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PROVA A3-BENS E NEGÓCIOS JURÍDICOS

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FOLHA DE QUESTÕES
	
COORDENAÇÃO:
	CURSO: DIREITO
	DISCIPLINA: BENS E NEGÓCIOS JURÍDICOS
	
	NOME:
	Prof.: 
	DATA: 
	GRAU:
	A3
	TURNO: Noite
	MATRÍCULA 
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Instruções: 
A cada questão foi atribuído o valor de 2 (dois ) PONTOS.
1 – André alugou o imóvel residencial de Pedro. O contrato de locação é silente quanto a indenização das eventuais benfeitorias feitas pelo locatário. André, em razão de enxame de cupins, contratou com uma empresa para dedetizar. Agora ele quer saber se poderá cobrar a despesa de Pedro, que se recusou a indenizá-la. ficou est. Explique o que significa uma benfeitoria e comente a respeito da validade desta cláusula. (2p)
R. “Art. 23. O locatário é obrigado a: IV – levar imediatamente ao conhecimento do locador o surgimento de qualquer dano ou defeito cuja reparação a este incumba, bem como as eventuais turbações de terceiros. De acordo com a Lei de Locação, as benfeitorias necessárias realizadas pelo locatário, mesmo que não autorizadas pelo locador, devem sim ser indenizadas — salvo disposição contratual em sentido contrário. Em contrapartida, o locatário pode retirá-las ao fim do contrato, desde que não provoque danos à estrutura. Como regra geral, nas relações de locação urbana, observando-se o artigo 35 da lei 8.245\91, as benfeitorias necessárias, ainda que não autorizadas, e as úteis, desde que autorizadas pelo locador, quando realizadas pelo locatário, são indenizáveis e geram direito de retenção. As benfeitorias necessárias têm como finalidade a conservação do imóvel, ou evitar se deteriore. As úteis são aquelas que aumentam ou facilitam o uso do bem, enquanto as voluptuárias são as que criam luxo, conforto ou deleite, não aumentando o seu uso habitual, mesmo que o torne mais agradável ou lhe eleve o valor. Neste caso Pedro deve indenizar a André já que foi para benefício do imóvel, em acordo. 
A- Benfeitorias com direito à indenização: se no contrato de locação constar cláusula expressa prevendo o direito à indenização das benfeitorias ou construções realizadas, os valores despendidos poderão ser depreciados à taxa de 4% ao ano (Parecer Normativo CST nº 210/73);
B. Benfeitorias sem direito à indenização: quando no contrato estiver previsto que, ao efetuar as construções ou benfeitorias, o locatário não poderá reclamar indenização dos gastos efetuados, os referidos gastos poderão ser amortizados, obedecendo ao prazo de vigência estipulado no contrato (Parecer Normativo CST nº 210/73); . Por fim, podem ser divididas as responsabilidades de dois modos, quais sejam: a) Se o locador entregou o imóvel com cupim, é dever deste pagar pelos serviços de dedetização e pelos reparos no imóvel; b) No entanto, se o problema surgiu depois da locação, a obrigação é do inquilino.
2 - João, premido pela necessidade de conseguir dinheiro para purgar a mora referente a aluguéis e encargos da casa em que reside e evitar o despejo, vendeu uma joia de família a Ricardo, por R$5.000,00, embora o seu preço de mercado seja de aproximadamente R$50.000,00. Posteriormente, não conseguindo desfazer amigavelmente o negócio realizado, propõe ação para anular a venda da joia.
De acordo com as informações apresentadas, aponte se houve algum defeito do negócio jurídico, em caso positivo, informe qual seria e justifique a sua reposta. (2p)
R. SIM, trata se do vício da Lesão, ART. 157 DO CC, onerosidade. Sendo assim manifesta falta de conhecimento ou inexperiência do Joao, provocou uma onerosidade excessiva na celebração do negócio. Não se decretará a anulação do negócio no caso de lesão, se for oferecido suplemento suficiente, ou se a parte favorecida concordar com a redução do proveito. Também se presumem de boa-fé e valem os negócios ordinários indispensáveis à manutenção de estabelecimento mercantil, rural, ou industrial, ou à subsistência do devedor insolvente e de sua família. Segundo o artigo 145 só serão os negócios jurídicos anuláveis por dolo, quando este for a sua causa.
3 – Roberto acabou de falecer e deixou três apartamentos avaliados em R500.000,00 cada um. Laila, Daniel e Rute são seus únicos herdeiros. A respeito desse direito podemos afirmar tratar-se, de acordo com a classificação de bens prevista no Código Civil: bens móveis ou imóveis, fungível ou infungível, consumível ou inconsumível, divisível ou indivisível. Justifique cada uma de suas escolhas. (2p) 
R. De acordo com o Direito Sucessório, art. 1784 do Código Civil, quando o dono do patrimônio morre, ocorre a transmissão da propriedade aos seus herdeiros de forma automática e imediata. Mas é necessário que a alienação seja formalizada por meio do inventário. O inventário é o processo em que se realiza o levantamento de todos os bens e dívidas deixados pelo falecido para que sejam partilhados e transferidos aos herdeiros. Comprar o imóvel de herdeiros ainda nessa fase é possível, desde que o inventariante entre com uma ordem judicial que permita a venda. Essa concessão é chamada alvará judicial. Quando se solicita o alvará judicial, fica a cargo do juiz decidir pela liberação ou não daquela venda. Ele vai considerar se a transação é realmente necessária antes da partilha, se todos os herdeiros estão de acordo, se o valor oferecido é compatível com o praticado no mercado, entre outros pontos. Essa avaliação fica ainda mais criteriosa na existência de herdeiro incapaz. Obter um alvará judicial pode ser um processo bem demorado. Por outro lado, é a forma mais segura de comprar um imóvel de herdeiros. Assim que o inventariante estiver com o documento em mãos, já poderá prosseguir com os trâmites de venda em cartório normalmente. E o comprador fica devidamente registrado como novo proprietário do bem. Os Bens Móveis e Imóveis no Código Civil. Segundo o Código Civil são móveis os bens suscetíveis de movimento, ou seja, os que podem ser transportados de um lugar para o outro sem se danificarem. A exceção é o navio que, apesar de móvel, é considerado imóvel para efeitos legais por conta de seu alto valor. Bens fungíveis x Bens Infungíveis. Os Bens fungíveis são aqueles que podem ser substituídos por outros de mesma espécie, qualidade e quantidade, por exemplo, o dinheiro. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. Os bens consumíveis são os que terminam logo com o primeiro uso, havendo imediata destruição da sua substância, por exemplo, alimentos, cigarro, tinta de paredes, etc. Assim, os bens consumíveis podem ser: Por exemplo, o livro, enquanto na livraria, é um bem consumível, pois destina-se à alienação
4- Aparecida pretende doar um imóvel a sua neta. Porém estabelece que a donatária deverá ser aprovada no exame da OAB//RJ. Sua neta ainda nem foi aprovada no vestibular e, portanto, ainda não cursa nenhuma universidade. Indique se há no respectivo negócio jurídico algum elemento acidental capaz de interferir na eficácia dele, em caso positivo, qual seria e justifique sua resposta. (2p)
R. Sim aparecida pode doar, mas de acordo com os artigos a seguir. O "Art. 544. A doação de ascendentes a descendentes, ou de um cônjuge a outro, importa adiantamento do que lhes cabe por herança". Sua avó só pode dispor livremente de 50% de seu patrimônio, quando isto se referir à transferência para descendentes. No art. O artigo 538 do Código Civil Brasileiro dispõe que se considera doação o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra. Além da adequação aos conceitos legais, o contrato de doação deve revestir-se das formalidades essenciais à sua validade, notadamente. Nossa lei impõe aos descendentes sucessíveis o dever de colacionar. Estão livres dessa obrigação os demais herdeiros necessários, ao contrário de outras legislações. Os netos devem colacionar, quando representarem seus pais, na herança do avô, o mesmo que seus pais teriam de conferir. Contudo, não está o neto obrigado a colacionar o que recebeu de seu avô, sendo herdeiro seu pai, e não havendo representação. No caso da neta elasó poderá se apossar dos bens caso passe no exame já que são cláusulas de exigência da doadora. Ela poderá usufruir os bens, mas sabendo que ainda não é seu.
5- João é réu em ação de investigação de paternidade. Com a procedência do pedido ele foi obrigado a efetuar o reconhecimento. Inconformado, reconhece a paternidade, porém exige que não tenha a obrigação de pagar verba alimentícia, caso no futuro, eventualmente seu filho venha a precisar. Pergunta-se: (2p)
a) Qual a natureza jurídica do ato do reconhecimento? Ato, fato ou negócio jurídico? Justifique. É um ato jurídico em sentido estrito, sendo negócio jurídico personalíssimo, visto ser um comportamento, o reconhecimento de paternidade é ato incondicional. A questão prejudicial, relativa à paternidade, é atingida pela coisa julgada, e o novo processo deve ser extinto sem resolução do mérito. 'Reconhecida a paternidade, a obrigação de alimentar exsurge, de forma inconteste, desde o momento em que exercido aquele direito, com o pedido de constrição judicial, qual seja, quando da instauração da relação processual válida, que se dá com a citação do réu, no caso, o investigado. A ação de alimentos, embora cumulada com a investigatória, é de natureza condenatória e, consequentemente, em consonância com a regra geral, há de retrotrair à da propositura da demanda, melhor explicando, a contar da previsão legal, como afirmado, da data da citação. Há que se examinar, ainda, a possibilidade de se aplicar à espécie, a norma contida no § 2º do artigo 13, da Lei n. 5.478/68, por se tratar de regra de natureza genérica, em contraste com a da antiga Lei n. 883/49, art. 5º, a qual se restringe à verba alimentícia em apreço, resultante da investigatória da paternidade, que é de natureza específica. A última diz respeito aos alimentos provisionais, enquanto a outra se refere tanto aos provisórios quanto aos definitivos.'" 
b) Procede a exigência formulada por João? Justifique.
R. Não procede as exigências do pai. Sendo um negócio jurídico, não sabe as exigências do João, desde o momento que foi comprado a paternidade ´´e obrigatório as obrigações de pai, conforme a lei. A pensão alimentícia é uma obrigação pautada no princípio da lei. O direito a alimentos tem caráter de natureza personalíssima, ou seja, negócio jurídico, visando preservar a integridade física e psíquica de quem os recebe, geralmente estão impossibilitados de praticar atos de disposição de direito.

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