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Transtornos de humor

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Laryssa Barros – P6 – Psiquiatria 
 
Psiquiatria 
Etapas da consulta psiquiátrica 
 →Objetivos da entrevista psiquiátrica: 
-obtenção de informação confiável, válida e útil a respeito dos 
problemas mentais, que deverá ser elaborada e codificada de 
acordo com os diferentes métodos psicopatológicos, com o 
objetivo de planejar e implementar tratamentos, motivando o 
paciente, criando e mantendo uma relação terapêutica 
sustentável + prognostico. 
→Características: 
- preferir um ambiente fechado, isolado acusticamente e com 
uma temperatura agradável. Evitar o máximo possível que 
haja interrupções. 
- No início é essencial que o médico se apresente, explique o 
objetivo da entrevista e, se possível, obtenha o consentimento 
do paciente. Se não há plena consciência de morbidade por 
parte do paciente, é fundamental que se entrevistem os 
familiares – ou outras pessoas que possam prestar 
informações –, de preferência com a concordância (e a 
presença) do paciente 
→Regras básicas: 
• No começo, deve-se deixar o paciente falar livremente, e 
só depois perguntar de modo mais específico temas ou 
pontos duvidosos. 
 
• saber quando e como interromper o paciente: sem cortar 
o fluxo da comunicação, mas sem deixar que a 
minuciosidade ou a prolixidade prejudiquem a obtenção 
da história clínica. 
 
• Não fazer um diálogo monótono e mecânico e sim o mais 
natural e informal possível. 
 
• Evitar perguntas muito sugestivas, fechadas, que podem 
ser respondidas com um simples sim ou não (perguntar 
como esta se sentindo ao invés de, esta ansioso?) 
 
• Não aceitar jargões fornecidos pelos pacientes, como 
“nervoso”, “deprimido”, “tenho pânico→pedir pra ele 
explicitar melhor. 
→Principios gerais 
• Acordo e respeito do processo 
-se apresentar e esclarecer a razão de esta conversando com o 
pct + obter consentimento para fazer a consulta + saber se o 
pct foi a consulta voluntariamente ou não. 
• Privacidade e confidencialidade 
-Devem ser asseguradas, mesmo que o pct esteja em 1 
hospital; 
-Algumas avaliações (forenses e as de invalidez), são menos 
confidenciais, e o que é discutido pode ser compartilhado com 
outras pessoas→deve-se informar ao pct e anotar no 
prontuário. 
-caso o paciente indique que pretende causar dano a outra 
pessoa, e o psiquiatra sugere que isso poderia de fato 
acontecer, ele pode ter a obrigação legal de alertar a vítima 
potencial. 
-Se um familiar desejar conversar com o psiquiatra, é 
preferível um encontro com o(s) familiar(es) e o paciente 
juntos no fim da sessão e após este ter dado seu 
consentimento. O psiquiatra não revela material que o 
paciente compartilhou, mas escuta o que os familiares têm a 
dizer e discute itens que o paciente introduz durante a sessão 
conjunta. 
-quando os familiares não pediram para participar da sessão 
e o psiquiatra sentir que a inclusão poderia ser proveitosa, ele 
aborda esse assunto com o paciente (não é capaz de se 
comunicar de forma efetiva). 
-Em contextos educacionais e forenses, pode haver ocasiões 
em que a sessão seja gravada. O paciente deve ser informado 
sobre a gravação e como ela será usada. Deve ser discutido 
por quanto tempo a gravação será mantida e como o acesso a 
ela será restrito. 
• Respeito e consideração 
• Rapport 
-respostas harmoniosas do médico ao paciente e do paciente 
ao médico. 
-É importante que os pacientes sintam cada vez mais que a 
avaliação é um esforço conjunto e que o psiquiatra está 
verdadeiramente interessado na história deles 
• Relação paciente-medico 
-demonstração pelos médicos de que entendem o que o 
paciente está declarando e sentindo; reconhecimento pelo 
paciente de que o médico se importa; 
-é reforçado pela autenticidade do médico. Ser capaz de rir em 
resposta a um comentário bem-humorado, admitir um erro ou 
desculpar-se por um engano; 
-Dependendo da natureza do tratamento, pode ser útil para o 
psiquiatra compartilhar alguma informação pessoal mesmo 
que ela não seja perguntada de maneira direta pelo paciente, 
e quando o mesmo perguntar responder de forma direta o que 
julgar ter resposta. 
Laryssa Barros – P6 – Psiquiatria 
 
• Empatia 
• Transferência 
- é o processo em que o paciente inconsciente e 
inadequadamente desloca para indivíduos em sua vida atual 
aqueles padrões de comportamento e reações emocionais que 
se originaram com figuras significativas do início da vida, 
com frequência da infância. Na situação clínica, o 
deslocamento é para o psiquiatra, que é uma figura de 
autoridade ou um pai substituto. É importante que o 
psiquiatra reconheça que a transferência pode estar dirigindo 
os comportamentos do paciente, e as interações com o 
psiquiatra podem ser baseadas em distorções que têm suas 
origens muito mais cedo na vida→O fracasso em reconhecer 
esse processo pode levar à reação inadequada do psiquiatra 
ao comportamento do paciente como se fosse um ataque 
pessoal 
• A entrevista deve ser centrada no paciente 
-A individualidade da experiência do paciente é o tema 
central, e sua história de vida é evocada, sujeita às restrições 
de tempo, à vontade dele de compartilhar parte desse material 
e à habilidade do entrevistador 
• Segurança e conforto para o pct e para o médico 
• Tempo e número de sessões 
-entrevista inicial= 45 a 90 minutos ; Para pacientes internados 
em uma unidade médica ou, que estão confusos, em 
considerável sofrimento ou psicóticos= 20 a 30 minutos ou 
menos. 
Sala de exame 
o paciente e o psiquiatra fiquem sentados a uma distância de 
cerca de 1,20 a 1,80 m. O psiquiatra não deve estar sentado 
atrás de uma escrivaninha. Deve se vestir profissionalmente e 
estar bem arrumado. As distrações devem ser mínimas, não 
deve haver interrupções de telefone ou de mensagem de texto 
durante a entrevista. O paciente deve sentir que o tempo foi 
reservado apenas para ele 
→Anamnese 
A redação final de uma observação 
psiquiátrica precisa ser completa, 
sem ser sobrecarregada ou 
repetitiva, mas nunca será 
totalmente completa e precisa. 
→Itens= identificação, QP, motivo do 
atendimento, HDA, história 
patológica pregressa, história fisiológica, história pessoal, 
história social e história familiar. 
-Identificação= alcoolismo é mais comum em homens; 
esquizofrênicos em geral não são casados; pacientes com 
retardo mental costumam apresentar um baixo nível 
educacional; 
-Motivo do atendimento= só é necessário quando não há 
consciência de morbidade por parte do paciente. O seu 
conteúdo é fornecido por outra pessoa: um familiar, vizinho, 
bombeiro, policial, outro profissional de saúde etc. São 
reproduzidas literalmente as palavras do informante. 
-HDA= São incluídas informações (sobre alterações psíquicas 
e físicas) pesquisadas ativamente pelo entrevistador, mesmo 
que não tenham sido trazidas espontaneamente pelo paciente 
ou informante + negativos pertinentes (sintomas cuja ausência 
pode ser significativa para a identificação da doença ou da 
fase evolutiva em que esta se encontra) + Episódios 
psiquiátricos anteriores já que estes devem estar relacionados 
ao atual→os transtornos mentais são, em geral, crônicos. 
-HPP= estados mórbidos passados, em geral não 
psiquiátricos, que não mostrem possuir relação direta ou 
indireta de causa e efeito com a moléstia atual. Caso exista, 
eles são incluídos na HDA: enurese, sonilóquio, pesadelos 
frequentes, terror noturno, sonambulismo, asma, 
tartamudez, fobia escolar, na infância; convulsões ou 
desmaios; doenças venéreas; outras doenças infecciosas, 
tóxicas ou degenerativas; traumatismos cranianos; alergia; 
intervenções cirúrgicas; hábitos tóxicos (álcool, tabaco, 
drogas ilícitas); uso de medicamentos + investigação de 
sistemas. 
-Historia pessoal: 
• Infância: personalidade, socialização, jogos e 
brincadeiras, aproveitamento escolar, ansiedade de 
separação (A criança costuma relatar preocupações com algo 
ruimacontecendo quando é separada dos pais. Os pais 
frequentemente descrevem a dificuldade de conseguir que a 
criança durma sozinha.) 
• Adolescência: desempenho escolar, uso de álcool e 
drogas, delinquência, relacionamentos interpessoais 
• Sexualidade: iniciação, preferência, orientação, número 
de parceiros, frequência 
• Vida profissional: vocações; estabilidade nos empregos; 
relacionamento com chefes, subordinados e colegas; 
desempenho. 
• Personalidade pré-mórbida: relacionamentos sociais, 
interesses, hábitos de lazer e culturais, padrão de humor, 
agressividade, introversão/extroversão, 
egoísmo/altruísmo, independência/dependência, 
atividade/passividade, valores, adaptação ao ambiente. 
-História social= moradia, socioeconômico, ocupação, 
religião. 
Laryssa Barros – P6 – Psiquiatria 
 
-HF=doenças psiquiátricas e não psiquiátricas; gravidez 
indesejada pelos pais do paciente, separação dos pais, quem 
criou o paciente; ordem de nascimento entre os irmãos, 
diferenças de idade; características de personalidade dos 
familiares, o relacionamento entre estes e destes com o 
paciente; atitude da família diante da doença do paciente; 
relacionamento com o cônjuge e filhos. 
-Historia psiquiátrica pregressa= o médico deve obter 
informações sobre todas as doenças psiquiátricas e seu curso 
ao longo da vida do paciente, incluindo sintomas e 
tratamento. Tendo em vista que a comorbidade é mais a regra 
do que a exceção, além dos episódios anteriores da mesma 
doença + tratamentos dos episódios anteriores devem ser 
revistos em detalhes. 
-Uso e abuso de substancias= Os períodos de sobriedade 
devem ser anotados incluindo duração e situação; O impacto 
do uso sobre interações sociais, trabalho, escola, 
consequências legais e dirigir intoxicado deve ser abordado. 
 
→Estado mental 
 
-Soft signs= sinais que nos deixam com alerta. Eles são 
sugestivos de transtornos, mas não específicos, e podem ter 
múltiplas causas possíveis. Em geral, não fazem parte dos 
critérios diagnósticos de transtornos mentais ou de 
personalidade, mas tornam-se evidentes precocemente, no 
início da entrevista e, sugerem pesquisa de certas áreas de 
problemas. 
-hard signs= nos dão a certeza do problema, indicativos de 
transtornos, com alguma especificidade. Em geral, fazem parte 
dos critérios diagnósticos de transtornos mentais ou de 
personalidade. Tornam-se evidentes durante a entrevista, por 
ocasião da coleta da história psiquiátrica. Devem ser 
pesquisados ativamente sempre que houver evidências, em 
geral sugeridas por soft signs. 
-Sinais de alerta= podem se tornar evidentes de imediato, no 
início da entrevista, ou podem passar despercebidos ou ser 
omitidos intencionalmente pelo paciente. Devem sempre ser 
pesquisados ativamente, mesmo quando não há evidências de 
transtornos, pois sua identificação leva 
a condutas importantes. O não 
reconhecimento implica riscos 
significativos 
Exame psíquico 
começa no primeiro contato com o paciente, antes de se 
obterem os dados de identificação. O psiquiatra experiente 
será capaz de realizar a maior parte do exame do estado 
mental ao mesmo tempo em que completa a história; 
-é comparável ao exame físico na medicina geral→o que é 
relatado pelo paciente deve ser incluído na anamnese; o que é 
observado pelo examinador representa o exame psíquico. 
-grande parte das vivências internas, subjetivas, dos pacientes 
são expressas em seu comportamento, sua mímica ou sua fala, 
tornando-se assim passíveis de serem observadas e descritas 
por outras pessoas, isto é, tornando-se objetivas. 
-são descritas apenas as alterações presenciadas durante a 
entrevista. 
-Na redação, é conveniente a descrição do local que se 
realizou o exame: se no domicílio do paciente, em consultório 
ou ambulatório, em quarto de hospital, ou numa enfermaria; 
se havia mais alguém presente. 
-faz parte do exame psíquico a descrição das funções mentais 
preservadas. Não devem ser consideradas as possíveis causas 
dos fenômenos: são apontadas todas as alterações presentes, 
mesmo que, se acredite que elas sejam devidas à medicação 
em uso. 
-não é usado termos técnicos, apenas uma descrição. 
Súmula psicopatológica 
 → Na súmula torna-se explícita a subdivisão das funções 
mentais e são utilizados termos técnicos. 
Exame físico 
deve ser dada ênfase ao exame neurológico e ao do sistema 
endócrino→A necessidade de exame físico geral e 
especializado, neurológico, deve ser definida pelo problema 
e pelo contexto apresentados pelo paciente. 
-O exame da constituição (morfologia corporal) pode ser 
incluído no exame físico, na parte da inspeção geral. 
Formulação de 1 diagnóstico 
Explicação sobre os problemas= 
o momento de informar sobre a doença, ou o problema. Pode 
ser útil material didático impresso, sugestão de leitura de 
livros e a consulta a sites confiáveis. O melhor é a velha e 
boa conversa olho no olho, com a necessária adaptação de 
Laryssa Barros – P6 – Psiquiatria 
 
linguagem, que tem como objetivo transmitir conhecimento 
e credibilidade, e, diminuir ao mínimo a insegurança. 
Tratamento 
-Explica-se tudo sobre o tratamento, discutem-se as 
diferentes opções e, junto com o paciente, define-se a 
estratégia e quem fará o tratamento, de acordo com uma 
decisão compartilhada entre médico e paciente 
Orientações e prescrições e retorno 
Transtornos de humor 
→Os 2 transtornos estudados são transtornos de humor 
(afetivos). 
-Humor= emoção ou tom de sentimento difuso e persistente 
que influencia o comportamento de uma pessoa e colore sua 
percepção de ser no mundo. São usados vários adjetivos para 
descrever o humor, alguns percebidos pelo médico (rosto 
infeliz) e outros apenas pelo paciente (desesperança). Pode ser 
lábil, flutuar ou alternar rapidamente entre 2 extremos. 
-sinais e sintomas de transtorno do humor: mudanças no 
nível de atividade, nas capacidades cognitivas, na fala e nas 
funções vegetativas 
-Tipos de transtorno de humor: 
 Depressão e TAB: Pacientes apenas com episódios 
depressivos maiores têm transtorno depressivo maior ou 
depressão unipolar. Aqueles com episódios tanto 
maníacos quanto depressivos ou somente maníacos são 
considerados com transtorno bipolar. Os termos “mania 
unipolar” e “mania pura” às vezes são usados para 
pacientes bipolares que não têm episódios depressivos. 
 
 Outros transtornos de humor: hipomania (sintomas 
maníacos que não satisfaz os critérios para episódio 
maníaco); ciclotimia (forma menos grave de TAB) e 
distimia (forma menos grave de depressão maior). 
 
 Recentemente acha-se que o TAB seja uma forma mais 
grave de depressão (pacientes em exame mais cuidadoso 
diagnosticados com deprê revelam episódios passados 
maníacos ou hipomaníacos não detectados) 
Compreender o Transtorno Afetivo Bipolar (TAB): 
→ Mania: é um período distinto de humor anormal e 
persistentemente elevado, expansivo ou irritável que dura 
pelo menos 1 semana (menos se o paciente tiver de ser 
hospitalizado). 
→Hipomania: dura 4 dias, é semelhante a mania, porém não 
causa comprometimento funcionamento social ou 
ocupacional, sem aspectos psicóticos. 
→Sintomas gerais dos 2: autoestima inflada, necessidade de 
sono diminuída, distratibilidade, grande atividade física e 
mental e envolvimento excessivo em comportamento 
prazeroso. 
TAB 1= 1 ou mais episódios maníacos e as vezes ep deprê, 
alternados com eutimia (humor inalterado). 
TAB 2= deprê maior + hipomania (predomínio da deprê) 
TAB misto= período de pelo menos 1 semana no qual tanto 
um episódio maníaco quanto um episódio depressivo maior 
ocorrem quase diariamente. 
→EPIDEMIO 
- Incidência anual < 1% (formas 
leves passam despercebidas) 
-Segundo a OMS, é considerada 
a 6ª causa de incapacidade em 
indivíduos entre 15 e 44 anos ao redor do mundo. 
-Ao longo da vida= TB I e o TB II, chamados de formas 
clássicas→ 2,4% da populaçãogeral 
- prevalência estar aumentando ao longo dos anos= 
relacionado com mudanças nos critérios diagnósticos 
adotados, melhor reconhecimento da doença ou mesmo a um 
aumento real de prevalência em razão da exposição a 
diferentes fatores ambientais →dieta, estresse, privação de 
sono 
-SEXO: mania é mais 
comum em homem; TAB 1 
tem prevalência igual; 
Quando episódios 
maníacos ocorrem em 
mulheres, elas têm mais 
probabilidade de apresentar 
um quadro misto (mania e 
depressão). E, têm uma taxa 
mais alta de ciclagem rápida 
(4 ou mais episódios maníacos no período de um ano). 
-IDADE= início mais precoce que a depressão maior→ 30 
anos variando de 5 a 50 ou mais. 
-ESTADO CIVIL= maior entre pessoas divorciadas e solteiras 
do que as casadas, mas essa diferença pode refletir o início 
precoce e a discórdia conjugal resultante característica do 
transtorno. 
-SOCIOECONÔMICO E CULTURAL= maior em classe 
social mais alta + pessoas sem curso superior (idade de início 
precoce). 
-COMORBIDADES= mais comorbidade com uso de 
substância e transtornos de ansiedade do que aqueles com 
Laryssa Barros – P6 – Psiquiatria 
 
deprê. Estudo comprovou que a história ao longo da vida de 
transtornos por uso de substâncias, transtorno de pânico e 
TOC foi cerca de 2 vezes mais alta entre pacientes com 
transtorno bipolar I (61, 21, e 21%) do que nos com depressão 
maior unipolar (27, 10 e 12%). 
-GENÉTICA= história familiar de TB tem maior risco 
de desenvolver a doença. Parentes de 1ºgrau→5 a 
10% de apresentar a doença ao longo da vida+ 
maior risco para transtorno esquizoafetivo e a 
depressão unipolar 
→CAUSAS 
-doença multifatorial e de alta herdabilidade (potenciais 
mecanismos biológicos envolvidos) 
-Atualmente, tornou-se evidente que, além da sua 
característica cíclica, o TB também apresenta progressão ao 
longo do tempo em relação a apresentação clínica, resposta 
ao tratamento, neurobiologia e incapacidade funcional→Se 
não for tratado de maneira eficaz, segue trajetória 
neurobiológica com progressão gradual para dano estrutural 
cerebral e prejuízo funcional 
→DIAGNÓSTICO 
-Pacientes com TAB 1 e 2 têm mais probabilidade de ter 
diagnósticos estáveis ao longo do tempo. 
TAB 1 
-a presença de um período distinto de humor anormal de pelo 
menos 1 semana e incluem diagnósticos separados de TB I 
para um episódio maníaco único e para um episódio 
recorrente com base nos sintomas do episódio mais recente. 
-Único= o paciente precisa esta em seu 1° ep; Recorrente= a 
partir do 2°, quando são separados por pelo menos dois meses 
sem sintomas significativos de mania ou hipomania. 
TAB 2 
-episódios depressivos e hipomaníacos durante o curso do 
transtorno, mas os episódios de sintomas maníaco-símiles não 
satisfazem critérios diagnósticos para uma síndrome maníaca 
completa. 
-os critérios especificam a gravidade, a frequência e a duração 
dos sintomas hipomaníaco. 
***EM AMBOS, TAB 1 E 2 EPISÓDIOS MANÍACOS OU HIPO INDUZIDOS POR 
ANTIDEPRESSIVOS NÃO SÃO DIAGNÓSTICOS DE TAB. 
→SINTOMAS 
• Ciclagem rápida 
-Pacientes com transtorno bipolar I com ciclagem rápida 
tendem a ser mulheres e a ter vivenciado episódios 
depressivos e hipomaníacos. 
-não tem herança familiar→há um fator externo e estressor 
envolvido em sua gênese 
-pelo DSM-5→pelo menos 4 episódios dentro de um período 
de 12 meses. 
→CARACTERISTICAS CLINICAS 
-pacientes com TB I têm estados mistos com aspectos tanto 
maníacos quanto depressivos, e alguns parecem vivenciar 
episódios de depressão rápidos – de minutos a poucas horas 
– durante os episódios maníacos. 
• Episódios maníacos 
-estado de humor elevado, expansivo ou irritável→O estado 
de humor eufórico muitas vezes é contagiante e pode até 
causar uma negação contratransferencial da doença por um 
médico inexperiente. Pessoas de fora podem não conhecer a 
diferença no humor do paciente mas quem o conhece 
identifica como anormal. Quando os planos excessivamente 
ambiciosos do paciente são contrariados→humor irritável. 
-O engrandecimento do eu pode vir acompanhado de 
taquipsiquismo (agitação psicomotora, logorreia, taquilalia e 
pensamento acelerado ou com fuga de ideias) 
-geralmente há mudança de euforia no início da doença para 
uma posterior irritabilidade. 
-tratamento em unidade hospitalar é difícil= tentativa de 
testar os limites das regras da unidade; transferir a 
responsabilidade por seus atos para os outros; explorar as 
fraquezas dos outros e criar conflitos entre membros da 
equipe. 
-uso de álcool em excesso (tentativa de automedicação). Sua 
natureza desinibida reflete-se no uso excessivo do telefone 
(fazer chamadas de longa distância durante as primeiras 
horas da manhã). 
-COMPORTAMENTO= Jogo patológico, tendência a se despir 
em lugares públicos, usar roupas e joias de cores brilhantes 
em combinações incomuns ou extravagantes e desatenção a 
pequenos detalhes (esquecer de desligar o telefone), 
hipersexualidade, envolvimento com atividades perigosas e 
ações inadequadas tendo em vista o meio sociocultural. 
-SINTOMAS SOMÁTICOS= maior energia e disposição, 
menor necessidade de sono sem prejuízo funcional no dia 
seguinte ou mesmo marcada agitação psicomotora. 
-agem de maneira impulsiva (gastos e compras excessivas) e, 
ao mesmo tempo, com um sentido de convicção e propósito. 
São preocupados com ideias religiosas, políticas, financeiras, 
Laryssa Barros – P6 – Psiquiatria 
 
sexuais ou persecutórias que podem evoluir para sistemas 
delirantes complexos. 
- anosognosia= dificulta a adesão do tratamento→falta de 
percepção da doença ou de que o indivíduo está vivendo 
alguma situação que não é parte de seu funcionamento 
psíquico habitual. 
• Adolescentes= costuma ser diagnosticada de forma 
errônea como transtorno da personalidade 
antissocial ou esquizofrenia; psicose, abuso de álcool 
ou outras substâncias, tentativas de suicídio, 
problemas escolares, ruminação filosófica, sintomas 
de TOC, queixas somáticas múltiplas, irritabilidade 
acentuada levando a brigas e a outros 
comportamentos antissociais. 
 
• TAB 2 
-está associado com mais problemas conjugais e com uma 
idade de início mais precoce do que TAB1 
-têm risco mais alto de tentar e de completar o suicídio; 
• Depressão 
-Os sintomas são semelhantes ao transt depre maior→A 
diferenciação entre as depressões bipolares e as unipolares 
tem implicações muito importantes para o manejo clínico e o 
prognóstico dos pacientes, já que o uso de antidepressivos 
(AD) isolados, sem a concomitância de estabilizadores do 
humor (EH), não só tem pouca eficácia na depressão bipolar, 
quanto pode induzir episódios 
maníacos, estados mistos e piorar a 
doença a longo prazo. 
-Sinais mais característicos de 
deprê bipolar= idade de início 
precoce, recorrência, início no pós-
parto, duração breve de episódios 
depressivos, sintomas atípicos, 
psicose, depressão mista, depressão 
anérgica, irritabilidade/ataques de 
raiva e personalidade hipertímica. 
→EXAME DO ESTADO MENTAL 
• Descrição geral 
-são excitados, tagarelas, divertidos e, hiperativos; as vezes 
podem estar psicóticos e desorganizados, necessitando de 
contenção física e injeção intramuscular de sedativos. 
• Humor, afeto e sentimentos 
-eufóricos, mas também podem ser irritáveis; têm baixa 
tolerância à frustração, que pode levar a sentimentos de raiva 
e hostilidade; podem ter labilidade emocional, mudando do 
riso para irritabilidade e para depressão em minutos ou horas. 
• Fala 
-não podem ser interrompidos enquanto estão falando e 
costumam ser intrusivos e desagradáveis para com as pessoas 
a seu redor; a fala é confusa e a medida que a mania fica 
intensa, a fala se torna mais alta, mais rápida e difícil de 
interpretar; Quando o estado de ativação aumenta, a fala é 
repleta de trocadilhos, piadas, rimas, jogos de palavras e 
irrelevâncias. Em um nível de atividade ainda maior,as 
associações se tornam frouxas, a capacidade de se concentrar 
desvanece e aparecem fuga de ideias, ressonância e 
neologismos. Na excitação maníaca aguda pode ser 
totalmente incoerente e indistinguível da de uma pessoa com 
esquizofrenia. 
• Delírios 
-ocorrem em 75% de todos os pacientes maníacos. Os 
congruentes com o humor são relacionados com grande 
riqueza, capacidades extraordinárias ou poder. Pode ter 
delírios e alucinações incongruentes com humor. 
• Pensamento 
-temas de autoconfiança e autoengrandecimento; distraem-se 
com facilidade, e o desempenho cognitivo caracteriza-se por 
um fluxo de ideias incontido e acelerado. 
• Impulsos= 75% de todos os pacientes maníacos são 
agressivos ou ameaçadores. Eles tentam o suicídio e 
cometem homicídio 
• Julgamento e insight 
- podem violar leis sobre cartões de crédito, atividades 
sexuais e finanças e, podem envolver suas famílias na 
ruína financeira 
• Confiabilidade= não confiáveis em suas 
informações→ mentira e disfarce são comuns na 
mania. 
→DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
➢ Esquizofrenia, Demência, Uso de substancias 
 
→COMORBIDADES 
-Mais da metade dos pacientes com TB apresentam pelo 
menos 1 condição médica geral→ doenças metabólicas e 
cardiovasculares, distúrbios respiratórios (asma, DPOC) e 
Laryssa Barros – P6 – Psiquiatria 
 
neurológicos (enxaqueca, esclerose múltipla e 
epilepsia)→atenção a antipsicóticos atípicos. 
-Psiquiatricos= a maioria preenche critérios para outro 
transtorno→transtornos de ansiedade, uso abusivo de 
substâncias lícitas e ilícitas e transtornos alimentares. 
→CURSO E PROGNOSTICO 
-com muita frequência, começa com depressão (75% das vezes 
em mulheres, 67% em homens) e é uma condição recorrente. 
-A maioria experimenta tanto episódios depressivos quanto 
maníacos, MAS 10 a 20% experimentem apenas maníacos; 
-episódios maníacos costumam ter início rápido (horas ou 
dias), mas podem evoluir ao longo de algumas semanas; Se 
não tratado, dura cerca de três meses (não parar adm de 
medicamento antes de 3 meses); À medida que a condição 
progride, o tempo entre os episódios diminui, mas Após 5 
episódios o intervalo entre eles tende a se estabilizar em 6 a 
9 meses. 
➢ Prognostico 
- têm um prognóstico pior do que os afetados por transtorno 
depressivo maior (principalmente se for de inicio precoce). 40 
a 50% dos pacientes com TB I podem ter um segundo episódio 
maníaco no período de dois anos do primeiro episódio; 
-a profilaxia com lítio melhora o curso e o prognóstico do 
transtorno, provavelmente apenas 50 a 60% dos pacientes 
consigam um controle significativo de seus sintomas com a 
substância. 
-Mau prognostico= situação ocupacional pré-mórbida 
insatisfatória, dependência de álcool, manifestações 
psicóticas, manifestações depressivas entre os episódios e 
homem. 
-Bom prognostico= curta duração dos episódios maníacos, 
idade de início avançada, poucos pensamentos suicidas e 
poucas comorbidades. 
TAB 2= curso e o prognóstico indicam que o diagnóstico é 
estável, porque há alta probabilidade de que pacientes com 
esse transtorno tenham o mesmo diagnóstico até 5 anos mais 
tarde. 
→TRATAMENTO 
-envolve as terapias biológicas (farmacológicas e não 
farmacológicas-eletroconvulsoterapia (ECT), a estimulação 
magnética transcraniana (EMT) e a estimulação vagal) e as 
intervenções psicossociais. 
-A psicofarmacoterapia baseia-se no uso de EH, 
representados pelo carbonato de lítio, alguns 
anticonvulsivantes e nos AA (escolhidos de acordo com a 
apresentação clínica e a resposta prévia de cada paciente). Os 
AD podem ser utilizados, porém apenas em combinação com 
EH ou AA nos episódios agudos de depressão e na fase de 
manutenção (pact com predomínio da polaridade negativa), 
Fase aguda 
-É aconselhável tratar pacientes com mania grave no hospital; 
-adesão é problemática= ausência de entendimento de sua 
doença e se recusam a tomar os remédios. 
• Carbonato de lítio 
-é o protótipo do “estabilizador do humor”. Tem início de 
ação antimaníaca lenta→é suplementado nas fases iniciais do 
tratamento por antipsicóticos atípicos, anticonvulsivantes 
estabilizadores do humor ou benzodiazepínicos de alta 
potência. Os níveis terapêuticos do lítio estão entre 0,6 e 1,2 
mEq/L. 
• Valproato 
Diferentemente do lítio, o valproato é indicado apenas para 
mania aguda. Os níveis de dose típicos de ácido valproico são 
750 a 2.500 mg por dia. Uma série de exames laboratoriais é 
necessária durante o tratamento. usar com cautela em 
mulheres em idade fértil pelo risco de teratogenicidade, e em 
pacientes já em uso de lamotrigina pela chance de interação 
medicamentosa. 
• Carbamazepina e oxcarbazepina 
-dose= 600 e 1.800 mg por dia. a oxcarbazepina, tenha 
propriedades antimaníacas semelhantes, porém em doses 
mais elevadas. 
• Clonazepam e lorazepam e antipsicóticos atípicos 
Continuação e manutenção 
A fase de continuação começa imediatamente após a 
remissão dos sintomas agudos. O principal objetivo do 
tratamento nessa fase é manter a estabilidade do humor e 
evitar a recaída 
Laryssa Barros – P6 – Psiquiatria 
 
 
3) Entender o Transtorno Depressivo Maior: 
→DEFINIÇÃO: 
depressão sem episódio maníaco, hipo ou misto, com duração 
de pelo menos 2 semanas, e 4 sintomas no mínimo (alterações 
no apetite e peso, alterações no sono e na atividade, falta de energia, 
sentimentos de culpa, problemas para pensar e tomar decisões e 
pensamentos recorrentes de morte ou suicídio). 
→EPIDEMIO: 
-PREVALÊNCIA= Tem maior 
taxa de prevalência ao longo da 
vida dentre os transtornos de 
humor (17%, variando de 5-17); 
O Brasil tem uma prevalência de 
12,6%; Em pacientes com doenças crônicas= 25%. 
-SEXO= 2x maior em mulheres→diferenças hormonais, efeitos 
do parto, estressores psicossociais diferentes para mulheres e 
para homens e modelos comportamentais de impotência 
aprendida. em crianças pré-púberes, ocorre o inverso, sendo 
mais comum o acometimento de meninos. 
-IDADE= média de 40 anos (50% dos pacientes tem entre 20 e 
50 anos), mas pode iniciar na infância ou velhice. Esta 
aumentando a prevalência entre menos de 20 anos devido ao 
álcool e uso de drogas. 
-RAÇA= maior em brancos que em negros 
-É uma doença subdiagnosticada= crença de que a depressão 
não é uma doença “real”, o medo de estigmatização, a 
preocupação com a quebra de sigilo e o receio em se tornar 
“dependente” de antidepressivos, 
-ESTADO CIVIL= pessoas sem relacionamentos interpessoais 
íntimos e naquelas que são divorciadas ou separadas. 
-SOCIOECONÔMICO E CULTURAL= sem diferença entre 
classe social; mais comum em áreas rurais. 
-COMORBIDADES= pessoas com deprê tem mais chance de 
apresentar outros transtornos (abuso ou dependência de 
álcool, transtornos de pânico, TOC e transtorno de ansiedade 
social), e indivíduos com transtornos por uso de substâncias e 
de ansiedade também têm um risco elevado de transtorno do 
humor comórbido atual ou ao longo da vida. Geralmente 
homem por causa de drogas e mulheres ansiedade ou 
alimentares. 
***OS TRANSTORNOS POR USO DE SUBSTÂNCIAS E DE ANSIEDADE 
COMÓRBIDOS COM DEPRÊ OU TAB PIORAM O PROGNÓSTICO DA DOENÇA 
E AUMETAM O RISCO DE SUICÍDIO. 
→ETIOLOGIA: 
resultado da interação de fatores biológicos, psicológicos e 
sociais (precipitantes ou perpetuantes) 
-Fatores biológicos= 
ao invés das pesquisas atuais focarem em distúrbios causados 
por um único nt, estão focando em circuitos neurais, sistemas 
neurocomportamentais e mecanismos reguladores→ foco nas 
cascatas intracelulares desencadeadas por monoaminas. 
Aminas 
Dentre as aminas, a nora e a serotonina são as mais implicadas 
no transtorno do humor. 
 Nora= tem papel direto evidenciado pela correlação entre 
a down regulation dos receptores Badrenérgicos e as 
respostas clínicas aos antidepressivos + receptores B2 pré-
sinápticos, visto que sua ativação resulta em redução da 
quantidadede nora liberada. + eficácia clínica de 
antidepressivos noradrenérgicos (venlafaxina)→ 
pacientes previamente em uso de inibidor de recaptação 
de norepinefrina tiveram piora rápida nas escalas de 
depressão quando fizeram uso de 7, que inibe a síntese 
de catecolaminas 
 
 Serotonina= é o nt mais associada a deprê devido a 
eficácia dos ISRS (fluoxetina)+ A depleção da serotonina 
pode precipitar depressão + alguns pacientes com 
impulsos suicidas têm concentrações baixas de 
metabólitos da serotonina no líquor e concentrações 
baixas de zonas de captação de serotonina nas plaquetas. 
quando o triptofano, aminoácido precursor da serotonina, é 
esgotado rapidamente→ recaída grave de pacientes 
previamente em remissão pelo tratamento com ISRS. 
Laryssa Barros – P6 – Psiquiatria 
 
O desenvolvimento de tratamentos + especificos da deprê 
pode ser uma realidade futuramente, com a identificação de 
múltiplos subtipos de receptores serotoninérgicos. 
 Dopa= está reduzida na deprê e aumentada na mania→ 
os medicamentos que reduzem as concentrações da 
dopamina – reserpina – e as doenças que também têm 
esse efeito (Parkinson) estão associados com sintomas 
depressivos. Teorias recentes sobre dopamina e depre= a 
via mesolímbica esteja + receptor D hipoativo . 
 
 Ach= esta distribuída de forma difusa por todo o córtex e 
neurônios colinérgicos interagem com os 3 tipos de 
monoaminas citados→ níveis anormais de colina foi 
encontrado na necropsia de pacientes deprimidos 
refletindo anormalidades na composição celular de 
fosfolipídeos 
Agonistas colinérgicos→produzir letargia, falta de energia e 
retardo psicomotor em indivíduos saudáveis, exacerbar os 
sintomas na depressão e reduzir os sintomas na mania. 
 Gaba= tem efeito inibidor sob as vias ascendentes 
monoaminérgicas, (sistemas mesocortical e 
mesolímbico). Esta reduzido no líquor, plasma em 
pacientes depressivos e no CPF. O estresse crônico 
pode reduzir e esgotar o gaba (estudo com animais) 
→os receptores de GABA sofrem aumento quando 
são adm antidepressivos, e alguns medicamentos 
GABAérgicos têm efeitos antidepressivos fracos. 
 
 Glutamato= principal nt excitatório do snc, se liga ao 
NMDA→, existe alta concentração de receptores de 
NMDA no hipocampo + O glutamato pode operar em 
conjunto com a hipercortisolemia para mediar os 
efeitos neurocognitivos prejudiciais da depressão 
recorrente grave + agentes que antagonizam o NMDA 
tem efeitos antidepressivos. 
 
 Segundos mensageiros= regulam a função dos canais 
iônicos da membrana neuronal. Evidências crescentes 
também indicam que agentes estabilizadores do 
humor agem sobre as proteínas G ou outros segundos 
mensageiros. 
 
 Alterações da regulação hormonal= o estresse grave 
pode causar Alterações duradouras nas respostas 
neuroendócrinas e comportamentais→A atividade do 
gene codificado para o fator neurotrófico derivado do 
cérebro (BDNF) neuroquinina é diminuída após 
estresse crônico, assim como o processo de 
neurogênese→ Estresse prolongado pode induzir 
alterações no estado funcional dos neurônios e acabar 
levando a morte celular→história de trauma precoce 
está associada com atividade HHS aumentada 
acompanhada de alterações estruturais (atrofia ou 
diminuição de volume) no córtex→40 a 60% dos 
internados deprimidos apresentam-se com maior 
atividade do eixo HHA 
 Hipercortisolemia→ tônus inibitório de serotonina 
diminuído; impulso aumentado de norepinefrina, ACh ou 
hormônio liberador de corticotrofina (CRH); ou diminuição 
da inibição do feedback do hipocampo. 
O teste de supressão pelo uso de dexametasona (que 
geralmente suprime a atividade do eixo HHS por meio de 
feedback) para diagnosticar depressão maior foi 
desenvolvido justamente pela hipercortisolemia apresentada 
em pacientes depressivos→mas tem apenas cerca de 60% de 
concordância para a hipersecreção de cortisol e a não 
supressão pela dexametasona. 
 Eixo tireoidiano= 5 a 10% das pessoas avaliadas para 
depressão têm disfunção tireoidiana ainda não 
detectada (TSH basal elevado ou aumento devido a 
infusão de TRH). + (20 a 30%) apresenta uma resposta 
de TSH embotada à administração de TRH→ isso leva 
a evidência de um risco aumentado de recaída apesar 
da terapia antidepressiva preventiva. 
 
• GH é secretado na hipófise anterior após 
estimulação de nora e dopa e inibido por 
somatostatina (diminuída no LCR na deprê e 
aumentada na mania). 
 
 Prolactina= Não há anormalidades na secreção. 
 Alterações da neurofisiologia do sono= a deprê esta 
associada a perda do sono profundo (ondas lentas) e 
aumento do despertar noturno (refletido por 4 tipos 
de distúrbios→ (1) aumento nos despertares 
noturnos, (2) redução no tempo de sono total, (3) 
aumento do sono REM fásico e (4) aumento da 
temperatura corporal. Aumento do rem e diminuição 
do não rem→reduz o primeiro período de sono nREM 
(latência REM reduzida) o que persiste após 
recuperação de 1 episódio depressivo. →INSÔNIA 
INICIAL + SONO INSTISFATÓRIO. 
***PACIENTES QUE MANIFESTAM UM PERFIL DE SONO ANORMAL SÃO 
MENOS RESPONSIVOS A PSICOTERAPIA E APRESENTAM UM RISCO 
MAIOR DE RECAÍDA OU RECIDIVA E PODEM SE BENEFICIAR, 
SOBRETUDO, DA FARMACOTERAPIA. 
 Distúrbios imunológicos= deprê esta associada a 
diminuição da proliferação de linfócitos (que 
produzem neuromoduladores e citocinas) em 
resposta a mitógenos e outras formas de imunidade 
celular comprometida→ Parece haver uma ligação 
com gravidade clínica, hipercortisolemia e 
disfunção imunológica + a interleucina-1 pode 
Laryssa Barros – P6 – Psiquiatria 
 
induzir atividade gênica para a síntese de 
glicocorticoide. 
 
 Imagem cerebral estrutural e funcional= maior 
frequência de hiperintensidades anormais nas regiões 
subcorticais, tais como as regiões periventriculares, os 
gânglios da base e o tálamo→são mais comuns em 
transtorno bipolar e idosos refletindo o efeito 
neurodegenerativo de episódios afetivos recorrentes 
+ Aumento ventricular, atrofia cortical e alargamento 
sulcal + alguns pacientes podem ter volumes 
reduzidos do hipocampo ou do núcleo caudado 
sugerindo defeitos mais focais em sistemas 
neurocomportamentais relevantes. Áreas de atrofia 
difusas e focais foram associadas com maior 
gravidade da doença, bipolaridade e aumento dos 
níveis de cortisol. 
PET (tomo por emissão de pósitrons)= diminuição no 
metabolismo cerebral anterior, mais pronunciada no lado 
esquerdo + aumento relativo na atividade do hemisfério não 
dominante + inversão da hipofrontalidade ocorre após 
mudanças de depressão para hipomania (maiores reduções 
do hemisfério esquerdo são vistas na depressão, comparadas 
com maiores reduções do hemisfério direito na mania) + 
outros estudos viram reduções mais específicas do fluxo 
sanguíneo ou do metabolismo cerebrais nos tratos 
dopaminergicamente inervados dos sistemas mesocortical e 
mesolímbico + aumento do metabolismo da glicose em 
diversas regiões límbicas, em particular entre pacientes com 
depressão recorrente relativamente grave e história familiar 
de transtorno do humor. 
 Considerações neuroanatômicas= há 4 regioes no 
cérebro que regulam as emoções normais. O CPF 
contém representações de objetivos e as respostas 
adequadas para alcançá-los// o córtex cingulado 
anterior (CCA) ponto de integração de estímulos 
atencionais e emocionais.// O hipocampo está 
envolvido em várias formas de aprendizagem e 
memória// A amígdala parece ser um local crucial 
para o processamento de estímulos novos de 
significado emocional e para a coordenação e 
organização de respostas corticais (coração do 
sistema límbico)→Estao reduzidos na deprê. 
-Fatores genéticos= 
-Dados familiares= se um dos genitores tem um transtorno 
do humor, um dos filhos tem um risco entre 10 e 25% de 
também apresentá-lo. Se ambos os genitores são afetados, o 
risco duplica + Quanto mais membros da famíliaforem 
afetados, maior o risco para um filho + O risco é maior se os 
afetados forem parentes em primeiro grau + Uma história 
familiar de transtorno bipolar confere um risco maior para 
transtornos do humor em geral e, em particular, um risco 
muito maior para transtorno bipolar. O transtorno unipolar 
costuma ser a forma mais comum de transtorno do humor em 
famílias de probandos bipolares, isso sugere que ambos tem 
uma base genética comum. A presença de doença mais grave 
na família também confere um risco maior. 
-Gêmeos= Dados fornecem evidências de que os genes 
explicam apenas 50 a 70% da etiologia dos transtornos do 
humor. O ambiente ou outros fatores não hereditários devem 
explicar o restante. 
-Estudos de ligação= os cromossomos 18q e 22q são as duas 
regiões com evidência mais forte de ligação a transtorno 
bipolar. Já na deprê, Estudos de mapeamento genético 
encontraram evidência muito forte de ligação ao locus para a 
proteína ligadora do elemento de resposta a cAMP (CREB1) 
no cromossomo 2. Outro estudo relatou evidência de uma 
interação gene-ambiente no desenvolvimento de depressão 
maior→indivíduos com eventos de vida adversos em geral 
tinham risco aumentado para depressão→Destes aqueles com 
uma variante no gene transportador de serotonina 
apresentavam o maior aumento no risco. 
-Fatores psicossociais= 
 Acontecimentos de vida e estresse ambiental= eventos de 
vida estressantes mais frequentemente precedem os 
primeiros episódios de transtornos do humor, e não os 
subsequentes (em TDM e TAB1)→ porque o estresse que 
acompanha o primeiro episódio resulta em mudanças 
duradouras na biologia do cérebro que podem podem 
alterar os estados funcionais de vários neurotransmissores e 
sistemas sinalizadores intraneuronais (perda de neurônios 
ou redução de sinapses)→maior chance da pessoa 
subsequentemente desenvolver o transtorno de humor. 
***O EVENTO DE VIDA ASSOCIADO COM MAIS FREQUÊNCIA AO 
DESENVOLVIMENTO DA DEPRESSÃO É A PERDA DE UM DOS GENITORES 
ANTES DOS 11 ANOS// O ESTRESSOR AMBIENTAL MAIS ASSOCIADO AO 
INÍCIO DO EPISÓDIO É A PERDA DO CONJUGUE , E O DESEMPREGO (TRÊS 
VEZES MAIS PROBABILIDADE DE RELATAR SINTOMAS DE UM EPISÓDIO DE 
DEPRESSÃO MAIOR)// CULPA. 
 Fatores de personalidade= Nenhum traço ou tipo de 
personalidade isolado predispõe de forma única uma 
pessoa a depressão; todos os seres humanos, com qualquer 
padrão de personalidade, podem e ficam deprimidos sob 
determinadas circunstâncias. 
***transtornos da personalidade – obsessivo-compulsiva, 
histriônica e borderline – podem ter um risco maior de 
depressão do que pessoas com personalidade antissocial ou 
paranoide. 
***pacientes com distimia e transtorno ciclotímico têm o risco 
de mais tarde desenvolver depressão maior ou TAB 1 
Laryssa Barros – P6 – Psiquiatria 
 
***Acontecimentos estressantes recentes são os preditores 
mais poderosos do início de um episódio depressivo (o 
médico sempre está interessado no significado do estressor). 
+ estressores que se refletem de forma mais negativa na 
autoestima têm mais probabilidade de produzir depressão + 
o que pode ser leve para alguns pode ser devastador para o 
pct devido a significado que ele deu aquilo. 
- convívio familiar conflituoso pode contribuir tanto para a 
persistência da depressão quanto para seu início, devido a 
comentários críticos negativos e excesso de envolvimento 
emocional→estudo mostrou que é mais frequente em 
indivíduos que percebem seu suporte familiar como ruim ou 
insuficiente. 
 Fatores psicodinâmicos na deprê= teoria proposta por 
Freud e expandida por Karl Abraham= 4 pontos 
fundamentais= 
1) distúrbios na relação bebê-mãe durante a fase oral (10 a 18 
meses de vida) predispõem a vulnerabilidade subsequente a 
depressão; (2) a depressão pode estar ligada a perda real ou 
imaginada do objeto; (3) a introjeção de objetos que partiram 
é um mecanismo de defesa invocado para lidar com o 
sofrimento associado com a perda do objeto; e (4) visto que o 
objeto perdido é percebido com uma mistura de amor e ódio, 
sentimentos de raiva são dirigidos contra o self. 
- Fatores psicodinâmicos na mania= A maioria das teorias 
acerca da mania considera os episódios maníacos uma defesa 
contra a depressão subjacente. 
-Abraham acreditava que esses episódios pudessem refletir 
uma incapacidade de tolerar uma tragédia do 
desenvolvimento, como a perda de um dos genitores. Ou 
pode resultar de um superego tirânico, que produz autocrítica 
intolerável, que é, então, substituída pela autossatisfação 
eufórica 
-Bertram Lewin considerava o ego do paciente maníaco 
sobrecarregado por impulsos prazerosos (sexo), ou por 
impulsos temidos (agressão). 
- Klein também via a mania como uma reação defensiva 
contra a depressão, pelo uso de mecanismos de defesa, como 
a onipotência, em que o indivíduo desenvolve delírios de 
grandeza. 
-Outras formulações de depressão: 
Teoria cognitiva= a depressão resulta de distorções cognitivas 
específicas presentes nas pessoas predispostas a desenvolvê-
la, referidas como esquemas depressogênicos (modelos 
cognitivos que percebem tanto os dados internos quanto os 
externos de formas alteradas por experiências precoces.) 
A tríade cognitiva desenvolvida por Beck= três elementos. 
Primeiro, a percepção 
negativa que a pessoa tem 
dela mesma, acreditando ser 
inapta ou inadequada. 
Segundo, a visão negativa 
do mundo (trabalho e as 
relações). O terceiro consiste 
na visão negativa do futuro, 
que confere desesperança. A 
terapia tem como tarefa 
modificar tais distorções na 
vida do paciente. 
 Impotência aprendida= associa fenômenos depressivos à 
experiência de acontecimentos incontroláveis→explicações 
causais internas produzem perda de autoestima após eventos 
externos adversos. 
→DIAGNÓSTICO 
Critérios do DSM-5; 
-pode ser um episódio único ou ser recorrente, a diferença 
entre os 2 se baseia no curso incerto do transtorno no 1°. 
Episódio único: 
-a depressão maior envolve um conjunto heterogêneo de 
transtornos→ alguns pcts diagnosticados com deprê 
(estabilidade) foram posteriormente reclassificados com uma 
condição psiquiátrica diferente ou uma condição médica não 
psiquiátrica com sintomas psiquiátricos. 
-indivíduos deprimidos com mais sintomas depressivos têm 
mais probabilidade de ter diagnósticos estáveis ao longo do 
tempo e de ter parentes com doença afetiva do que indivíduos 
deprimidos com menos sintomas depressivos. 
TRANSTORNO DEPRÊ RECORRENTE 
-Indivíduos que estao vivenciando pelo menos um 2° episódio 
de depressão; 
- O problema ao diagnosticá-lo é escolher o critério para 
designar a resolução de cada período. As duas variáveis são o 
grau de resolução dos sintomas e a duração da resolução. 
-É preciso que o paciente fique 2 meses sem depressão e sem 
sintomas depressivos para caracterizar 2 episódios. 
→SUBTIPOS ESPECIFICADORES (CARACTERISTICAS 
DOS SINTOMAS) 
• Sintomas psicóticos 
-A presença de aspectos psicóticos no transtorno depressivo 
maior reflete doença grave e é um indicador de mau 
Laryssa Barros – P6 – Psiquiatria 
 
prognóstico. E TAB 1 é mais comum em família com 
depressão psicótica. 
- estes podem ser congruentes com o transtorno de humor 
(trasnt. Do humor psicótico) ou incongruentes com humor 
(transtorno esquizoafetivo, esquizofrenia) 
-Mau prognóstico para pct com transtorno de humor: longa 
duração dos episódios, dissociação temporal entre o 
transtorno do humor e os sintomas psicóticos e história de 
mau ajustamento social pré-mórbido e no tratamento,os 
pacientes requerem antipsicóticos além dos medicamentos 
tradicionais. 
• Aspectos melancólicos 
- é usado em referência a uma depressão caracterizada por 
anedonia grave, despertar matinal precoce, perda de peso e 
sentimentos profundos de culpa + ideação suicida; 
-esta associada a alterações no SNA e endócrino →depressão 
endógena. 
- pelo menos, 4dos seguintes sintomas durante um episódio 
depressivo. Pelo menos um é perda de prazer ou falta de 
reatividade a estímulos agradáveis→
 
• Aspectos atípicos 
-pacientes têm características específicas, previsíveis: excesso 
de apetite e de sono. Esses sintomas, têm sido referidos como 
sintomas vegetativos reversos, e seu padrão tem sido 
chamado, às vezes, de disforia histeroide. 
- tem idade de inicio mais precoce que uma depre típica, 
lentidão psicomotora mais grave, e diagnósticos coexistentes 
de transtorno de pânico, abuso ou dependência de 
substâncias e transtorno de somatização; tem alta incidência e 
gravidade de transtornos de ansiedade; podem ter um curso 
de longo prazo, um diagnóstico de transtorno bipolar I ou um 
padrão sazonal de seu transtorno. 
-A depressão atípica pode mascarar sintomas maníacos. 
• Aspectos catatônicos 
-sintomas característicos= estupor, afeto embotado, reclusão 
extrema, negativismo e retardo psicomotor acentuado→ 
podem ser observado em esquizofrenia, depre maior (com 
psicose) e doenças neurológicas. 
• Início no período pós parto= início dos sintomas ocorrem 
ate 4 semanas após o parto; é um subtipo altamente 
prevalente e subdiagnosticado do transtorno depressivo 
maior e causa um importante sofrimento à mulher, à sua 
família e ao seu filho. 
• Ciclagem rápida 
• Padrão sazonal= pacientes tendem a vivenciar episódios 
depressivos durante uma determinada estação (inverno); 
e tendem a responder ao tratamento com terapia 
luminosa. 
• Tipos não incluídos no DSM-5 
-complexo endógeno-reativo= O continuum endógeno-
reativo é uma divisão controversa. Implica que as depressões 
endógenas sejam biológicas e que as reativas sejam 
psicológicas, principalmente com base na presença ou 
ausência de um estresse precipitante identificável. 
-endogena= variação diurna, delírios, retardo psicomotor, 
despertar matinal precoce e sentimentos de culpa; 
-reativa= insônia inicial, ansiedade, labilidade emocional e 
queixas somáticas múltiplas. 
-Depressão primária= transtornos do humor, exceto pelos 
diagnósticos de transtorno do humor causado por uma 
condição médica geral e induzido por substância. 
-Depressão dupla= transtorno depressivo maior se superpõe 
a uma distimia. 
-Equivalente depressivo= é um sintoma ou uma síndrome que 
podem ser uma forme fruste de um episódio depressivo→ 
tríade de ociosidade, abuso de álcool e promiscuidade sexual 
em um adolescente anteriormente bem comportado. 
→ CARACTERISTICAS CLÍNICAS 
• Episódios depressivos 
-sintomas fundamentais= humor deprimido e perda de 
interesse ou prazer→ se sentem tristes, desesperançados, na 
“fossa” ou inúteis; dor emocional angustiante e, às vezes, se 
queixam de serem incapazes de chorar. 
-Suicidio= 2/3 de deprimidos cogitam e 10-15% cometem; pct 
recentemente hospitalizados por uma tentativa ou ideação 
suicida têm um risco mais alto durante a vida de suicídio bem-
sucedido do que aqueles que nunca foram hospitalizados pela 
mesma razão; 
-Quase todos os deprimidos (97%) se queixam de redução da 
energia, têm dificuldade de terminar tarefas, têm mau 
desempenho na escola e no trabalho e menos motivação para 
desenvolver novos projetos. 
-80% se queixam de dificuldades para dormir, especialmente 
de despertar matinal precoce (insônia terminal), e de 
despertares múltiplos ao longo da noite, durante os quais 
ruminam sobre seus problemas. Muitos têm diminuição do 
apetite e perda de peso, mas outros experimentam aumento 
Laryssa Barros – P6 – Psiquiatria 
 
do apetite e de peso e dormem por mais tempo do que o 
habitual. 
-90% dos deprimidos tem ansiedade→junto com abuso de 
álcool e queixas somáticas complicam o tratamento. 
-mudanças na ingestão de alimentos e no repouso podem 
agravar condições clínicas coexistentes, como diabetes, 
hipertensão, doença pulmonar obstrutiva crônica e doenças 
cardíacas; anormalidade na menstruação e diminuição do 
interesse e do desempenho nas atividades sexuais; 
-50%= variação diurna de seus sintomas, com aumento de 
gravidade pela manhã e diminuição dos sintomas à noite; 
-há relatos subjetivos de dificuldade e concentração e para 
pensar. 
-distúrbios psicomotores (agitação ou retardo) + culpa 
delirante são menos comuns, mas representam maior 
gravidade. 
- homens tem mais sintomas como agressividade, raiva, uso 
abusivo de substâncias e comportamentos de risco –sintomas 
“alternativos” de depressão – comparados com mulheres 
• Crianças= fobia escolar e apego excessivo aos pais. 
• Adolescentes= Mau desempenho escolar, abuso de 
drogas, comportamento antissocial, promiscuidade, 
ociosidade e fuga de casa. 
• Idosos= estar correlacionada a condição socioeconômica 
baixa, perda de um cônjuge, doença física concomitante e 
isolamento social; é pouco diagnosticada e raramente 
tratada 
-AS QUEIXAS SOMÁTICAS APRESENTAM-SE COM MAIS FREQUÊNCIA 
EM PACIENTES IDOSOS DO QUE NA POPULAÇÃO MAIS JOVEM 
• Transtornos coexistentes: 
-ansiedade 
-dependencia de álcool= Pacientes com transtorno 
depressivo maior, e transtorno bipolar I, têm probabilidade de 
satisfazer os critérios diagnósticos de um transtorno por uso 
de álcool. 
-Outras substancias= O abuso de substâncias pode estar 
envolvido na precipitação de um episódio de doença ou, pode 
representar a tentativa do paciente de tratar a própria doença. 
deprimidos costumam usar estimulantes, como cocaína e 
anfetaminas, para aliviar a depressão. 
-Condições clínicas= os médicos deve diferenciar se a 
condição clínica subjacente está fisiopatologicamente 
relacionada à depressão ou se decorre de algum medicamento 
que o paciente esteja tomando para essa condição; o 
tratamento de um transtorno depressivo maior coexistente 
pode melhorar o curso da condição clínica. 
→EXAME DO ESTADO MENTAL 
• Geral 
-retardo psicomotor (pode ter agitação em mais velhos- torcer 
as mãos e arrancar os cabelos); postura encurvada, sem 
movimentos espontâneos e com o olhar desviado para baixo, 
sem encarar. 
• Humor, afeto e sentimentos= reclusão social e redução 
generalizada da atividade. 
• Fala= redução da taxa e do volume da fala; demoram a 
responder a perguntas e o fazem de forma monossilábica. 
• Distúrbios da percepção 
-delírios e as alucinações consistentes com um humor 
deprimido são congruentes com o humor→ incluem culpa, 
pecado, inutilidade, pobreza, fracasso, perseguição e 
doenças somáticas terminais (câncer ou “apodrecimento” do 
cérebro). 
• Pensamento= tem visões negativas do mundo e de si 
próprios. 
• Sensório e cognição 
-orientação= está orientada em relação a pessoa, lugar e 
tempo, embora alguns possam não ter energia ou interesse 
suficientes para responder a perguntas. 
-Memoria=50 a 75% dos pacientes deprimidos têm um 
comprometimento cognitivo→pseudodemência 
depressiva→se queixam de dificuldade de concentração e de 
esquecimento. 
• Controle dos impulsos 
-ideação suicida; os mais gravemente deprimidos não têm a 
motivação e a energia para agir de forma impulsiva ou 
violenta, mas há aumento do risco de suicídio à medida que 
começam a melhorar e a readquirir a energia→ é imprudente 
da muita receita de antidepressivos na alta. 
• Julgamento e insight 
-descrições hiperbólicas durante a consulta= enfatizam 
demais seus sintomas, seu transtorno e seus problemas de 
vida. 
• Confiabilidade 
-dão grande ênfase ao ruim e minimizam o bom. Não 
acreditar quando fala não ter funcionado em uma tentativa 
anterior com medicamentos antidepressivos 
→DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
➢ Doenças clínicas 
Laryssa Barros – P6 – Psiquiatria 
 
-adolescentes deprimidos= mononucleose, e aqueles que 
estão acentuadamente acima ou abaixo do peso, para 
disfunção suprarrenal e tireoidiana. 
-Homossexuais, homens bissexuais e pessoas que abusam 
de drogas intravenosas= testados para a aids. 
-Pacientes mais velho= avaliados para pneumonia viral. 
Coletar informações sobreo contexto familiar e social do 
paciente, neoplasias, doenças neurológicas e uso de 
medicações 
➢ Condições neurológicas= 
-Parkinson, demência, epilepsia, doenças cerebrovasculares 
e tumores; 
-50-75% de quem tem Parkinson tem sintomas depressivos, e 
podem ser mascarados pelos sintomas motores + 
probabilidade de desenvolver Parkinson é maior em pacientes 
com TDM do que na população geral, e 
-a deprê complica as doenças cerebrovasculares, 
particularmente nos dois anos após o episódio. Ela é mais 
comum em lesões anteriores do que nas posteriores 
-Pseudodemência= Os sintomas cognitivos do transtorno 
depressivo maior têm início súbito, e sintomas como 
autoacusação, também estão presentes. Pode ocorrer uma 
variação diurna dos problemas cognitivos, que não é 
observada nas demências primárias. 
➢ Transtornos mentais: 
➢ Outros transtornos do 
humor 
-Diferenciar de TDM causado 
por uma condição médica 
geral e induzido por 
substância + tab 1, 2 e 
ciclotimia+ deprê menor, 
distimia 
➢ Luto não complicado 
-A diferenciação baseia-se na 
gravidade e na duração dos 
sintomas. No transtorno 
depressivo maior, sintomas comuns que evoluem a partir de 
um luto não resolvido são uma preocupação mórbida com 
inutilidade; ideação suicida; sentimentos de que a pessoa 
cometeu um ato (não apenas uma omissão) que causou a 
morte do cônjugue, mumificação 
-formas graves de depressão por luto, o paciente definha, 
incapaz de viver sem a pessoa falecida. têm uma condição 
clínica grave; Sua função imunológica decai, e a condição 
cardiovascular é precária. A morte pode ocorrer em poucos 
meses da de um cônjuge, sobretudo entre homens idosos. 
➢ DEPRÊ X TAB 
-TAB= depressão agitada, depressão cíclica, desregulação do 
sono episódica, ou uma combinação destas; depressão 
refratária (fracasso de antidepressivos de três classes 
diferentes); depressão em alguém com uma profissão 
envolvendo extroversão, impulsividade periódica, como jogo, 
má conduta sexual e ânsia por viagens, ou irritabilidade 
periódica, crises suicidas, ou ambas; e depressão com 
transtornos da personalidade erráticos. 
→CURSO E PROGNOSTICO DOS TRANSTORNOS DE 
HUMOR 
Tende a apresentar cursos longos e que os pacientes têm 
propensão a recidiva. Embora os transtornos do humor sejam 
considerados benignos, em comparação com a esquizofrenia, 
representam uma profunda carga sobre os indivíduos 
afetados. 
-DEPRESSÃO MAIOR 
➢ Início 
-50% dos pacientes que estão tendo o primeiro episódio de 
transtorno depressivo maior exibiram sintomas depressivos 
significativos antes do primeiro episódio 
identificado→identificação e tratamento precoce pode 
prevenir 1 ep completo 
➢ Duração= não tratado dura de 6 a 13 meses; tratados dura 
cerca de 3 meses; 
-À medida que o curso do transtorno progride, os pacientes 
tendem a vivenciar episódios mais frequentes, que duram 
mais tempo→ao longo de 20 anos , ocorrem 5 a 6 ep. 
➢ Desenvolvimento de ep maníacos 
-5 a 10% dos indivíduos com o diagnóstico inicial de 
transtorno depressivo maior têm um episódio maníaco 6 a 10 
anos após o primeiro episódio depressivo. 
➢ Prognostico 
-não é uma condição benigna; tende a ser crônico, e os 
indivíduos costumam ter recidivas; 
-Bons indicadores= Episódios leves, ausência de sintomas 
psicóticos e internação hospitalar+ história de amizades 
sólidas durante a adolescência, funcionamento familiar 
estável e funcionamento social geralmente sadio nos cinco 
anos anteriores ao transtorno + ausência de um transtorno 
psiquiátrico comórbido e de um transtorno da personalidade, 
não mais do que uma hospitalização anterior por transtorno 
depressivo maior e idade de início avançada. 
Laryssa Barros – P6 – Psiquiatria 
 
-mau prognostico= coexistência de distimia, abuso de 
substâncias, transtorno de ansiedade e a história de mais de 
um episódio depressivo anterior e homens. 
→TRATAMENTO 
➢ Objetivos: 
-garantir a segurança do paciente+ fazer uma avaliação 
diagnóstica completa + iniciar um plano de tratamento que 
trate não apenas os sintomas imediatos, mas também vise ao 
bem-estar futuro do paciente + além da farmacoterapia e 
psicoterapia voltada ao paciente, o tratamento deve ser 
voltado à redução do número e da gravidade dos estressores 
nas vidas dos pacientes. 
➢ Hospitalização= o médico precisa tomar a decisão de 
hospitalizar ou não o paciente; 
-Indicações para hospitalização= risco de suicídio ou 
homicídio, capacidade muito reduzida de obter alimento e 
abrigo e a necessidade de procedimentos diagnósticos. Além 
de uma história de sintomas de rápida progressão e a ruptura 
do sistema de apoio habitual. 
➢ Tratamento ambulatorial 
-o médico precisa avaliar o paciente com frequência; 
dificuldade de julgamento, perda de peso ou insônia devem 
ser mínimos; e o sistema de apoio deve ser forte (nem muito 
envolvido nem muito afastado). 
***SE HOUVER MUDANÇA ADVERSA NOS SINTOMAS OU NO COMPORTAMENTO DO 
PACIENTE OU NA ATITUDE DO SISTEMA DE APOIO, JUSTIFICA A HOSPITALIZAÇÃO. 
Psicoterapia 
- a maioria dos médicos acreditam que a combinação de 
psicoterapia e farmacoterapia é o tratamento mais eficaz para 
transtorno depressivo maior, mas alguns dados sugerem 
outra visão: tanto uma quanto a outra isoladas são eficientes, 
pelo menos em episódios depressivos maiores leves, e o uso 
regular da terapia combinada aumenta o custo do tratamento 
e expõe o paciente a efeitos adversos desnecessários 
(COMPÊNDIO) 
- visa ajudar os indivíduos a desenvolverem mecanismos 
adaptativos para serem mais funcionais em suas vidas e 
enfrentarem efetivamente a depressão, aliviando os sintomas 
de fase ativa. 
-A combinação da psicoterapia e da farmacoterapia está 
indicada para o tratamento inicial da depressão maior 
unipolar e em casos de depressão resistente, pois o tratamento 
combinado foi mais efetivo que qualquer uma dessas 
terapêuticas sozinhas, sem superioridade entre combinações 
específicas de medicação/psicoterapia. Por outro lado, a 
psicoterapia isolada está indicada para o tratamento inicial de 
pacientes com depressão leve, quando a relação risco-
benefício não justifica o uso de medicamentos para sintomas 
relativamente leves. O tratamento antidepressivo será 
preferível à psicoterapia em pacientes com depressão 
acompanhada de transtornos de personalidade e 
instabilidade emocional 
→ Interpessoal= desenvolvida por Gerald Klerman, 
concentra-se em um ou dois dos problemas interpessoais 
atuais do paciente. Ela tem base em dois pressupostos. 
Primeiro, é provável que os problemas interpessoais atuais 
tenham suas raízes em relacionamentos disfuncionais 
precoces. Segundo, esses problemas podem estar envolvidos 
na precipitação e na perpetuação dos sintomas depressivos 
atuais. 
→Comportamental= baseia-se na hipótese de que padrões 
comportamentais mal-adaptativos resultam de o indivíduo 
receber poucas respostas positivas e talvez rejeição direta da 
sociedade→ os pacientes aprendem a funcionar no mundo de 
maneira que recebam reforço positivo. 
→de orientação psicanalista= objetivos- efetuar uma mudança 
na estrutura da personalidade ou no caráter do paciente, não 
simplesmente aliviar os sintomas. Melhoras na confiança 
interpessoal, na capacidade para intimidade, nos mecanismos 
de enfrentamento, na capacidade de enfrentar o luto e de 
vivenciar uma ampla gama de emoções. 
→Familiar= é indicada se o transtorno ameaçar o casamento 
do paciente ou o funcionamento da família, ou se for 
promovido ou mantido pela situação familiar. 
Estimulação do nervo vago 
-muitos pacientes com TDM recorrente, crônico, entravam em 
remissão quando tratados com ENV→conecta-se ao sistema 
nervoso entérico e, quando estimulado, pode provocar a 
liberação de peptídeos que agem como nt. 
Estimulação magnética transcraniana 
-envolve o uso de pulsos muito curtos de energia magnética 
para estimular células nervosas no cérebro-indicações= tratamento de depressão em adultos que não 
conseguiram obter uma melhora satisfatória com um 
medicamento antidepressivo anterior na dose e duração 
efetivas mínimas ou acima delas no episódio atual. 
-contraindicação= pessoas com implantes metálicos ou objetos 
metálicos não removíveis na ou em torno da cabeça. 
Privação do sono 
Alivia a depressão em pacientes com depre unipolar, mas 
agrava a mania em TAB1. 
Fototerapia 
Indicada em depressão sazonal, no inverno e para transtornos 
do sono 
Laryssa Barros – P6 – Psiquiatria 
 
Farmacoterapia: 
-Objetivo= remissão dos sintomas, não apenas sua 
redução→Pacientes com sintomas residuais, têm mais 
probabilidade de vivenciar uma recidiva ou reincidência de 
episódios de humor e um comprometimento contínuo do 
funcionamento diário. 
-duplica a chance de que um paciente deprimido se recupere 
em um mês. 
-Todos os antidepressivos atualmente disponíveis podem 
levar até 3 a 4 semanas para exercer efeitos terapêuticos 
significativos, embora possam começar a apresentar seus 
efeitos mais cedo. 
-Escolha= perfil de efeito colateral menos prejudicial a 
condição física, temperamento e estilo de vida do paciente. 
-Não deve-se elevar a dose de um medicamento muito 
rápido→A menos que eventos adversos impeçam, a dosagem 
de um antidepressivo deve ser elevada ao nível máximo 
recomendado e mantida nesse nível por pelo menos 4 ou 5 
semanas antes que a tentativa seja considerada infrutífera. 
-se um paciente estiver melhorando clinicamente com uma 
dosagem baixa do medicamento, essa não deve ser 
aumentada a menos que a melhora clínica pare antes de o 
benefício máximo ser obtido. 
-Duração= deve ser mantido por pelo menos seis meses ou de 
acordo com a duração de um episódio anterior, o que for 
maior. 
-Profilaxia= é eficaz para reduzir o número e a gravidade de 
reincidências. Indicado em pacientes com 2 episodios com 
menos de dois anos e meio, que teve ideação suicida; 
-Quando o tratamento antidepressivo é interrompido, a dose 
do medicamento deve ser diminuída gradualmente ao longo 
de 1 a 2 semanas 
-Escolha do medicamento= depende da cronicidade da 
condição, do curso da doença (recorrente ou crônico está 
associado com maior probabilidade de sintomas depressivos 
subsequentes sem tratamento), da história familiar de doença 
e resposta ao tratamento, da gravidade dos sintomas, das 
condições clínicas gerais ou outras condições psiquiátricas 
concomitantes, das respostas anteriores a outros tratamentos 
da fase aguda, de possíveis interações medicamentosas e da 
preferência do paciente. 
-Subtipos depressivos= transtorno depressivo maior com 
aspectos atípicos podem responder preferencialmente a 
tratamento com IMAOs ou ISRSs; Antidepressivos com ação 
dupla tanto em receptores serotonérgicos como 
noradrenérgicos demonstram maior eficácia nas depressões 
melancólicas; episódios depressivos maiores com aspectos 
psicóticos pode requerer uma combinação de um 
antidepressivo e um antipsicótico atípico ou ECT 
-Efeitos colaterais= escolher antidepressivos mais sedativos 
(amitriptilina) para pacientes mais ansiosos e deprimidos ou 
agentes mais ativadores (desipramina) para pacientes com 
retardo psicomotor geralmente não é útil→ podem se 
transformar em dependência ao longo do tempo + levar a 
recaída e recidiva (efeitos persistem a longo prazo levando a 
retirada precoce). 
-Tratamento agudo= deve se passar de 4 – 6 semanas para 
avaliar se sintomas foram reduzidos, caso não haja redução, o 
tratamento deve ser modificado. 
→Efeitos colaterais mais comuns= 
 •Diarreia 
•Vômitos 
•Disfunção sexual 
•Insônia 
•Náuseas 
•Sonolência 
•Aumento de peso 
•Agitação. 
Se for grave e persistente→Redução da dose e retirada, se possível, 
mudando para um antidepressivo com menor propensão de causar 
esse efeito colateral 
•Manejo não farmacológico do efeito como dieta e exercício 
para ganho de peso 
•Tratamento sintomático com um segundo fármaco. 
 
→Depressão maior unipolar= tratamento inicial 
farmacológico os ISRS ou outros antidepressivos novos, como 
os inibidores seletivos da recaptação da serotonina e da 
norepinefrina (ISRSN), a mirtazapina e a bupropiona, por 
serem mais bem tolerados e se mostrarem tão eficientes 
quanto os antidepressivos tricíclicos. Isso facilita a adesão do 
paciente,96,100 mas tal esquema deve ser reservado para casos 
de falha da primeira linha de escolha. 
SUICÍDIO 
-mais de 800.000 em todo o mundo morrem por suicídio a 
cada ano; 
-Os prestadores de cuidados primários podem estar em uma 
posição única para prevenir o suicídio devido a suas 
interações com pacientes suicidas 
→Conceitos: 
●Ideação suicida - Pensamentos sobre se matar; podem 
incluir um plano. 
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788527734455/epub/OEBPS/Text/chapter17.html#ref96
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788527734455/epub/OEBPS/Text/chapter17.html#ref100
Laryssa Barros – P6 – Psiquiatria 
 
●Tentativa de suicídio - Comportamento auto-prejudicial 
que se destina a se matar, mas não é fatal. 
●Suicidio= tentativa fatal 
●Ameaça suicida pensa que quer se matar e pretendem 
levar os outros a pensar que alguém quer morrer, apesar da 
intenção de morrer (“Se você me deixar, eu vou me matar”). 
→Epidemio 
-Em todo o mundo em 2015, a taxa de suicídio por idade foi 
de 12 por 100.000 indivíduos. Havia mais de 800.000 mortes 
por auto-mutilação e entre cerca de 250 causas de morte, o 
suicídio foi a 14 ª principal causa de mortalidade global. Os 
métodos mais comuns usados incluem ingestão de 
pesticidas, enforcamento e armas de fogo. 
-50% de todo o suicídio foi na china e índia 
-Sexo= A mortalidade por suicídio é maior nos homens do 
que nas mulheres (1,9-1); ideação suicida (pensamentos) é 
maior em mulheres do que homens (2,2 a 2,4% versus 1,6 a 
1,7%). 
-Idade: na maioria das 
regiões= mais altas em 
pessoas com 70 anos ou mais; 
EUA, adultos jovens de 18 a 25 
anos 
-Educação= menos anos de educação podem estar 
associados a maiores taxas de suicídio. Nos EUA a taxa de 
suicídio em 2014 foi duas vezes maior em homens com 
ensino médio do que homens com ensino superior. O mesmo 
se valeu para mulheres. 
→Fatores de risco 
-Transtornos psiquiátricos= A doença psiquiátrica é um 
forte preditor de suicídio. Mais de 90% dos pacientes que 
tentam suicídio têm um distúrbio psiquiátrico e 95% dos 
pacientes que cometem suicídio com sucesso têm um 
diagnóstico psiquiátrico. 
A gravidade da doença psiquiátrica está associada ao risco 
de suicídio→Pacientes com múltiplas comorbidades 
psiquiátricas parecem estar em maior risco do que aqueles 
com depressão descomplicada ou transtorno de ansiedade. 
O suicídio pode estar concentrado nos dias e semanas após 
a internação psiquiátrica→41% dos que cometeram suicídio 
haviam sido internados psiquiátricos no ano anterior e até 9% 
dos suicídios ocorreram dentro de um dia após a alta do 
atendimento psiquiátrico 
Os distúrbios psiquiátricos mais comumente associados 
ao suicídio= depressão, transtorno bipolar, alcoolismo ou 
abuso de outras substâncias, esquizofrenia, transtornos de 
personalidade, transtornos de ansiedade, incluindo transtorno 
do pânico, transtornos de estresse pós-traumático e delírio. 
Depressão= história de tentativas de suicídio se 
correlacionou mais fortemente com sentimentos de inutilidade 
Os transtornos de ansiedade mais que dobram o risco de 
tentativas de suicídio, e uma combinação de depressão e 
ansiedade aumenta muito o risco. Os sintomas da psicose 
(delírios, comando de alucinações auditivas, paranóia) podem 
aumentar o risco. 
Crianças e adolescentes= A maioria dos adolescentes que 
tentam ou cometem suicídio tem um distúrbio psiquiátrico, 
sendo o transtorno depressivo o mais comum. Outros são, 
transtorno desafiador de oposição, transtorno de conduta, 
transtorno bipolar, transtornode ansiedade, transtorno 
alimentar, transtorno de personalidade e transtornos por uso 
de substâncias 
Psicose= O risco de suicídio é elevado em pacientes com 
sintomas psicóticos (comanda as alucinações auditivas para 
cometerem auto-mutilação) 
TB= 25 a 50% tentam suicídio pelo menos uma vez em suas 
vidas e 8 a 19% cometem o suicídio. tratamento apropriado 
reduz o risco. A medicação que tem maior evidência na 
redução dos riscos é o lítio. 
-Desesperança= em distúrbios psiquiátricos, a desesperança 
está associada à ideação e comportamento suicidas. 
-Estado civil= + frequente em pessoas que não são casadas 
do que naquelas que são com risco de quase 2 x maior. 
-Minorias sociais= é maior. 
-Ocupação= maior em pacientes que servem em ocupações 
não qualificadas do que em ocupações qualificadas, exceto 
em médicos (entre trabalhadores altamente qualificados, os 
médicos podem estar em maior risco de suicídio. ) 
-Doenças medicas gerais=aumenta→ asma, câncer, DPOC, 
doença arterial coronariana, DM, distúrbios da coluna, AVC, cirurgia 
recente e doença crônica ou terminal. 
-Adversidade na infância= O risco de tentativas de suicídio é duas 
a quatro vezes maior em adultos que sofreram abuso na infância ou 
outras experiências adversas. 
-Moradia= maior em área rural. 
→Brasil= o suicídio foi a terceira principal causa de morte entre 
adultos jovens do sexo masculino de 20 a 39 anos, em 2015; na mesma 
faixa etária e sexo, o suicídio esteve entre as cinco primeiras causas de 
morte em todas as regiões do país; 
- entre brasileiros de ambos os sexos com idade igual ou superior a 20 
anos, as intoxicações exógenas foram o segundo principal meio 
utilizado para o suicídio, sendo o primeiro o enforcamento e em 3 
armas de fogo.

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