Buscar

ANESTESIA E ANATOMIA


Continue navegando


Prévia do material em texto

ANESTESIA E ANATOMIA 
 
Objetivo: fazer o nervo trigêmeo perder a sensibilidade que envia impulsos da região alveolar 
para a área somestésica no córtex cerebral 
 
 As anestesias são do tipo: 
** infiltração local ou terminais infiltrativas: atuam na mesma área que a solução anestésica 
foi depositada 
** bloqueio de campo ou anestesia regional: atuam distante do local de aplicação, 
geralmente aplicadas nos maiores ramos terminais dos nervos 
** bloqueio do nervo ou troncular: aplicado distante do local de intervenção, geralmente 
depositado nas proximidades de um tronco venoso 
 
MAXILA 
 Dentes superiores geralmente usa-se a técnica de infiltração local que é fácil, atraumática e 
de sucesso total 
 A injeção é feita na base do processo alveolar e a solução é depositada entre a mucosa e o 
periósteo, alcançando o osso subjacente 
 Como a lâmina vestibular dessa área é fina e porosa, há a infiltração do líquido que atinge o 
nervo 
 A punção deve ser feita um pouco abaixo do nível do ápice do dente 
 
 O bloqueio dos nervos alveolares superiores médio e anterior pode ser feita de uma só vez 
através do forame infra-orbital 
 Recomenda-se anestesiar até 16 mm 
 Recomenda-se o depósito na entrada do canal, sem penetrá-lo, depois fazer uma massagem 
para propelir o líquido para o início do canal 
 Deve-se ter cuidado para não atingir o nervo oculomotor e causa diplopia e estrabismo 
temporário 
 A anestesia do nervo infra-orbital deve ser feita entre canino e pré-molar e vai de dente 
incisivo até pré-molar 
 A anestesia do alveolar superior médio também pode ser feita entre os pré-molares e do 
alveolar superior anterior no longo eixo incisivo lateral 
 
 O bloqueio do nervo alveolar superior posterior é feito na tuberosidade da maxila, antes de 
entrar nos forames alveolares 
 Atinge polpa e periodonto dos três molares 
 A raiz do primeiro molar pode ser inervada pelo alveolar superior médio e se faz necessário 
esse bloqueio complementar 
 
 A anestesia de palato é indicada em casos de exodontias 
 Deve ser feito lento e com depósitos mínimos por conta da fragilidade daquela mucosa 
 Na região do forame palatino há espaço para acomodar a solução e a anestesia é menos 
traumática 
 O forame palatino maior fica 1cm medialmente ao terceiro molar e 3 a 4mm adiante da 
borda posterior do palato duro 
 Para anestesiar o nervo palatino maior 
 Garante a anestesia até o primeiro pré-molar 
 
 O nervo nasopalatino emerge do forame incisivo ao lado do primeiro pré-molar 
 Sua anestesia é feita no forame incisivo, coberto pela papila incisiva 
 Injeção feita sobre pressão maior do que em outras áreas, porém em quantidade pequena 
 Deve-se evitar a papila incisiva 
 
MANDÍBULA 
 Lâmina vestibular espessa e sem forames vasculares 
 Usa-se preferencialmente infiltrações locais em incisivos, mesmo sendo uma área porosa 
 A técnica mais usada é o bloqueio do nervo alveolar inferior 
 Geralmente acaba-se anestesiando a língua pela proximidade do nervo lingual com o nervo 
alveolar inferior 
 Se a finalidade é realizar procedimentos cirúrgicos em molares inferiores, o nervo bucal 
também deve ser anestesiado – plano oclusal 
 É feito com o plano oclusal mandibular quase horizontal com o plano do solo, quando o 
paciente está de boca aberta 
 A agulha deve tangenciar as fibras do músculo temporal 
 O processo coronóide deve ser palpado para se saber a posição do tendão profundo do 
músculo temporal 
 Muitas barreiras e estruturas nobres que a seringa não deve anestesiar 
 
 O bloqueio do nervo mentoniano é pouco comum e é uma alternativa de bloqueio para o 
alveolar inferior 
 Injeta-se a solução no forame mentoniano que se espalha pelo canal mandibular e bloqueia 
o alveolar inferior 
 Serve para bloquear incisivos, caninos e pré-molares, gengiva vestibular e da pele e a 
mucosa do mento e do lábio inferior 
 Anestesia-se entre os pré molares 
Letícia Andréa 
105 – 2O 
 
Fonte: Madeira, Miguel Carlos. Anatomia da face: bases anatomofuncionais para a prática 
odontológica. 8. ed. São Paulo: Sarvier, 2012.