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Campylobacter DTAs-2-corrigido

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INTERDISCIPLINAR 2017.1
CURSO DE NUTRIÇÃO
	
DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS: CAMPILOBACTERIOSE 
Camilla Maria, Dimas Albuquerque, Erikson Nascimento, Jady da Cruz, Julio Miranda, Mylena Almeida, Priscila Manoela, Renan de Carvalho, Ricardo Brito Campos, Sabrina Roma.
Professor Fomentador Turma 3AT: Sandra Silva Duarte
 e-mail do responsável: ricardob.campos@hotmail.com
  
Instituto Brasileiro de Gestão e Marketing (IBGM) 
Curso de Nutrição – Interdisciplinar 2017.3  
Recife, PE.  
Palavras-chave: Campylobacter. DTA`s. Microrganismos patogênicos.   
Introdução
 As doenças transmitidas por alimentos (DTA`s) significam um dos problemas de saúde pública mais iminente na atualidade. As DTA`s são doenças causadas geralmente por microrganismos patogênicos que penetram o organismo humano através da ingestão de água e alimentos contaminados (WELKER et al., 2010). 
 O agente etiológico bacteriano Campylobacter, é o mais envolvido em casos de gastrenterite humana em países como os Estados Unidos e toda a Europa. A Campylobacter jejuni (C. jejuni ) foi a espécie mais associada aos casos de infecção humana, sendo esta, a bactéria mais encontrada em pacientes com intoxicação alimentar até mais que outros patógenos entéricos como a Salmonella ou a Escherichia coli  (MONTEIRO et al., 2015).
	Segundo Magaz-Martinez,  (2016)  geralmente  a  Campylobacter  começa infectando o jejuno e o íleo, e avança distalmente podendo causar agravos severos. A hidratação adequada é importante no tratamento. O uso de antibióticos deve ser feito em casos graves ou em pacientes de risco (febre, manifestações intestinais, mais de uma infecção semanal, imunodeprimidas ou idosas). 
           A campilobacteriose é uma zoonose mundial, onde a carne de aves é a que mais está associada na transmissão do microrganismo para o homem. Nas operações de abate as carcaças das aves podem ser contaminadas, mas essa contaminação aumenta consideravelmente durante os processos de preparação, conservação e distribuição das carnes (NOGUEIRA, 2016). 
           O objetivo do presente trabalho, é informar sobre a doença transmitida por alimentos pelo microrganismo patógeno Campylobacter e apresentar meios de prevenção e controle de contaminação por via alimentar.
Materiais e Métodos 
 
          O trabalho foi desenvolvido através de revisão da literatura, feitas a partir de artigos científicos coletados em bases de dados como o Scielo, Pubmed, Lilacs, e leitura de dissertações tendo como base a doença transmitida por alimentos campilobcteriose. A pesquisa foi realizada no período entre março e abril de 2017. Foram utilizados os descritores “Campylobacter”, “Campylobacter jejuni”,
“Campylobacter infections”, “infencções por campylobacter”.
Resultados e Discussão
A Campylobacter possui cerca de 26 espécies, sendo as mais patogênicas a C. jejuni, C. coli e C. Iari no ser humano. Sua infecção causa enterite aguda, infecções extra intestinais e complicações após o período de infecção em pacientes imunodeprimidos como: crianças, idosos e gestantes. As principais complicações pós-infecção são: artrite, síndrome de Guillain-Barre e síndrome do intestino irritável (FEISTEL et al., 2013)
A contaminação pode ocorrer diretamente pelo agente através de contato direto com animais reservatório, ou indiretamente pela ingestão de alimentos contaminados, como carne de aves, bovinos e suínos, leite não pasteurizado e água (NOGUEIRA, 2016). São conhecidas como termotolerantes devido a temperatura propícia para o crescimento ser de 42°C aproximadamente. São microaerófilos estritos, necessitando de oxigênio para se multiplicar (SKARP et al., 2016). O pH ideal para multiplicação está entre 4,9 a 9,5, e a atividade da água mínima necessária para seu crescimento é de 0,97 (TASSI, 2012).
Ao infectar o hospedeiro a bactéria se aloja no trato gastrointestinal inferior (jejuno, íleo e cólon). Após ocorrer a colonização na célula hospedeira, o C. Jejuni invade células intestinais secretando uma proteína CIAB (Campylobacter Invasor Antigens B), necessária para ocorrer a invasão da célula, sendo reconhecida por receptores. A invasão que ocorre por endocitose, é iniciada com a sinalização na superfície da célula hospedeira, o sinal é reconhecido por receptores presentes na membrana da célula, que estão ligados às proteínas citoplasmáticas (FEISTEL et al., 2013). 
As células epiteliais infectadas apresentam inchaço em sua forma, perda de microvilosidades e apoptose prematura que ocorre por conta de efeito citotóxico do C. Jejuni. A resposta inflamatória é iniciada por células epiteliais liberando citocinas e recrutando neutrófilos, macrófagos e outras células que são envolvidas diretamente na imunidade do local da lesão (FEISTEL et al., 2013). 
Em valores estimados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de um terço da população mundial adoece devido aos surtos de DTA's. Muitos países têm um sistema de notificação obrigatório de Campylobacter, por exemplo na União Europeia foram relatados em 2013 cerca de 214.779 casos. Dados de casos em alguns países são mostrados na tabela 1. Os grupos de risco são crianças com menos de 4 anos e adultos jovens entre 20-40 anos e idosos com mais de 75 anos (STRACHAN et al., 2013). A taxa de letalidade por C. jejuni em pacientes imunodeprimidos e crianças com menos de 1 anos é de 0,1 óbitos por mil casos (TRASSI, 2012).
Tabela 1: casos de campilobacteriose 
	Países
	Taxa de notificação/100.000
	Áustria
	67.7
	Dinamarca
	67.3
	Reino unido
	104
	Canada
	29.3
	EUA
	13.5
	Austrália
	112.3
	Nova Zelândia
	152.9
Fonte: European Food Safety Authority (EFSA), 2015
Para reduzir o risco de DTA's a educação popular em saúde é uma prática que torna viável a promoção de saúde em comunidades carentes onde vários fatores dificultam as práticas de higiene: falta de saneamento básico, coleta de lixo, salubridade das moradias e a precariedade das informações. O nutricionista que trabalha junto às comunidades, assume a responsabilidade de desenvolver a autonomia dos indivíduos, estimular o diálogo e o senso crítico para avaliação do estado higiênico-sanitário e assim promover o bem coletivo (PRAXEDES, 2003).
A responsabilidade exercida pelo Nutricionista é o compromisso profissional e legal na execução de suas atividades, compatível com a formação e os princípios éticos da profissão, visando a qualidade dos serviços prestados à sociedade (Resolução CFN n° 419/2008). 
Todavia, medidas de controle e prevenção devem ser implantadas desde a produção, armazenagem, distribuição, processamento, até o consumidor final para a não contaminação dos alimentos por Campylobacter spp. Assim, a orientação dos procedimentos operacionais padrão para os manipuladores é imprescindível. Utilização de processos de secagem na preparação do alimento como: a pasteurização, raios gama e esterilização são eficazes na eliminação das bactérias (STRACHAN et al., 2013).
Alimentos de boa aparência, sem alterações organolépticas, com o sabor, textura e odor normais são os mais relacionados com os surtos. Isso ocorre pelo fato da dose do infectante patogênico ser geralmente menor que a quantidade de microrganismos responsáveis pela degradação do alimento, essas questões dificultam o rastreamento dos alimentos contaminados. Geralmente alimentos com alterações organolépticas visíveis não são consumidos pelas pessoas (OLIVEIRA et al., 2010).
Conclusões
A campilobacteriose é uma das DTA's que afeta a homeostase do organismo de milhares de pessoas pela ingestão de água ou alimentos contaminados podendo causar óbito em casos extremos. Os alimentos que se destacam como vetores são as carnes de aves, bovinas e suínas, como também o leite não pasteurizado. Medidas de prevenção e controle devem ser tomadas com total ciência e ética para garantir a inocuidade dos alimentos, e o nutricionista tem um papel fundamental nesse objetivo.
Referências: 
FEISTEL, J. C. Mecanismos de patogenicidade de Campylobacter spp. isoladas em alimentos. EnciclopédiaBiosfera, v. 9, n. 17, p. 1861-1880, 2013.
MAGAZ-MARTÍNEZ, M. et al. Ileocolitis fatal por Campylobacter jejuni. Revista Española de Enfermedades Digestivas, v. 108, n. 10, p. 662-663, 2016.
MONTEIRO, G. P. et al. Sobrevivência de Campylobacter jejuni em amostras de leite pasteurizado e UHT artificialmente contaminados e mantidas sob refrigeração. Revista do Instituto Adolfo Lutz, v. 74, n. 3, p. 280-285, 2016.
NOGUEIRA, A. R. M. A. N. Medidas para Redução de Campylobacter spp. em Carnes de Aves. 2016. Tese de Doutorado. Esta incompleto, falta n de paginas, local, faculdade
OLIVEIRA, A. B. A. et al. Doenças transmitidas por alimentos, principais agentes etiológicos e aspectos gerais: uma revisão. Revista HCPA, v. 30, n. 3, p. 279-285, 2010.
PRAXEDES, P. C. G. Aspectos da qualidade higiênico-sanitária de alimentos consumidos e comercializados na comunidade São Remo, São Paulo, Capital. 2003. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo. Falta numero de paginas
SKARP, C. P. A.; HÄNNINEN, M.-L.; RAUTELIN, H. I. K. Campylobacteriosis: the role of poultry meat. Clinical Microbiology and Infection, v. 22, n. 2, p. 103-109, 2016.
STRACHAN, N. J.C. et al. Operationalising factors that explain the emergence of infectious diseases: a case study of the human campylobacteriosis epidemic. PloS one, v. 8, n. 11, p. e79331, 2013.
TRASSI, A. M. C. Ocorrência de Campylobacter spp. em carne de frango. Dissertação (Mestrado em Ciência Animal (EVZ)) - Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2012.44p. a tese tem que ser desse jeito
WELKER, C. A. D. et al. Análise microbiológica dos alimentos envolvidos em surtos de doenças transmitidas por alimentos (DTA) ocorridos no estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Revista Brasileira de Biociências, v. 8, n. 1, 2010.

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