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PROFESSORA: Zaria Gonçalves da Silva INSTITUIÇÃO/ESCOLA: colégio estadual Luiz Viana filho TURMA: 3º ano de ensino médio CONTEÚDO BÁSICO: Sociologia 3º ano - Tecnologia e relações interpessoais TECNOLOGIA COM ALMA Por Andrea Cecilia Ramal O universo virtual avança e a questão se coloca com mais força: a tecnologia vai tomar o lugar da humanidade? Com efeito, as relações interpessoais estão se modificando, e o elemento técnico já é constitutivo da nova identidade humana. Entretanto, por um certo prisma, nunca fomos tão humanos. Antes, nas empresas em que a informação digital não circulava permanentemente e não era necessário renovar os conhecimentos a todo instante, havia funções cristalizadas – chefes que detinham o poder e empregados que obedeciam cumprindo rigorosamente seus papéis. Hoje, as empresas crescem na proporção em que são capazes de criar novas redes de conhecimento entre funcionários e parceiros, e muitas o fazem através de ambientes tecnológicos. Isso exige mobilidade, troca, diálogo. Faz rever paradigmas e conceitos. Os projetos são assumidos por equipes multidisciplinares, que precisam negociar com olhares diversos sobre o mesmo foco. Trabalhar é marcar presença com sua identidade, é ser capaz de aprender e gerar mudanças. Tende a desaparecer o trabalho-dependência do outro para surgir o trabalho-complementar ao do outro, que integra e associa competências. Nas instituições educacionais, não se sustenta mais o sistema de ensino do professor-transmissor que apresenta os mesmos conteúdos para turmas com alunos tão diversos, e depois aplica uma única prova, como se os percursos fossem idênticos. Um novo modelo pedagógico é exigido pela era da interatividade, das múltiplas janelas abertas do zapping e da hipertextualidade, que torna as cabeças mais capazes de lidar com várias situações em tempos diversos, que exige que se respeitem os ritmos e os percursos individuais de navegação, que promove a criação de teias curriculares e redes de aprendizagem cooperativa. Tudo isso desafia as salas de aula a criarem novos sistemas de relacionamento interpessoal, nos quais professores e alunos são pesquisadores que aprendem em colaboração em processos novos e criativos. Os estudantes que navegam pela rede aprendem a transitar num mundo onde há visões e culturas diversas que são convidadas a produzir conhecimento coletivamente, que trazem novos desafios éticos e novas questões sociais. Tende a desaparecer o ensino-recepção da escuta do outro, para surgir a aprendizagem-com o outro, na qual o estudante é um indivíduo com desejos e interesses, e interage com os demais em processos flexíveis e dinâmicos. Algo semelhante vale até para as amizades, que alargam horizontes no mundo virtual – hoje interagimos com amigos que sequer conhecemos pessoalmente, mas com quem trocamos ideias e sentimentos. Alguns chegam aos “ircontros” – encontros reais com quem se conheceu no mundo virtual. Nos cursos mediados pelo computador, há espaços nas ferramentas destinados exclusivamente à interação pessoal: ao contrário do que ocorre nas salas de aula presenciais, os alunos têm necessidade de se envolver, de partilhar suas impressões e suas histórias de vida. A alta taxa de evasão em cursos à distância que não investem na criação do conceito de comunidade comprova que só é possível aprender e envolver-se na aprendizagem quando existe essa relação interpessoal. A palavra-chave deste momento é o link. Talvez “laço”, em português. Laços entre sujeitos que só podem entrar na roda, na rede, quando assumem o próprio papel e ganham lugar no mundo, mostrando sua cara. Mais autônomos e também mais capazes de ser com o outro. Possivelmente, mais seguros. Certamente, mais felizes. A tecnologia, o hipertextual, apenas materializa, com seus links, o que já estamos fazendo: tornando-nos protagonistas da navegação no mundo e estabelecendo laços entre conhecimentos e pessoas. Não queremos nos tornar seres plugados em monitores; justamente por isso, parece que estamos buscando maior qualidade ou, pelo menos, alternativas humanizadas para nossas relações. Os relacionamentos são agora mais complexos, devido à grande rede de pessoas com quem nos comunicamos. O conceito de comunidade muda: de um bairro ou de uma cidade, ampliamos o horizonte do local para o global. A tecnologia promove a criação de uma espécie de interdependência social. O próximo passo: valer-nos da tecnologia para construir laços enquanto cidadãos, para que estas identidades também ganhem espaço no jogo social, no qual ainda prevalece a relação bipolar obsoleta das sociedades da era industrial, onde poucos possuem o saber, o capital e o poder. É preciso concretizar o link na vida cidadã para associar competências, estender o diálogo, garantir o espaço do povo através desse vasto mundo cibernético de poder disseminado que se parece muito mais com a democracia. Essa é uma das formas de utilização da Web ainda por explorar: seu enorme potencial subversivo, contra a corrente da robotização. É que queremos mais do que simplesmente tecnologia: buscamos um universo digital para servir melhor a essas pessoas que, através dos links, dos hipertextos e das redes, expressam e acalentam um único desejo: ser plenamente pessoas, com toda a humanidade que lhes foi destinada. ATIVIDADE 1º). Explique como ocorrem as relações interpessoais pela internet e quais benefícios ou malefícios essas relações podem provocar na sociedade em geral? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 2º). Há vantagens nessas relações interpessoais ocorridas pela internet? Comente. __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 3º). Responda com suas palavras: o que são redes sociais e o objetivo de sua criação? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 4º) Analise a música: Pela Internet do cantor Gilberto Gil e explique com suas palavras como a tecnologia é vista pelo compositor, após faça um paralelo com o nosso cotidiano. Criar meu web site Fazer minha home-page Com quantos gigabytes Se faz uma jangada Um barco que veleje Criar meu web site Fazer minha home-Page Com quantos gigabytes Se faz uma jangada Um barco que veleje Que veleje nesse informar Que aproveite a vazante da infomaré Que leve um oriki do meu velho orixá Ao porto de um disquete de um micro em Taipé Um barco que veleje nesse infomar Que aproveite a vazante da infomaré Que leve meu e-mail até Calcutá Depois de um hot-link Num site de Helsinque Para abastecer Eu quero entrar na rede Promover um debate Juntar via Internet Um grupo de tietes de Connecticut Eu quero entrar na rede Promover um debate Juntar via Internet Um grupo de tietes de Connecticut De Connecticut de acessar O chefe da Mac Milícia de Milão Um hacker mafioso acaba de soltar Um vírus para atacar os programas no Japão Eu quero entrar na rede para contactar Os lares do Nepal, os bares do Gabão Que o chefe da polícia carioca avisa pelo celular Que lá na praça Onze Tem um videopôquer para se jogar https://www.letras.mus.br/gilberto-gil/68924/ 5º). Encontre na letra da canção aspectos positivos e negativos mencionados quanto ao uso da tecnologia. Em seguida, explique quais aspectos predominam. Você concorda com essa confirmação? Por quê? POSITIVOS NEGATIVOS BONS ESTUDOS!
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