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PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL – Luiz Henrique & Elza ETAPA CLÍNICA PARA CONFECÇÃO DA PPR • Continuação da confecção da ppr; • Confecção final da prótese; • Colocação dos dentes na área desdentada. A ETAPA CLÍNICA TEM 5 MOMENTOS: I- Prova da estrutura metálica que chegou do laboratório; II- Na região desdentada vai confeccionar a base de prova e os planos de cera para fixação dos dentes. III- Ajuste dos planos de cera inferior e superior. IV- Montagem em ASA. V- Seleção e montagem dos dentes (laboratório). I- PROVA DA ESTRUTURA METÁLICA: A estrutura metálica deve estar de acordo com o planejamento para assegurar passividade e direção axial das forças após o assentamento. (Relação passiva em relação a estrutura metálica e o dente de suporte para que tenha uma passividade na hora do assentamento da prótese e também para que possa direcionar as forças ao longo eixo do dente. A análise da estrutura metálica é dividida em dois momentos: a) Avaliação previa no modelo; B) prova intra-bucal. Observar quantidade de estrutura metálica, se apresenta algum tipo de nódulo, se tem porosidade, se apresenta falha de fundição, se as bordas não estão cortantes, qualidade do polimento, observar linha de acabamento se coincide com o desenho planejado. Por isso, antes de levar a estrutura metálica á boca do paciente é importante observar todas as áreas do modelo de trabalho que sofreram desgastes e aliviar as áreas correspondentes na estrutura metálica. O desgaste no gesso indica a força para adaptação e são áreas que não irão se adaptar na boca. PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL – Luiz Henrique & Elza Outra análise importante em relação aos conectores maiores Superiores (Íntimo contato com a fibromucosa do palato) e inferiores (não tem íntimo contato com a fibromucosa), distanciamento da margem gengival do limite do suco lingual, qualidade e retenção dos braços de retenção e oposição. Íntimo contato dos apoios com os nichos, se não tiver certo vai ter interferência na oclusão. Sela metálica deve se estender até onde vai ser feito a reposição do último dente. A sela acrílica se estende até o limite da área basal. Na sela metálica é importante observar as perfurações para que aconteça a retenção mecânica da resina acrílica. AJUSTE DA ESTRUTURA METÁLICA AO SISTEMA DE SUPORTE (NA CAVIDADE ORAL) Ajuste na boca do paciente. A inserção deve ser feita pelo CD aplicando pressão moderada sobre os apoios em direção paralela a trajetória de inserção (eixo único de inserção/ encaixando mutuamente em todos os espaços protéticos. Vai ajustar a prótese ao sistema de suporte analisando como ela está se relacionando aos dentes pilares e a relação com a arcada antagonista. AJUSTE DA ESTRUTURA EM RELAÇÃO AOS DENTES PILARES: Encaixar a prótese na boca do paciente pressionando os apoios; encaixar simultaneamente em todos os espaços protéticos. Durante a inserção e remoção da prótese, não pode exigir grandes esforços (encaixar passivamente). Se não conseguir encaixar em um único eixo de inserção, ou seja, encaixar de um lado e depois de outro é porque existe interferências. Essa interferência acontece: - ou no apoio: apoio não encaixa corretamente dentro do nicho; PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL – Luiz Henrique & Elza - ou no grampo: de retenção ou de oposição não está abraçando corretamente o dente pilar; - ou no conector: menor que não permitiu assentamento da prótese no espaço protético. Para evidenciar essas existe um evidenciador, que é o carbono líquido que deve era passado na área que está com resistência na inserção da prótese e quando retira, visualiza-se aonde o carbono líquido for removido. No lugar que ele for removido, vai pegar uma broca de aço e fazer um pequeno desgaste na região. Lava a estrutura, seca, passa novamente o carbono líquido, seca a boca do paciente e encaixa novamente a prótese. AJUSTE DA OCLUSÃO Primeiro deve-se encaixar a prótese, depois marcar a oclusão com carbono. A oclusão deve ser ajustada até que os dentes ocluam em todas as posições funcionais com a prótese em posição, da mesma forma que ocluem sem a prótese. Para isso pega um dente como referência para fazer o teste. Normalmente a interferência na oclusão fica nos apoios e os conectores, principalmente grampos geminados. PROBLEMAS ASSOCIADOS À PROVA DA ESTRUTURA METÁLICA Causas passíveis : molde ou modelo de trabalho não ficaram exatos ou falhas laboratoriais (a estrutura não pode ser totalmente assentada). A solução é refazer a moldagem e o modelo de trabalho. Uma das causas pode ser a mudança na arcada durante o intervalo de tempo decorrido entre a obtenção do modelo e a prova da estrutura (a estrutura não pode ser totalmente assentada). E a solução se possível seria o ajuste ou refazer. PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL – Luiz Henrique & Elza Outra causa pode ser o grampo ter ficado aberto durante o acabamento e/ou polimento (a estrutura pode ser assentada, mas não tem retenção). A solução seria identificar e ajustar com muito cuidado porque pode fraturar. Outra causa pode ser falha de delineamento ou planejamento. Preparo inadequado do sistema de suporte (a estrutura pode ser assentada, mas não tem retenção). A solução seria redelinear, replanejar; refazer e repreparar. Outra causa pode ser partes rígidas localizadas em áreas retentivas (ângulo morto). A estrutura acaba causando efeito de cunha (encaixa de um lado depois do outro) nos espaços dento- suportados. A solução seria identificar e fazer o alívio. Outra causa seria o grampo adentrando áreas retentivas muito grandes (a estrutura tem retenção exagerada). A solução seria polir parte interna dos grampos com pontas de borracha (evitar movimento de abertura do grampo. CONFECÇÃO DA BASE DE PROVA Bases de resina acrílica fixadas à sela metálica (onde não tem perfurações). Onde deverá ser feito a delimitação do limite da área basal em próteses de extremidade livre e em dento-suportada todo o espaço desdentado. - Em extremidades livres vai ate o limite da área basal; - Acabamento e polimento; - bordas arredondadas; - provar na cavidade oral; - confecção do plano de orientação em cera. PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL – Luiz Henrique & Elza AJUSTE DO PLANO DE CERA INFERIOR E SUPERIOR Primeiro ajusta o inferior e depois o superior. A) INFERIOR: Incisivos; linha úmida do lábio; Canino e 1° pré-molar: comissura labial; 1° molar: borda da língua; Cúspide distal do 1° molar: 2/3 da papila retromolar/ piriforme. B) SUPERIOR: DVO: DVR – EFL EFL: 3 à 6 mm. MONTAGEM EM ASA Vai montar quando tiver finalizado todas as provas da estrutura metálica, construído a base de prova e o plano de cera ajustado. Montagem do articulador : registro com arco facial (primeiro modelo superior ); programação do articulador com ângulo de Bennet 30°, inclinação condilar 15°, distância intercondilar, Montagem do modelo superior no articulador, fixação do modelo superior , registro da relação cêntrica, fixar as próteses em oclusão na boca, transforme o inferior para o articulador e fixar o modelo inferior. SELEÇÃO E MONTAGEM DOS DENTES I) Tamanho do dente que é determinado pela linha que tem de canino a canino. Altura da linha do sorriso; II) Formato do rosto; III) Cor do dente: cor da pele influencia, idade do paciente, expectativa do paciente e opinião profissional; IV) Selecione também a cor da gengiva. PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL – Luiz Henrique & Elza PADRÃO DE OCLUSÃO CLASSE I ou II: oclusão balanceada bilateral; CLASSE III ou IV: oclusão existente (mutuamente protegida); PRÓTESE TOTAL + PPR: oclusão balanceada bilateral; Dente + PPD: oclusão balanceada bilateral. MOLDAGEM FUNCIONAL DO REBORDO RESIDUAL Feito em classeI ou classe II, extremidade livre uni ou bilateral. REBORDO RESIDUAL: Espaço que caracteriza a região desdentada, formado pelo osso alveolar remanescente e fibromucosa que o reveste. Podendo apresentar variações no sentido M-D e no sentido V-L. essas variações vão existir devido as reabsorções que vão acontecendo ao longo do tempo. I) SENTIDO VESTÍBULO-LINGUAL: A) REBORDO NORMAL (ideal/ melhor dos rebordos); A área E representa a região de suporte principal; As áreas F representam a região principal de estabilização; Melhor forma de rebordo para suporte da prótese. Se as áreas F forem baixas a prótese vai ter uma estabilização pior, sofrendo movimentos laterais. A área E vai ser onde vai ter a distribuição de forças sobre o rebordo. Possuindo altura e largura favorável. PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL – Luiz Henrique & Elza B) REBORDO ALTO: Área E representa a região de suporte principal; As áreas F representam a região principal de estabilização; Apresenta bom prognóstico; Observar o espaço para montagem dos dentes e realização de um bom ajuste oclusal (que é uma dificuldade); Largura favorável e altura excessiva; Normalmente o paciente acabou de perder os elementos dentais e ainda não sofreu reabsorções ósseas; Esse rebordo vai reabsorver aos poucos (o inferior reabsorve em altura (vertical) e o superior em largura/ horizontal). C) REBORDO BAIXO ou REABSORVIDO: A área E representa a região de suporte principal; A área F representa a região principal de estabilização; Possui prognóstico bom; Evitar forças laterais, pois a estabilidade está comprometida em pacientes que já são usuários de prótese porque já serão necessário maior quantidade de resina acrílica, para substituir o osso perdido. Área de estabilização (F) é extremamente baixa; Probabilidade de movimentos laterais bem maior; Prótese tem que limitar esses movimentos laterais; Quem limita esse movimento é a rigidez do conector maior. PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL – Luiz Henrique & Elza D) REBORDO ESTRANGULADO: A área E representa a região de suporte principal; As áreas F representam a região principal de estabilização; Possui bom prognóstico; Necessidade de intervenção cirúrgica, caso o estrangulamento seja em nível ósseo (cirurgia pré-protética); Largura (E) favorável; altura (F) favorável mas tem um estrangulamento na base óssea do rebordo; Mais fino em baixo e mais largo em cima, tendo dificuldade da sela acrílica se adaptar no rebordo. E) REBORDO EM LÂMINA DE FACA: A área E representa a região de suporte principal; As áreas F representam a região principal de estabilidade; Possui um prognóstico ruim (o pior de todos); Remoção cirúrgica da lâmina de faca; Pouca estabilidade e retenção; Paciente já usuário de PT à muitos anos e com muita reabsorção; Retirar a ponta de osso. • Rebordo ideal no sentido V-L: Cortical óssea densa (identificar radiograficamente); Crista de rebordo alta e plana (vertentes altas e verticais); Tecido conjuntivo firme, denso e fibroso PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL – Luiz Henrique & Elza F) REBORDO RESIDUAL IDEAL: - Cortical óssea densa (Rx); - Crista do rebordo alta e plana (vertentes altas e verticais) - Tecido conjuntivo firme, denso e fibroso. SENTIDO MÉSIO-DISTAL: A) REBORDO RESIDUAL HORIZONTAL: -Possui bom prognóstico; -As forças incidentes são transferidas para o rebordo residual e reage com uma resultante nula; -Força incide no rebordo e vai ser transmitida para o osso alveolar e vai ter uma resultante dessa força praticamente nula; -Força direcionada para o rebordo. B) REBORDO ASCENDENTE PARA DISTAL: -A resultante da força incidente vai em direção à região anterior, contrária a inclinação do rebordo. -Confecção de uma placa na estrutura da PPR, na região do plano guia distal. Evita que as forças se apliquem no dente. -Mais favorável que o ascendente mesial; -Força mastigatória nos elementos dentais sobre o rebordo residual, vai ter um direcionamento da força para mesial (em direção aos elementos dentais); -O grampo API já tem a placa que deve ser colocada. PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL – Luiz Henrique & Elza C) REBORDO ASCENDENTE PARA MESIAL: -A resultante da força incidente vai em direção à região posterior (distal); -Tracionamento do dente pilar para distal; -Alternativa para minimizar é a FERULIZAÇÃO DENTAL (unir grampo de oposição); -Menos favorável que o ascendente para distal; -Quando o paciente receber uma força mastigatória, a resultante de força sobre o rebordo vai em direção distal. Com isso traciona o elemento dental para distal (puxa o elemento dental para distal). D) REBORDO CÔNCAVO: - As resultantes das forças incidentes vão em direção à região anterior, posterior e no mesmo sentido que a força, sendo esta morfologia de rebordo alveolar a mais desfavorável. -Todos os cuidados anteriores devem ser tomados; Sofreu grande reabsorção; -Tem forças sendo direcionadas na sela acrílica em todos os sentidos (horizontal, mesial e distal); -Planejar uma placa na região do plano guia do dente de apoio; fazer a ferulização dos 2 elementos dentais evitando a movimentação do último dente para distal; -Rebordo normal e foi sendo reabsorvido uniformemente se tornando um rebordo côncavo. PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL – Luiz Henrique & Elza • Depois de conhecer o tipo de rebordo, vai ser feito a moldagem funcional do Rebordo Residual. MOLDAGEM FUNCIONAL DO REBORDO RESIDUAL Dividida em 2 técnicas: A) TÉCNICA DIRETA: -Retira a prótese do modelo; -Faz o selamento periférico com a godiva somente na região que se quer moldar; -Aquece a godiva; -Leva a prótese até a boca do paciente; -Movimento a musculatura para fins protéticos; -Adapta a godiva onde quer moldar; -Manipula a pasta zinco enólica; -Coloca na prótese removível da boca; -Manda para o laboratório de prótese que vai fazer a acrilização da sela acrílica. B) TÉCNICA DO MODELO BIPARTIDO OU SECCIONADO: -Moldagem é feita anterior a montagem dos dentes; -Realizada logo após a prova da estrutura metálica e confecção das bases de prova; -Prova da estrutura metálica; -Confecciona a base de prova; -Antes de fazer a montagem do plano de cera e antes de montar no articulador faz a moldagem; -Corta o modelo, faz a moldagem com pasta zinco enólica na boca do paciente e encaixa ela no modelo (moldagem + estrutura metálica). Faz a dicagem e vaza o gesso; -Constrói a base de prova, os planos de cera, manda para o laboratório e não precisa moldar novamente. PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL – Luiz Henrique & Elza INSTALAÇÃO, AJUSTE DA PPR E INSTRUÇOES AOS PACIENTES -Dentista instala a prótese na boca do paciente, verifica a adaptação no modelo e na boca do paciente; -Verifica o paciente em oclusão. • Na instalação da PPR: I) Ajustar as bases: ver se a base está corretamente adaptado no rebordo alveolar. II) Ajustar a oclusão; III) Instruções para o paciente quanto a higienização; IV) Inspeção final: ver se na base de prova se tem nódulos, porosidades, dentes fraturados. ➔ É importante ver também se tem uma área de pressão excessiva da base no rebordo alveolar (usar a pasta branca da zinco enólica).
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