Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Síndrome de ovários policísticos e amenorreias Amenorreia - Para haver menstruacao, necessita-se de ação estrogênica, ação progestagênica e genitália de anatomia normal. - Se uma mulher menstrua todo mes, necessariamente, há normalidade nesses três fatores (acao estrogenica, acho progestagenica, anatomia). - GnRH pulsátil estimula FSH, que estimula folículos a crescerem, folículos estimulados produzem muito estrogenio. Hipófise entende que, por haver muito estrogenio, não precisa mais de FSH, e libera LH. 12 horas antes da ovulacao, pico de LH. Apos a ovulacao, o desenvolvimento do corpo luteo faz com que seja secretada progesterona. O estrogenio estimula o endometrio a proliferar. A progesterona estimula o endometrio a secretar. - Amenorreia é caracterizada de acordo com a época de seu aparecimento, podendo ser primária ou secundária. A amenorreia DEVE ser investigada. Hipotálamo compartimento IV GnRH Hipófise Compartimento III FSH LH Ovário Compartimento II Estrogenio Progesterona Endometrio Compartimento I Proliferativo Secretor AMENORREIA Primaria - não houve menstruação aos 16 anos; ou - não tem características sexuais secundárias (telarca, pubarca) E não menstruou aos 14 anos. Secundária - sem menstruação por 6 meses; ou - sem menstruação há 3 ciclos Embriogênese genital Na vida embrionária, ambos os géneros fetais possuem tanto Ducto de Muller, quanto Ducto de Wolff. No homem, o Wolff se desenvolve e o Muller atrofia. Na mulher, o Muller desenvolve e o Wolff regride. No homem, as células de sertolli nos testículos produzem hormônio anti- mulleriano, permitindo o crescimento dos ductos de wolff. "Muller faz genitália interna da Mulher" A genitália interna é composta de utero, trompas e 2/3 superiores da vagina. A genitália externa depende da ação androgênica - com di-hidrotestosterona masculiniza a genitália externa, sem di-hidrotestosterona, a genitália externa fica feminina. Amenorreia secundária - A investigação deve seguir alguns passos: 1. Descartar gravidez - bHCG (idealmente, quantitativo) 2. Dosar conjuntamente TSH e PROLACTINA Hipotireoidismo e hiperprolactinemia são causas de amenorreia secundaria. Tem que ser dosados conjuntamente. O hipotireoidismo pode ser causa de hiperprolactinemia - trata-se o hipotireoidismo e espera-se que a prolactina diminua. Prolactina alta isoladamente pode ser causada por prolactinoma (tumor de hipófise), por medicamentos ou ter outras causas. 3. Teste da progesterona Avalia-se o nível de estrogênio e a integridade anatômica. Administra-se medroxiprogesterona (Provera) 10mg por 5-10 dias e após os 5-10 dias, pausa de até 7 dias esperando sangramento. 4. Teste do estrogênio É fornecido o componente hormonal e avalia-se o endometrio e trato de saída. mais bonito para a banca - Estrogênio (21 dias) + Progesterona (5 dias); OU qualquer cartela de anticoncepcional oral combinado (21 dias) Prolactinoma Medicamentosa Outros Diagnostico: RNM de sela turcica Metoclopramida Gestacao Tratamento: clínico, inicialmente, agonista dopaminergico. Neurolepticos Antidepressivos Triciclicos Hipotireoidismo Dopamina aumenta, prolactina cai. Ranitidina Estimulação mamária Carbegolina ou bromocriptina. Anticoncepcional Combinado Oral Estresse Houve sangramento Não houve sangramento Anovulacao Estrogenio baixo? Lesão endometrial? Obstrução ao fluxo? Houve sangramento Sem sangramento Excluídas causas uterovaginais Alteração de trato de saída Causa - ovário, hipófise ou hipotálamo? Compartimento II, III ou IV? CAUSA - Compartimento I Prolactina: 5-20 mg/dL Prolactinoma > 200 5. Dosagem de FSH Visando perceber se a causa é ovariana ou central. FSH alto (> 20): o ovário não responde, CAUSA OVARIANA (compartimento II). FSH normal ou baixo (< 5): hipófise (III) ou hipotalamo (IV) não funcionam. 6. Teste do GnRH Administra-se GnRH, buscando avaliar a resposta hipofisária. FSH e LH aumentados: causa hipotalâmica (compartimento IV). FSH e LH não se alteram: causa hipofisária (compartimento III). Amenorreia primária - A investigação é mais simples. 1. Avaliar presença de caracteres sexuais secundários Telarca e Pubarca? Se tem desenvolvimento, há níveis de estrogênio, FSH e LH para tal, esperar até os 16 anos e realizar avaliação uterovaginal. Havendo caracteres sexuais secundários, a alteração é anatômica - não tem utero, septo vaginal, hímen imperfurado. Não havendo desenvolvimento de características secundarias, buscar causas. 2. Dosagem de FSH Visando perceber se a causa é ovariana ou central. FSH alto (> 20): o ovário não responde, CAUSA OVARIANA (compartimento II). FSH normal ou baixo (< 5): hipófise (III) ou hipotalamo (IV) não funcionam. 3. Teste do GnRH Administra-se GnRH, buscando avaliar a resposta hipofisária. FSH e LH aumentados: CAUSA HIPOTALÂMICA (compartimento IV). FSH e LH não se alteram: CAUSA HIPOFISÁRIA (compartimento III). LH e FSH altos Realizar cariotipo buscando possíveis alteracoes Disgenesia gonadal Diagnósticos diferenciais Causas hipotalâmicas de amenorreia compartimento IV Tumores Craniofaringiomas Síndrome de Kallman migração da placa olfatoria ocorre juntamente à migração das células germinativas Amenorreia primaria Anosmia (não sente cheiro) Cegueira para cores Causas mais comuns Estresse Anorexia, bulimia Exercícios físicos extenuantes Causas hipofisárias de amenorreia compartimento III Tumores Prolactinomas Síndrome de Sheehan pode haver pan-hipoptuitarismo paciente que teve hemorragia significativa, não vai conseguir amamentar (não tem galactina). Necrose hipofisária pós-parto Causas ovarianas de amenorreia compartimento II Falência ovariano precoce Autoimunes, DM Esgotamento de folículos antes dos 40 anos Síndrome de Savage Existem folículos, mas eles são resistentes às gonadotrofinas. Pode haver menstruação esporádica quando um dos folículos vence a resistência e se desenvolve. Resistência às gonadotrofinas Pode ser amenorreia primaria ou secundária Disgenesia gonadal maior causa de amenorreia pr imária com infant i l ismo sexual. FSH alto. Síndrome de Turner (45 XO) é a mais comum: tórax em escudo, pescoço alado, baixa estratura, hipertelorismo mamario. Gonada com Y tem que ser retirada! - Síndrome de MORRIS: defeito genético no receptor de androgênio - Pseudo- hermafroditismo masculino: paciente com síndrome da insensibilidade aos androgenios de forma completa. • Paciente XY, tem testículo que funciona, vagina curta, dispareunia, nunca menstruou. • Já que não há receptores que reajam aos androgênios, a genitália externa não se desenvolve de forma masculina. Síndrome dos ovários policísticos - Anovulacao cronica hiperandrogênica que ocorre em 5-10% das mulheres, maior causa de hiperandrogenismo na mulher. - A anovulacao e hiperandrogenismo são consequências Causas uterovaginais de amenorreia compartimento I Síndrome de Asherman formam-se sinéquias devido ao mecanismo inicial, que podem ser desfeitas cirurgicamente Lesão endometrial traumática ou por processo infeccioso - abortamento, infecção, curetagem. Hiperplasia adrenal congênita hiperplasia adrenal, hiperandrogenismo e masculinizacao da genitália externa. Genitália ambígua! Insuficiência da 21-hidroxilase é a maior causa de genitália ambígua na mulher. A deficiência da 21-hidroxilase faz com que haja aumento da 17 OH progesterona e de androgenios. Malformacoes Mulerianas Útero Bicorno - fusão parcial dos ductos de Muller. Útero unicorno - agenesia unilateral do ducto de Muller. Útero Septado - falha na reabsorção da parede após a fusão ductal. Útero didelfo - cada ducto Mulleriano forma um útero. Roktansky - 46XX, caracteres sexuais normais, 16 anos e não menstrua. Não tem útero SÍNDROME DE ROKTANSKY SÍNDROME DE MORRIS Agenesia Mulleriana Defeito no receptor androgenico XX - feminino XY - masculino Amenorreia primária com características sexuais secundárias normais.Amenorreia primária com características sexuais secundárias. Mama pequena. Não há útero, não há vagina. Não há útero, não há vagina. Pilificacao normal Não tem pelo Tem ovário normal Tem testículo normal - Resistência à insulina faz com que haja redução da síntese de SHBG. A proteína transportadora de hormônios sexuais (SHBG) permite que os hormônios sexuais circulem no corpo sem causar manifestacoes. - Na SOP, portanto, a resistência insulinica gera diminuição da proteína transportadora, o que faz com que as frações livres dos hormônios sexuais aumentem e gerem efeitos. Aumento das frações livres de estrogenio e androgenio fazem com que haja redução do FSH e LH, hiperandrogenismo e anovulacao. - O diagnostico de SOP é de exclusão!! DEVEM ser excluídas outras causas de hiperandrogenismo e anovulacao através da dosagem de TSH, prolactina, 17-OH-progesterona e cortisol. - As alterações laboratoriais de SOP: - Avaliar a paciente com SOP para síndrome metabólica. Essa paciente tem risco muito aumentado de desenvolver DM-II - Diagnostico necessita de 2 desses critérios de Roterdan: 1. Ovários policisticos à USG - 12 ou mais folículos com 2-9 mm (imagem em roda de leme) ou - ovário aumentado mais que 10 cm3 2. Oligo ou anovulacao 3. Hiperandrogenismo RESISTÊNCIA A INSULINA HIPERANDROGENISMO ANOVULACAO Acantose nigricans Manchas escurecidas na região axilar, nucal, inguinal. Acne, alopecia, hirsutismo pêlo grosso, de distribuição masculina em mulher Escala de Ferriman >= 8 Irregularidade menstrual Infertilidade AUMENTA DIMINUI testosterona total e livre FSH estrogenio androstenediona SHBG resistência insulinica Achado de ovário policistico não significa SOP!!!
Compartilhar