ACIDENTES OFÍDICOS

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ACIDENTES OFÍDICOS 
 ACIDENTE BOTROPICO
· Causado por serpentes do gênero: Bothrops, Bothriopsis, Bothrocophias (jararaca, jararacuçu, urutu) 
· 89% dos acidentes ofídicos serpentes muito agressivas 
· Ação do veneno: proteolítica (necrosante), vasculotóxica (hemorrágica) e nefrotóxica 
· Sinais clínicos: edema local, equimose (hematoma), dor, prostração, hemorragia em gengiva, hematúria, epistaxe, hematêmese, hemorragias genitais
· Mortalidade baixa porém em casos graves podem ocorrer hemorragias extensas devido a CID (coagulação intravascular intensa) evoluindo ao choque. 
· Podem-se observar dois pontos de hemorragia no lugar da picada 
· Hemograma: trombocitopenia, leucocitose por neutrofilia e linfopenia 
· Casos de comprometimento renal: aumento de ureia e creatinina 
· Tratamento: Soro antibotrópico (5 a 10 ampolas aplicado lentamente em bolus), fluidoterapia, antibioticoterapia (enrofloxacina), analgesia, tratar insuficiência renal aguda
· Reações a soroterapia: interromper, antihistaminico (prometazina), glicocorticoide (hidrocortisona) e adrenalina 
· O uso de torniquetes ou cortes no local da picada é totalmente contraindicado pois agrava a lesão e hemorragia 
 ACIDENTE CROTÁLICO
· Crotalus – Cascavel presença do guizo ou chocalho na extremidade da cauda 
· Ação do veneno: neurotóxica, miotóxica, coagulante e nefrotóxica
· Sinais clínicos: paralisia dos membros, ptoses palpebral e mandibular, ataxia, sonolência, paralisia do globo ocular, dificuldade na deglutição, sialorreia, mialgia, insuficiência respiratória, mioglobinuria e hemorragias
· Sem alterações no local da picada (apenas dor intensa) 
· Não se observam alterações no local da picada (apenas dor intensa) 
· Alterações renais: mioglobinuria, oliguria, anuria, aumento dos níveis de ureia, creatinina e potássio
· Alterações de coagulação: aumento no tempo de coagulação, tromboplastina parcial ativada e protrombina 
· Hemorragia grave é raramente observada
· Tratamento: 5 ampolas de soro anticrotálico (via intravenosa em bolus), fluidoterapia, antibioticoterapia, colírio (evitar ressecamento de córnea), oxigenoterapia (casos de insuficiência respiratória), analgesia (opioides), trocar decúbito durante o dia, fornecer agua via seringa, alimentação parenteral (depressão muito grave) 
· Avaliar debito urinário e tratar insuficiência renal aguda 
· Uso de torniquetes ou cortes no local é totalmente contraindicado 
· Acidente crotalico sempre grave e requer internação
ACIDENTE ELAPÍDICO
· Serpentes do gênero Microcurus (corais) 
· Ação do veneno: neurotóxica 
· Sinais clinicos: ptose palpebral, depressão acentuada, sialorreia, paralisia muscular flácida (evolui para falência respiratória) 
· Local da picada: reações teciduais leves a moderadas e dor 
· Identificação da serpente no local auxilia o diagnostico 
· Tratamento: soro antielapídico (acesso difícil), oxigenoterapia, anticolinesterasicos (neostigma ou fisostigmina + atropina), analgesia, antibioticoterapia
 ACIDENTE LAQUÉTICO
· Raros: serpentes (surucucu e pico de jaca) são encontradas na bacia amazônica e em algumas áreas da mata atlântica 
· Sinais clinicos: semelhantes aos do acidente botropico + bradicardia, hipotensão e alterações gastrointestinais
· Diagnóstico: semelhante ao diagnostico realizado no acidente botropico 
· Tratamento: soro antilaquetico, mesmos procedimentos de acidente botropico + atropina (manifestações parassimpáticas graves)