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5 2 LESÕES CORPORAIS (parte final)

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LESÕES CORPORAIS (continuação)
AUMENTO DE PENA
§7º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se ocorrer qualquer das hipóteses dos §§4º e 6º do art. 121 deste Código. 
§7º- Se a lesão for CULPOSA:
· Quando há inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício. Ex.: Engenheiro Civil.
· Quando o agente deixa de prestar o devido socorro à vítima.
· Quando não procura diminuir as consequências de seu ato. Ex.: Deixa de custear remédios e/ou tratamentos.
· Quando foge para evitar prisão em flagrante. Exceto em caso de perigo de vida (Ex.: Linchamento).
§7º - Se a lesão for DOLOSA:
· Quando a lesão for praticada contra pessoa menor de 14 anos (ECA) e maior de 60 anos (Estatuto do Idoso).
Art. 155 do CPP a comprovação da idade deve ser feita por documento hábil.
· Quando a lesão for praticada por milícia privada, sob o pretexto de prestação de segurança; ou por grupo de extermínio.
APPC art. 88 da Lei 9.099/95 lesão culposa.
APPC lesão dolosa leve
APPI lesão dolosa grave e gravíssima.
§8º - PERDÃO JUDICIAL
§ 8º - Aplica-se à lesão culposa o disposto no §5º do art. 121.
	Se a lesão for CULPOSA, o juiz deverá deixar de aplicar a pena, se as consequências da infração atingirem o PRÓPRIO AGENTE de forma TÃO GRAVE que a sanção penal se torne desnecessária.
	Punição pelo próprio destino o agente é punido pelo fato que praticou.
	Consequências:
a) FÍSICAS: ferimentos no agente (Ex.: fica tetraplégico);
b) MORAIS: morte ou lesão em parentes ou entes queridos
Aplica-se aos §§3ºe 4º causa de extinção da punibilidade art. 107, IX, CP.
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
§9º Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos. 
	Antes da Lei n. 10.886/2004, tais situações eram previstas no CP como AGRAVANTES (art. 61, II, “e” e “f” do CP); hoje, especificamente, no CRIME DE LESÃO CORPORAL, terão o condão de QUALIFICÁ-LO, vez que a Lei Maria da Penha (Lei n. 11.340/06), criou mecanismos para coibir a VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER, embora mantendo a redação original do §9º do art. 129 do CP, modificou a pena anteriormente cominada, passando a prever pena de detenção de 3 meses a 3 anos.
	O §9º deve ser aplicado a todas as pessoas, sejam do sexo feminino ou masculino, que se amoldarem às situações narradas no tipo. Todavia, quando a MULHER for a vítima, tal fato importará tratamento mais severo ao autor da infração, eis que o art. 41 da Lei Maria da Penha, PROÍBE a aplicação da Lei n. 9.099/95, impedindo assim a proposta de Susp. Cond. Do Processo, mesmo que a pena mínima cominada seja de um ano.
Art. 41. Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995.
Objeto jurídico: Integridade física ou fisiopsíquica das pessoas mencionadas no tipo.
Sujeito ativo: A pessoa que tem ou haja tido com a vítima um dos vínculos ou relações descritas no tipo.
Sujeito passivo: mesma forma
Tipo objetivo: Ofender a integridade corporal ou a saúde de pessoas que tem ou haja tido com o autor algum dos vínculos ou relações descritos no tipo.
Lesões leves: caso as lesões sejam graves, gravíssimas ou seguidas de morte, o crime será dos §§1º ao 3º, com a pena aumentada de 1/3.
Elemento subjetivo: Dolo – se a lesão for culposa, aplica-se o §6º.
Consumação: Com a efetiva ofensa à integridade física.
Tentativa: Não se admite
Crime único ou concurso de crimes? A multiplicidade de lesões, DESDE que num MESMO CONTEXTO FÁTICO, não implica o reconhecimento de concurso de crimes há um ÚNICO CRIME. Se em contexto fático DIFERENTE, poderá haver CONCURSO DE CRIMES, configurando ou não a continuidade delitiva do art. 71 do CP.
Substituição do §5º: Não sendo graves as lesões, o juiz deve SUBSTITUIR a pena de detenção pela de multa, desde que presentes as circunstâncias descritas no §5º. Porém, o art. 17 da Lei Maria da Penha VEDA a aplicação isolada de MULTA.
Art. 17. É vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, de penas de cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de pena que implique o pagamento isolado de multa.
Aplicação: Por mais severa que seja a Lei Maria da Penha, só se aplica aos fatos praticados a partir do seu advento (22/09/06) O processamento das condutas anteriores a essa data, permanecerão sob a égide da lei anterior, com a possibilidade de transação, etc, nos seus juízos de origem (TJMG).
APPI: apesar da redação do art. 16 da LMP;
Art. 16. Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata esta Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público
	A maioria dos ministros do STF entenderam que esta circunstância esvaziaria a proteção constitucional assegurada às mulheres ADI4424 Rogério Greco tece críticas à Suprema Corte, dizendo que tal decisão trouxe prejuízos ás famílias, eis que inviabiliza as reconciliações conjugais.
CAUSAS ESPECIAIS DE AUMENTO DE PENA 
§10º Nos casos previstos nos §§ 1º a 3º deste artigo, se as circunstâncias são as indicadas no §9º deste artigo, aumenta-se a pena em 1/3 (um terço). 
	Nos §§1º ao 3º, se as circunstâncias são as indicadas no §9º, a pena é aumentada de 1/3.
CAUSA ESPECIAL DE AUMENTO DE PENA PELA DEFICIÊNCIA DA VÍTIMA
§11º. Na hipótese do §9º deste artigo, a pena será aumentada de um terço se o crime for cometido contra pessoa portadora de deficiência. 
	Deficiência física e mental, auditiva ou visual.
LESÃO CORPORAL PRATICADA CONTRA INTEGRANTES DOS ÓRGÃOS DE SEGURANÇA PÚBLICA OU SEUS FAMILIARES
§12º Se a lesão for praticada contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição, a pena é aumentada de um a dois terços.
Inovação trazida pela Lei n. 13.142 de 06 de julho de 2015 - lesão corporal e homicídio praticados contra integrantes dos órgãos de segurança pública ou seus familiares.
Trata-se de nova causa de aumento de pena do crime de Lesão Corporal, e aplica-se para todas as espécies de lesão corporal DOLOSA: leve (caput), grave (§1º), gravíssima (§2º) e seguida de morte (§3º), ficando de fora a lesão corporal culposa (6º).
A Lei n. 13.142/15, tipificou como crimes hediondos: lesão corporal gravíssima (art. 129, §2º, CP), lesão corporal seguida de morte (art. 129, §3º, CP) e homicídio qualificado, todos se praticados contra integrantes dos órgãos de segurança pública (ou contra seus familiares), se o delito tiver relação com a função exercida.
Requisitos: 
1º) Condição da vítima: 
a) Forças Armadas, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Ferroviária Federal, Polícias Civis, Polícias Militares, Corpos de Bombeiros Militares, Guardas Municipais, Sistema Prisional, Força Nacional de Segurança Pública.
b) cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até o 3º grau de algumas das pessoas listadas. 
2º) Relação com a função: desde que o crime tenha sido praticado contra a pessoa no exercício das funções ou em razão delas.

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