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DIREITO PENAL I

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DOUGLAS RIOS DE ARAUJO 
MATRÍCULA 201802081411 
RESPOSTAS 
1º 
Verônica não deve responder por crime tentado, pois, assim como disciplina o artigo 17 do 
Código Penal, vejamos: Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio 
ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime. 
Cleber Masson disciplina sobre o crime impossível: “No crime impossível, por sua vez, o emprego 
de meios ineficazes ou o ataque a objetos impróprios inviabilizam a produção do resultado, 
inexistindo situação de perigo ao bem jurídico tutelado.” 
É cristalino que no caso concreto estamos diante de um crime impossível, pois, o meio 
empregado por Verônica para a prática do homicídio era absolutamente ineficaz, incapaz de 
produzir efeitos. Portando Verônica jamais consumaria o crime, tendo em vista que Paulo já 
havia falecido momentos antes da sua prática. 
2º 
a) Verifica-se, portanto, que o apelante tinha falsa percepção da realidade, faltando-lhe 
conhecimento sobre elementar do delito, ou seja, de que o documento que portava não 
era legítimo, restando afastado o dolo, pela incidência do erro de tipo invencível. 
Explica Guilherme de Souza Nucci (Código Penal Comentado, 5ª edição, 2005, pág. 188) 
que "o erro é a falsa representação da realidade ou o falso conhecimento de um objetivo 
(trata-se de um estado positivo)"; e conceitua erro de tipo como sendo "o erro que 
incide sobre elementos objetivos do tipo penal, abrangendo qualificadoras, causas de 
aumento e agravantes. O engano a respeito de um dos elementos que compõem o 
modelo legal de conduta proibida sempre exclui o dolo". 
b) Se Vilso não detinha ciência de que o documento era falso, configurado está o erro de 
tipo, sendo forçosa, daí, sua absolvição. 
c) O erro de tipo incide sobre o fato típico, afastando o dolo. Já o erro de proibição, não 
exclui o dolo, pois incide na culpabilidade. 
3º 
Assim como disciplina o artigo 29 de CP, “quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide 
nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade”, todos os agentes respondem pelo 
mesmo crime, entretanto se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída 
de um sexto a um terço, segundo disposição do § 1º do artigo supramencionado, 
Como dois dos agentes não quiserem matar o refém, estes serão aplicados a pena do crime da 
sua vontade, mas essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o 
resultado mais grave, assim como dispõe o art. 29, § 2º, do CP. 
Diante disso, Ivo e Heitor respondem pela pratica do crime de sequestro e Daniel em concurso 
de crime responde também pela prática de homicídio. 
4º 
A morte de Boca decorreu de uma causa superveniente absolutamente dependente, isto é, que 
se encontra na linha de desdobramentos da conduta. No caso, foram os desdobramentos dos 
tiros que ensejaram a evolução a óbito. Dessa forma, pela teoria da equivalência dos 
antecedentes causais, o nexo causal entre a conduta do réu e o resultado morte não pode ser 
afastado. Sendo assim, conclui-se que Airosvaldo deve responder pela morte da vítima. 
5º 
a) Em conformidade com o artigo 33, 2º, “c” do CP, o regime inicial para cumprimento da 
pena será em regime aberto. 
b) Não, pois em que pese a pena não é superior a quatro anos, o crime não foi praticado 
de maneira culposa e sim dolosa, assim como prolata o artigo 44, inc. I do CP.

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