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A ginástica na antiguidade

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1- A ginástica na antiguidade 
A ginástica, enquanto atividade física, tem suas origens na Antiguidade, uma vez que os exercícios típicos do esporte já eram desempenhados pelos homens pré-históricos com o intuito de se protegerem de ameaças naturais. Por volta de 2600 a.C., especialmente em civilizações orientais, os exercícios da ginástica passaram a fazer parte de festividades, jogos e rituais religiosos.
Para fins de estudo, podemos classificar as atividades físicas na pré-história dentro dos aspectos: Natural, Utilitário, Guerreiro, Recreativo, Religioso.
I - ASPECTO NATURAL: 	Aqui colocamos as atividades físicas feitas instintivamente, como meio de sobrevivência: Correr para fugir ao perigo ou para alcançar a caça; Nadar para atravessar os rios; Marchar (caminhar) a procura da caça, da pesca, do abrigo; Arremessar a pedra, a lança, para caçar, pescar, guerrear e assim por diante.
II - ASPECTO UTILITÁRIO: Na caça ou na pesca, quantas vezes a lança foi atirada imperfeitamente, deixando o homem sem a sua desejada alimentação. Ele percebeu que precisava "treinar" aquele gesto para que, quando surgisse a situação real frente a sua presa, pudesse ter êxito no lance. Esse treino, essa atividade intencional, essa "evolução técnica" já não mais apenas instintiva, caracteriza o aspecto utilitário.
III - ASPECTO GUERREIRO: Aos poucos, vai o homem dominando a natureza: alguns grupos desenvolvem o pastoreio e a agricultura e já podem abandonar a vida nômade. Mas outros grupos, que ainda vivem da caça e da coleta de frutos silvestres, percebem a fartura daqueles e adestram-se no manejo das armas para atacar e apossar-se do excelente estoque de alimentos. Os sobreviventes do grupo atacado, por sua vez, percebem que não basta criar o gado e armazenar os cereais: é preciso dedicar muita atenção ao preparo para luta e às medidas de segurança. É a educação física sob o aspecto guerreiro. Mais tarde, o crescimento dos aglomerados humanos exige a especialização do trabalho e surgem os homens dedicados exclusivamente à segurança: os soldados. E é na caserna que a Educação Física, através de todos os tempos, encontra apoio enfático e perene.
IV - ASPECTO RECREATIVO: Os homens primitivos brincavam de correr, saltar em altura e extensão; lutavam, dançavam, atiravam ao alvo faziam encenações representando episódios de caça, cenas cômicas, simulações de combates e etc.
V - ASPECTO RELIGIOSO: Para aplacar a ira dos deuses, ou para homenageá-los, o homem pré-histórico realizava atividades rítmicas e danças. Ao ritmo de bastões, tambores, palmas, gritos e outros ruídos, executavam movimentos simbólicos de braços mãos, dedos, cabeça, tronco, balanceamentos, saltitamentos, passos e corridas, batidas de pés e etc.
Posteriormente, na Grécia, a ginástica ganhou grande destaque, se tornando um elemento fundamental para a educação física dos gregos. De fato, os mesmos a conceberam como uma forma de busca por corpos e mentes sãos, dando à modalidade um papel fundamental na busca do equilíbrio entre aptidões físicas e intelectuais. Além disso, a valorização grega do ideal de beleza humana favoreceu ainda mais a evolução da ginástica, uma vez que sua prática era vista como uma forma de cultuar o corpo.
Já na civilização romana, o esporte se afastou bastante de sua faceta grega, já que a valorização do corpo era vista como algo imoral pelos romanos. Assim, nesta época, a prática da ginástica se resumiu apenas a exercícios destinados à preparação militar. A rejeição do culto à beleza física também foi registrada durante a Idade Média, aspecto que resultou na perda da importância do esporte na época. Desta forma, a ginástica retomou sua evolução somente com o Renascentismo e a revalorização das referências culturais da antiguidade clássica.
Chegando então aos dias atuais, a ginástica moderna teve no início do século XIX seu grande momento, pois foi neste período que surgiram as quatro grandes escolas do esporte (Inglesa, Alemã, Sueca e Francesa) e os principais métodos e aparelhos ginásticos. Desde então, a modalidade não parou de se desenvolver. Em 23 de julho de 1881, foi fundada a Federação Europeia de Ginástica, entidade que se tornaria posteriormente, em 1921, a atualmente conhecida FIG (Federação Internacional de Ginástica).
2- Fundadores do Método Ginástico Francês
3- O método ginástico Francês
	É da maior importância o estudo dessa escola, pois dela chegaram os primeiros estímulos que vieram a constituir os alicerces da educação física brasileira. Neste período realça a figura de Dom Francisco Amoros y Ondeano (1770-1848), militar espanhol que chega à França em 1814 e, em 1816, adquire a cidadania francesa. A sua figura é de grande relevância histórica, pois foi quem introduziu a ginástica naquele país, sendo conhecido como o "pai da ginástica francesa". 
	A sua ginástica reflete influências que podem ser definidas a partir da fórmula: Rabelais/Guts Muths/Jahn/Pestalozzi. Pode-se considerar que era uma ginástica utilitária (Rabelais), com intenção pedagógica (Guts Muths), acrobática (Jahn) e atrativa (Pestalozzi). Mas o que caracterizava a ginástica amorosiana era o seu marcante espírito militar e "nunca poderíamos admiti-la como um método de ginástica escolar". Langlade compartilha dessa opinião quando afirma que a citada ginástica "não tinha uma finalidade escolar ainda que as crianças também a praticassem". Apesar disso, foi introduzida nas escolas francesas em 1850, sendo ministrada quase sempre por suboficiais do exército, sem cultura geral e com deficiências de formação pedagógica. Somente no final do século, por influência de Pierre de Coubertin, inicia-se uma campanha para que se crie uma autêntica educação física escolar francesa.
	Registramos, ainda, a presença menos marcante, mas também influente, de Phoktion Heinrich Clias (1782-1854) que, entre outras iniciativas, cria a calistenia, em 1829 - como ginástica feminina com tendências estéticas e derivadas dos gestos de dança -, de tão larga divulgação no Brasil.
	É importante assinalar, em virtude da influência que exerceu sobre a educação física brasileira, a criação do Instituto de Ginástica do Exército Francês, em 1852, na Escola de Joinville-le-Pont.
3.1- CARACTERÍSTICAS SOBRE A ORIGEM DO MÉTODO 
· A Escola de Joinville-le-Pont foi fundada em 15 de julho de 1852, no mesmo local onde ainda se encontra. 
· A Escola adotou então o Regulamento Francês de Ginástica, aprovado em 24 de agosto de 1846, pelo Ministro da Guerra, como o título “Instrução para o Ensino da Ginástica nos Corpos de Tropa e nos Estabelecimentos Militares”, que foi elaborado por uma comissão: General Aupik, Coronel Amoros, Capitão D’Argy, Napoleão Laisné e outros. 
· Em 1815 o comandante D’Argy publicou “Instruções para o Ensino da Ginástica”, que se fazia acompanhar de um plano e de uma relação de aparelhos usados no exército. 
· A 22 de dezembro de 1904, por decreto do Presidente da República Francesa, foi instituída uma comissão interministerial para tratar da unificação dos métodos nas escolas, ginásios e regimentos, onde presidiu o General Castex e outros 13 membros, resultando no “Manual d’Exercices Physiques et de Jeux Scolaires”
· Após várias tentativas, ensaios em alguns novos regulamentos, baseados sempre nos anteriores, com pequenas modificações, que fizeram parte Tissié e Herbert, com a experiência da guerra de 1914-18, então surgiu em 1919 um complemento ao “Manual d’Exercices Physiques et de Jeux Scolaires”. Era um manual completamente novo de título “Projet de Réglement General d’Education Physique”. Tal projeto foi consolidado em 1927, sendo reeditado em 1932. 
3.2- ANÁLISE GERAL DO MÉTODO FRANCÊS 
	O Método francês possui sua fundamentação voltada para as ciências médicas, tais como a fisiologia e a Anatomia, possuindo um fulcro na Mecânica. Com a contribuição do professor e fisiologista francês Georges Dêmeny (1850 – 1917), considerado por muitos como o grande patriarca do Método francês, o método buscou um embasamento maior nas leisda física e da Biologia, aplicando exercícios físicos e atividades com base científica. 
Bases Fisiológicas - A educação física deverá ser orientada pelos princípios de fisiologia. Durante a infância a educação física deve visar ao desenvolvimento harmônico do corpo, enquanto na idade adulta o seu papel é manter e melhorar o funcionamento dos órgãos, aumentar o poder do coração e dos vasos sanguíneos, o valor funcional do aparelho respiratório, a precisão e eficácia dos movimentos e pelo conjunto desses meios, assegurar a saúde. 
 
Bases Pedagógicas - segundo a definição do método, a educação física compreende o conjunto de exercícios cuja prática racional e metódica é susceptível de fazer o homem atingir o mais alto grau de aperfeiçoamento físico, compatível com sua natureza, e utilizando-se de várias formas de trabalho: jogos, flexionamentos, exercícios educativos, aplicações (as grandes famílias - marchar, trepar, saltar, levantar e transportar, correr, lançar e atacar, e defender-se), desportos individuais, desportos coletivos. 
 
3.3- REGRAS GERAIS PARA APLICAÇÃO DO MÉTODO FRANCÊS 
I. Grupamento dos Indivíduos - baseado na fisiologia e na experiência, adotou a classificação racional em grupos de valor fisiológico sensivelmente equivalente: educação física elementar ou pré-pubertária (crianças de 4 a 13 anos); educação física secundária ou pubertária e pós-pubertária (adolescentes de 13 a 18 anos); educação física superior ou desportiva e atlética (adultos de ambos os sexos de 18 a 35 anos); e ginástica de conservação para a idade madura (adultos de ambos os sexos com mais de 35 anos). 
II. Adaptação ao Exercício - o regime de trabalho físico a que serão submetidos depende: do fim a atingir, da dificuldade e da intensidade dos exercícios e das qualidades que estes exercícios são susceptíveis de desenvolver ou de aperfeiçoar. Para compor o programa de exercícios foram elaborados quadros de exercícios por ciclos (elementar, secundário e superior) e que constava de: grupamento, fim a atingir (objetivo), o programa de exercício e regime de trabalho. 
III. Atração do Exercício - os exercícios físicos devem ser higiênicos e salutar quanto maior o prazer com que for praticado. O instrutor deverá esforçar-se para tornar a sessão atraente, pela escolha judiciosa dos exercícios que variará, freqüentemente, pela introdução de jogos em momento oportuno no decorrer da lição e, principalmente, pela emulação e disposição para o trabalho que provocará em sua classe. 
IV. Verificação Periódica da Instrução - a verificação periódica dos exercícios físicos é realizada pelo médico e pelo professor e repousa nos exames fisiológicos e práticos. A verificação médica é efetuada no início e final do ano letivo, seguido de exame prático de dificuldade compatível com o valor físico dos concorrentes. 
 
3.4- UMA SESSÃO COMPREENDE TRÊS PARTES 
	De forma genérica, o método buscava ordenar e aplicar um grupo racionalizado de exercícios e atividades que compreendiam os saltos e saltitos, os lançamentos, os arremessos, as corridas, as marchas e com sua aplicação militar também utilizavam-se de esportes como a esgrima, a natação e a equitação.
I. Preparatória - duração de 2/10 do tempo total da sessão. Comporta evoluções e flexionamentos dos braços, pernas, tronco, combinados, assimétricos e de caixa torácica. 
II. Lição Propriamente Dita - duração de 7/10 da sessão. Abrange exercícios grupados nas sete famílias: marchar, trepar e equilibrar-se, saltar, levantar e transportar, correr, lançar e atacar e defender-se. 
III. Volta á Calma - duração de 1/10 da sessão. Contém: marcha lenta com exercícios respiratórios, marcha com canto ou assobio e exercícios de ordem. 
4- Aplicação do Método Francês nas escolas brasileiras
5- Conclusão 
6- Bibliografia
https://www.trabalhosgratuitos.com/Sociais-Aplicadas/História/Biografia-De-Amoros-610400.html
http://www.scielo.br/pdf/rbce/v37n2/0101-3289-rbce-37-02-0151.pdf
https://horadotreino.com.br/george-hebert-o-metodo-natural/
https://redacaopronta.com/2018/10/21/ed-fisica-2/
http://www.ginasticas.com.br/ginasticas/gin_historia.html
https://www.historiadetudo.com/ginastica
DELGADO, Leonardo de Arruda. FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA GINÁSTICA. Barra do corda - 2012

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