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Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG
Núcleo de Tecnologia e Educação Aberta e a Distância NUTEAD - Curso de Licenciatura em Educação Física
 
Nome do Acadêmico: Igor Moura de Azevedo RA: 200270347
Tutor (a): Érica de Fatima Eidam
Nome da Disciplina: Fundamentos Históricos e Filosóficos da Educação Física 
Título e Unidade da Tarefa: Lauda. Unidade II
O período da Idade Média ficou conhecida como “idade das trevas” período de estagnação e obscurantismo, considerada uma etapa da história capaz de impedir o desenvolvimento, a Idade Média teve a virtude de despertar no ser humano a necessidade de modificar um estado letárgico então existente, dando origem, posteriormente, ao Renascimento. O Período compreendido conhecido como Idade Média é o período da história europeia que começa com a queda do Império Romano do Ocidente, em 476. Da formação dos reinos germânicos, a partir do século V, até a consolidação do feudalismo entre os séculos IX e XII, temos o período denominado alta Idade Média. A Idade Média teve uma grande influência da Igreja. A Igreja era vista como o lugar do mundo terreno onde estava Deus. Como a base da sociedade era o teocentrismo, ou seja, Deus era o centro de todas as coisas, a Igreja influenciava de maneira muito forte o comportamento das pessoas no campo moral, nos relacionamentos interpessoais, na vida familiar e na forma de pensar e vestir. A Idade Média caracterizou-se por disputas entre três poderes que objetivavam o controle da Europa: o poder militar, representado pela força dos bárbaros; o poder civil, representado pelas organizações municipais e provinciais estabelecidas pelo Direito Romano, costumes e famílias; e o paganismo, substituído pelo Cristianismo, que, cultuado de forma exacerbada, preconizava total importância à salvação da alma e à conquista de uma vida celestial. A festa de Corpus Christi nasce na Idade Média com a finalidade de fazer a adoração pública da Hóstia, o “corpo de cristo”. O corpo foi considerado perigoso, em especial o feminino, visto como um "lugar de tentações". Alguns teólogos chegaram a dizer que as mulheres tinham mais conivência com o demônio porque Eva havia nascido de uma costela torta de Adão, portanto nenhuma mulher poderia ser reta. O abstracionismo, o desprezo pelo culto ao corpo, torna a atividade física inexpressiva nesse período, passando a ser somente utilizada para a preparação militar. Os cavaleiros deveriam ser treinados para as grandes Cruzadas e as Guerras Santas, organizadas pela Igreja, em substituição às antigas festas populares, às vezes atingindo até as raias do absurdo, como ocorreu com a instituição da Santa Inquisição, que, em nome da Igreja, condenava inocentes à morte, acusados de bruxaria. O homem medieval, preocupava-se muito com a salvação eterna da sua alma e, sob influência da Igreja, renunciava seus bens materiais e os prazeres terrenos. Acreditava que, assim, iria para o “paraíso” depois de sua morte na Terra. Foi no século XII que se fixaram os sete vícios capitais: orgulho, avareza, gula, luxúria, ira, inveja e preguiça. Na Idade Média, práticas que eram comuns na antiguidade as quais envolviam o corpo são banidas, como: as termas ou banhos públicos, o teatro e o esporte. Os próprios espaços onde as atividades físicas aconteciam deixam de o ser para servirem de palco para disputas teológicas entre autoridades eclesiásticas. O esporte por excelência nesta época é a justa onde os cavaleiros exibiam a sua força e visavam capturar o oponente para obter algum tipo de ganho material. O trabalho braçal, realizado pelos camponeses, pelos artesãos, enfim por qualquer estrato social que não pertencesse à nobreza fosse clerical ou não, era visto como uma espécie de castigo. De forma, que o exercício desta atividade possuía em si um aspecto negativo, muitas vezes associado à ideia contida no livro do Gênesis, segundo o qual ao ser expulso do Paraíso Adão foi condenado a ganhar a vida com o suor do próprio rosto. A prática do ascetismo está relacionada a dois pontos principais: renúncia a qualquer tipo de prazer (alimentar, sexual, etc.) e luta contra as tentações que possam levar o corpo ao pecado (daí a ideia da mortificação e do flagelo deste corpo para evitar que o mesmo caísse em tentação). A vida sexual tornou-se inexistente e a virgindade passou a ser vista com grande valor, seguindo os modelos de Cristo e sua mãe. Na Idade Média, a palavra latina verecundia toma o sentido de vergonha ligado a carne e ao pecado sexual. A castidade era vista como compensatória por quem já havia pecado e deveria se abster de sexo pelo restante da vida. A vida sexual era possível ao cristão desde que acontecesse numa relação definida e supervisionada: o matrimônio. Esse só era permitido entre heterossexuais, combatendo-se a prática da bestialidade (sexo entre humano e animal). O pecado da homossexualidade era explicado por proporcionar apenas prazer e não procriação. A prática sexual deveria ser apenas vaginal, ficando a mulher debaixo do homem e no escuro, para evitar a visão da nudez. O sexo oral ou sodomita, as bruxarias para seduzir alguém, práticas anticoncepcionais e abortivas e as relações incestuosas ou adúlteras eram vistas como pecado e castigadas, com pena de seis a quinze anos de jejum e excomunhão, acompanhados geralmente de interdição perpétua de qualquer relação sexual e de casamento, contudo “havia ainda liberdade sexual, até para bispos e papas”. Um exemplo é Arquibaldo, bispo de Sens, França, que instalou um harém na abadia de São Paulo, no século X.
O imperador romano Teodósio, convertido ao cristianismo, proibiu os Jogos Olímpicos (que seriam retomados somente no final do século XIX, vendo neles uma "manifestação pagã". Tal medida expressava as concepções do cristianismo, que comparava os antigos deuses a demônios e qualificava como pecado a exibição dos corpos nus dos atletas. O exercício físico na Idade Média não tem relação com o esporte do Mundo Antigo, nem com as práticas relacionadas a essa atividade existentes no Mundo Contemporâneo. Assim, pode-se afirmar que o que é considerado esporte durante o medievo não apresenta “nem o caráter de referência à sociedade de organização institucional, nem as condições econômicas que foram as do esporte na Antiguidade ou quando de seu renascimento, no século XIX. Uma das primeiras características dos exercícios físicos medievais consiste na separação das atividades de acordo com a ordem social a qual pertence o sujeito. Assim, a nobreza se dedicava aos jogos e as atividades que envolviam a cavalaria, os quais objetivavam a formação militar; e os jogos populares. Tal distinção social manifestava-se em primeiro lugar nos torneios, os quais requeriam muita organização e tinha intrínseca a sua realização, motivações econômicas semelhantes às solicitadas pelo esporte atualmente. Na Idade Média verificou-se uma acentuada diferenciação entre as atividades das classes altas e baixas, as atividades hípicas eram comuns às camadas dominantes e eram valorizadas a esgrima e a equitação como requisitos para a participação nas Justas e Torneios, jogos que tinham como objetivo enobrecer o homem e fazê-lo forte e os nobres se dedicavam a desenvolver suas aptidões guerreiras em torneios e combates, além de praticar a equitação e a caça. A nudez sofreu uma repressão severa, homens e mulheres, nobres e camponeses, vestiam-se com roupas longas. Cobrir o corpo, além de proteger das variações climáticas, era uma questão moral e religiosa, decorrente do cristianismo. Contrarias esta crença, seria considerado heresia. As pessoas conservavam as roupas até durante o banho. O banho era um hábito pouco frequente nos castelos, conventos e entre a população em geral, pois se acreditava que a sujeira era uma proteção contra as epidemias (em especial, a peste negra), que ameaçavam a saúde pública. Ainda não existiam tratamentos odontológicos na época. Práticas que atravessa o corpo durante o período medieval permanece de certa forma, viva em práticas que o mundo atualainda conhece como a penitência, o ascetismo em suas diferentes formas, a mortificação e o jejum por exemplo.
Pieter Bruegel foi um pintor miniaturista que produziu o famoso quadro "Jogos Infantis". Em Jogos Infantis, Bruegel retratou cerca de duzentos adultos como se fosse crianças brincando uns com os outros de brincadeiras típicas do século XVI. A base para a pintura, assim como a de todo pensamento medieval, foi a Bíblia. Algumas brincadeiras retratadas por Pieter Bruegel em "Jogos Infantis" são: pular corda, cavalo de pau, cabra-cega, perna de pau, pular carniça, soprar bexiga, rodar aros, esconde-esconde, andar de cavalinho, pião, boca de forno, boneca, jogar castelo, cabo de guerra, bolhas de sabão, cadeirinha, arco dentre outras.
Os torneios: que imitavam um combate real, ocorrido entre dois grupos de cavaleiros rivais, no qual eram utilizados terrenos amplos e demarcados com linhas divisórias. Tinham um caráter quase de espetáculo, atraindo muita gente, e possuindo feiras ao redor. A Justa: uma modalidade dos torneios. Em que, enfrentava-se o oponente com lanças, espadas ou outras armas, modificadas para não ferir o cavaleiro. Devia-se derrubar o oponente do cavalo (com o uso da lança, pontuação que se tornava cada vez maior, quanto mais próximo do punho fosse a quebra da lança), ou mesmo atingir pontos estratégicos do corpo com a lança. Era uma disputa muito complexa, visto que envolvia além do treinamento do cavaleiro, o do cavalo (que caso “fugisse” da luta, ou tocasse a cela do oponente, o mesmo perdia pontos), e a capacidade em aguentar o peso da armadura (35 kg) e o calor insuportável - dentro da armadura - pelo cavaleiro. A Gualdana: em que fileiras de cavaleiros se enfrentavam, enquanto percorriam estradas de campana ou montanhas, simulando uma batalha. A Quintana: brincadeira que estimulava a destreza do cavaleiro, que com uma lança deveria acertar um alvo – geralmente um fantoche – que representava o inimigo. A Corrida do Arco: eram corridas a cavalo, em que os cavaleiros deveriam enfiar a lança, ou espada, em um arco suspenso. Apesar de toda a emoção envolvida durante os torneios e as práticas menores, nele contidas, os mesmos foram perdendo a popularidade a partir da disseminação do uso da pólvora no Ocidente, que fizeram com que os modos de lutar sofressem modificações tirando as armaduras para dar lugar a tecnologia bélica.
A grande finalidade do Movimento Ginástico Europeu era a melhora da saúde da sociedade. Em um momento marcado pelos problemas sociais que resultaram da Revolução Industrial, associado à necessidade de fortalecer o trabalhador para aguentar a alta carga de suas tarefas, o movimento fez com que se formassem grupos locais para a prática da ginástica. O Movimento Ginástico Europeu ocorreu no século XIX, e abrangeu estilos de trabalho com ginástica na escola, propostos pela Suécia, Inglaterra, França, Dinamarca, Áustria e Alemanha. O contexto de nascimento desse movimento é o mais interessante, pois, uma vez o conhecendo, entende-se como se deu a emergência da ginástica na Europa. O século XIX europeu foi marcado pela imensa crença na ciência. Logo, objetividade e neutralidade foram valores que se espalharam pela sociedade e que conquistaram a confiança da população. Imersos nesse quadro, foram aprimorados cientificamente métodos de disciplina corporal e de trabalho com o corpo, cujos objetivos eram fortalecer, embelezar, corrigir e tornar saudáveis os corpos da população europeia. Para tanto, foram desenvolvidos tipos de exercícios específicos para cada parte do corpo, método ainda bastante utilizado hoje em academias de musculação. 
A Escola Alemã
A ginástica alemã surgiu da necessidade do pais realizar a sua unidade territorial e para unificar o território e para isso era preciso criar um forte espírito nacionalista, através de homens e mulheres fortes, saudáveis e isso passou a ser praticada pela ginástica alemã que era edificada a partir de bases cientificas relacionadas com a biologia, fisiologia e a anatomia de caráter extremamente nacionalista, a ginástica surge na Alemanha com o objetivo de preparar os corpos para a defesa da pátria, uma vez que esse país ainda não havia conquistado sua unidade territorial e vivia sob a constante ameaça de guerras. A Educação Física Alemã, com características próprias, começou em 1760, com Basedow e filantropismo por ele criado. Entre outros educadores tiveram grande influência: Guthsmuths como o Pai da ginástica, Jahn por sua ação de fundador e fomentador da ginástica patriótica e Spiens por sua luta tenaz em defesa da introdução da ginástica na escola e o seu respectivo aparelhamento. Também contribuíram muito Salzmam, Nachtegal, Eisclen e Friesen. Durante o período nazista, dentro dos conceitos de Jahn, surgiu na Alemanha um sistema militar tendo por objetivo, a preparação intensa do país para a guerra. No entanto, após o conflito o país voltou a empregar formas mais humanas e democráticas. Jahn, principal responsável pela disseminação do método entre a população, trouxe ao seu sistema o caráter militarista e extremamente patriótico, chegando a criar termos próprios, como por exemplo a palavra “Turnen” que significa ginástica. Os exercícios tinham objetivos que transcendiam a forma física. O turnen também tinha um exercício moral: alcançar autoconfiança, autodisciplina, independência, lealdade, e obediência. A Escola Alemã se baseou nas ciências biológicas para transformar a ginástica em um meio de educação em massa capaz de atender às necessidades do Estado. Característica também encontrada nas demais escolas, mas o que as diferencia são seus distintos anseios. Também derivado da Escola Alemã temos o Método Natural Austríaco. Em 1926, após o desmembramento do império provocado pela Primeira Grande Guerra (1914-1918), iniciou-se uma grande reforma com o intuito de regenerar física e moralmente a juventude por meio dos exercícios. Desenvolvido em um país formado por vários povos, com diversas línguas, costumes e hábitos, tal método de ginástica sofreu bastante influência dos métodos já existentes, gerando correntes de pensamentos que se diferenciavam em movimentos ginásticos independentes. Buscando ser uma oposição ao Método Alemão, dominado por exercícios violentos em aparelhos, o sistema austríaco foi uma variação original de ideias interessantes, mais das ciências médicas do que pedagógicas. Sua maior qualidade consistia no fato de buscar ser interessante para as crianças e incentivar a juventude a manter uma postura correta, despertando uma consciência higiênica e o desejo de cuidar do corpo para alcançar a saúde. Entretanto, errou pela ausência de condições de execução e pela falta de controle de intensidade, esquecendo a influência educativa e formativa dos exercícios físicos. Seus principais idealizadores foram Margarete Streicher e Karl Gaulhofer. Margarete esforçou-se para levar às escolas uma ginástica “natural”, com aplicação de higiene. Considerando as formas de exercícios naturais, Gaulhofer aconselha o seguinte:
1º - respirar, andar, sentar, levantar, rodar, saltar;
2º - correr, trepar, carregar, jogar, suspender-se; equilibrar-se, e outros atos do trabalho humano;
3º - movimentos executados em atitudes dos trabalhos ou nas da vida habitual, seja de pé, ajoelhado, acocorado, ou sentado;
4º - provas para vencer obstáculos ou resistências;
5º - exteriorização dos conhecimentos adquiridos: artísticos ou acrobáticos;
6º - exercícios fundamentais de aplicação: balançar-se, levantar-se, carregar, atirar, empurrar, trepar, lutar;
7º - jogos e esportes, passeios, autodefesa, natação e outros exercícios em grupo.
A Escola Alemã resultou na modalidade competitiva atual Ginástica Artística e foi a base para a estruturação da “Ginástica Moderna”, que é a atual Ginástica Rítmica.
A Escola Sueca
Ela começou no início do século XIX e tinha como objetivo extinguir os vícios da sociedade, entre os quais o alcoolismo, estimular a força e a coragem do povo para a defesa da pátria e bons operários, necessário parao processo de industrialização do pais. A escola Sueca de ginástica teve como grande influenciador Per Henrik Ling, que foi além das propostas vigentes na época e sugeriu a divisão da ginástica em quatro vertentes: militar, médica, pedagógica e estética. Essa metodologia repercutiu favoravelmente dentro e fora da Europa. Carvalho e Correia sustentam que esta escola foi pautada por uma alta credibilidade científica, o que a tornava mais sistematizada; serviu como instrumento de organização e afirmação de grupos profissionais, como os médicos e os militares; e consolidou a figura do professor de educação física como membro atuante da classe docente. Ling acreditava que seu método assegurava a saúde, por ser essencialmente respiratório, e a beleza, por seus efeitos corretivos e ortopédicos. Por isso, o destinou a todos, independentemente de sexo, idade ou condições materiais e sociais, dividindo-o em quatros partes: Ginástica Pedagógica ou Educativa: para todas as pessoas, tinha como objetivo assegurar a saúde, evitar a instalação de doenças, vícios e defeitos posturais e desenvolver normalmente o indivíduo; Ginástica Militar: com as mesmas características da pedagógica, acrescentando os exercícios de preparação para a guerra; Ginástica Médica e Ortopédica: também baseada na pedagógica, objetivava eliminar vícios e defeitos posturais, sendo específica para cada caso; Ginástica Estética: mais uma vez apoiada na pedagógica buscou o desenvolvimento harmonioso do organismo, utilizando-se da dança e de movimentos suaves para proporcionar beleza e graça ao corpo.
Uma sessão de exercícios livres era composta da seguinte forma:
1º - Exercícios de ordem
2º - Exercícios de pernas ou movimentos preparatórios formando uma pequena série; 
3º - Extensão da coluna vertebral;
4º - Suspensões simples e fáceis;
5º - Equilíbrio;
6º - Passo ginástico ou marcha;
7º - Movimentos dos músculos dorsais;
8º - Movimentos músculos abdominais;
9º - Movimentos laterais de tronco;
10º - Movimentos de pernas;
11º - Suspensões mais intensas que as do nº 4;
12º - Marchas ou movimentos de pernas, executados mais rapidamente que os outros para preparar saltos;
13º - Saltos;
14º - Movimentos de pernas;
15º - Movimentos respiratórios
A extensão do movimento não ficou somente na Suécia, estendeu-se com entusiasmo por todo o mundo, principalmente aos demais países nórdicos – Dinamarca, Noruega e Finlândia. Também inspirada na Ginástica Sueca de Ling, temos a Calistenia. Para Silva (S/D), não é um sistema próprio de ginástica, mas sim uma série de exercícios ginásticos localizados, com fins corretivos, fisiológicos e pedagógicos, que pode integrar perfeitamente qualquer sistema ginástico. Por estar em constante evolução teria grande vantagem sobre os sistemas clássicos. A Calistenia trouxe características nunca antes abordadas. Examinando os dois sistemas mais difundidos, o sueco e o alemão, educadores suecos chegaram à conclusão de que ambos eram pobres no que se tratava de elementos psicológicos. Por isso, inseriram a música na prática da ginástica, por considerarem que ela incentivava o movimento, evitando a monotonia e contribuindo para a educação dos sistemas psicomotor e neuromuscular. Ao analisarmos o Método Sueco e a Calistenia, percebemos que tal escola voltou-se para a saúde, física e mental, da população, possuindo muito mais o caráter médico e pedagógico do que militar. 
A Escola Francesa
A Ginástica na França baseou-se nas idéias dos alemães Jahn e Guts Muths e, apresentava além do caráter moral e patriótico, uma preocupação com o desenvolvimento social. Objetivava formar o homem “completo e universal”, sem desvincular-se do utilitarismo, tão abordado pela ginástica científica, buscando o desenvolvimento da força física, da destreza, agilidade e resistência. Amoros negou veementemente toda e qualquer forma de empiria, seus exercícios eram completamente explicados por enunciados científicos, comprovando a relação existente entre a sua ginástica, a saúde da população e a tão desejada utilidade dos gestos. A prática da Ginástica pensada por Amoros na primeira metade do século XIX, visando educar o corpo para o desempenho de funções úteis a sociedade, foi de certo modo limitada pela ciência da época, não havendo possibilidade de utilização de certos conhecimentos que permitiam melhor análise da ação motora para educação do corpo.
Contudo, a partir da segunda metade do século XIX, o trabalho do médico e fisiologista Etiene Jules Marey e de seu colaborador Georges Demeny, alavancaram as pesquisas sobre o movimento contínuo do trabalhador. Demeny, discordando do método sueco de Ling, propôs exercícios ginásticos completos, arredondados e contínuos. Voltou-se para a saúde da mulher, combatendo “hábitos elegantes”, tais como cintas, salto alto, porta-seios; condenava os meios de sustentação artificiais. O método (Francês) para alcançar os seus objetivos preconiza sete formas de trabalho: jogos, flexionamentos, exercícios educativos, exercícios mímicos, aplicações, desportos individuais e coletivos. O Método Francês, oriundo da Escola Francesa, foi adotado em todos os estabelecimentos de ensino brasileiros em 1929 e trouxe as propostas pedagógicas que embasaram a Educação Física escolar brasileira no período republicano. A Escola Francesa inclui ainda a obra de Georges Hébert. O chamado Método Natural de Hébert repudia todas as formas de exercícios analíticos, artificiais ou formais, conhecidos sob a denominação de ginástica. O que Hébert deseja é aumentar as resistências orgânicas, realçar as aptidões para a execução de exercícios naturais e utilitários (os seus 10 grupos) e, sobretudo, desenvolver a energia, a qualidade de ação, a virilidade, para então subordinar esse conjunto de qualidades físicas bem treinadas a uma moral altruísta e física.
Referências:
SILVA, Luiz Alberto Ruiz da; MÁRCIA, Maria de Lourdes dos Santos; MEDEIROS, Maria de. O corpo na Idade Média: alguns apontamentos. Disponível em: http://revistanupem.unespar.edu.br/index.php/nupem/article/view/140/145
CAPINUSSÚ, José Maurício. Atividade física na Idade Média: bravura e lealdade acima de tudo. Disponível em: https://document.onl/download/link/atividade-fisica-na-idade-media 
DODÔ, Aline Menezes; REIS, Lorena Nabanete dos. Século XIX e o Movimento Ginástico Europeu: o processo de sistematização da ginástica. Disponível em: https://www.efdeportes.com/efd190/seculo-xix-e-o-movimento-ginastico-europeu.htm
GONÇALVES, Nezilda Leci Godoy. Fundamentos históricos e filosóficos da educação física escolar. Ponta Grossa: UEPG/NUTEAD, 2010. 107p.: il.

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