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QUESTÕES DE CASA E RESPOSTAS IPI E IOF IBET

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SEMINÁRIO DE CASA
 SEMINÁRIO V – IPI e IOF
ALUNA: PATRICIA PEREIRA BARRETO
Questões
1.
Construir a(s) regra(s)-matriz(es) de incidência tributária do IPI.
A regra-matriz de incidência tributária do IPI, como regra geral, se exterioriza pela incidência sobre operações realizadas com produtos industrializados, por intermédio da qual apresenta a circunstância de determinada pessoa (geralmente o industrial), promover a industrialização de certo produto e efetuar a respectiva saída do estabelecimento produtor, em virtude da realização de determinado negócio jurídico mercantil que implique na transferência de sua titularidade. O IPI está disposto no art. 153 IV CF e art. 46 CTN.
Pela hipótese:
Critério Material : realizar operações com produtos industrializados
Critério Espacial: saída do produto industrializado dos estabelecimentos importadores, industrial, comerciante ou arrematante;
 No leilão, quando se tratar de produtos industrializados apreeendidos ou abandonados;
 Nas repartições aduaneiras, quando o produto industrializado for de procedência estrangeira.
Critério Temporal: saída do produto industrializado do estabelecimento do vendedor, do importador, idustrial comercial ou arrematante;
 Na arrematação quando o produto industrializado é apreendido abandonado e levado a leilão;
 Momento do desembaraço aduaneiro, quando o produto industrializado for de procedência estrangeira.
Pelo Consequente:
Critério Pessoal: sujeito ativo: União
 Sujeito passivo: art. 51 CTN: importador, industrial, comerciante ou arrematante
Critério Quantitativo: base de cálculo: produto importado – valor aduaneiro acrescido do valor do II;
 Produto industrializado – valor da operação de que decorre a saída da mercadoria, ou na falta do valor, o preço corrente da mercadoria ou sua similar, no mercado atacadista da praça do remetente;
 Produto industrializado apreendido ou abandonado levado a leilão, o preço da arrematação.
Critério Quantitativo: Alíquota: art. 153 §3° I CF : IPI será seletivo em função da essencialidade do produto. As alíquotas vem dispostas na Tabela de Incidência do IPI – TIPI, que estabelece a classificação das mercadorias por seções, capítulos e subcapítulos, tendo como fparâmetros regras gerais para a interpretação do sistema harmonizado.
2.
Sobre o direito ao crédito do IPI, pergunta-se:
a) É possível o aproveitamento de créditos de IPI decorrentes da aquisição de insumos com alíquota zero ou imunes? E de operações decorrentes da Zona Franca de Manaus adquiridos sobre o regime de isenção? Se possíveis estes créditos, como quantificá-los? (Vide anexos I, II e III). 
Após a vigência da Lei 9779/99 foi possível o creditamento do IPI decorrente da aquisição de insumos com alíquota zero ou imune, com fundamento no Princípio da Cumulatividade. Observe-se que para a referida aplicação deve ser estabelecido valores a serem compensados, devendo a matéria ser posteriormente regulamentada.
O STF fixou tese no RE 592891, julgado em 25/04/2019, relativo a matéria:
Tese firmada: Há direito ao creditamento de IPI na entrada de insumos, matéria-prima e material de embalagem adquiridos junto à Zona Franca de Manaus sob o regime de isenção, considerada a previsão de incentivos regionais constante do art. 43, § 2º, III, da Constituição Federal, combinada com o comando do art. 40 do ADCT.
b) Os materiais consumidos no processo de produção, mas que não são agregados diretamente ao produto final, geram créditos do IPI? E os bens adquiridos para ativo permanente? E os materiais de teste ou protótipos? (Vide anexo IV) 
No regulamento do IPI – art. 226 I Dec. 7212/10, os materiais consumidos no processo de produção, mesmo que agregados diretamente ao produto final geram créditos de IPI. 
No tocante, aos bens adquiridos para ativo permanente tem vedação expressa do creditamento, posto que esses produtos sofrem desgaste no processo produtivo e referidos valores já são calculados para integrar a planilha de custos do produto final. O STJ possui súmula acerca do tema: 
Súmula 495 - A aquisição de bens integrantes do ativo permanente da empresa não gera direito a creditamento de IPI.
O Prof Fábio Soares de Melo expõe que: “É patente que qualquer restrição ao aproveitamento dos créditos do IPI, ou melhor, à sistemática constitucional da não cumulatividade somente pode decorrer do próprio texto constitucional de 1988. “
3.
Qual a relevância das classificações fiscais para a determinação da incidência do IPI? Discorrer sobre os seus critérios de solução para efeitos de problemas de classificação fiscal. Com base nessa resposta, comente: 
a) qual a classificação correta para Tablets (se 8471.30.12 ou 8471.3019), justificando com base nos critérios de solução identificados. (Vide anexo VI).
A solução consulta DIANA/SRRF05 n.2, dada para Tablets utiliza o código 8471.30.19, uma vez que a classificação 8471.30.12 se refere a uma máquina automática de processamento de dados com peso inferior a 3,5kg, com medidas de teclado e tela diferenciados, dessa maneira divergente dos itens descritos para Tablets disposto na verificação do anexo VI.
b) Contribuinte sediado no Estado de São Paulo, realiza importação de sabonetes “antiacne”. Sucedendo empasse segundo o qual a ANVISA define a mercadoria como cosmético, e a legislação tributária, à classe dos medicamentos e tratando-se de termo não definido pela Constituição Federal, qual definição deve prevalecer: a fixada pela agência reguladora ou aquela prescrita pela legislação tributária? (Vide Anexo XIV) 
Incumbe a ANVISA REGULAMENTAR, controlar e fiscalizar produtos e serviços que envolvam a saúde pública – art. 8° da Lei 9.782/99. Assim, não é competência das autoridades fiscais e aduaneiras, alterar a classificação de um produto, uma vez que seus agentes não possuem o conhecimento técnico cientifico com relação aos produtos relativos a saúde. O art. 237 da CF, assevera que cabe ao Ministério da Fazenda exercer a fiscalização e o controle do comércio exterior. Devendo assim, prevalecer a classificação do produto feita pela ANVISA.
4.
Que é produto industrializado? O processo de salga do bacalhau constitui aperfeiçoamento do produto para consumo ou é mero modo de conservação para fins de transporte? Em outros termos, o bacalhau (seco e salgado) é tido produto industrializado para fins de incidência do IPI? Caso o bacalhau seja de espécie não contemplada na tabela do IPI (TIPI), mesmo que seja seco, salgado ou em salmoura ou, ainda, defumado, pode-se falar em incidência do IPI? (Vide anexo VII) 
O parágrafo único do art.46 CTN, considera-se industrializado o produto que tenha sido submetido a qualquer operação que lhe modifique a natureza ou a finalidade, ou o aperfeiçoe para o consumo.
O Prof. Fábio Soares de Melo citando Eduardo Domingos Bottallo afirma que: “... pode-se assentar que um produto é industrializado, para fins de IPI, sempre que, mercê de uma operação física, química, mecânica ou técnica, adquire utilidade nova ou de algum modo, se mostre mais bem ajustado para o consumo.”
Qualquer transformação, beneficiamento, montagem acondicionamento ou recondicionamento, renovação ou recondicionamento são classificados como espécies do gênero industrialização.
Assim, de acordo como essa premissa fixada pelo Prof. Fábio Melo, o processo de salga do bacalhau se mostra um produto industrializado, posto que passou por um processo de aperfeiçoamento para o consumo, sendo modificado e diverso do produto fresco retirado da natureza.
A discussão sobre a incidência do IPI sobre as operações com bacalhau envolve a análise dos princípios da isonomia, seletividade e extrafiscalidade e no conceito de industrialização.
5.
Qual a base de cálculo do IPI? Você entende que os seguintes valores podem serincluídos em sua BC: (i) valores relativos juros das vendas financiadas? (ii) os descontos incondicionais ou de produtos bonificados? (iii) o valor do frete? (iii. a) O frete integra o ciclo de produção? (iii. b) Há diferença se houver sido estipulada cláusula FOB (free on board) ou CIF (cost, insurance and freight)? Fundamente suas respostas.
A BC do IPI esta disciplinada no art.47 do CTN e no art.14 da Lei 4502/64, devendo prevalecer a disciplina do CTN que com esta incompatível.
Ocorre que, a Lei 7798/89 alterou o art. 14 da Lei 4502/64, referente a BC do IPI, no entanto, entendemos que está Lei padece de vício de constitucionalidade seja no aspecto formal, seja no aspecto material. No aspecto formal, temos que a Lei 7798/89, provem da edição da medida provisória 69 de 19/06/1989, sendo que há vedação constitucional para edição de MP onde se reserva matéria de Lei Complementar.
Isto posto, o art. 146 III CF reserva a LC matéria tributária relativa a estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente BC.
Assim temos no art. 47 do CTN:
Art. 47. A base de cálculo do imposto é:
        I - no caso do inciso I do artigo anterior, o preço normal, como definido no inciso II do artigo 20, acrescido do montante:
        a) do imposto sobre a importação;
        b) das taxas exigidas para entrada do produto no País;
        c) dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador ou dele exigíveis;
        II - no caso do inciso II do artigo anterior:
        a) o valor da operação de que decorrer a saída da mercadoria;
        b) na falta do valor a que se refere a alínea anterior, o preço corrente da mercadoria, ou sua similar, no mercado atacadista da praça do remetente;
        III - no caso do inciso III do artigo anterior, o preço da arrematação.
(i) valores relativos juros das vendas financiadas
O valor dos juros não possui nenhuma relação com o valor da operação realizada com os produtos industrializados. Os juros remuneram o capital e sobre eles incidem, eventualmente IOF.
O Superior Tributal de Justiça afastou a incidência do IPI sobre os juros de financiamento ou de vendas a prazo no Recurso Especial 205.721-RJ 
Lembremo-nos que, se a hipótese de incidência do IPI é “realizar operações com produtos industrializados”, equivalendo a realizar negócios jurídicos com produtos industrializados, a base de cálculo somente pode ser o “valor real” da operação realizada com o produto industrializado. Essa a razão pela qual os juros e encargos financeiros não podem integrar a base de cálculo do IPI, e não pelo fato de que supostamente não integram o ciclo de produção do produto.
(ii) os descontos incondicionais ou de produtos bonificados
Primeiramente insta esclarecer que o questionamento envolve a análise do art. 14 da lei 4502/64 alterada pela Lei 7798/89 e art.2º §1° DA Lei 7798/89. Assim remeto aos comentários iniciais acerca da inconstitucionalidade formal e material da lei 7789/89. 
No entanto, assim ousou alterar:
Art. 14. Salvo disposição em contrário, constitui valor tributável: (Redação dada pela Lei nº 7.798, de 1989)
        I - quanto aos produtos de procedência estrangeira, para o cálculo efetuado na ocasião do despacho;
        a) o preço da arrematação, no caso de produto vendido em leilão;
        b) o valor que servir de base, ou que serviria se o produto tributado fôsse para o cálculo dos tributos aduaneiros, acrescido de valor dêste e dos ágios e sobretaxas cambiais pagos pelo importador;
        II - quanto aos produtos nacionais, o valor total da operação de que decorrer a saída do estabelecimento industrial ou equiparado a industrial. (Redação dada pela Lei nº 7.798, de 1989)
        § 1º. O valor da operação compreende o preço do produto, acrescido do valor do frete e das demais despesas acessórias, cobradas ou debitadas pelo contribuinte ao comprador ou destinatário. (Redação dada pela Lei nº 7.798, de 1989)
        § 2º. Não podem ser deduzidos do valor da operação os descontos, diferenças ou abatimentos, concedidos a qualquer título, ainda que incondicionalmente. (Redação dada pela Lei nº 7.798, de 1989)  (Vide RSF nº 01, de 2017)
        § 3º. Será também considerado como cobrado ou debitado pelo contribuinte, ao comprador ou destinatário, para efeitos do disposto no § 1º, o valor do frete, quando o transporte for realizado ou cobrado por firma coligada, controlada ou controladora (Lei nº. 6.404) ou interligada (Decreto-Lei nº. 1.950) do estabelecimento contribuinte ou por firma com a qual este tenha relação de interdependência, mesmo quando o frete seja subcontratado. (Incluído pela Lei nº 7.798, de 1989)
        § 4º. Será acrescido ao valor da operação o valora das matérias-primas, produtos intermediários e material de embalagem, nos casos de remessa de produtos industrializados por encomenda, desde que não se destinem a comércio, a emprego na industrialização ou no acondicionamento de produtos tributados, quando esses insumos tenham sido fornecidos pelo próprio encomendante, salvo se se tratar de insumos usados. (Incluído pela Lei nº 7.798, de 1989)
Lei7798/89 Art. 2º. O enquadramento do produto na classe será feito pelo Ministro da Fazenda, com base no que resultaria da aplicação da alíquota a que o produto estiver sujeito na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados - TIPI, sobre o valor tributável.       (Vide Lei nº 13.241, de 2015)
§ 1º. Para efeito deste artigo, o valor tributável é o preço normal da operação de venda, sem descontos ou abatimentos, para terceiros não interdependentes ou para coligadas, controladas ou controladoras (Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, art. 243,§§ 1º e 2º) ou interligadas (Decreto-Lei nº 1.950, de 14 de julho de 1982, art. 10, § 2º).
§ 2º. O contribuinte informará ao Ministro da Fazenda as características de fabricação e os preços de venda, por espécie e marca do produto e por capacidade do recipiente.
§ 3º. O contribuinte que não prestar as informações, ou que prestá-las de forma incompleta ou com incorreções, terá o seu produto enquadrado ou reenquadrado de ofício, sendo devida a diferença de imposto, acrescida dos encargos legais.
§ 4º Feito o enquadramento inicial, este poderá ser alterado, observados os limites constantes do Anexo I.
Observe a Resolução do Senado Federal que suspende a aplicação do §2° nos seguintes termos:
Art. 1º É suspensa, nos termos do art. 52, inciso X, da Constituição Federal, a execução do § 2º do art. 14 da Lei nº 4.502, de 30 de novembro de 1964, com a redação conferida pelo art. 15 da Lei nº 7.798, de 10 de julho de 1989, declarado inconstitucional por decisão definitiva proferida pelo Supremo Tribunal Federal nos autos do Recurso Extraordinário nº 567.935, apenas quanto à previsão de inclusão dos descontos incondicionais na base de cálculo do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
Mesmo assim observe-se que do §2°, os descontos incondicionais são os estabelecidos livremente sem qualquer condição, exemplo pague 2 leve 3. 
(iii) o valor do frete 
O valor do frete não deve ser incluído na BC do IPI, primeiramente porque a lei 7798/99 que alterou a lei 4502/64 é inconstitucional, posto que eivada de vicio de competência material e, ademais disso, o valor do frete decorre de um negócio jurídico diverso, contrato de transporte que é independente do negócio jurídico que determina a saída do produto industrializado do estabelecimento produto, art. 46 II e parágrafo único do art.46 do CTN. O frete não integra o ciclo de produção do produto industrializado conforme termos do parágrafo único do artigo 46 do CTN:
 Parágrafo único. Para os efeitos deste imposto, considera-se industrializado o produto que tenha sido submetido a qualquer operação que lhe modifique a natureza ou a finalidade, ou o aperfeiçoe para o consumo.
Desse modo, não se verifica qualquer diferença entre a forma de transporte utilizada, uma vez que a inclusão do valor do frete na BC do IPI é um alargamento do critério material da hipótese de incidência naRMIT. Uma vez que está imbutindo na BC – valor da operação do IPI um fato em que está fora da HI do IPI.
6.
A empresa Tudex Ltda é uma indústria que produz máquinas e equipamentos. No meio de seu processo de produção, envia seus produtos a outra empresa, Galvanomix Ltda, para que esta efetue a galvanização desses produtos. Feita a galvanização, os produtos voltam à linha de produção da Tudex, onde esta concluirá seu processo de produção e, posteriormente os venderá aos consumidores finais. Pergunta-se: a atividade realizada pela Galvanomix é uma industrialização por encomenda ou prestação de serviço? Incidirá ISS, IPI ou ISS e IPI? Justifique (vide anexos VIII, IX e X).
Entendo que a atividade realizada pela Galvanomix é uma industrialização por prestação de serviço, incidindo o ISS sobre o serviço realizado pela empresa Galvanomix.
No tocante as máquinas e equipamentos produzidos pela empresa Tudex LTda incidirá o IPI.
7.
Construir as regra(s)-matriz(es) de incidência tributária do IOF. Por que a utilização da nomenclatura “IOF’” pode ser considerada como equivocada? De forma ampla, qual a previsão constitucional para a incidência dessa exação?
Conforme testo da Prof. Ana Paula da Costa Herrera o IOF – IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES FINANCEIRAS, apresenta-se na realidade com 05 impostos dentre as operações financeiras existentes, citando que outros doutrinadores citam a existência de 04 operações diferenciadas. Vejamos:
IO CRÉDITO
IO CÂMBIO
IO SEGUROS
IO TÍTULOS
IO OURO
TRIBUTO: IO CRÉDITO
HIPÓTESE:
Critério Material: entregar ou colocar a disposição valores a título de empréstimo sob qualquer modalidade, inclusive abertura de crédito e desconto de títulos
Critério Espacial: dentro do território nacional
Critério Temporal: vários momentos específicos das operações financeiras
CONSEQUENTE:
Critério Pessoal: SUJEITO ATIVO: União
 SUJEITO PASSIVO: pessoa física ou jurídica que realiza a operação financeira CREDITO; 
Critério Quantitativo: BASE DE CÁLCULO: Valor das operações de crédito, conforme art. 7° do RIOF - Dec 6.307/2007;
 ALÍQUOTA: variam de acordo com o RIOF - Dec 6.307/2007;
TRIBUTO: IO CÂMBIO
HIPÓTESE:
Critério Material:Realizar operações de câmbio( entrega da moeda nacional ou estrangeira, ou de documento que a represente, ou sua colocação à disposição do interessado, em montante equivalente à moeda estrangeira ou nacional entregue ou posta a disposição.
Critério Espacial: dentro do território nacional
Critério Temporal: ato da liquidação da operação de câmbio 
CONSEQUENTE:
Critério Pessoal: SUJEITO ATIVO: União
 SUJEITO PASSIVO: pessoa física ou jurídica que realiza a operação financeira de câmbio;
Critério Quantitativo: BASE DE CÁLCULO: o montante em moeda nacional, recebido, entregue ou posto a disposição – correspondendo ao valor em moeda estrangeira;
 ALÍQUOTA: variável sendo a máxima de 25%.
TRIBUTO: IO SEGUROS
HIPÓTESE:
Critério Material: realizar operações de seguro
Critério Espacial: dentro do território nacional
Critério Temporal: no ato do recebimento do prêmio
CONSEQUENTE:
Critério Pessoal: SUJEITO ATIVO: União
 SUJEITO PASSIVO: pessoa física ou jurídica que realiza a operação financeira de seguro
Critério Quantitativo: BASE DE CÁLCULO: valor do prêmio 
 ALÍQUOTA: variável sendo a máxima de 25%.
TRIBUTO: IO TÍTULOS
HIPÓTESE:
Critério Material: realizar operações com títulos ou valores mobiliários, implicando na transferência de propriedade desses títulos
Critério Espacial: dentro do território nacional
Critério Temporal: realização de operações financeiras com títulos
CONSEQUENTE:
Critério Pessoal: SUJEITO ATIVO: União
 SUJEITO PASSIVO: pessoa física ou jurídica que realiza a operação financeira com títulos
Critério Quantitativo: BASE DE CÁLCULO: valor da operação financeira com títulos
 ALÍQUOTA: variável tendo o valor máximo de 1,5% ao dia
TRIBUTO: IO OURO
HIPÓTESE:
Critério Material: realizar a primeira aquisição de ouro como ativo financeiro ou instrumento cambial
Critério Espacial: dentro do território nacional
Critério Temporal: realização de operações financeiras com ouro
CONSEQUENTE:
Critério Pessoal: SUJEITO ATIVO: União
 SUJEITO PASSIVO: pessoa física ou jurídica que realiza a operação financeira com títulos
Critério Qauntitativo: BASE DE CÁLCULO: o valor da aquisição do ouro
 ALÍQUOTA: 1% sobre o valor da aquisição
8.
A alteração de alíquotas do “IOF” prescinde de motivação do Governo Federal? A justificativa para aumento do tributo pode se dar sem relação comprovada com a necessidade de manipulação na política regulatória do mercado de crédito, cambial, securitário ou de títulos e valores mobiliários? Há algum tipo de inconstitucionalidade no caso de alteração imotivada?
As alterações de alíquota do IOF não deveriam ser majoradas pelo Poder Executivo com finalidade arrecadatória, visto que a CF não previu o IOF como tributo extrafiscal. No entanto, não se verifica essa realidade ao longo dos anos.
A Prof. Ana Paula Herrera assevera que: “O aumento da alíquota do tributo não tem realação com a política regulatória aplicada pelo órgão competente, então não há dúvida de que a extrafiscalidade foi e vem sendo utilizada de forma inconstitucional pelo governo.”
9.
Determinada pessoa jurídica “X”, pertencente a um grupo de empresas “Y”, celebra contrato de mútuo com outras empresas desse mesmo grupo, com a finalidade de obter dinheiro sem recorrer ao mercado financeiro. Pergunta-se: o empréstimo decorrente desse contrato de mútuo configura fato jurídico tributário que enseja a exigência do IOF? É legítima a cobrança de IOF sobre a venda de direitos creditórios realizada por empresas de factoring? E sobre o direito de crédito entre empresa controlada e sua controladora? Se sim, em que momento haverá a incidência? (Vide anexos XI, XII, XIII e XIV). 
A Lei 9779/99 art.13 ressalta que o fato gerador do IOF é a ocorrência de operações de crédito correspondentes a mútuo de recursos financeiros entre pessoas jurídicas. Diante disso, pela aplicação do dispositivo legal incide IOF nos contratos de mútuo.
Por factoring, entendemos se a prestação continuada e cumulativa de assessoria mercadologica e creditícia, seleção de riscos, gestão de crédito, acompanhamento de contas a receber, assessoria para compra de matéria prima dentre outras atividades mercantins realizadas a prazo. As pessoas físicas ou jurídicas que alienam à empresa de fomento mercantil – factoring, direitos créditorios que resultam de vendas a prazo se sujeitam ao IOF.
O IOF incide sobre operações de crédito realizadas por instituições financeiras, empresas de factoring e entre pessoas jurídicas ou entre pesssoa jurídica e pessoa física. Sendo o fato gerador do IOF a entrega do montante ou do valor que constitua objeto do crédito, ou sua colocação a disposição do interessado.
Os recursos financeiros das empresas controladas que circulam nas contas da controladora não constituem de forma automática a caracterização de mútuo, pois dentre as atividades da empresa controladora de um determinado grupo econômico está a gestão do negócio e dos recursos por meio de conta corrente, existindo uma diferenciação entre os contratos de mutuo que incide IOF e o contrato de contra corrente que não incide o IOF.
� MELO, Fabio Soares de. “Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) Panorama Jurisprudencial Atual”. In: IX Congresso Nacional de Estudos Tributários do IBET. São Paulo: Noeses, 2012, pág. 11. 
� MELO, Fabio Soares de. “Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) Panorama Jurisprudencial Atual”. In: IX Congresso Nacional de Estudos Tributários do IBET. São Paulo: Noeses, 2012, pág. 3
� VALLE, Maurício Dalri Timm do. Princípios constitucionais e regras-matrizesde incidência do imposto sobre produtos industrializados – IPI. São Paulo: Noeses, 2016. Capítulo 6, item 6.3.1.
� HERRERA, Ana Paula. IOF – Visão panorâmica e estudo de caso: operações de cessão de crédito e desconto. In: volume 1 do ciclo 3 do Prodireito Tributário.
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