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Maria Beatriz Albuquerque – Farmácia 5/10 Fármacos Simpaticolíticos São fármacos que antagonizam os efeitos da noradrenalina ou da adrenalina, são chamados de fármacos simpaticolíticos ou antiadrenergicos. Esses fármacos reduzem as ações estimulatórias do sistema nervoso autônomo simpático, ocasionando diferentes efeitos sobre o nosso organismo. São usados em ⇝ feocromocitoma: tumor na medula da glândula adrenal ou de células ganglionares simpáticas que secretam altas quantidades de adrenalina e noradrenalina. Os fármacos antiadrenérgico que atuam sobre os adrenoceptores alfa são bastante uteis no manejo desse quadro, pois evitam as intensas ações estimulatórias da noradrenalina e adrenalina. ⇝ hipertensão: os adrenoreceptores alfa 1 estão amplamente distribuídos no leito vascular. A ação antagonista sobre esses receptores é bastante utilizada no tratamento de crises hipertensivas e no quadro de hipertensão crônica. ⇝ obstrução urinaria: a hiperplasia benigna ocasiona a obstrução uretral, dificultando a micção. O antagonismo sobre os receptores alfa 1 reduz a contração dos músculos da base da bexiga e da próstata, diminuindo a resistência ao fluxo de urina. ⇝ cardiopatia isquêmica e insuficiência cardíaca: o antagonismo sobre os receptores beta 1 reduz a frequência São fármacos raramente utilizados, não são seletivos. Ex. feocromocitoma. Prazosina: um dos alfa bloqueadores mais antigos utilizados na hipertensão. Seletividade relativa de antagonistas para adrenoceptores Atenolol: fármaco bastante comum e utilizado. Maria Beatriz Albuquerque – Farmácia 5/10 Qual a importância de um fármaco ser B 1 seletivo? R.: por que ele atinge exclusivamente o coração e rins. Se um beta bloqueador não é seletivo, acaba bloqueando B2, ocorrendo no mínimo bronco constrição. Por isso é importante serem seletivos Uma característica de muitos betas bloqueadores, é ter uma ação anestésica local (não importa seletividade); essa ação talvez justifique o uso do propranolol em algumas enxaquecas. Quando a adrenalina/epinefrina é aplicada induz força de contração cardíaca. Aumento da P.A (pela ação do alfa 1) – também impacta na pressão arterial. Depois disso foi aplicado propranolol, ocorrendo uma diminuição da frequência cardíaca e força contrátil e o aumento da pressão arterial. O B2 que está nos vasos sanguíneos da musculatura esquelética irá causar vasodilatação. Agonistas não seletivos alfa • fenoxibenzamina e fentolamina: usado no feocromocitoma, efeito adverso é hipotensão postural, congestão nasal e náuses e êmese. Esses fármacos são usados antes de uma cirurgia de paciente com câncer da adrenal. Esses sintomas irão desaparecer depois que o câncer for curado. Antagonistas seletivos dos receptores alfa 1 • prazosina: droga de escolha como alfa 1 na hipertensão arterial sistêmica • terazosina, doxazosina, tansulosina e alfuzosina: utilizada na hiperplasia prostática benigna - efeitos adversos desses fármacos: hipotensão postural (queda da P.A quando se levanta da cama por ex.), tontura, congestão nasal e disfunção erétil (bloqueio da ejaculação). Antagonistas não seletivos dos receptores B1 Beta-Bloqueadores Todo bloqueador B1 vai causar arritmia. • propranolol: usado para hipertensão, angina, infarto do miocárdio, enxaqueca, hipertireoidismo e fobia social. (não causa dependência), efeitos adversos são broncoconstrição, arritmias, distúrbios do metabolismo e frio nas extremidades. Bloqueia B1 e B2 não na mesma intensidade, não é seletivo. Inibe a estimulação de renina pelas catecolaminas (mediada pelos receptores B1). É provável que o efeito do propranolol se deva a depressão do sistema renina-angiotensina-aldosterona. Causa uma leve anestesia. Não se deve usar propranolol em pacientes com asma pois ele não é seletivo. • nadolol: usado para glaucoma, hipertensão e angina, os efeitos adversos são: irritação ocular, broncoconstrição arritmia e frio nas extremidades. Não é seletivo para receptores B, são excretados pela urina, não é metabolizado pelo fígado. Pacientes com redução da função renal devem receber doses correspondentes reduzidas de nadolol. • carteolol: Não é seletivo para receptores B, são excretados pela urina, não é metabolizado pelo fígado. Pacientes com redução da função renal devem receber doses correspondentes reduzidas de carteolol. Maria Beatriz Albuquerque – Farmácia 5/10 • betaxolol e brisprolol: metabolizados pelo fígado, meia vida longa. • pindolol, acebutolol e pembutolol: são agonistas parciais (não induz 100% de resposta), B- bloqueadores com alguma atividade simpatomimética intrínseca. Reduzem a pressão arterial ao diminuírem a resistência vascular e parecem deprimir menos o debito cardíaco ou a frequência cardíaca do que outros B bloqueadores, talvez devido a efeitos agonistas significativamente maiores do que os efeitos antagonistas nos receptores B2. Pode ser benéfico para pacientes com bradiarritmias ou doença vascular periférica. • metoprolol e atenolol: são cardiosseletivos, B- bloqueadores mais amplamente usados no tratamento de hipertensão. A cardiosseletividade relativa pode ser vantajosa no tratamento de pacientes hipertensos que também apresentam asma, diabetes ou doença vascular periférica. B2 está no trato respiratório e causa broncodilatação, se o paciente com hipertensão usar o atenolol, o atenolol bloqueia somente B1, então o atenolol pode ser usado em pacientes com asmáticos que possuem hipertensão. Metoprolol é bastante metabolizado pela CYP2D6, com alto metabolismo de primeira passagem, meia-vida curta de 4 a 6 horas, liberação prolongada pode ser administrada em dose única. Atenolol não sofre metabolismo hepático e é excretado na urina, com meia vida de 6 horas, cuidados em pacientes idosos. Pacientes com redução da função renal devem receber doses mais baixas. Intoxicação por atenolol: bradicardia (bloqueio de B1). • labetaolol, carvedilol e nebivolol: exercem efeitos tanto B-bloqueadores quanto vasodilatadores. O Labetalol é formulado em uma mistura racêmica de quatro isômeros. Alfa bloqueadores é o isômero S,R e o R,R é B bloqueador. Ele é beta e alfa bloqueador devido sua isomeria. Por isso possui utilidade no tratamento da hipertensão do feocromocitoma e nas emergências hipertensivas. Carvedilol é semelhante ao labetalol, administrado como mistura racêmica, o isômero S é um bloqueador não seletivo do receptor B adrenerfico, porem o isômero S e R+ tem uma potencia a-bloqueadora. Deiinui a mortalidade em pacientes com insuficiência cardíaca e mostra-se útil para pacientes hipertensos com tal insuficiecia cardíaca congestiva. Nebivolol é um bloqueador B1 seletivo com propriedades vasodilatadores que não são mediadas por bloqueio alfa. O d-nebivolol exerce efeitos B1 bloqueadores seletivos, enquanto o isômero L causa vasodilatação; o fármaco é comercializado na forma de mistura racêmica. Aumento da liberação endotelial e oxido nítrico por meio da indução da oxido nítrico sintase endotelial. É extensamente metabolizado e tem metabolitos ativos. A meia vida é de 10 a 12 horas, porem pode ser administrado uma vez ao dia. • esmolol: é um bloqueador B1 seletivo rapidamente metabolizado por esterases eritrocitárias por meio de sua hidrolise. Apresenta meia vida curta de 9 a 10 minutos e é administrado na forma de infusão intravenosa constante. Em geral é administrado em uma dose de ataque. É usado no controle da hipertensão intra e pós-operatória e alguma vezes em emergência quando a hipertensão esta associada a taquicardia, sua vantagem é o tempo de meia vida curto. Importante! Pacientes que utilizam cronicamente algum fármaco B bloqueador não devem interromper o tratamento de forma abrupta, mas sim gradualmente. A interrupçãoMaria Beatriz Albuquerque – Farmácia 5/10 súbita do uso de b bloqueadores pode ocasionar hipertensão arritmias e risco aumentado de cardiopatia isquêmica. Esse efeito ocorre devido a superssensibilização dos receptores B (up regulation).
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