e o formato dela.
A intersubjetividade passa, pois, a ser mediatizada por 
um veículo técnico-comunicacional. Ele torna-se visível 
através da expressão do seu conhecimento e preenchido 
de manifestações afetivas, pois se este contato for frio e 
não tiver afeição, o aluno tenderá a perder o interesse pelo 
ensino, não atingindo os objetivos propostos. (FRANÇA et 
al., 2009).
De acordo com França et al. (2009), este novo profi ssional da educação, 
ou seja, o tutor, deve saber integrar as novas tecnologias e a afetividade, pois 
será um tutor mais criativo, menos informador e mais gestor de atividades de 
pesquisa, mostrando-se, portanto, um educador mais maduro intelectual e 
emocionalmente. Só a tecnologia não basta. “O virtual potencializa um novo 
Afeto, do latin affectus, 
designa o conjunto de 
atos ou de atitudes 
como a bondade, 
a benevolência, a 
inclinação, a devoção, 
a proteção, o apego, a 
gratidão, a ternura etc., 
que no seu todo podem 
ser caracterizados 
como a situação em 
que a pessoa se 
preocupa com ou cuida 
de outra pessoa em 
que esta responde, 
positivamente, 
aos cuidados ou à 
preocupação de que foi 
objeto. (ABBAGNANO, 
2000, p. 21). 
D8 - 110
 Tutoria na Educação a Distância
tipo de relação e de nada adianta expor o aluno on-line à submissão de tarefas 
e de avaliações quantitativas de participação, se a qualidade da interação não 
for valorizada.” (FRANÇA et al., 2009).
A questão do afeto por parte do tutor não é algo solitário e sem conexão 
com outras partes da vida, ou seja, é socialmente construído e constituído de 
subjetividades e de historicidade. 
A afetividade é um componente básico do conhecimento 
e está intimamente ligada ao sensorial e ao intuitivo. A 
afetividade se manifesta no clima de acolhimento, de 
empatia, inclinação, desejo, gosto, paixão, de ternura, da 
compreensão para consigo mesmo, para com os outros e 
para com o objeto do conhecimento. A afetividade dinamiza 
as interações, as trocas, a busca, os resultados. Facilita 
a comunicação, toca os participantes, promove a união. 
O clima afetivo prende totalmente, envolve plenamente, 
multiplica as potencialidades. O homem contemporâneo, 
pela relação tão forte com os meios de comunicação e pela 
solidão da cidade grande, é muito sensível às formas de 
comunicação que enfatizam os apelos emocionais e afetivos 
mais do que os racionais. (MORAN, 2007, p. 56).
Para Gonzalez (2005, p. 2), “o tutor investe na construção de uma relação 
de respeito e confi ança, buscando despertar o amor para o conteúdo, visando 
à superação dos obstáculos encontrados pelo aprendiz”. Se esta relação não 
existir, pode-se perder todo o foco de um trabalho.
Dentre as várias habilidades de um bom tutor, a empatiaque resulta da 
capacidade de se colocar no lugar do outro, propiciando uma sintonia afetiva 
e a capacidade de comunicação, expressa na escuta atenta e respeitosa, são 
componentes vitais no exercício da tutoria. A arte da paciência e tolerância 
deve fazer parte da práxis pedagógica, uma vez que é importante a tolerância 
às limitações dos membros do grupo, assim como a compreensão das 
eventuais inibições e ritmo de cada um deles. (GONZALEZ, 2005).
Por outro lado, temos a educação baseada mais no controle do que no 
afeto, mais no autoritarismo do que na colaboração, no erro do que no acerto:
Talvez o signifi cado mais marcante de nosso trabalho e de 
maior alcance futuro seja simplesmente nosso modo de ser 
e agir enquanto equipe. Criar um ambiente onde o poder é 
compartilhado, onde os indivíduos são fortalecidos, onde os 
grupos são vistos como dignos de confi ança e competentes 
para enfrentar os problemas - tudo isto é inaudito na vida 
comum. Nossas escolas, nosso governo, nossos negócios 
estão permeados da visão de que nem o indivíduo nem o 
grupo são dignos de confi ança. Deve existir poder sobre 
eles, poder para controlar. O sistema hierárquico é inerente a 
toda a nossa cultura. (ROGERS, 1992 apud MORAN, 2007, 
p. 55-56).
Só a tecnologia não 
basta. “O virtual 
potencializa um novo 
tipo de relação e de 
nada adianta expor 
o aluno on-line à 
submissão de tarefas 
e de avaliações 
quantitativas de 
participação, se a 
qualidade da interação 
não for valorizada.” 
(FRANÇA et al., 2009).
D8 - 111
RECOMENDAÇÕES PARA UMA BOA ATUAÇÃO DO TUTOR 
EM AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM 
111
 Capítulo 4 
Comunicar não é de modo algum transmitir uma mensagem ou receber 
uma mensagem. Isso é a condição física da comunicação, mas não é 
comunicação. É certo que, para comunicar, é preciso enviar mensagens, mas 
enviar mensagens não é comunicar. Comunicar é partilhar sentido. (LÉVY, 
2004).
As pessoas que tiveram uma educação emocional mais 
rígida, menos afetiva, costumam ter difi culdades também em 
expressar suas reais intenções. [...] O professor que gerencia 
bem suas emoções confere às suas palavras e gestos 
clareza, convergência, reforço e, geralmente, o faz de forma 
tranquila, sem agredir o outro. O aluno capta claramente a 
mensagem. Poderá concordar ou não com ela, mas encontra 
pistas seguras de interpretação e formas de aceitação mais 
fáceis. O professor equilibrado, aberto, nos encanta. Antes 
de prestar atenção ao signifi cado das palavras, prestamos 
atenção aos sinais profundos que nos envia, de que é uma 
pessoa de bem com a vida, confi ante, aberta, positiva, 
fl exível, que se coloca na nossa posição também, que tem 
capacidade de entender-nos e de discordar, sem aumentar 
desnecessariamente as barreiras. (MORAN, 2007, p. 58).
Portanto, é fundamental que se conheça bem o aluno e seu perfi l 
porque algumas formas de comunicação e atitudes podem funcionar de 
forma equivocada ao emitirmos nossas ideias e sentimentos, gerando ruídos 
de comunicação e servindo como desestímulo ao propósito educativo. 
(ANDERSON; ELLOUMI, 2004).
Segundo Pallof e Pratt (2002), é difícil, mas não impossível, comunicar 
sentimentos on-line. Na sala de aula virtual, como a conhecemos hoje, alunos 
e professores são predominantemente representados por textos em uma tela. 
Não podemos ver expressão facial e linguagem corporal, não podemos ouvir 
vozes e a emoção presente em sua entonação, o que não ajuda a estabelecer 
vínculos afetivos.
No que se refere à afetividade, os seres humanos são 
capazes de emoções mais sofi sticadas em relação aos 
animais porque dispõem de um equipamento específi co da 
espécie que defi ne um modo de funcionamento psicológico 
essencialmente mediado. Com o papel primordial da 
linguagem e a importância da interação social para o 
desenvolvimento pleno dos indivíduos, os seres humanos 
operam com base em conceitos culturalmente construídos 
que constituem, representam e expressam não só seus 
pensamentos, mas também suas emoções (KOHL; REGO, 
2003, p. 25).
Para comunicar sentimentos em EAD (com alunos e professores 
“desencarnados”), é preciso que se crie o senso de comunidade e que se dê 
espaço para a vida pessoal e comum. (PALLOF; PRATT, 2002).
D8 - 112
 Tutoria na Educação a Distância
Rheingold (1998) chama a atenção para a possibilidade de uma relação 
nada superfi cial construída em comunidades virtuais. Para ele, estamos 
gradativamente nos transferindo de relações do tipo face-to-face para relações 
do tipo heart-to-heart, porque os sentimentos fl uem tão rapidamente em 
rituais virtuais quanto em situações presenciais, com muitos dos componentes 
sociais envolvidos. Isso porque, segundo o autor, nas comunidades virtuais, 
as pessoas fazem exatamente as mesmas coisas que fazem nas suas vidas 
reais; a única diferença, diz Rheingold, é a de que no ciberespaço deixamos 
nossos corpos para trás.
Para Marcoccia (2001), os emoticons funcionam como uma tentativa de 
se aproximar da comunicação face a face, à medida que símbolos representam 
estados emocionais facilmente visíveis numa comunicação oral. Por outro 
lado, quando esses signos são lidos, promovem uma renovação parcial do 
código escrito. Na verdade, os emoticons realizam o entrelaçamento da 
linguagem corporal com a escrita. Para o autor, a utilização desses símbolos 
na comunicação mediada por computadores demonstra que: 
[...] as emoções não são um ingrediente a mais nas 
interações e que a expressão de certas emoções básicas 
(alegria, raiva, tristeza, por exemplo) é necessária à 
construção da signifi cação de uma intervenção e à 
defi nição da situação comunicacional que se estabelece. 
(MARCOCCIA, 2001, p. 250).
Emoticons ou smileys são símbolos que indicam o contexto 
emocional em que a mensagem é escrita. Os mais comuns são: 
:), :( ;-), :-O e indicam alegria, tristeza, piscadela de olho, grito/
surpresa, respectivamente). Outros modelos de emoticons 
podem ser encontrados em http://www.organic.com/1800collect/
emoticons/index.html.
No ciberespaço, o silêncio, tão desejado por muitos professores nas salas 
de aula, é motivo de desassossego. É sinal de perigo, de falta, como lembram 
Pallof e Pratt (2002, p. 28):
Para Marcoccia (2001), 
os emoticons funcionam 
como uma tentativa 
de se aproximar da 
comunicação face a 
face, à medida que 
símbolos representam 
estados emocionais 
facilmente visíveis numa 
comunicação oral. Por 
outro lado, quando 
esses signos são 
lidos, promovem uma 
renovação parcial do 
código escrito. 
D8 - 113
RECOMENDAÇÕES PARA UMA BOA ATUAÇÃO DO TUTOR 
EM AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM 
113
 Capítulo 4 
A aprendizagem no ambiente da educação a distância não 
pode ser passiva. Se os alunos não entram em sua sala de 
aula on-line, se não enviam uma colaboração para discussão, 
o professor não terá como saber se eles estiveram presentes. 
[...] Os estudantes não são apenas responsáveis pela sua 
conexão, mas também devem contribuir com o processo 
da aprendizagem por meio do envio de mensagens com 
seus pensamentos e suas ideias. [...] forma-se uma rede de 
interações entre o professor e os outros participantes.
Os conceitos elencados por Jones (1995 apud PALLOF; PRATT, 2002) 
promovem um passo na direção de compreender os elementos que se 
manifestam através de uma personalidade eletrônica que toma lugar quando 
estamos on-line:
• a capacidade de dar continuidade a um diálogo interno a fi m de formular 
respostas;
• a criação de uma imagem de privacidade, tanto em termos do espaço a 
partir do qual a pessoa se comunica quanto da capacidade de criar um 
sentimento interno de privacidade;
• a capacidade de lidar com questões emocionais pela forma textual;
• a capacidade de criar uma imagem mental do parceiro durante o processo 
comunicativo;
• a capacidade de criar uma sensação de presença on-line por meio da 
personalização do que é comunicado.
OS EMOTICONS
São o tipo maiscomum, em sua maioria derivados do smiley. Podem 
aparecer com ou sem nariz, :) ou :-) , e com olhos como bolinhas ou 
tracinhos, :) ou =). Por motivos de clareza, o quadro mostra só os do primeiro 
tipo (com olhos de bolinha, sem nariz).
 :) =) =] sorrindo
¬¬ entediado
 ;) ;] piscadela (piscada)
 :D =D sorriso grande ou risada
 :] =] sorriso simples ou sem-graça.
x) xD x] rindo com os olhos fechados (ou envergonhado).
xB XB rindo com os dentes para fora, cara de deboche.
D8 - 114
 Tutoria na Educação a Distância
 :B =B dentes para fora, cara de deboche ou de sorriso infantil
 :-)(-: beijo sorridente
^^ sobrancelha levantada, saliente
o-o usando óculos
 :( =( =[ triste
 :’( :,( chorando
=~ :~
lágrimas (geralmente de emoção) ou comumente usado como 
assovio
 :/ :\ =/ =\ 
=|
indeciso, sem emoção, emoção indefi nida
 :| =| incerto
 :P =P de língua para fora, expressando sarcasmo ou debochando
 :# >=[ raiva
 :O =O surpreso
 :S =S confuso
 :x =X “Eu não deveria ter dito isso”, segredo
 :* =* beijinho
B) 8) com óculos escuros
 :^) nariz grande ou nariz pontudo
 :o) :O) nariz de palhaço
O:) santo ou “não fi z nada”
>:) }:) }:] diabólico (com chifres)
5:) topete
 :(|) cara de macaco
 :@~ =@~ grito de felicidade (geralmente) com baba
 :7) sorriso narigudo
ó:) formando (de beca)
=T :T :I =I decepcionado/desapontado
 :> sorriso moleque
<) <D sorriso tranquilo
 :$ =$ vergonha, envergonhado
 :(#) com aparelho ortodôntico
 :9 delicioso, comida deliciosa
+:-) ideia 
Quadro 7 - Emoticons
Fonte: Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Emoticon>. Acesso em: 16 set. 2009.
D8 - 115
RECOMENDAÇÕES PARA UMA BOA ATUAÇÃO DO TUTOR 
EM AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM 
115
 Capítulo 4 
Você deve ter percebido o quanto é importante e necessário que ocorra 
uma sinergia, uma empatia e uma troca de sentimentos entre tutores e alunos. 
Sabemos o quanto a comunicação face a face pode ser truncada, imagine, 
então, sem a possibilidade de olhar nos olhos de quem está se comunicando 
conosco. 
Aproveite e acesse os livros indicados a seguir. O primeiro deles 
tem relação com o que tratamos e discutimos até este momento. 
HARASIM, Linda et al. Redes de aprendizagem: um guia 
para ensino e aprendizagem on-line. São Paulo: Editora Senac, 
2005. Disponível em: http://books.google.com.br/books?id=f_WmE
IoIud0C&pg=PA19&dq=redes+de+aprendizagem 
MORAN, J. M. A educação que desejamos: novos desafi os 
e como chegar lá. 2. ed. Papirus, 2007. Disponível em: http://
books.google.com.br/books?id=PiZe8ahPcD8C&pg=PA8&dq 
O PLANEJAMENTO DE RECURSOS MULTIMIDIA
Este trecho é parte integrante do artigo que está sendo elaborado por 
esta autora e que se chama: A elaboração de recursos multimídia pelo 
professor: uma prática possível e potencializadora de aprendizagens em 
cursos a distância. 2009 (no prelo). 
O mundo das novas tecnologias de comunicação é caracterizado por 
atributos como interatividade, mobilidade, convertibilidade, interconectividade, 
globalização e velocidade. O aparecimento dos sistemas multimídia abriu 
novas perspectivas de utilização das tecnologias e relançou a discussão sobre 
as potencialidades da utilização dos meios informáticos em contexto educativo. 
Novas formas de representar e transmitir a informação, através da informática, 
das telecomunicações e das transmissões eletrônicas signifi cam, de acordo 
com Lévy (2004), novas formas de pensar e de estar. 
A multimídia marca uma etapa importante na história da informática 
educativa. A gestão simultânea, sob a forma digital, da imagem fi xa e animada, 
do texto e do som feita pelos computadores, abre novas perspectivas de 
utilização das tecnologias e, principalmente, para a utilização em educação a 
distância. 
O aparecimento dos 
sistemas multimídia 
abriu novas perspectivas 
de utilização das 
tecnologias e relançou 
a discussão sobre as 
potencialidades da 
utilização dos meios 
informáticos em 
contexto educativo. 
D8 - 116
 Tutoria na Educação a Distância
De acordo com Schuhmacher (2007, p. 17): 
[...] multimídia foi um termo cunhado pela publicidade para 
abranger a compra de anúncios em TV, rádio, outdoors 
e mídia impressa. O termo foi originalmente emprestado 
pela indústria de computadores pessoais para designar um 
computador que pudesse mostrar texto em 16 cores e que 
tivesse uma placa de som. A multimídia signifi ca realmente 
o uso de diversas mídias diferentes (p.ex., texto, áudio, 
gráfi cos, animação e vídeo) para comunicar algo. 
Multimídia também se refere ao uso de computadores para criar, 
armazenar e promover a experiência do usuário com conteúdo multimídia. 
Multimídia é também um pleonasmo, já que media é o plural em latim do 
singular medium, que signifi ca “meio”. 
De acordo com o Dicionário Aurélio (2004, p. 1.372), a multimídia é uma 
combinação de diversos formatos de apresentação de informações como 
textos, imagens, sons, vídeos, animações etc., em um único sistema.
Segundo Coscarelli (2003), a multimídia deixa de ser um todo contíguo, 
uma estrutura linear, predominantemente verbal, para constituir-se em 
estrutura fragmentada, da qual fazem parte ícones, imagens estáticas e/ou 
animadas e sons. Ou seja, deixa de ser “monomídia” para ser multimídia.
De acordo com Cruz (2007), a produção multimídia pode ser realizada 
em ferramentas de três tipos: as familiares, as de autoria de multimídia 
e as elementares. As familiares são: os processadores de texto, como o 
Microsoft Word, as planilhas eletrônicas, como o Excel, e os bancos de 
dados. Servem para criar transparências e a que se pode adicionar áudio 
sincronizado, animações de autoexecução e armazenamento de vídeo, das 
quais a mais conhecida é o PowerPoint. As ferramentas de autoria permitem 
organizar e editar os elementos de um projeto multimídia, incluindo gráfi cos, 
sons, animações e videoclipes. Dentre os softwares mais utilizados estão o 
Hypercard (Macintosh), o Toolbook e Visual Basic (Windows), Authorware 
(Macintosh e Windows), Action! (Macintosh e Windows) e Macromedia 
Director (Macintosh e Windows). As ferramentas elementares são aquelas 
que possibilitam a criação e edição de objetos que não são possíveis em uma 
ferramenta de autoria. Exemplos: ferramentas de edição de som, de vídeo, de 
imagens e de criação de animações. 
Vamos acrescentar à lista apresentada pela autora três programas que 
utilizamos ao longo de nossas experiências como tutora: o Audacity (captura 
e edição de áudio) o Windows Move Maker (captura e edição de vídeo) e o 
Camtasia Studio (captura e edição de vídeo e áudio, além de Suplemento 
Multimídia também 
se refere ao uso de 
computadores para 
criar, armazenar e 
promover a experiência 
do usuário com 
conteúdo multimídia.
D8 - 117
RECOMENDAÇÕES PARA UMA BOA ATUAÇÃO DO TUTOR 
EM AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM 
117
 Capítulo 4 
do Powerpoint). Pretendemos explicar como ocorreu a utilização destes 
programas mais adiante, por hora basta você saber que existem outros 
programas no mercado tão bons ou melhores do que os indicados pela autora. 
 
Concordamos com Cardoso e Burnham (2007) quando afi rmam que 
os novos recursos tecnológicos podem, dependendo da forma como seja 
planejada a sua utilização, enriquecer e ampliar as condições e as chances 
de aquisição e construção do conhecimento do aluno ao adotar diferentes 
abordagens, complementares aos “tradicionais” recursos.
A multimídia na educação permite refl etir sobre novas propostas 
pedagógicas mediadas pela tecnologia e criar materiais de apoio didático na 
EAD. É o computador como um recurso didático que disponibiliza informações, 
permitindo interações e comunicações síncronas e assíncronas, dinamizando 
as práticas pedagógicas, possibilitando as mais variadas estratégias de 
ensino e permitindo ao aluno trabalhar segundo seu ritmo e suas preferências, 
facilitando a construção do conhecimento. (AFONSO, 2004).
Poroutro lado, sabemos que ao se projetar uma aplicação educacional, de 
qualquer tipo, é conveniente considerar que o processo de desenvolvimento 
deve incluir tanto o funcionamento da aplicação quanto os mecanismos 
pedagógicos e didáticos que constituem a base de toda a aplicação de ensino 
e aprendizagem. (FALKEMBACH, 2005).
É importante que o professor saiba selecionar e planejar os materiais 
utilizados em sala de aula e melhor ainda se ele for capaz de desenvolver 
seu próprio material. Os Sistemas de Autoria oferecem os recursos que 
permitem ao professor sem grandes conhecimentos de programação planejar 
e desenvolver seu material educativo digital. (AFONSO, 2004). 
OS PROGRAMAS UTILIZADOS
Apresentamos um programa chamado Camtasia Studio 6.0.2 na 
unidade anterior e agora vamos dar mais detalhes sobre a sua utilização, 
bem como o Windows Movie Maker. Dependendo da complexidade de seu 
projeto e do seu planejamento, é possível alcançar resultados profi ssionais 
utilizando aplicativos simples. No entanto, se você pretende planejar 
e produzir estes recursos é essencial que você estude sobre técnicas 
de comunicação e linguagem audiovisual, conforme apresentamos nas 
indicações de leitura no fi nal deste capítulo. Entre os softwares amadores 
mais populares podemos citar:
Os novos recursos 
tecnológicos podem, 
dependendo da forma 
como seja planejada 
a sua utilização, 
enriquecer e ampliar 
as condições e as 
chances de aquisição 
e construção do 
conhecimento do 
aluno ao adotar 
diferentes abordagens, 
complementares aos 
“tradicionais” recursos.
D8 - 118
 Tutoria na Educação a Distância
a) Windows Movie Maker
Software desenvolvido pela Microsoft, tem licença freeware e é 
compatível apenas com a plataforma Windows. Possibilita capturar e editar 
vídeos e imagens, aplicar transições diversas, títulos e trilhas de áudio. É 
um aplicativo muito limitado, permite exportar apenas os formatos nativos 
do Windows. Recomendado apenas para edições domésticas. (CALASANS; 
LEE, 2008, p. 83). 
Figura 1 - Interface Windows Movie Maker
Fonte: A autora.
Os tipos de arquivos que este programa grava/salva são em AVI e WMV 
(arquivo de vídeo) e wav (áudio), ambos são arquivos de qualidade média, 
mas, por outro lado, se tornam extremamente pesados para a navegação na 
web.
b) O Camtasia Studio 6.2.0
O Camtasia Studio 6.2.0 é um software pago, mas apresenta versões Trial 
(com mais ou menos um mês gratuito) ou versões menos robustas. Com este 
programa é possível:
• Capturar e editar áudio.
D8 - 119
RECOMENDAÇÕES PARA UMA BOA ATUAÇÃO DO TUTOR 
EM AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM 
119
 Capítulo 4 
• Captura e editar vídeo.
• Capturar e editar em formato de vídeo o que se passa na tela do 
computador (ideal para explicação de softwares, planilhas etc.).
• Capturar e editar em formato de vídeo apresentações em Powerpoint, 
incluindo ou não o PIP.
• Editar vídeos e áudios capturados através de outros programas em 
diferentes formatos (SWF, FLV, MP4, MP3, AVI, WMV, etc.). Os formatos 
SWF, FLV, MP4 para vídeo são ideais para utilização na web, porque são 
leves e de boa qualidade e o MP3 para o áudio, pois torna o arquivo leve 
para carregar nos aplicativos (players) da web.
Nas fi guras 2 e 3, a seguir, apresentamos um print screen de dois vídeos 
produzidos pela autora. A fi gura 2 demonstra a edição de um vídeo capturado 
pelo Camtasia através da webcan e a fi gura 3 caracteriza um vídeo onde 
utilizamos o recurso do Powerpoint com o PIP. 
Picture in Picture (“PiP”) é um recurso de alguns receptores de 
televisão e outros dispositivos semelhantes, em que um programa 
(canal) é exibido ao mesmo tempo que um ou mais programas em 
pequenas janelas, na mesma tela. O som emitido pelo aparelho é 
geralmente o associado ao programa principal. 
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/PIP.
Figura 2 - Demonstração da edição de um vídeo produzido utilizando-se o Camtasia Studio.
Fonte: A autora.
D8 - 120
 Tutoria na Educação a Distância
Figura 3 - Demonstração da edição de um vídeo capturado 
via webcan e editado no Camtasia Studio
Fonte: A autora.
Em uma pesquisa realizada pela autora com mais de 400 alunos, em 
2008, percebeu-se que os alunos preferem o Powerpoint com informação e 
áudio, e não apenas o áudio (MP3). Eles afi rmam que apenas o áudio traz 
difi culdades para a concentração sobre o que estava sendo explicado. 
Para continuar com a utilização do áudio apenas, passamos a fazer um 
roteiro pré-estabelecido sobre o que o aluno deveria fazer antes de ouvir a 
mensagem. Indicando as páginas que ele deveria abrir e acompanhar as 
explicações, bem como os assuntos que seriam abordados, desta forma, 
ele não teve surpresa sobre o que seria explicado. Muitos deram um retorno 
positivo sobre esta estratégia.
Enfi m, podemos concluir que o próprio tutor deve e pode elaborar seus 
próprios objetos de aprendizagem para utilização com seus alunos, assim, 
ele poderá customizar cada objeto (vídeo ou áudio) para a realidade e as 
principais difi culdades de suas turmas e, ainda, reutilizá-los posteriormente 
com outras turmas daquela disciplina ou mesmo compartilhar com seus pares 
ou na internet.
D8 - 121
RECOMENDAÇÕES PARA UMA BOA ATUAÇÃO DO TUTOR 
EM AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM 
121
 Capítulo 4 
Atividade de Estudos: 
Como tutor da instituição EAD on-line, você precisa convencer o 
coordenador do seu curso que a utilização de recursos multimídia 
nas aulas virtuais para complementar os conteúdos do livro didático 
é urgente. Diante deste contexto, elabore uma justifi cativa com 
o objetivo de convencer seu coordenador para a utilização destes 
recursos. Faça sua justifi cativa entre 15 e 20 linhas e exponha 
ao menos três argumentos positivos e fundamentados nos 
autores lidos e nos textos indicados.
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A Unicamp conta com um laboratório interessante de 
desenvolvimento de web aulas. 
Conheça um pouco desse trabalho e das dicas que eles 
apresentam. Disponível em: <http://www.ccuec.unicamp.br/EAD/
index_html?foco2=Publicacoes/78095/656996&focomenu=Publica
coes>
Acesse a página pessoal do prof. José Manuel Moran: <http://
www.eca.usp.br/prof/moran/> na qual você encontrará inúmeros 
artigos na área de novas tecnologias na educação e educação a 
distância.
MARQUE, Aida. Manual de produção audiovisual. Disponível 
em: http://www.uff.br/iacs/cinema/manualdeproducao2007.pdf.
D8 - 122
 Tutoria na Educação a Distância
MORAN, José Manuel. O vídeo na sala de aula. Disponível 
em: http://www.eca.usp.br/prof/moran/vidsal.htm.
VERAS, Dauro. Roteiro multimídia. Disponível em: <http://
www.api.adm.br/GRS/referencias/roteiro_multimidia_2003.ppt> 
Exemplos de repositórios de vídeos
http://br.youtube.com/
http://br.yahoo.com/?p=us
http://endeavor.isat.com.br/
http://video.globo.com/
http://www.truveo.com/ 
http://videolog.uol.com.br/
http://www.slideshare.net/
http://www.creativecommons.org.br/
http://www.portacurtas.com.br/naescola.asp
http://www.rodaviva.fapesp.br/
http://objetoseducacionais.mec.gov.br/
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ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Chegamos ao fi nal de mais um capítulo de estudos do caderno Tutoria 
e EAD! Temos a certeza de que, ao longo do caminho, você teve algunstropeços, atropelos e muitas dúvidas sobre este agente tão importante na EAD 
que chamamos de TUTOR e por que não de PROFESSOR, não é mesmo?
Neste capítulo, possibilitamos a você o desafi o de pensar e praticar 
a tutoria através das leituras, orientações, técnicas, dicas e atividades 
propostas. Você deve ter percebido que a mediação das comunidades virtuais 
e a elaboração de recursos multimídia pelo tutor são essenciais para uma boa 
prática tutoria.
D8 - 123
RECOMENDAÇÕES PARA UMA BOA ATUAÇÃO DO TUTOR 
EM AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM 
123
 Capítulo 4 
 Agora chegou o momento em que você vai sistematizar tudo o que 
estudou sobre a tutoria desde o capítulo 1 até este momento. A prática da 
síntese e da argumentação é importantíssima e assim como você deve fazer 
com seus alunos, eu tenho o prazer de realizar com vocês. Utilize o tempo 
que for necessário e não fi nalize esta disciplina antes de terminar de realizar 
esta síntese. Acompanhe os itens a seguir e vá escrevendo suas percepções, 
aprendizagens e conhecimentos sobre os temas.
Quem é para você o tutor?
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Quais as principais funções e atribuições do tutor?
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Como deve ocorrer a interação e a mediação entre tutor e alunos 
na EAD?
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Quais as técnicas para compor e consolidar uma comunidade virtual?
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D8 - 124
 Tutoria na Educação a Distância
Qual a importância do planejamento e produção de recursos 
multimídia pelo tutor?
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Desejamos a você ótimos estudos, siga adiante sempre curioso, 
persistente e jamais desistam dos seus sonhos. 
Muito sucesso nos mundos virtuais e na EAD!!
Abraços! 
Profa. Márcia Loch, M. Sc. 
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D8 - 125
RECOMENDAÇÕES PARA UMA BOA ATUAÇÃO DO TUTOR 
EM AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM 
125
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