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TRANSTORNO BIPOLAR EPIDEMIOLOGIA

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TRANSTORNO BIPOLAR I 
Acadêmica:
Michele Viviane da Silva
Matrícula: 2562888
O transtorno bipolar Tipo I é um subtipo de transtorno bipolar – uma doença mental grave, antigamente designada por psicose maníaco-depressiva. É caracterizada por períodos de temperamento alterado, que podem ser maníacos, depressivos ou mistos (ou seja, alternando subitamente entre mania e depressão) 
A bipolaridade I tem sintomas diferentes, conforme a fase do distúrbio, além das fases de depressão e euforia também existem momentos em que o paciente apresenta os seguintes sintomas:
Pensamento e mente acelerada ou muito lenta;
Sentimento de ansiedade;
Humor e reações exageradas;
Choro e tristeza;
Alterações de sono (excesso/Falta);
Mudanças bruscas de apetite;
Falta de vontade de fazer atividades comuns;
Pensamentos suicidas.
O transtorno Bipolar é mais frequente dos 18 a 25 anos. Basicamente uma doença de adolescente e adultos jovens. Filhos de pais com Transtorno de Bipolaridade tipo I tem riscos de 33% de ter a doença. Mesmo se não a apresentarem, carregam os genes. E se pai e mãe tiverem, a chance é ainda maior. (MORENO; 2012).
 A duração de uma crise varia muito, de dois a 7 dias. O Tratamento adequado encurta a duração da crise e pode preveni-las.
 A prevalência é que aproximadamente 1% da população sofre da doença, numa porcentagem idêntica entre ambos os sexos, todas as idades, raças, etnias e classes sociais. 
 O Transtorno bipolar tipo I resulta na redução de 9,2 anos na expectativa de vida, e como muitos, um em cada cinco pacientes com transtorno bipolar poderá chegar ao suicídio o transtorno Bipolar tipo I é a 
sexta principal causa de incapacidade no mundo. 
A recuperação após a fase aguda é geralmente significativa, mas menos completa e isenta de consequências da que seria desejável.
Fatores psicossociais também podem estar envolvidos. Eventos de vida estressantes estão muitas vezes associados ao desenvolvimento inicial dos sintomas e exacerbações posteriores, ainda que causa e efeito não tenham sido estabelecidos.
Alguns fármacos podem desencadear exacerbações em alguns pacientes com transtorno bipolar; esses fármacos incluem
Simpatomiméticos (ex. cocaína, anfetaminas)
Álcool
Certos antidepressivos (p. ex., antidepressivos tricíclicos)
 
	O tratamento é com medicamentos estabilizadores do humor, que se obtém nos postos de saúde - lítio, ácido valproico e carbamazepina, e outros utilizados em casos de não resposta, que fazem parte da lista de alto custo do SUS: olanzapina, quetiapina, risperidona, lamotrigina. Para a prevenção das crises e a estabilização da doença (RUFATO, revista saúde, 2016 p.44).
	
 A família é importantíssima para quem convive com o Transtorno Bipolar, e é a base para que o portador se sinta capaz de vencer a doença. O apoio, o carinho e a compreensão são indispensáveis, pois em certos casos a doença pode ser tão incapacitante, que dificulta até a realização de simples tarefas do dia-a-dia. O apoio no tratamento é também necessário. 
Uma das mais eficazes soluções para a bipolaridade é o tratamento com medicação, e ela deve ser levada a sério, caso contrário não terá efeito nenhum. O fato de que a doença pode afetar a capacidade de concentração do portador, contribui para o perigo do não seguimento da prescrição médica
E tem também os encaminhamentos que o paciente com transtorno Bipolar deve ter:
Terapia cognitivo-comportamental;
Terapia psicodinâmica;
Acompanhamento com psiquiatra e Psicólogo.
 O transtorno bipolar não é instabilidade emocional
É possível que, às vezes, depois de uma briga com seu parceiro, ele lhe dissesse que “você é um pouco bipolar”, porque de repente mudou seu humor. Bem, você deve saber que esse comportamento é bastante comum, especialmente nos relacionamentos. Nessas situações, as emoções estão próximas da superfície e, como ninguém é perfeito, você pode reagir impulsivamente.
O distúrbio pode ser genético … ou não
Quando um membro da família tem transtorno bipolar, há uma chance maior de que outro membro da família também sofra. No entanto, vários estudos realizados com gêmeos idênticos mostraram que, se um dos dois sofre transtorno bipolar, não necessariamente sofre o outro também. Homens e mulheres podem sofrer desta psicopatologia, que é comum ser diagnosticada por volta dos 20 anos de idade.
 Substâncias diferentes podem ajudar a desenvolver esse distúrbio
O ponto anterior mostra a importância dos fatores genéticos como uma das causas do transtorno bipolar. Mas fatores ambientais, como o uso de substâncias psicoativas e farmacológicas, podem causar esse distúrbio. Entre o uso de drogas e medicamentos que podem causar transtorno bipolar estão:
Drogas como cocaína, ecstasy, anfetaminas ou maconha
Medicamentos para o tratamento da tireoide e corticosteroides
Transtorno bipolar não é transtorno dissociativo de identidade (ou transtorno de personalidade múltipla)
Esses dois distúrbios podem ser confundidos pelo elemento “personalidades diferentes”. Mas o que caracteriza a desordem de identidade dissociativa da personalidade é que existem duas ou mais identidades ou personalidades diferentes na pessoa que sofre dessa patologia.
 O transtorno bipolar pode piorar muito se não for tratado
Às vezes pode ser que o indivíduo procure ajuda, mas pode ser difícil para ele realizar o tratamento farmacológico durante a fase maníaca, já que ele geralmente se sente cheio de energia. Geralmente o medicamento é administrado ao paciente quando ele está na fase aguda, para tê-lo sob controle. Se a pessoa com transtorno bipolar não for tratada, os sintomas pioram.
Intervenção
Sujeito: Paciente do sexo Feminino, 34 anos, foi casada por 12 anos, tem 2 filhas, Atendente há nove anos, segundo grau completo, religião católica, natural da cidade de Curitiba/PR e residente em Jaraguá do Sul/SC
Queixa Principal: Sintomas de ansiedade e cronicamente insegura em situação profissional, baixa produtividade, instabilidade no humor, perda de controle emocional, ideação violenta
Na avaliação psicológica e verbalizações iniciais, ficou evidente que a paciente tinha como foco principal de atenção os aspectos fisiológicos (dores de cabeça, pressão na nuca, aperto da mandíbula, entre outros) do seu funcionamento global, apresentando extrema dificuldade em fornecer dados precisos sobre diagnóstico e tratamentos neurológicos anteriores, atribuindo a estes o comportamento agressivo atual.
A primeira etapa buscou acolher a paciente para estabelecer um ambiente de confiança e colaboração, gradualmente. Para facilitar a revelação e minimizar as negações e autodefesas, utilizou-se perguntas estruturadas. 
Inicialmente não confrontativas, porém específicas sobre seu comportamento violento. Em geral, quando a paciente admite o uso de violência contra objetos, pode justificar suas ações como autodefesa. 
Foi sugerido que se fizessem inicialmente registros diários deste comportamento e os classificassem em ordem de importância, frequência e intensidade, bem como pensamentos e sentimentos associados. 
Este instrumento possibilitou a exploração minuciosa, com a paciente, dos eventos precipitantes do ato agressivo, tanto interno quanto externo, de modo que os estímulos da raiva puderam ser enfraquecidos, concomitantemente com o reforço diferencial de outros comportamentos mais adaptativos
Na medida em que, por meio de registro diário, a paciente demonstrou ser capaz de perceber os impulsos agressivos e a relação entre antecedentes e consequentes, passando a corrigir as distorções de pensamento, houve uma sensível diminuição do comportamento agressivo, o que possibilitou incorporar dentro dos elementos do tratamento uma orientação mais cognitiva.
A exposição e a prevenção de resposta foram utilizadas durante todo o processo de intervenção nas atividades do dia-a-dia, monitorando pensamentos antecipatórios geradores de comportamentos agressivos e discriminando todos os passos para a solução de problemas relacionados a estes. A estratégia de pausa ounas relações interpessoais que causa ansiedade apresentou-se como um instrumento positivo no controle do impulsivo e agressivo, na reestruturação cognitiva. 
Avaliação Final
Na avaliação final foi observada uma diminuição significativa das queixas características do Transtorno Explosivo Intermitente; redução dos sintomas de inquietação interna, ideação violenta, comportamento agressivo; além da remissão da sintomatologia orgânica. Na avaliação mensal de sintomas de depressão, ansiedade e stress, os resultados mantiveram-se estáveis durante todo o tratamento.
Referências:
Revista Tua Saúde
Disponível em: <http: //www.tuasaude.com.br/bipolaridade/>. Acesso em 18 Mai de 2020. 
TAVARES, Diego; como conviver com a Bipolaridade. RJ 2016.
 
KAPHAN, H; SADOCK, B; GREEB, J. Compêndio da psiquiatria clínica. 9ª edição, Porto Alegre: Artes médicas, 1997.
Transtorno Bipolar
Disponível em: <http: //vittude.com/blog/transtornobipolar/>. Acesso em 18 Mai de 2020.
 
MORENO, Ricardo; Terapias cognitivas relacionadas a transtorno Bipolar. POA 2011.
 
ARAÚJO, Álvaro, & Neto, F. (2014). A Nova classificação Americana para transtornos mentais - O DSM 
 
Intervenção cognitivo-comportamental em transtorno explosivo intermitente: relato de caso.
Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-56872009000100006/> acesso em 18 Mai de 2020.

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