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1 Patologia Beatriz Pellizzon Neoplasias Lobo temporal: alteração na audição; dificuldade de compensação. Lobo frontal: fraqueza muscular; formigamento no corpo. Lobo parietal: alterações no tato. Lobo occipital: problemas visão. Cerebelo: desequilíbrio; dificuldade para andar. Tumor cerebral - glioblastoma Devido a decusação das pirâmides os sintomas da lesão será do lado contralateral. O que pode gerar um tumor cerebral, em geral são as alterações genéticas, mas também podem ser devido a fatores externos. Os tumores do sistema nervoso central podem surgir de: 1.Células dos revestimentos da meninges, são os meningiomas, e este como as de mais neoplasias apresentam graus histológicos 2.Do cérebro, no tecido, gliomas (um dos mais prevalentes), tumores neuronais, tumores do plexo coroide (são os ependinomas, que apresentam graus) 3.De outras populações celulares do SNC: linfoma primário (linfoma não hodgkin difuso de células B), tumores de células germinativas 4.Originados de outras partes do corpo = metástase Os tumores primários (meningeoma, glioma) são classificados de acordo com o grau histológico, isso ocorre, pois quanto maior o grau pior é o tumor. Mas não necessariamente o tumor foi evoluindo, e sim já aparece por exemplo diretamente no grau IV. Toda vez que se tem a irradiação de um tumor pode piorar o grau ou aparecer outros tumores. Gliomas 1.Astrocitomas: estes são classificados como localizados (é possível retirar) ou infiltrativos (estes não apresenta margem para ser retirado), grau varia de I a IV, podem ocorrer desde os hemisférios cerebrais até a medula espinhal. Os infiltrativos representam 80% dos tumores encefálicos primários dos adultos, este se localiza principalmente nos hemisférios cerebrais, pode estar também em cerebelo, tronco encefálico e medula espinhal. Estes apresentam diferenciação histológica que apresenta curso clínico e resposta clínica: -Astrocitoma difuso: não apresenta bordas definidas (comprar um lado com o outro) Nestas imagem é possível observar aumento celular ao lado direito (imagem) -Astrocitoma anaplásico -Glioblastoma (grau IV) As áreas em rosa são áreas com hemorragia. Áreas em rosa claro são áreas de necrose. -Astrocitoma pilocítico: ocorre principalmente em RN, mas podem ocorrer em adultos jovens e apresentam geralemnete um bom prognóstico. Este tumor ocorre muito em fossa posterior, e geralmente é sistico. 2 Patologia Beatriz Pellizzon Apresenta um material gelatinoso, como se fosse uma secreção. Está correndo compressão do nervo óptico. 2.Oligodendrocitos: estes surgem dos oligondendrocitos, este representa de 5 à 15% dos tumores de SNC, geralemente da 4 a 5 década. Sua localização se da nos hemisférios cerebrais, na substancia branca. A principal clínica são crises convulsivas. Lembra um ovo frito. 3.Ependimomas: tumores das células ependimárias. Geralemente ocorre em RN. Tumor craniofaringeoma, pode causar hipopituitarismo, doença da hipófise. Meningeoma: lembra um corte de uma cebola São tumores homogêneos, geralmente apresentam bordas bem definidas, assim provavelmente cresceu lentamente, predominantemente benignos, e sua principal localização é na dura-máter (superfície externa), sistema vascular. 3 Patologia Beatriz Pellizzon 4.Xantoastrocitoma pleomórfico: xanto = macrófagos cheios de gordura. Geralmente se localiza no lobo temporal, e a clínca é de crises convulsivas. Tumores embrionários Principal meduloblastoma, tumor pediátrico, de grau IV. Esta na fossa posterior, ao analisar se observa uma neoplasia de células pequenas, redondas e azuis. Ocorre em cerebelo. Tumores neuronais -tumor neoepitelial disembrioplásico = DINET -neurocitoma central, costuma ter localização perioventricular Outros tumores cerebrais -linfoma primáriodo SNC --- linfoma não hodgkin difuso de células B, geralmente em imunosuprimido, geralmente estes ficam ao redor dos ventrículos. -craniofaringeoma: podem ou não apresentar calcificação -germinoma: tumor de células germinativas Metástase Os principais locais que constumam dar metástase é: pulmão, mama, pele (melanoma), rim, TGI. Os carcinomas geralemente ocorrem de 25 a 50%. Tipos distintos de tumores afetam faixas etárias específicas: -grupos etários pediátricos: meduloblastomas, ependimoma e astrocitoma pilocítico -pacientes mais velhos: glioblastoma e linfoma metástases. A disseminação de tumores cerebrais primários é rara, porem metástases cerebrais de neoplasias de outros sítios é frequente. Atenção para mudanças de comprotamneto em adultos previamente hígidos. Patologia mamária Apresentações clínicas das coenças ammárias: dor, massas palpáveis e descarga papeliar (saem secreções do mamailo ou dos mamilos). 4 Patologia Beatriz Pellizzon Anatomia da mama feminina Quadrante superior externo é a área com maior incidência de carcinoma. Os quadrantes são importantes devido a drenagem linfática. É importante verificar a pele da mama e da auréola, ou lesões cutâneas desta região podem indicar processos inflamatórios ou neoplasias. Carcinomas mais iternos podem atingir linfonodos mediastinais, mais internos, supraclaiculares, mas não existe uma regra. Determinadas lesões benignas e malignas podem surgir das seguintes estruturas: acinos, ductos, lóbulos. Uma mama normal, apresenta parênquima e estroma. Células mioepiteliais são usadas na imunohistoquimica para dizer se as células são benignas ou malignas. Durante a embriogenese o tecido mamário migra da região mamária a linha das coxas, essa linha é importante pois qualquer resquício mamário pode ser acometido. Nesse trajeto pode-se ter mamas ou mamilos supranumerários. Neste contexto qualquer lesão maligna ou benigna podem ocorrer neste trajeto. A mama passa por variações fisisiológicas: No inicio da vida os lóbulos ficam mais aparentes, e o epitélio e tudo fica mais exuberante, conforme o tempo vai passando o tecido mamário fica mais pobre, as células ficam atróficas, e o aumento de componente de tecido adiposo ocorre nas mulheres mais idosas. E de acordo com a idade da mulher vê se indica US ou RM. Tecido normal da mama tem ácinos pequenos, e tem muito tecido adiposo, isto é compatível a um tecido mamário mais antigo. Métodos diagnósticos: microcalcificações, dirtorções do estroma, nódulos. Deve ser relizado PAF (punção aspirativa por agulha fina), biópsia por agulha grossa, mamotomia, biópsia cirúrgica incisional ou excisional ( excisional retira tudo, incisional retira um pedaço), exame de congelação. 5 Patologia Beatriz Pellizzon Patologias benignas -Fibroadenoma é a neoplasia benigna mais comum; -Abcesso é uma região que apresenta uma coleção purulenta, mas esta região não existia, ela é neoformada; -Cisto é uma cavidade com as paredes com revestimento epitelial e um pseudocisto é uma cavidade sem epitélio -Alterações fibrocísticas -Tumor geralmente apresenta fibrose, a própria neoplasia induz, e não apresenta bordas regulares, pode ocorrer irregularidade ou retração da pele se for atrás do mamilo ou da auréola. Ginecomastia Geralmente ocorre devido aumento de volume, geralmente ocorre em meninos, ocorre de um desequilíbrio hormonal, os estrógenos aumentam e podem acabar levando a proliferação do epitélio e estroma da mama masculina. Ocorre com frequência em pacientes hepatopata crônico, assim seu metabolismo do fígado estará alterado, e o metabolismo dos hormônios ocorre no fígado, assim se tem um hiperestrogenismo. Bordar levemente irregulares em áreas; este fio é um fio metálico, para que na cirurgia saiba exatamente aonde está o nódulo. PAAF: punção aspirativa, o líquido deve ser colocado no álcool absoluto ou no formol. Pode ser guiada por US para fazer no local adequado. Lesões mais importantes de mama! (pode cair na prova) Lesões benignas de mama: les~~oes císticas, alterações fibrocísticas, lesões esclerosantes, de células colunares, proliferativas epiteliais, tumores fibroepiteliais, papilares e doenças inflamatórias. Cistos: dependendo do tamanho podem ser retirados, não necessariamente é necessário retirar, sacos preenchidos por líquido e revestido por epitélio, ocorre mais frequeneutmenete em mulheres na menopausa e podem causa doe e sensibilidade mamária. Se formar um cisto epidérmico e não retiralo ompletamente ele pode voltar. Abcesso mamário lactacional: mulheres que não conseguem amamentar e ocorre retenção de leite assim se tendo resposta inflamatória, podendo levar ao abcesso. Uma inflamação pode ou não estar associada a infeção, nestes casos podem ter os agentes infecciosos, é necessário drenar este abcesso. 6 Patologia Beatriz Pellizzon Abcesso subaureolar recorremnte: grande fator de risco é o tabagismo, acredita que na fumaça se tem toxinas, na qual ocorre recrutamento de neutrófilos causando o abcesso, neste caso se tem um epitélio escamosso que acaba revestindo secundariamente a área de abcesso e este acaba sendo drenado de modo espontâneo para a pele, e é necessário remover completamente esta lesão. Cavidade é repleta de pus. Lesão benigna que recorre, assim na lamina é possível ver a cavidade e os buraos nos quais teriam neutrófilos e afins. Ectasia ductal: ducto principal geralmente se dilata, mais frequente em mulhere mais velhas, acumula secreção no lumen, na mamografia se tem calcificação, como muitas células morrem, o cálcio destas põem se preciptar assim ocorrendo um amior acumulo, nem sempre a calcificação é sinal de malignidade. Uma pessoa com isto pode apresentar clinicamente secreção. Esta apresenta muitos macrófagos dentro. Não apresenta risco de malignidade. Mastite granulomatosa: até que prove o contrário esta seria maligna, na interfase entre a pele e a aureola se tem retração, mamilo está diferente, é necessário um exame de imagem e biópsia, esta imagem apresenta um aspecto nodular, assim tendo aspecto distinto do que seria um carcinoma, neste caso se tem um processo inflamatório crônico granulomatoso, com ausência de malignidade, é necessário procuras possíveis “bichinhos” que geram inflamação, caso tudo procurado de negativo deve-se ver se pode ser uma reação de hipersensibilidade, assim se tendo doenças de caráter autoimune É possível ver um granuloma com células gigantes. Se for infeccioso deve-se tratar com as drogas para a infeção ocorrida, se for uma doença de caráter autoimune devem ser usados corticoides, mas para que use em altas quantidades é necessário ter certeza se tem infeção. Alterações fibrocisticas: são lesões benignas não proliferativas (cistos, mataplasia apócrina e fibrose estromal), cistos geralmente são puncionados e drenados, mais que um terço das mulheres entre 20 a 45 anos geralente bilateral e multifocal, mais recorrente foram massas nodulares. Essa alteraão tem fibrose, que é a área mias densa que corresponde aos achados, e as cavidades ou cistos necessitam ter revestimento epitelial, devido a sua definição. O epitélio oncocitico pode estar presete em diferentes lesões mamarias benignas. Este é rico em mitocôndrias, bem rosa. 7 Patologia Beatriz Pellizzon Apresentam varias cavidades. As áreas grosseiras, basofilicas (bem roxas), o que motivou a biópsia é devido as áreas de calcificação. Adenose esclerosante:é uma lesão benigna caracterizada como proliferativa sem atipia, maioria assintomática, podendo ser solitárias ou multipas, acometem toda idade, podem apresentar como massa tumoral mimetizando carcinoma (microcalcificaçãoes ou como áreas distorção arquitetural) A imunohistoquimica ajuda no diagnostico, pois diferencia as malignas das benignas, a presença de células mioepiteiais aparecem apenas nas benignas. Cicatriz radial/lesão esclerosante complexa: lesão esclerosante benigan proliferativa, apresenta centro fibroelastícitico circundado por ductos e túbulos de aspecto estrelado, os cistos, microcalcificações, adenose escleosante, micropapilomas, hiperplasia ductal (usual e atípica), carcinoma ductal in situ e carcinoma invasor, mimetiza carcinoma (imagem microscópica). Lesão toda espiculada,parece que invade. A imunohistoquimica aponta células mioepiteliais. Hiperplasia ductal usual (HDU): lesão proliferativa sem atipias, incidência é de 20-30% de mulheres submetidas à biópsia por outra causa, achado microscópico incidental, achado incomum em asolescentes e mulheres idosas, ocasionaemnte com microcalcificações, risco relativo para câncer: 1.6X maior que mulher normal Lesão papilar (papiloma intraductal): paciente reclama de secreção hemorrágica, esta pode resultar em lesão maligna. Papiloma se projeta para dentro do ducto e pode ulcerar e torcer o pedículo levando a descarga papilar hemorrágica, coloca contraste para realizar o exame, e se impedir que passe este cotraste o mastologista tem que ressecar os ductos para mandar para o patologista. 8 Patologia Beatriz Pellizzon Fibroadenoma (FA): esão neoplásica benigna mais importante da mama, lesçao fibroepitelial benigna, bastae comum entre 20 a 30 anos, nódulo bem definido, inodular, móvel, com ou sem microcalcificação, geralmente solitário, pode ser múltiplo ou bilateral e cerca de 0,2% associado com carcinoma lobular in situ ou carcinoma ductal in situ. Esteatonecrose (nódulo espiculado que confunde com câncer): lesão de necrose gordurosa, pode ocorrer por batidas na mama Tumor filoide (tumor phylodes): alterações cromossômicas adquiridas, é de difícil dizer o prognostico, benigno/bordeline/maligno (maioria são benignos), 15 a 20% recidivam, dependendo da excisão (ideal: margem de 1 cm), metástase rara, embora presente numa minoria de tumores filoides malignos. Esse tumor no ultrassom mostra,m áreas sólidas, com lacunas. Situações na qual não sabe dizer se é maligno ou benigno se denomina borderline, assim o paciente tem que sempre estar sendo observado. Quando benigno apresenta problema no estroma 9 Patologia Beatriz Pellizzon Quanto maior a presença de mitoses atípicas se classifica como maligno. Pode ser encontrado dentro deste tumor componentes osteossarcomatoso. Patologias mamárias malignas Fibroadenoma é a neoplasia benigna mais presente na mama. Assim como os cistos podem ser bem frequentes. Tumor filoide apresenta um componente glândulas, mas o que é neoplásico é o componente do estroma. Gestação diminui o risco de câncer. Mães que não amamentarão tem maior risco de malignização devido a não maturação total do tecido mamário. Câncer de mama esporádico, se deve a fator hormonal e o câncer de mama recorrente tem haver com fatores genéticos. Alguns genes estão mutados que podem levar ao aparecimento de câncer de mama. Podemos ter mutação do gene TP53 que é o responsável pela mutação das fases celulares. Mutação do PIK3CA leva a mutação ductal. As células neoplásicas podem conter receptores hormonais de estrógeno e progesterona que são hormônios principalmente estrógeno que podem aumentar a produção de células neoplásicas. Célula com receptor maior para estrógeno, é mais “fácil” bloqueada para usar uma droga que a atinja diretamente para bloquea-la. BRCA2 geralmente ocorre mais em câncer de mama em homem. Câncer de mama tem maior incidência no quadrante superior externo. Neste quadrante, caso ocorra um câncer, a cadeia mais acometida será a cadeia linfonodal axilar. 10 Patologia Beatriz Pellizzon MAMOGRAFIA Lesão com bordar espiculadas e calcificação. Sinais clínicos de malignidade O papiloma costuma dar uma descarga papilar mais hemorrágica, pode ser bilateral. -pele em casca de laranja, a superfície cutânea é como se estivesse cheia de buraquinhos, a pele fica toda obstruída por vasos linfáticos. -retração do mamilo, ocorre devido a fibrose -pinta pode ser uma contrapartida para um melanoma (pontinhos preto) -para ter aspecto em casca de laranja os vasos linfáticos tem que ser acometidos por células neoplásicas -na lamina, temos o carcinoma invasor, temos o vaso linfático cheio de células neoplásicas. -eczema, a pessoa nasce com alteração do epitélio escamoso, assim esse fica mais susceptível a lesões -temos uma lesão eritematosa, avermelhada, formando uma crosta (casquinha), no inicio da lesão tem pequenas bolinhas que estouram -o eczema tem haver com prurido, períodos de melhora e tudo mais, já o câncer não está relacionado a questões químicas e não tem períodos de melhora e piora Estagio câncer que provavelmente já infiltrou musculatura peitoral, deve-se realizar higienização, e se for optado pela mastectomia, pode ser realizada uma quimioterapia para ”melhorar” para o cirurgião operar. Quanto maior um tumor, maior a chance de metástase. Está com área hiperemiada devido a radioterapia. 11 Patologia Beatriz Pellizzon Carcinoma lobular pode simular clinicamento um fibroadenoma, seu exame de US é igual ao de fibroadenoma. A hiperplasia atípica as fenestrações são regulares mais arredondadas. Típicas são irregulações. Evolução das lesões proliferativas ductais Hiperplasia: - Típica: as janelas são irregulares; - Atípica: as janelas são regulares e bem arredondadas; Vai caminhando para atipias nucleares e arquitetural; Além da alteração da arquitetura vejo atipias celular, isso é in situ e se há destruição da membrana basal e destruição das células epiteliais é invasivo. DCIS - carcinoma ductal in situ: pode se tornar infiltrativo se romper a membrana basal; Carcinoma ductal in situ Com necrose tumoral, quando há um rápido crescimento e a proliferação vascular não acompanha; - é um grau elevado de tumor; Classificação: - Padrão arquitetural: comedocarcinoma, cribriforme, micropapilar e sólido: - Grau histológico: baixo, intermediário e alto; • Se comedocarcinoma não é bom. “O CDIS pode ser dividido em dois grandes subtipos arquiteturais, comedocarcinoma e não comedocarcinoma. O grau nuclear e a necrose são melhores preditores de recorrência local e progressão à invasão que o tipo arquitetural. CDIS tipo não comedocarcinoma não exibem o núcleo de alto grau e a necrose central. Quanto mais túbulos um carcinoma tiver melhor para o paciente; mais atipias é pior; e quanto mais mitoses pior; - Formação tubular - Pleomorfismo nuclear (muito pleomorfismo não é bom); Temos o carcinoma do tipo: lobular, tubular, medualr, mucinoso (coloide) CARCINOMA TUBULAR (bem diferenciado, ótimo prognóstico): esse CA tem só túbulos, e é raro as chances de dar metástases linfonodais e é bem diferenciado. * O melhor tipo de carcinoma em termos de prognóstico. CARCINOMA MEDULAR: parece um fibroadenoma (inclusive com a sombra acústica posterior) o que pode confundir, mas ao realizar a biópsia, tem-se um carcinoma com células atípicas rica em linfócitos. É feita a biopsia e é visto um carcinoma rico em linfócitos 12 Patologia Beatriz Pellizzon Tem aspecto em fila indiana - uma célula neoplásica atrás da outra. Eles tendem a ser bilaterais; Neste caso as células mais roxas, basofílicas são as neoplásicas. O problema é que a mucina se espalha e leva células malignas. E na hora de ressecar a lesão, a mucina pode ter recidiva local após a remoção do tumor. DOENÇA DE PAGET Dç de Paget pode lembrar um eczema: fazer história sendo possível diferenciar entre eczema (lembrando que é tipo uma alergia) e o carcinoma. Na dúvida fazer a investigação com exames complementares. A dç de PAGET (da mama) é quando tem um carcinoma ductal invasivo ou em situ e essas células neoplásicas aproveitam o caminho natural do ducto e acabam indo para fora, elas colonizam a pele do mamilo, da pele e da aureola; formando crostas. “Doença de Paget do mamilo é uma manifestação rara do câncer de mama (1% a 4% dos casos) que se apresenta como uma erupção eritematosa unilateral com uma crosta escamosa. Prurido é comum, e a lesão pode ser confundida com eczema. Células neoplásicas (células de Paget) se disseminam pelo sistema ductal, através dos seios galactíferos, para a pele do mamilo, sem infiltrar a membrana basal. As células neoplásicas rompem a barreira epitelial normal, permitindo que o fluido extracelular seja exteriorizado pela superfície do mamilo. As células de Paget são facilmente detectadas pela biópsia do mamilo ou em preparados citológicos do exsudato. Uma massa palpável está presente em 50% a 60% das mulheres com doença de Paget e quase todas essas mulheres têm um carcinoma invasivo subjacente. Os carcinomas são frequentemente pouco diferenciados, REnegativos, e superexpressam HER2. Ao contrário, a maioria das mulheres sem massa palpável tem somente CDIS. O prognóstico da doença de Paget depende das características do carcinoma subjacente e não é influenciado pela presença ou ausência de CDIS envolvendo a pele quando associado a outros fatores prognósticos.” Necessário realizar biópsia Ocorre obstrução de vasos linfáticos, assim causa hiperemia. Neste caso não sente calor nem dor. Parece um processo inflamatório, porem ocorre oclusão vascular por células do carcinoma. Fatores prognósticos em câncer de mama (PROVA) 1.Invasão e tamanho tumoral 2.Acometimento linfonodal 3.Metástase à distância 4.Grau histológico do carcinoma 5.Tipo histológico de carcinoma 6.Presença ou ausência de RE/RP, no carcinoma 7.Superexpressão de HER2/NEU 13 Patologia Beatriz Pellizzon 1.O tamanho de um tumor maior as chances de metástases é maior. Podendo infiltrar pele e ter acometimento da cadeia linfática; 2. É melhor ter carcinoma microinvasor do que franco invasor; 3. É pior 4. Depende de pleomorfismo, presença de túbulos e e atipias… 5. Dar o nome ao tumor se é lobular, mucinoso… 6. Receptor de estrógeno e progesterona. Se tiver positividade para receptor é bom; 7. Radioterapia voltada para a paciente; Fatores Prognósticos: • Imunohistoquímica: receptor de estrógeno + (RE) (e RP também); • HER2: possui a positividade parecendo um arcabouço sendo bom podendo usar drogas voltadas para esse paciente. Antigamente indicava mal prognostico mas com novas dorgas é possível tratamento TRATAMENTO - Cirurgia - Bloqueadores hormonais - Quimio - Radio 8 - E tudo depende do tamanho, disseminação…. LINFONODO SENTINELA Pesquisa do linfonodo sentinela é: se supostamente tiver o CA achar os três primeiros linfonodos que receberiam essa neoplasia. E por meio de radiofármacos podemos ver quais são os primeiros linfonodos que o captam; até os três primeiros são considerados sentinelas; TÉCNICA DE DETECÇÃO • AZUL PATENTE • RADIOFÁRMACOPodemos usar o azul patente ou o radiofármaco; O azul patente chega no linfonodo; LAUDO ANATOMOPATOLÓGICO Tipo histológico, Grau histológico, Invasão vascular angiolinfática, Metástase linfonodal, Marcadores preditivos (RE, RP e HER2); NOTA: Fatores prognósticos. - Com o esvaziamento axilar pode ter infecções e linfedema; - Linfoma primário da mama - alta relação com as próteses mamárias. Patologia ginecológica I Vulva O desenvolvimento normal do trato genital feminino se dá através de uma série de eventos precisamente coreografados, evolvendo as células germinativas primordiais, Ductos de Muller (paramesonéfricos), Ductos de Wolff (mesonéfricos) e seio urogenital. Normalmente os ductos mesonéfricos regridem nas mulheres, porém vestígios podem persistir na vida adulta como inclusões epiteliais adjacentes aos ovários, tubas e útero. No colo uterino e na vagina esses vestígios podem ser císticos e são chamados de cistos do ducto de Gartner. O revestimento epitelial do trato genital feminino e a superfície ovariana tem origem comum a partir do epitélio celômico (mesotélio). As doenças do trato genital feminino são extremamente comuns e incluem complicações da gravidez, infecções, tumores e efeitos induzidos por hormônios. Doenças infecciosas do trato genital feminino Candidíase: genitália fica hiperemiada, apresenta dor ao urinar, crianças podem chorar por dor. Pode ser uma lesão extensa, pruriginosa e o diagnóstico é feito clinicamente. É comum em imunosuprimido. Observa- se estruturas fúngicas, pseudo-hifas. Diagnóstico clínico não necessita de biópsia. Molusco infeccioso: são pequenas pápulas da cor da pele, lesões que ocorrem mais em crianças, e essematerial friável, cheio de poxvirus que fica de baixo da unha ao coçar e assim vai sendo passado de uma área para a outra. Cratera com massa com mistura de ceratina, queratinócitos, inclusão do poxvírus. Infecção herpética: o tipo II ocorre na genitália e pele. É caracterizada por uma lesão eritematosa com vesículas dolorosas. O vírus também pode gerar efeito citotóxico nas células que rodeiam a região. Teste de Tzanck, que é um raspado cutâneo representativo de várias regiões da lesão. Quando positivo revela células epiteliais gigantes multinucleadas com inclusões intranucleares, sugerindo fortemente a infecção por vírus Herpes. Há períodos assintomáticos e que quando cai a imunidade podem aparecer novamente. Pode ser transmissível mesmo quando assintomático via relação sexual. A infecção genital pelo vírus do herpes simples é comum, evolvendo, por ordem de frequência, o colo uterino, a vagina e a vulva. O HSV-1 tipicamente resulta em infecção 14 Patologia Beatriz Pellizzon orofaríngea, enquanto o HSV-2 geralmente envolve a mucosa genital e a pele. Cerca de um terço dos indivíduos infectados é sintomático. As lesões se desenvolvem tipicamente de 3 a 7 dias após a transmissão e são frequentemente associadas a sintomas sistêmicos (febre, mal-estar, linfonodos inguinais sensíveis). O início das lesões geralmente consiste em pápulas vermelhas que evoluem para vesículas e então para úlceras coalescentes dolorosas. As lesões cervicais ou vaginais apresentam secreção purulenta e intensa dor pélvica. As lesões ao redor da uretra podem causar micção dolorosa e retenção urinária. As vesículas e ulceras contém numerosas partículas virais (transmissão elevada durante infecção ativa). Durante a infecção aguda o vírus migra para os gânglios nervosos lombossacrais regionais estabelecendo uma infecção latente, que persistem indefinidamente e podem desencadear reativação do vírus e recorrência das lesões caso houver imunossupressão ou situações de estresse. No momento em que é feita uma biopsia da lesão do HSV ela tipicamente está na fase de úlcera. O epitélio fica descamado e está presente uma inflamação aguda acentuada no leito da úlcera. Os esfregaços do exsudato inflamatório das lesões ativas mostram alterações citopáticas características do HSV, que consistem em células escamosas multinucleadas contendo inclusões virais eosinófilas e basófilas, com um aspecto de “vidro fosco”. A consequência mais grave é a transmissão ao recém- nascido durante o parto (incisão cesariana é justificada nesses casos). Candiloma acuminado – lesão exofítica: é uma lesão que ocorre em geral na genitália externa gerada pelo papiloma vírus humanos, este é sexualmente transmissível e afeta as células epiteliais escamosas da mucosa e da pele. Essa pode ser multifocal e pode afetar a região per-anal. As células epiteliais com um halo claro perinuclear – coilocitose, núcleos grande (pode ter mais de um núcleo). Os condilomas acuminados são verrugas genitais benignas causadas por HPVs de baixo risco oncogênico, principalmente os tipos 6 e 11. Eles podem ser solitários, mas são mais frequentemente multifocais. No exame histológico elas consistem em eixo conjuntivo arborescente, exofítico, papilar, coberto por epitélio escamoso espessado. O epitélio superficial exibe as características alterações citopáticas virais denominadas de atipia coilocitótica (aumento nuclear, hipercromasia e um halo citoplasmático perinuclear). VULVA Como ela está constantemente exposta a secreções e à umidade, a vulva é mais susceptível a infecções superficiais do que a pele de outras áreas do corpo. Uma vulvite inespecífica é provável de ocorrer particularmente no contexto de imunossupressão. Existe duas glândulas de Bartholin (mucinosa), que libera o material mucoide. Há patologias que podem levar ao acúmulo desse material no ducto, fazendo com que a glândula se dilate, formando o cisto da glândula de Bartholin. Pode ocorrer atrofia por compressão na glândula. Tem relação com a adenite, que é a inflamação da glândula. Glândula de Bartholin: pode ter adenite, abcessos e cistos. Pode remover o cisto inteiro (biopsia excisional) ou fazer marsupialização, ou seja, fazer um corte e aspirar o conteúdo. Cisto de Bartholin: A infecção da glândula de Bartholin produz uma inflamação aguda (adenite) e pode resultar em abcesso. Os cistos do ducto de Bartholin são relativamente comuns, ocorrem em todas as idades, e resultam em obstrução do ducto por um processo inflamatório. Esses cistos são geralmente revestidos por epitélio transicional ou escamoso. Podem crescer até 3 a 5 cm de diâmetro e produzir dor e desconforto local. São excisados ou abertos permanentemente (marsupialização). Disturbios Epiteliais não neoplásicos Leucoplasia: trata-se de um termo clínico que pode indicar lesões inflamatórias, neoplasias e distúrbios epiteliais de etiologia desconhecida – Liquen escleroso, hiperplasia de células basais. *termo clínico descritivo para espessamento epitelial em placas brancas e opacas, 15 Patologia Beatriz Pellizzon podendo ocasionar prurido e descamação. A leucoplasia (literalmente placas brancas) pode ser causada por um grande número de distúrbios benignos, pré-malignos ou malignos, incluindo: - Dermatoses inflamatórias (psoríase, dermatite crônica) - Líquen escleroso e hiperplasia das células escamosas - Neoplasias, como a neoplasia intraepitelial vulvar (NIV), a Doença de Paget e o carcinoma invasor. Liquen escleroso: COMUM EM MULHERES PÓS MENOPAUSA. LESÃO NÃO PRÉ-NEOPLÁSICA, PORÉM PODE HAVER ASSOCIAÇÃO COM CARCINOMA EPIDERMOIDE. Presença de muita ceratina, que dá o aspecto branco. Tecido conjuntivo rico em fibras colágenas. Predomínio de linfócitos T. citoplasma vacuolizado. O liquen escleroso se apresenta como placas ou maculas lisas, que com o tempo podem ficar maiores e coalescer, produzindo uma superfície que lembra porcelana. Quando toda a vulva é afetada, os lábios se tornam atróficos e aglutinados, e o orifício vaginal contrai-se. Histologicamente, a lesão é caracterizada pelo adelgaçamento acentuado da epiderme, a degeneração das células basais, queratinização excessiva (hiperqueratose), mudanças escleróticas da derme superficial e infiltrado linfocítico em forma de faixa na derme subjacente. *provável envolvimento com reação imune. Embora o líquen escleroso não seja por si só uma lesão pré- maligna, as mulheres com líquen escleroso sintomático tem possibilidade um pouco maior de desenvolver carcinoma de células escamosas da vulva. Liquen simples crônico (hiperplasia de células escamosas): não há maior predisposição ao câncer vulvar. *quando coça muito. Trata-se de uma condição inespecífica resultante da fricção ou arranhadura da pele para aliviar o prurido. Clinicamente ela se apresenta como uma leucoplasia e o exame histológico revela espessamento da epiderme (acantose) e hiperqueratose. O epitélio hiperplásico pode exibir atividade mitótica, mas carece de atipia celular. Neoplasias benignas de vulva Lesões neoplásicas glandulares: como a mama, a vulva contém glândulas sudoríparas apócrinas modificadas. Por isso, também pode ser envolvida peor dois tumores que têm correspondentes na mama, o hidradenoma papilífero e a doença de Paget extramamária. Hidradenoma papilífero vulvar: lesão bem delimitada, que pode provocar uma ulcera por compressão na mucosa adjacente, dando a falsa impressão de que se trata de uma neoplasia maligna. Se apresenta como um nódulo bem circunscrito, mais comumente nos lábios maiores ou nas pregas interlabiais, e pode ser confundido clinicamente com carcinoma devido à sua tendência à ulceração. Sua aparência histológica é idêntica à do papiloma intraductal da mama, e consiste em projeções papilares cobertas com duas camadas de células: uma camada superior de células secretoras colunares que cobre uma camada mais profunda de células mioepiteliais aplanadas. Esses elementos mioepiteliais são característicos das glândulas sudoríparas e dos tumores da glândula sudorípara. Ceratose seborreica: tumor benigno da pele. Pode confundir com melanoma. Microscopicamente observa-se lamelas córneas. São pápulas de coloração variando de normocrômica a marrom acinzentada. Sua superfície pode ser papilomatosa ou queratótica, porém o atrito local pode deixá-las planas, assemelhando-se clinicamente a um nevo. São caracterizadas pelos psudocistos córneos. Fibroadenoma: neoplasia benigna mais prevalente nas mamas, que pode eventualmente ser encontrada na vulva em virtude da linha mamária. Ectopias do tecido mamário também podem surgir nesse trajeto. Neoplasias malignas da vulva O Carcinoma da vulva é uma neoplasia maligna incomum, representando cerca de 3% a 5% de todos os cânceres genitais em mulheres. Aproximadamente dois terços ocorrem em mulheres acima dos 60 anos. O carcinoma de 16 Patologia Beatriz Pellizzon células escamosas (epidermoide) é o tipos histológico mais comum de câncer vulvar. Em termos de etiologia, patogenia e características histológicas, os carcinomas de células escamosas da vulva são divididas em dois grupos: -Carcinomas basaloides e verrucosos relacionados à infecção com HPVs de alto risco (30% dos casos), mais comumente o HPV-16. Esses tipos são menos comuns e ocorrem em pacientes mais jovens. -Carcinomas queratinizantes de células escamosas sem relação com a infecção por HPV (70% dos casos). Esses tipos são mais comuns e ocorrem em mulheres mais idosas. PROVA O carcinoma epidermoide, que é o mais prevalente da vulva, é dividido em grupos para maior entendimento sobre a etiologia. Há variantes etiológicas com relação com o HPV e sem relação com o HPV. O carcinoma verrucoso e o carcinoma basaloide são HPV+, mas para sorotipos de alto risco para câncer, como o tipo 16 e 18. Ocorre mais em mulheres na idade reprodutiva, com múltiplos parceiros, primeira relação sexual em idade precoce. A lesão precursora é a neoplasia intraepitelial vulvar clássica (NIV clássica). Evolução lenta. Carcinoma verrucoso cresce como uma couve-flor. Lesão muito volumosa. O carcinoma epidermoide ceratizante é HPV – com etiologia desconhecida, ocorrem mais em mulheres idosas, que tem relação com episódios de liquen escleroso. Carcinomas verruscosos e basaloides: se desenvolvem a partir de uma lesão precursora in situ chamada neoplasia intraepitelial vulvar clássica (NIV clássica), que ocorre principalmente em mulheres em idade reprodutiva e tem relação com o HPV, sobretudo com os tipos 16 e 18, por isso os fatores de risco estão relacionados com idade jovem na primeira relação sexual, múltiplos parceiros sexuais, parceiro do sexo masculino com múltiplas parceiras sexuais... o risco de progressão para carcinoma invasor é mais alto em mulheres com mais de 45 anos. Carcinoma ceratinizante de células escamosas: ocorre mais frequentemente em mulheres com história de longa data de líquen escleroso ou hiperplasia das células escamosas, e não tem relação com o HPV. O pico de ocorrência ocorre na 8º década de vida. Ele surge de uma lesão precursora denominada neoplasia intraepitelial vulvar diferenciada (NIV diferenciada) ou NIV simples. Tem sido postulado que a irritação epitelial crônica pode contribuir para uma evolução gradual para o fenótipo maligno através de aquisição de mutações “condutoras” em oncogenes e em supressores tumorais (TP53). NIV CLÁSSICA Se apresenta como uma lesão branca discreta (hiperqueratótica) ou como uma lesão levemente elevada e pigmentada. É caracterizada pelo espessamento epidérmico, atipia nuclear, aumento de mitoses e falta de maturação celular. NIV DIFERENCIADA É caracterizada pela atipia acentuada de camada basal do epitélio escamoso e uma diferenciação de aparência normal das camadas mais superficiais. Os carcinomas invasores que surgem a partir da NIV clássica podem ser exofíticos ou endurecidos, com ulceração central. Ao exame histológico, os carcinomas basaloides consistem em ninhos e cordões de células pequenas, agrupadas de modo compacto, que não apresentam maturação e lembram a camada basal do epitélio normal. O tumor pode constituir focos de necrose central. Em contraste, o carcinoma verrucoso é caracterizado por estrutura exofítica e papilar, e atipia coilocitótica proeminente. Os carcinomas queratinizantes invasores de células escamosas que surgem na NIV diferenciada contêm ninhos e línguas de epitélio escamoso maligno com proeminentes pérolas de queratina centrais. O risco de desenvolvimento de câncer da NIV depende da duração e extensão da doença, e da condição imunológica do paciente. Uma vez que o câncer invasor esteja desenvolvido, o risco do avanço metastático é associado ao tamanho do tumor, profundidade da invasão e envolvimento dos vasos linfáticos. A disseminação inicial ocorre para os linfonodos inguinais, pélvicos, ilíacos e periaórticos. Finalmente, pode ocorrer disseminação linfo- hematogênica para os pulmões, fígado e para outros órgãos internos. Melanoma vulvar: quanto mais profunda a lesão, pior o prognóstico. Na análise histopatológica, o melanoma clássico apresenta-se com células melanocíticas atípicas, 17 Patologia Beatriz Pellizzon contendo graus variáveis de pigmentação acastanhada citoplasmática. Carcinoma basocelular: O carcinoma basocelular, o tipo mais comum de câncer de pele, é mais frequentemente diagnosticado em áreas da pele expostas ao sol, como na região da cabeça e pescoço e raramente ocorre na vulva. É pigmentado em alguns casos. Doença de Paget Extramamária: infiltração de carcinoma na pele adjacente, que estão associadas com carcinoma ductal in situ ou invasivo – CASO DA MAMA. Nesse caso, ocorre infiltração do carcinoma na pele ou mucosa (não vem de carcinoma ductal nesse caso), que lembra um eczema. É semelhante em suas manifestações à doença de Paget da mama. Na vulva, se apresenta como uma área com traçado geográfico, pruriginosa, vermelha, crostosa, que ocorre geralmente nos lábios maiores. Em contraste com a doença de Paget do mamilo, na qual 100% dos pacientes tem um carcinoma ductal subjacente, a doença de Paget vulvar não é tipicamente associada ao câncer subjacente e fica confinada à epiderme da pele vulvar. O tratamento consiste na excisão local ampla. As células se espalham lateralmente dentro da epiderme, e podem estar presentes além dos limites da lesão visível. Como resultado as células do tumor podem não ser excisadas completamente e a doença pode recorrer. A doença de Paget é uma particular proliferação intraepitelial de células malignas. As células de Paget são maiores que os queratinócitos ao redor, e são vistas individualmente ou em pequenos grupos dentro da epiderme. As células tem um citoplasma pálido que contém um mucopolissacarídeo que se apresenta corado. As células expressam citoqueratina 7. Ultraestruturalmente as células de Paget exibem diferenciação apócrina, écrina e de queratinócitos e supostamente surgem a partir de células multipotentes encontradas nos ductos de glândulas da pele vulvar. VAGINA As lesões primárias da vagina são raras, das quais a mais grave é o carcinoma de células escamosas vaginal. Anomalias do desenvolvimento: Ductos de Muller: exposição intrauterina e diestilestilbestrol. A vagina septada, ou dupla, é uma anomalia incomum que surge da falha na fusão total dos ductos de Muller e acompanha um útero duplo (útero didelfo). Essa e outras anormalidades da genitália externa podem ser manifestações de síndromes genéticas, exposição intrauterina a dietiletilbestrol (DES, usado para prevenir ameaças de aborto nas décadas de 1940 a 1960) ou por outros fatores perturbadores da sinalização espitelial-estromal recíproca durante o desenvolvimento fetal. Adenose vaginal: Durante o desenvolvimento a vagina é inicialmente recoberta por um epitélio colunar do tipo endocervical. Ele é normalmente substituído por um epitélio escamoso que sobe a partir do seio urogenital. Pequenas áreas residuais do epitélio glandular podem persistir na vida adulta, e são reconhecidas como adenose vaginal, que se manifesta clinicamente como áreas vermelhas, granulares, contrastando com a mucosa vaginal rosa-clara normal ao redor. Ao exame microscópico consiste em um epitélio mucinoso colunar indistinguível do epitélio endocervical. *relação com o dietilestilbestrol. Neoplasias pré-malignas e malignas da vagina Epitélio escamoso – carcinoma epidermoide Deve também coletar o material da vagina durante o exame. 18 Patologia Beatriz Pellizzon Lesões primárias da vagina são raras. A mais importante é o carcinoma de células escamosas primário. Também há lesões precursoras. A maioria dos tumores benignos da vagina ocorre em mulheres em idade reprodutiva e inclui tumores estromas (pólipos estromais), leiomiomas e hemangiomas. O tumor maligno mais comum envolvendo a vagina é a propagação do carcinoma do colo uterino, seguido por um carcinoma de células escamosas primário da vagina. Crianças podem desenvolver uma malignidade – o rabdomiossarcoma embrionário (sarcoma botrioide). Neoplasia Intraepitelial Vaginal e Carcinoma de Células Escamosas: quase todos os carcinomas primários da vagina consistem em carcinoma de células escamosas associados a HPVs de alto risco. O carcinoma primário da vagina é um câncer extremamente raro (1% das neoplasias do trato genital feminino). O maior fator de risco é o carcinoma prévio do colo uterino ou da vulva. O carcinoma de células escamosas da vagina surge a partir de uma lesão pré- maligna, a neoplasia intraepiteial vaginal. O tumor invasor afeta mais frequentemente a porção posterior da vagina (junção com a ectocérvice). As lesões nos dois terços inferiores da vagina metastatizam para os linfonodos inguinais, enquanto as lesões da parte superior da vagina tendem a envolver os linfonodos ilíacos regionais. Adenocarcinoma: os tumores que começam nas células glandulares são denominados adenocarcinomas e representam 10% dos casos dos cânceres de vagina. O tipo mais comum de adenocarcinoma vaginal se desenvolve em mulheres com mais de 50 anos. O adenocarcinoma de células claras ocorre mais frequentemente em mulheres jovens que foram expostas ao dietilestilbestrol dentro do útero materno Estes cânceres geralmente se assemelham aos pólipos. Rabdomiossarcoma embrionário (sarcoma botrioide): derivada do músculo estriado esquelético. Aspecto vinhoso (muito vascularizado). Comum em bebês e crianças menores que 5 anos. Metástase para pulmões e fígado (hematogenica). Lembra cachos de uva. Tem estriações do músculo estriado esquelético. Este tumor vaginal é incomum e composto de rabdomioblastos embrionários malignos, sendo frequentemente encontrado em bebês e em crianças com menos de 5 anos de idade. Esses tumores tem tendência de crescer como massas polipoides, arredondadas e volumosas, que tem a aparência e consistência de cachos de uva. As células tumorais são pequenas e possuem núcleos ovais, com pequenas protrusões de citoplasma a partir de uma extremidade, parecidas com uma raquete de tênis. Abaixo do epitélio vaginal, as células tumorais estão aglomeradas na chamada camada de câmbio, porém profundamente estão situadas em meio a um estroma fibromixomatoso frouxo, que é edematoso e pode conter células inflamatórias. Tais lesões podem ser confundidas com pólipos inflamatórios benignos. Esses tumores tendem a invadir localmente e causar morte por penetração na cavidade peritoneal ou por obstrução do trato urinário. A cirurgia conservadora, associada à quimioterapia é importante sobretudo nas fases iniciais. Melanoma de vagina: ver se é primária ou metástase. Os melanomas se desenvolvem a partir das células produtoras do pigmento que dá cor à pele. Estes tumores são usualmente encontrados em áreas da pele expostas ao sol, mas podem formar-se na vagina ou outros órgãos internos. Cerca de 3% dos casos de câncer de vagina são melanomas. O melanoma tende a afetar a parte inferior ou exterior da vagina, variando em tamanho, cor e padrão de crescimento. Carcinoma verrucoso: é um tipo raro de câncer vaginal celular escamoso. Parece uma grande verruga na vagina e é um tumor de crescimento lento que raramente se espalha para outras partes do corpo. Pólipo fibroepitelial: são estruturas elevadas que se projetam na vagina e até na pele. Pólipo fibroepitelial do trato genital inferior acomete mulheres de meia idade, obesas, sendo mais frequentes na vagina. Histologicamente podem ser predominantemente epiteliais ou primariamente estromais, usualmente benignos. 19 Patologia Beatriz Pellizzon Infecções (vaginites): -Gardnerella vaginalis -Trichomonas vaginalis (odor de peixe podre) -Cândida -Actinomyces (geralmente pacientes que usam DIU) COLO DO ÚTERO Câncer de colo uterino geralmente derivam de uma lesão pecursora. O úteroé dividio em relação as patologias do útero, em colo uterino e corpo uterino. O colo uterino é uma projeção da vagina. Ectocérvice é composta por epitélio escamoso que é continuo com a parede vaginal, este é visível ao exame vaginal. O epitélio escamoso converge centralmente em uma pequena abertura que chama orifício externo que continua com o canal endocervical. A endocérvice é revestuda por epitélio colunar secretor de muc, o ponto onde o epitélio escamoso e o colunar se encontram é chamado de JEC (junção escamocolunar) essa é conhecida como zona de transformação, isso porque o ambiente epitelial singular do colo útero é altamente suscetível a infecções como HPV, senod a principal causa de câncer colo do útero. As células epiteliais metaplásicas escamosas imaturas na zona de transformação são mais suscetíveis à infecção por HPV e, como resultado disso, é onde se desenvolvem as lesões e cânceres precursores cervicais. O principal tipo histológico de câncer de colo de útero é o carcinoma epidermoide e em segundo lugar o adenocarcinoma. O epitélio escamoso produz ceratina, dando uma coloração mais clara. Na porção do canal endocervical tem a população de células epiteliais glandulares. *pólipos endocervicais – pode ser “parida”. De acordo com a idade da mulher essa junção pode se exteriorizar ou entrar e ficar mais para cima. Ectopia de colo útero : durante a puberdade, a mucosa endocervical pode se exteriorizar, com isso a junção escamocolunar também é deslocada, assim observa-se o orifício externo em fenda com uma coloração avermelhada (hiperemiada). Não é patológica. Trata-se de uma condição fisiológica em que a mucosa endocervical fica exposta. Essa mucosa exteriorizada, por não ser resistente ao ambiente, pode sofrer metaplasia (adaptação celular que substitui um epitélio maduro que é o colunar por um epitélio escamoso) para ficar mais resistente. Por volta dos 50 e poucos anos a JEC sobe. A junção escamocolunar com relação ao orifício cervical externo é variável durante a vida da mulher e depende de fatores como idade, estado hormonal, trauma ao nascimento, uso de anticoncepcionais e certas condições fisiológicas como gravidez. A junção escamocolunar visível durante a infância, perimenarca, após a puberdade e início do período reprodutivo é denominada de junção escamocolunar original, porque representa a junção entre o epitélio colunar e o epitélio escamoso “original” formada durante a embriogênese e vida intra-uterina. Na infância e perimenarca, a junção escamocolunar original está localizada no, ou muito próxima ao, orifício cervical externo. Depois da puberdade e durante o período reprodutivo, os órgãos genitais femininos se desenvolvem sob a influência do estrógeno. Portanto, o colo uterino aumenta de tamanho e se cresce e o canal endocervical se alonga. Isto leva à eversão do epitélio colunar da parte inferior do canal endocervical próximo à ectocérvix. Esta condição é denominada de ectopia, visível como uma ectocérvix de aspecto bem avermelhado na inspeção visual. Portanto, a junção escamocolunar original está localizada na ectocérvix, distante do orifício cervical externo. O ectrópio torna-se muito mais pronunciado durante a gravidez. A ação tampão do muco que recobre as células colunares sofre interferência quando o epitélio colunar evertido no ectrópio fica exposto ao meio vaginal ácido. Isto leva à destruição e substituição subseqüente do epitélio colunar pelo epitélio escamoso metaplásico recém-formado (metaplasia). Do período da perimenopausa e depois da menopausa, o colo uterino reduz de tamanho devido à falta de estrógeno e, portanto, o movimento da nova junção escamocolunar em direção ao orifício cervical externo e para dentro do canal endocervical é acelerado. Nas mulheres na pós-menopausa, a nova junção escamocolunar é, muitas vezes, invisível ao exame visual. 20 Patologia Beatriz Pellizzon A metaplasia escamosa pode ocorrer em ambientes com mudança de pH, infamações... podendo ocorre uma proliferação de células da reserva, que ficam perto da membrana basal. O epitélio que era colunar fica todo substituído por células escamosas, mas as glândulas permanecem – CISTO DE NABOTH, que apresentam aparência de bolhas tensas. Esse ambiente de metaplasia madura é ideal para a instalação do HPV de alto risco. Cisto de Naboth: é um cisto por conceito tem que ter revestimento epitelial na parede, como se tem metaplasia escamosa é como se o epitélio escomosso obstruísse o lúmen das glândulas produtoras de muco. Vários cistos, denominados de cistos de Naboth (folículos), são vistos no epitélio metaplásico maduro. Os cistos de Naboth são cistos de retenção que se desenvolvem como resultado da oclusão de uma abertura ou desembocadura de criptas endocervicais pelo epitélio escamoso metaplásico suprajacente. O epitélio colunar encoberto surge secretando muco e que com o tempo fica cheio e distende o cisto. Rastreamento do câncer genital Realização exame de Papanicolau. Realiza a raspagem do canal endocervical e ectocérvice, mas principalmente a região da JEC. Citopatologia cervicovaginal oncótica = Papanicolau; sua condição principal é detectar células pré-cancerosas, se ele detectar células câncerosas, a mulher terá 50% de menos chance de cura. Acomete mulheres jovens. Não é foco do Papanicolau detectar infecções (gardnerella sp, herpes, HPV, actomyces sp, clamídia, cândida sp, etc). Mas algumas lesões como o HPV, herpes e clamidea são lesões que podem levar ao câncer então podem ser detectadas pelo exame citopatológico. 21 Patologia Beatriz Pellizzon Técnica tradicional do exame – e então realiza a colocaração, um corante de hematoxilina (roxo) e dois corantes policromáticos. Papanicolau é um EXAME DE RASTREIO Exame de colposcopia: visualiza o colo útero com um aumento de 5x. A reação com o iodo – relacionado com glicogênico --- TESTE DE SCHILLER, positivo indica biópisia. Se cora, ficando marrom, negativo. Se não cora, positivo – epitélio acetobranco. O ginecologista encharca a ponta da zaragatoa, que é revestida de algodão, com iodo (ou ácido acético) e “pinta” toda a região do colo do útero. Após um minuto de espera, o médico volta a visualizar o colo do útero para tentar identificar áreas que ficaram pouco coradas.As células normais do colo uterino e da vagina são ricas em glicogênio, O iodo consegue impregnar os tecidos ricos em glicogênio, mantendo- pintados. Já as células cancerígenas ou pré-cancerígenas são pobres em glicogênio e, por isso, não se impregnam com o iodo, mantendo-se mais claras e facilmente distinguíveis do resto do tecido saudável, que permanecesse corado de marrom (cor do iodo). Pólipo endocervical: são pequenos em torno de 2 a 3 cm. Esses pólipos podem causar erosão. Descobre que tem um pólipo pois leva a maior produção de muco. Os pólipos endocervicais são crescimentos exofíticos benignos que surgem dentro do canal endocervical. Elas variam de protuberâncias sésseis pequenas a grandes massas polipoides que podem avançar do orifício externo cervical. São lesões moles, quase mucoides, compostas por um estroma fibromixomatoso frouxo que abriga glândulas endocervicais dilatadas, secretoras de muco, frequentemente acompanhadas por inflamação. A curetagem simples ou excisão cirúrgica efetua a cura. A maior importância dos pólipos é que eles podem ser fonte de “sangramento de escape” ou sangramentos maiores que levantam a suspeita de uma lesão mais assustadora. (benigno). Hiperplasia endocervical microglandular: gerlaemnte associada a uso de anticoncepcional ou traumas, ou ducha íntima, mas sendo benigna, mas que leva ao aumento de fluxo mucoide. Cervicites – inflamações -não infeciosas -infecciosas: doenças sexualmente transmissíveis, infecções ascendentes e complicações gravidez -aguda/crônica pode ser crônico e ter crise de agudização. Cervicite aguda: grande saída de secreção; quando se tem muito neutrófilo Pode ser diagnosticado a partir de um gram. Cervicite crônica: presença de muitos linfócitos O mais importante de cervicite é saber o grau desta inflamação. Se tem muita célula inflamatória levando a um agregado linfoide se chama de cervicite folicular. Câncer colo uterino O carcinoma cervical não é raro no Brasil. Nas mulheres este é o terceiro tipo de cÂncer mais comum em seguida da mama e do cólon e reto. Infecções por HPV -sexualemnte transmissível 22 Patologia Beatriz Pellizzon -geralmente assintomático -cauda do câncer de colo de útero Os HPVs são vírus DNA que são tipificados com base em sua sequência de DNA e subagrupados em tipos de alto e baixo risco oncogênico. Os HPVs de alto risco oncogênico atualmente são considerados como o fator isolado mais importante na oncogênese cervical. Os HPVs de baixo risco oncogênico são a causa do condiloma acuminado sexualmente transmitido na região vulvar, perineal e perianal. HPV 6/ HPV 11 = BAIXO RISCO – CONDILOMA HPV 16/ HPV 18 = ALTO RISCO – CÂNECR *Existem 15 HPVs de alto risco oncogênico identificados atualmente. Do ponto de vista da patologia cervical, o HPV 16 e o HPV 18 são os mais importantes. O HPV 16 isoladamente responde por quase 60% dos casos de câncer cervical, e o HPV 18 responde pelos outros 10% dos casos; outros tipos de HPV contribuem para menos de 5% dos casos individualmente. A maioria das infecções por HPV é transitória e eliminada pela resposta imunológica no decorrer de meses. Em média, 50% das infecções por HPV são eliminadas dentro de 8 meses e 90% são eliminadas dentro de 2 anos. A duração da infecção está relacionada ao tipo de HPV; em média, infecções por HPVs de alto risco oncogênico duram mais tempo que as HPVs de baixo risco oncogênico. A infecção persistente aumenta o risco de desenvolvimento de pré-câncer cervical e em seguida carcinoma. HPVs infectam as células basais imaturas do epitélio escamoso em áreas de ruptura epitelial ou células escamosas metaplásicas imaturas presentes na junção escamocolunar. O colo uterino, com suas áreas relativamente grandes de epitélio metaplásico escamoso imaturo, é particularmente vulnerável à infecção por HPV quando comparado, por exemplo, com a pele e a mucosa da vulva, que são cobertas por células escamosas maduras. A capacidade do HPV agir como carcinógeno depende das proteinas virais E6 e E7, que interferem na atividade das proteínas supressoras de tumores, que regulam o crescimento e a sobrevivência das células. A exposição a carcinógenos e o estado imune do hospedeiro influenciam se uma infecção por HPV regride ou persiste,e, enfim, evolui para um câncer. Halo perinuclear em conjunto com núcleos aumentados de volume, núcleos com contornos irregulares e cromatina mais escura indica infecção por HPV. Quando a pessoa tem infecção por HPV de alto risco, a progressão leva em torno de 20 a 30 anos, por isso é importante o diagnóstico das lesões precursoras. Carcinoma in situ é aquela lesão pré-cancerigena, geralmente 0 metastase, com 100% de cura. Carcinoma in situ NÃO É CÂNCER, É POTENCIALMENTE CANCERIGENO. Classificação de neoplasia intraepitelial cervical (NIC): no início a displasia leve era chamada de NIC I, a displasia moderada de NIC II, e a displasia grave chamada de NIC III. Já que a decisão relativa à conduta para a paciente tem dois níveis (observação versus tratamento cirúrgico), o sistema de classificação de três níveis foi simplificado recentemente para um sistema de dois níveis, com NIC I renomeada para lesão intraepitelial escamosa de baixo grau (LSIL) e NIC II e NIC III combinadas em uma categoria citada como lesão intraepitelial escamosa de alto grau (HSIL). A maioria das LSILs regride espontaneamente, com apenas pequena porcentagem progredindo para HSIL. LSIL não progride diretamente para carcinoma invasivo. As HSILs oferecem um alto risco de progredirem para um carcinoma. NIC: neoplasia intraepitelial cervical NIC 1, 2, 3: Displasia leve, moderada, intensa/ carcinoma in situ – biopsia. 23 Patologia Beatriz Pellizzon E6 e E7 quando estiverem na célula, promovem tudo o que a célula cancerígena quer ser: multiplicar descontroladamente e ser imortal. As anomalias do epitélio pavimentoso cervico-vaginal podem ser categorizadas em: anomalias celulares de significado indeterminado (ASC-US), lesão intraepitelial de baixo grau(low grade intraepithelial lesion – LSIL), lesão intraepitelial de alto grau (high grade intraepithelial lesion – HSIL) e carcinoma invasivo. A alteração mais significativa aconteceu com a eliminação da categoria de displasia moderada (CIN II). Lesão intraepitelial de baixo grau (LSIL – sugestivo de infecção pelo HPV) veio substituir neoplasia intraepitelial de grau I (CIN I). Lesão intraepitelial de alto grau (HSIL), veio substituir as categorias de CIN II e III. Obs: CIN = NIC = neoplasia intraepitelial cervical. Nem todo mundo que entrar em contato com o HPV de alto risco vai desenvolver o câncer de colo de útero, pois também há cofatores que influenciam, como a imunidade. A displasia leve tende a regredir naturalmente. Alto grau tem que fazer biopsia. Quanto mais infiltra o estroma, pior o estadiamento. A conização (amputação do colo do útero) só faz em NIC2 e NIC3. O DIAGNÓSTICO DA LESÃO INTRAEPITELIAL ESCAMOSA SE BASEIA NA IDENTIFICAÇÃO DE ATIPIA NUCLEAR CARACTERIZADA POR AUMENTO NUCLEAR, HIPERCROMASIA (COLORAÇÃO ESCURA), PRESENÇA DE GRÂNULOS GROSSEIROS DE CROMATINA E VARIAÇÃO DOS TAMANHOS E FORMAS NUCLEARES. As mudanças nucleares são frequentemente acompanhadas por halos citoplasmáticos indicativos de ruptura do citoesqueleto antes da liberação do vírus para o meio ambiente. As alterações nucleares e o halo perinuclear são chamados de atipia coilocítica. A classificação de SIL embaixo ou alto grau se baseia na expansão da camada de células imaturas a partir de sua localização basal normal. Se as células escamosas atípicas imaturas estiverem confinadas ao terço inferior do epitélio, a lesão é classificada como LSIL; se houver expansão para dois terços da espessura epitelial, é classificada como HSIL. Câncer cervical Fatores risco para o câncer cervical: múltiplos parceiros sexuais, parceiro do sexo masculino com múltiplas parceiras sexuais prévias ou atuais, idade precoce na primeira relação sexual (<16 anos), alta paridade, infecções persistentes por HPV de alto risco, imunossupressão, uso de contraceptivos orais e tabagismo. -o carcinoma de células escamosas é o subtipo histológico mais comum de câncer cervical -o segundo tipo tumoral mais comum é o Adenocarcinoma cervical e se desenvolve a partir de uma lesão precursora chamada Adenocarcinoma in situ -carcinoma adenoescamoso e neuroendócrinos são tumores cervicais raros -todos os tipos tumorais acima são causados por HPV de alto risco oncogênico. As características clínicas e os fatores de risco são os mesmos para cada tipo de tumor, com exceção dos adenocarcinomas e carcinomas adenoescamosos e neuroendócrinos que tipicamente se apresentam com doença em estágio avançado. Esta evolução infeliz ocorre porque a triagem de Papanicolaou é menos eficaz na detecção destes tipos de câncer. O carcinoma cervical invasivo pode se manifestar como uma massa vegetante (exofítico) ou infiltrativa. CARCINOMA EPIDERMÓIDE *Ceratinização O que interfere no diagnóstico é o grau de invasão do estroma. Quanto mais precocemente fizer o diagnóstico, melhor o estadiamento. Quanto maior a profundidade da neoplasia, pior o prognóstico. 24 Patologia Beatriz Pellizzon Carcinoma epidermoide é composto por ninhos e projeções de epitélio escamoso maligno, queratinizado ou não queratinizado, invadindo o estroma cervical subjacente. Os adenocarcinomas são caracterizados pela proliferação de epitélio glandular composto por células endocervicais malignas com núcleos grandes, hipercromáticos e citoplasma relativamente depletado de mucina, resultando em um aspecto escuro das glândulas, em comparação ao epitélio endocervical normal. Existem neoplasias que são pouco prevalentes, mas quando ocorrem são muito agressivas, como é o caso dos CARCINOMAS ADENOESCAMOSOS e CARCINOMAS NEUROENDÓCRINOS. Os carcinomas adenoescamosos são tumores compostos por epitélio glandular maligno e escamoso maligno, misturados entre si. Os carcinomas cervicais neuroendócrinos tipicamente têm um aspecto semelhante aos carcinomas de células pequenas do pulmão, porém, em contraste ao tumor pulmonar, que não está relacionado à infecção por HPV, carcinomas de células pequenas cervicais são positivos para HPVs de alto risco oncogênico. As lesões intraeiteliais de baixo grau do colo do útero são infecções de HPV produtivas, que geralmente regridem espontaneamente, mas ocasionalmente evoluem para as lesões intraepiteliais escamosas de alto grau (HSILs), que são caracterizadas pela desregulação progressiva do ciclo celular e pelo aumento de atipias, podendo evoluir para carcinomas invasores. Quase todas as lesões precursoras cervicais e carcinomas são causados por HPV de alto risco, sendo o mais comum o HPV-16. Dietilestilbestrol : causa Adenose vaginal e de células claras. O prognóstico e a sobrevida nos carcinomas invasivos dependem em grande parte do estágio no qual o câncer é inicialmente descoberto e em algum grau do tipo celular, com tumores neuroendócrinos de pequenas células apresentando um prognóstico muito reservado. Com os métodos de tratamento atuais, existe uma taxa de sobrevida de 5 anos de pelo menos 95% para carcinomas em estágio Ia (incluindo microinvasivos), aproximadamente 80% a 90% para estágio Ib, 75% no estágio II e menos de 50% para estágio III ou maior.A maioria dos pacientes com câncer em estágio IV morre em consequência da extensão local do tumor (p. ex., para a bexiga urinária e ureter, causando obstrução ureteral, pielonefrite e uremia) e não pelas metástases à distância. Contudo, como mencionado anteriormente, a detecção precoce reduziu o número de pacientes com câncer em estágio IV em mais de dois terços nos últimos 50 anos. Aspectos clínicos: Mais da metade dos cânceres cervicais invasivos é detectado em mulheres que não participaram de triagem regular. Embora os cânceres invasivos precoces do colo uterino (carcinomas microinvasivos) possam ser tratados apenas por biópsia em cone, a maioria dos cânceres invasivos é tratada 1 Patologia Beatriz Pellizzon TVI Patologia Ginecológica: corpo uterino No corpo do útero se tem a camada mais interna, que é o endométrio, este reveste todo o corpo do útero, e mais externamente se tem o miométrio. CICLO ENDOMETRIAL FASE PROLIFERATIVA: o aumento de estrogênio leva a estímulos para o endométrio, e nesta fase se tem uma proliferação do endométrio, aumentando a glândula ficando mais espesso FASE SECRETORA: se tem um preparo do endométrio como se fosse para uma gestação, tendo um desenvolvimento vascular, aumenta a secreção glandular e o endométrio fica mais espesso, e caso o oócito não seja fecundado, leva a um vasoespasmo de artéris que leva a uma isquemia e descamação do endométrio que foi aumentado Endométrio Endometrite São processos inflamatórios e as vezes associados a infecções. A mucosa endometrial pode conter no estroma do córium células inflamatórias, porem são encontrados linfócitos e outras células como neutrófilos e plasmócitos em situações fisiológicas não devem ser encontradas na mucosa do endométrio e quando são encontradas, se tem a endometrite. Esta pode ser aguda (as células predominantes são: neutrófilos) e pode ser crônica (as células encontradas seriam: plasmócitos). Existem causas infecciosas e não infecciosas, e eta pode ser específica (acha o agente) ou inespecífica. A mucosa endometrial reveste internamente a cavidade endometrial, a mucosa do fundo do útero é a região mais responsiva a alterações. Essa mucosa (estroma) estão susceptíveis a situações patológicas, como a endometrite. Com frequência é casada pela Neisseria gonorrhoeae ou Chlamydia trachomatis. Pode ser por mycobacterium tuberculosis – no entanto esta é rara. Outras causas: restosovulares, corpo estranho (DIU). A endometrite pode se manifestar com queixas do paciente como febre, dor abdominal e alterações menstruais. Endométrio: endometrite crônica - plasmócito OBS: se fosse encontrado neutrófilos seria uma aguda; mas nada impede que se tenha um processo inflamatório crônico que se agudizou, assim podendo encontrar neutrófilos também. Esse processo infeccioso pode se estender as tubas e aos ovários, gerando um abcesso tubo-ovariano, e pode levar a infertilidade. Em relação a clínica: o sangramento uterino apresenta causas bem frequentes, este sangramento pode ter causas que não sejam sangramentos uterinos. Tabela a seguir – importante, em relação as sangramentos uterinos. Este sangramento pode varias da anatomia e de causas externas como alterações da hipófise.... Sangramento uterino disfuncional (diag. Exclusão): é um sangramento uterino no qual não se encontra uma anormalidade orgânica. Se tem um sangramento com duração maior que 6 dias, com quantidade superior a 80 mL. Adenomiose Apesar de ser idêntica a endometriose, seus conceitos são distintos. Esta é quando uma paciente apresenta as glândulas do endométrio e/ou estroma, dentro do miométrio, deviam estar na mucosa e não dentro. Quando a mulher menstrua, esse componente irá apresentar sangramento, em todos os pontos de adenomiose. Esta adenomiose é heterotópica. Esta pode gerar o aumento do sangramento menstrual, dismenorreia (cólica), dor pélvica – estas duas podem ser geradas anteriormente a menstruação Endometriose É ectópica. As glândulas do endométrio e/ou estroma são encontrados fora do endométrio, como por exemplo no intestino, em linfonodos, bexiga, peritônio, na prega umbilical, cicatriz de cesariana, nas tubas uterinas (muito frequente). Frequentem em estruturas pélvicas como ovários, fundo de saco de Douglas... Esta é o mesmo achado mosforlogico da adenomiose mas fora do útero. Não se sabe ao certo porque isso ocorre, são mais teorias. Esta acomete 10% das mulheres em idade reprodutica – DOR PÉLVICA CRÔNICA. É uma das causas de infertilidade. Caso de endometriose ovariana 2 Patologia Beatriz Pellizzon TVI Muitas vezes a endometriose acomete as tuba. Nesses casos se tem liberação de prostaglandinas que podem levar a respostas inflamatórias, assim podendo levar a aderências que vão causando destruição do tecido ovariano, pois quanto maior o dano maior a perda de tecido. As 4 teorias da endometriose: -regurgitação: durante o fluxo menstrual, devido a descamação do endométrio, com isso o conteúdo do fluxo seria levado pelas tubas uterinas e cairia na cavidade peritoneal e contaminaria a cavidade -da metástase benigna: o conteúdo do fluxo menstrual cairia em vasos sanguíneos e linfáticos provendo a disseminação dessa material para outros órgãos -metaplásica: o epitélio selomico poderia dar origem aos focos de material idêntico ao endométrio -das células tronco/progenitoras extrauterinas: seriam célula totipotentes que poderiam se diferenciar em células do endométrio Hiperplasia do endométrio Proliferação exagerada do endométrio, em decorrência do excesso de estrogênio em relação à progesterona, quando suficiente prolongado. Obesidade, falhas na ovulação, administraão prolongada deesteroides estrogênicos sem oposições da progesterona e lesões produtoras de estrogênio nos ovários É uma importante lesão precursora do carcinoma do endométrio, tipo endometrióide. Nem sempre uma hiperplasia em outros sítios, podem induzir uma neoplasia. Neste caso se tem um aumento na quantidade de células, assim pode ocorrer um espessamento do endométrio. Hiperplasia do endométrio com atipias é equivalente a neoplasia intraepitelial de alto grau que leva ao risco de carcinoma endometrioide. Neoplasias do endométrio Adenomiose e endométrio são lesões não neoplásicas. Pólipos endometriais São lesões benignas, ocupam a cavidade endometrial. Estes podem variar de 0,5 a 3 cm de diâmetro. Em relação a histologia se tem uma proliferação monoclonal das células estromais, que diferente da hiperplasia se em predomínio do componente glandular. Os pólipos podem ser únicos ou múltiplos. Esses pólipos podem gerar sangramento, pois se um encontra no outro ou na parede uterina pode sofrer uma ulceração e assim pode gerar sangramento. Este pólipo também pode comprometer a fertilidade, pois pode atrapalhar a nidação do feto e pode ser causa também de abortos e dificultar a passagem do espermatozoide. Podem surgir adenocarcinomas deste pólipos. Câncer de endométrio Sua incidência é prevalente no Brasil. A faixa etária mais acometida é de 55 a 65 anos de idade, é raro antes dos 40 anos. Este apresenta 2 tipos principais de classificação – histológica e patogenicamente distintas: -tipo carcinoma endometrioide (80%) dos casos -tipo carcinoma seroso (15%) Outros tipos histológicos: carcinoma de células claras e tumor mulleriano misto (carcinossarcoma). Carcinoma endometrioide tem um prognostico melhor que o carcinoma seroso. 3 Patologia Beatriz Pellizzon TVI Câncer de endométrio pode surgir em qualquer região do endométrio, pode ter infiltração para o miométrio, se infiltrar a metade mais interna melhor prognostico se tiver infiltração da metade mais externa pior o prognóstico. --Carcinoma endometriode: associação com excesso de estrogênio no desenvolvimento da hiperplasia endometrial, em mulheres na pré e perimenopausa. Mutação do PTEN e de genes de reparo de erros de pareamento do DNA. --Carcinomas serosos: surgem em quadros clínicos de atrofia endometrial. Geralmente me mulheres na perimenopausa. Os fatores de risco são: obesidade, DM, HAS, infertilidade exposição ao estrogênio sem oposição, ovários policísticos, ciclos menstruais irregulares, menarca precoce, menopausa tardia Mulheres com mutação do PTEN (Síndrome de Cowden). Mulheres com mutação nos genes de reparo (Síndrome de Lynch). Mutações do gene TP53 são relativamente incomuns. Carcinoma seroso do endométrio – fatores de risco: menos comum do que o tipo endometrioide, mais agressivo, não está associado ao estrogêno sem oposição e à hiperplasia endometrial, mutação do gene supressor de tumor TP53, em praticamente todos os casos. Em relação a análise da histologia do carcinoma endometrioide: 3 graus histológicos (FIGO) Exemplo de laudo-anatomopatológico: Fatores que influenciam no prognóstico: Manifestações clínicas do câncer endométrio: -sangramento ou na pós menopausa -aumento do volume uterino -carcinoma endometrioide- metastatiza lentamente (sobrevida pode ser muito boa, se reliazar diagnóstico em fase inicial, sobrevida de 5 anos 90% se diagnosticado na fase inicial) -carcinoma seroso – prognóstico depende do estadiamento. Prognostico ruim. -o estadiamento é o principal determinante da sobrevida da paciente. Neoplasias de origem do musculo liso do miométrio Leiomioma Tumor benigno. Este é mais frequente. Pode formar várias lesões, podem formar lesões múltiplas, raramente esta pode se transformar em leiomiossarcoma. Esta pode ter hemorragia, necrose... Quando este esta dentro do endométrio é chamado de intramural (pode gerar incontinência urinaria). Quando esta internamente se chama pediculado submucosa. A paciente pode apresentar mais de um leiomioma ao mesmo temo. Mioma parido = diagnóstico diferencial para pólipo endocervical e pólipo endometrial. Um leiomioma pode se implantar em ligamentos e se dissociar do útero, isso se chama leiomioma parasita. Apresentam bordas bem demarcadas, apresenta uma pseudocapsula envolta deles, podem ter vários tamanhos, tendem a ter aspecto homogêneo, são esbranquiçados, bem firmes. Histologicamente são vistas fibras musculares lisas entrelaçadas. São geralmente encontrados em mulheres na idade reprodutiva, acomete de 30 a 50% das mulheres, mais frequentes na raça negra. Associação com anormalidade cromossômicas (rearranjos dos cromossomos 6 e 12 e mutação do gene MED12 em 70% dos 4 Patologia Beatriz Pellizzon TVI casos). Os estrogênios, e possivelmente, os contraceptivos orais estimulam seu cresciemento. Aspectos clínicos: menorreia, dismenorreia, sensação de peso na pelve, constipação intestinal, incontinência urinária, abortamento de repetição e leiomioma parido. Leiomiossarcoma Tumor maligno. É raro. Patologia Ovariana e tubária Patologia das tubas uterinas Salpingites É inflamação da tuba uterina, pode começar na camada mucosa, pode ir para a parede e pode acometer estruturas adjacentes, como o ovário e as estruturas peritoneais abdominais e pelvicas. Sugerm a partir da acesão de patogenos da região. Os mais comuns são os patogenos relacionados as DST’s, como os gonococos, as clamideas, micoplasma, alguns streptocoocos. Aguda: o infiltrado apresenta muitos neutrófilos, um infiltrado polimorfonucleares. (gonococo e clamídea) Crônica: infiltrado linfomononuclear/ células mononucleares, os plasmócitos. -- os processos inflamatórios agudos quando persistentes viram crônicos Esta é uma ascensão de patógenos que causaram infcção no trato inferior, esta pode ganhar o peritônio e levar a uma peritonite, assim estamos diante da DIP (doença inflamatória pélvica). O que pode associar a salpingite é conteúdo de aborto retido. DIP: expressão mias grave da salpingite relacionada ao clamídia e gonococo. Assim atingindo a região pélvica e abdominal a paciente queixa de febre, dor abdominal forte. Quando esta se estende a uma região perihepática, essa inflamação da cápsula hepática é chamada de síndrome de fitz-hugh-curtis, seu aspecto na crônico após a cicatrização se tem um aspecto de corda de violino, são trajetos fibrosos. Consequência da salpingite: é fibrose dentro da tuba uterina, tendoa cumulo de material purulento. Tendo assim a piossalpinge (coleção de material purulento dentro da tuba uterina). Consequências tardias são as fibroses que podem vir a obliterar a tuba uterina, assim causando um colapso da tuba uterina gerando infertilidade. Essa é uma condição associada a infertilidade. Outra causa é um acumulo seroso, fluido, claro, e essa secreção pode gerar uma dilatação extrema da tuba uterina, não tendo infecção associada (consequência tardia), sendo chamado de hidrossalpinge. E isto pode gerar uma torção, uma rotura, levado a necessidade de um procedimento cirúrgico. Na região perihepática pode levar a uma apendicite. Uma cicatrização pode levar auma aderência das superfícies fibroses, como intestino, útero... tendo dores pélvicas. Corte histológico mostra uma luz da tuba aumentada. Forma crônica de salpingite crônica é associada a tuberculose (caso raro). Paciente que apresenta uma TB pulmonar, pode chegar ao trato genital pela via hematogênica, esta tem um aspecto salpingado, sendo uma condição grave, sistêmica. Quando realiza um corte histológico observa um infiltrado inflamatório crônico, com macrófagos (levam a célula gigante mononucleada), processo granulomatoso com necrose caseosa. Essas múltiplas nodulações na superfície podem parecer implantes tumorais, no entanto são processos inflamatórios aasociados a tuberculose. Prenhez tubária – gravidez ectópica A tuba uterina inflamada que gera fibroses, não tem as células ciliadas para a passagem do óvulo, assim tendo uma fecundação dentro da tuba, assim sendo considerada emergência ginecológica devido a risco hemorrogico levando a morte. As células da tuba uterina podem sofrer mutações entre elas, relacionada a mutações do P53, passando a exibir caracteriscticas de displasia, a ponto de constituir uma massa neoplásica, chamada de STIC = carcinoma intraepitelial tubário seroso, ele ser intraepielial significa que ainda não invadil a parede da tuba. São células que proliferaram e formaram um agregado neoplásico. Assim a tuba uterina também pode causar um tumor maligno. O maior problema do STIC, é que suas células podem se desgarrar da tuba uterina e essas podem ir se implantando no ovário, encontrando um ambiente favorável levar a um carcinoma ovariano, o adenocarcinoma ovariano do tipo seroro, a migração destas células para o ovário geram um novo câncer devido a presença de um ambiente favorável. 5 Patologia Beatriz Pellizzon TVI Ovário são posteriores as tubas uterinas! Patologia ovariana Doenças não-neoplásicas Cistos são tão comuns que podem ser considerados normais, podemos ter os cistos de inclusão epitelial. Corpo de psammoma é um nome dado as microcalcificações concêntricas, quando tiver uma região inflamada, ou lesão inicia a deposição de cálcio que gera cicatrizes calcificadas, chamadas de calcificação distrófica e esse cálcio vem das células que necrosaram (morte celular). O cisto folicular (pode ter conteúdo apenas seroso ou hemorrágico) é um folículo que se desenvolveu de maneira exagerada, esse pode romper e sangrar e a paciente irá cursar com dor abdominal, muitas vezes no meio do ciclo, são originados em folículos de Graaf não rompidos ou em folículos que foram rompidos e imediatamente fechados,
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