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Aula 02 IFVV por Antonio R. G. Garcia 1 Funções definidas em um aberto de R a valores em Rn 1.1 Funções definidas em um aberto de R a valores em R 2 Definição 1. Uma função f definida no aberto I �R a valores em R2 é uma aplicação que a cada t2 I associa o ponto ou o vetor posição f(t) = (x(t); y(t))2R2, onde x; y: I!R, denominamos funções coordenadas da função ou curva f. Com imagem em R3 temos a curva f : I �R!R que a cada t2 I associa o vetor posição f(t)= (x(t); y(t); z(t))2R3, onde x; y; z: I �R!R são as funções coordenadas da curva f . De um modo geral, podemos definir uma aplicação f : I �R!Rn que a cada t2 I associa o vetor posição f(t)= (x1(t); x2(t); : : : ; xn(t)), onde cada xi: I �R!R; i=1; 2; : : : ; n são as suas funções coordenadas. Vamos voltar para as curvas em R2 e perguntar sobre as algumas questões que fizemos a respeito de funções escalares, ou seja, as funções f : I �R!R, I aberto: 1. Qual o domínio de uma curva, ou função vetorial em R2? 2. O que é a sua imagem em R2 3. Como calculamos o limite, a derivada e a integral de uma curva? Respondendo a pergunta 1. podemos dizer que o domínio de uma curva em R2 é o conjunto dos pontos t2 I tais que as funções coordenadas x e y estão definidas, isto é, o conjunto Dx\Dy. Podemos, então dizer que Df = ft2R: t2Dx\Dyg. Veja que o domínio de uma curva, Df é um subconjunto de R. Para reponder a segunda pergunta, podemos dizer que a imagem de uma curva ou função vetorial é o que o próprio nome já diz, é uma curva em R2, que é o conjunto f(x(t); y(t))2R2: t2Rg que é um subconjunto de R2. Resta saber a resposta da questão 3. Definição 2. Seja t0 2 I, ou não, um ponto de acumulação da curva f : I �R!R2. Então dizemos que o limite quando t! t0 de f é o vetor L= (L1; L2), se dado " > 0 existe um � > 0 tal que toda vez que jt− t0j<�)kf(t)−Lk<". Em outras palavras dizemos que limt!t0f(t) =L se dado "> 0 existe um � > 0 tal que sempre que −� <t− t0<�)k(x(t); y(t))− (L1;L2)k<") (x(t)−L1)2+(y(t)−L2)2 p <". Como a raiz quadrada da soma de valores positivos ficar menor que " cada uma das parcelas precisam ser menor que ", isto é, jx(t)−L1j<" e jy(t)−L2j<". Assim, podemos dizer que limt!t0f(t)=L se dado " > 0 existe um � > 0 tal que sempre que −� + t0< t < � + t0) jx(t)− L1j< " e jy(t)−L2j<", ou seja, −"+L1<x(t)<"+L1 e −"+L2< y(t)<"+L2 o que implica que limt!t0x(t)=L1 e limt!t0y(t)=L2. Este e um fato sabido do limite de uma função real. Conclusão: limt!t0f(t)=L, limt!t0x(t)=L1 e limt!t0y(t)=L2. Deste modo podemos dizer que o símbolo do limite entra em cada função coordenada de f . Em outras palavras, temos que lim t!t0 f(t)= lim t!t0 (x(t); y(t))= � lim t!t0 x(t); lim t!t0 y(t) � =(L1; L2): Definição 3. Seja t02 I. Dizemos que a curva f e contínua em t0 quando o limt!t0f(t)= f(t0). Pela definição de limite num ponto podemos dizer que para uma curva ser contínua num ponto cada uma de suas funções coordenadas precisam ser contínua neste ponto. Então f e contínua no ponto t0 se, e somente se, lim t!t0 f(t)= lim t!t0 (x(t); y(t))= (x(t0); y(t0))= f(t0): Definição 4. Seja t02 I. Dizemos que a curva f e diferenciável no ponto t0 se existe e e finito o limite lim t!t0 f(t)− f(t0) t− t0 = df(t0) dt : Neste caso vamos dizer que a curva f e derivável em um ponto t02 I e vamos denotar por df(t0)dt se lim t!t0 f(t)− f(t0) t− t0 = lim t!t0 (x(t)−x(t0); y(t)− y(t0)) t− t0 = � lim t!t0 x(t)−x(t0) t− t0 ; lim t!t0 y(t)− y(t0) t− t0 � Note que do Calculo I, a primeira componente do ultimo vetor na igualdade acima, bem como sua segunda componente, nada mais e, quando o limite existe e e finito, que dx(t0) dt e dy(t0) dt . Assim, concluimos que a curva f e derivavel no ponto t02 I se cada uma de suas funçoes coordenadas o sao. Assim como o símbolo de limite de uma curva entra em cada uma das coordenadas da curva o símbolo de derivada também. Ou seja, f 0(t)= (x0(t); y 0(t)) quando a curva f for derivável em t. Para acabar de responder a questão 3 acima, precisamos ver como fica R f(t)dt, onde f : I �R!R2 é uma curva integravel. Ora, R f(t)dt= R (x(t); y(t))dt= ( R x(t)dt; R y(t)dt), ou seja, quando calculamos a integral de uma curva assim como os símbolos de limite e derivada entram para dentro do vetor o símbolo de integral também, claro que isto se da pelo fato que a integral nada mais e que a taxa de variaçao instantânea acumulada é a taxa de variaçao instantânea nada mais é que a derivada de uma função. Em resumo a questão 3 nos diz que o limite de uma curva é o limite de cada uma de suas funções coordenadas, a derivada de uma curva é a derivada de cada uma de suas funções coordenadas e para finalizar a integral de uma curva é a integral de cada uma de suas funções coordenadas. 1 Funções definidas em um aberto de ℝ a valores em ℝ^n 1.1 Funções definidas em um aberto de ℝ a valores em ℝ^\(^2\)
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