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FACULDADE FUTURA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EDUCAÇÃO EM ORGANIZAÇÕES NÃO ESCOLARES 
 
 
 
 
 
 
 
VOTUPORANGA – SP
http://faculdadefutura.com.br/
http://faculdadefutura.com.br/
 
 
 
1 OS FUNDAMENTOS DA PEDAGOGIGA EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES 
 
A Pedagogia é a ciência por meio da qual o pedagogo pesquisa, estuda, 
elabora e aplica, por meio de didáticas, metodologias, técnicas e estratégica de 
ensino-aprendizagem e conteúdos relacionados às necessidades da pessoa humana 
em um determinado contexto. Isto se dá por meio de programa e planejamento 
adequados, os quais, visando princípios formadores adequados e aplicáveis ao 
indivíduo, aperfeiçoam e estimulam as faculdades das pessoas, seguindo ideais e 
objetivos definidos. 
Em seu inicio, o curso de Pedagogia, diferentemente dos demais cursos da 
Faculdade Nacional de Filosofia, formava como Bacharel o futuro Pedagogo. Para 
obter o diploma de licenciatura, deveria se realizar o curso de didática com duração 
de mais um ano. Em 1996 deixa de existir o currículo mínimo, cedendo seu lugar a 
diretrizes curriculares, para as diferentes licenciaturas. Por motivo de divergência 
entre grupos existentes nos próprios órgãos normativos federais, as diretrizes da 
Pedagogia não foram editadas com os demais cursos de Licenciatura. 
Podemos acompanhar diariamente profissões antigas e tradicionais sendo 
substituídas por novas atuações com novos requisitos em termos de conhecimentos 
e perfil profissional. Como profissionais da educação e professores do curso de 
pedagogia, temos a intenção de possibilitar aos pedagogos a compreensão de sua 
capacidade de atuação profissional em ambientes que extrapolem as unidades 
escolares e aumentar suas áreas de atuação com o objetivo que se tornem cada vez 
mais empregáveis. Para tanto é necessário que o curso de formação forneça 
elementos que façam com que estes profissionais tenham segurança e competência 
profissional.Com relação ao perfil do pedagogo que atua em espaços não escolares, 
realizados sob o enfoque do novo profissional exigido pela sociedade contemporânea, 
que deverá, sobretudo, ser capaz de integrar a dimensão teórica a uma preocupação 
com a prática cotidiana do fazer institucional, bem como de garantir a articulação entre 
as abordagens da gestão do trabalho administrativo, pedagógico e comunitário, como 
também, da educação profissional, desenvolvidos em espaços não escolares, 
evitando-se a fragmentação deste estudo. 
 
http://faculdadefutura.com.br/
 
 
 
 
 Fonte: uninortenoticia.wordpress.com/ 
 
O termo “educação”, ou seja, a palavra que usamos para fazer referência ao 
“ato educativo”, nada mais designa do que a prática social que identificamos como 
uma situação temporal e espacial determinada na qual ocorre à relação ensino- 
aprendizagem, formal ou informal. 
A relação ensino-aprendizagem é guiada, por alguma teoria, mas nem sempre 
tal teoria pode ser explicitada em todo o seu conjunto e detalhes pelos que participam 
de tal relação – o professor e o estudante, o educador e o educando – da mesma 
forma que poderia fazer um terceiro elemento, o observador. 
 A educação, uma vez que é a prática social da relação ensino-aprendizagem 
no tempo e no espaço, acaba em um ato e nunca mais se repete. Nem mesmo os 
mesmos participantes podem repeti-la. Nem podem gravá-la. Nem na memória nem 
por meio de máquinas. É um fenômeno intersubjetivo de comunicação que se encerra 
em seu desdobrar. 
No caso, se falamos de um encontro entre o professor e o estudante, falamos 
de um fenômeno educacional – que é único. Quando ocorrer outro encontro do mesmo 
tipo, ele nunca será o mesmo e, enfim, só superficialmente será similar ao interior. O 
termo “didática” designa um saber especial. Muitos dizem que é um saber técnico, 
porque vem de uma área onde se acumulam os saberes que nos dizem como 
http://faculdadefutura.com.br/
 
 
 
devemos usar da chamada “razão instrumental” para melhor contribuirmos com a 
relação ensino-aprendizagem. 
A razão técnica ou instrumental é aquela que faz a melhor adequação entre os 
meios e os fins escolhidos. A didática é uma expressão pedagógica da razão 
instrumental. Sua utilidade é imensa, pois sem ela nossos meios escolhidos poderiam, 
simplesmente, não serem os melhores disponíveis para o que se ensina e se aprende 
e, então, estaríamos fazendo da educação não a melhor educação possível. 
 
 
 Fonte: jeanedfisica2014.wordpress.com/ 
 
Mas a didática depende da pedagogia. Ou seja, depende da área onde os 
saberes são, em última instância, normas, regras, disposições, caminhos e/ou 
métodos. O termo “pedagogia”, tomado em um sentido estrito, designa a norma em 
relação à educação. “Que é que devemos fazer, e que instrumentos didáticos deverão 
usar, para a nossa educação?” – esta é a pergunta que norteia toda e qualquer 
corrente pedagógica, o que deve estar na mente do pedagogo. 
A pedagogia, em um sentido exato, está ligada às suas origens na Grécia 
antiga. Aqueles que os gregos antigos chamavam de “pedagogo” era o escravo que 
levava a criança para o local da relação ensino-aprendizagem; não era 
exclusivamente um instrutor, ao contrário, era um condutor, alguém responsável pela 
melhoria da conduta geral do estudante, moral e intelectual. Ou seja, o escravo 
pedagogo tinha a norma para a boa educação; se, por acaso, precisasse de 
especialistas para a instrução – e é certo que precisava –, conduzia a criança até 
lugares específicos, os lugares próprios para o “ensino de idiomas, de gramática e 
cálculo”, de um lado, e para a “educação corporal”, de outro. 
http://faculdadefutura.com.br/
 
 
 
 
Fonte: aoprofessor.blogspot.com.br/ 
 
A concepção que diz que a pedagogia é a parte normativa do conjunto de 
saberes que precisamos adquirir e manter se quiser desenvolver uma boa educação, 
é mais ou menos consensual entre os autores que discutem a temática da educação. 
A pedagogia é aquela parte do saber que está ligada à razão que não se 
resume à razão instrumental apenas, mas que inclui a razão enquanto razoabilidade; 
a racionalidade que nos possibilita o convívio, ou seja, a vigência da tolerância e, 
mesmo, do amor. 
 
 
Fonte: queconceito.com.br/ 
http://faculdadefutura.com.br/
http://aoprofessor.blogspot.com.br/2012/05/20-de-maio-dia-nacional-do-pedagogo.html
 
 
 
Ao falarmos, por exemplo, “não seja violento, use da razão”, queremos ser 
compreendidos como dizendo, “use de métodos de comunicação que são próprios do 
diálogo” – os métodos e normas da sociedade liberal (ideal). É esse tipo de razão ou 
racionalidade que conduz, ou produz a pedagogia. 
A didática busca meios para que a educação aconteça e, assim, é guiada pela 
razão técnica ou instrumental, enquanto que a pedagogia busca nortear a educação, 
e é guiada pela razoabilidade, pela fixação de regras que só se colocam por conta da 
existência de um ou vários objetivos; no caso, objetivos educacionais, o que é posto 
como meta e valor em educação. Quem estabelece tais valores? 
 
2 RELATO SOBRE A HISTÓRIA DA PEDAGOGIA 
 
 
Fonte: nossaciencia.com.br/ 
 
Desde a sua criação, em 1939, o Curso de Pedagogia se depara com questões 
relativas ao perfil do profissional formado. Sua identidade tem sido continuamente 
perseguida e ainda hoje os educadores participam de uma viva polêmica sobre o 
assunto. A noção de que o Pedagogo é um técnico em assuntos educacionais e/ou 
um especialista no estabelecimento de um saber-fazer relativo ao trabalho 
pedagógico, não se deu sem um crescente mal-estar acerca da especificidade da 
Pedagogia como prática social e campo do conhecimento. 
O Parecer 251/62, produzido pelo então Conselho Federal de Educação, presumia 
para o pedagogo uma crescente oportunidade de trabalho especializado e 
tecnocrático. Com o golpe de 1964, tal expectativa mostrava-se adequada a uma 
http://faculdadefutura.com.br/
 
 
 
políticaeducacional que, associada a uma política de segurança nacional, buscava 
programar e normatizar a vida nas escolas. 
O Parecer 252/69 estabelecia uma matriz curricular que não levava em 
consideração o aspecto totalizante do fenômeno educativo. A compartimentalização 
da atividade escolar fornecia ao pedagogo uma imagem parcelada da prática 
educativa, especialmente concretizada na formação de professores para o Ensino 
Normal e de especialistas para as atividades de Administração, Supervisão, 
Orientação e Inspeção Escolar. 
Mais do que o exercício de uma atividade especializada, o trabalho pedagógico 
assim concebido provocava práticas fragmentadas e crescentemente questionadas 
pelos educadores, inclusive pelos formados em Pedagogia. Diante de uma nova 
iniciativa de reforma do Curso de Pedagogia, através dos Pareceres 67 e 68/75 e 70 
e 71/76 do CFE, este descontentamento já proporcionava, no final dos anos 70, a 
criação de associações profissionais, organizadas por educadores e estudantes. Se 
revisitarmos a história da organização dos profissionais da educação no Brasil, 
veremos que ela se confunde com a organização de vários outros movimentos sociais, 
inscrevendo-se no contexto das reivindicações de democratização da sociedade 
brasileira, em geral, e da gestão das instituições formadoras, em particular. 
Em finais da década de 70, educadores brasileiros começaram a se organizar, 
sinalizando para reformulações no âmbito educacional que pudessem contribuir para 
a democratização da sociedade e superar a concepção tecnicista, que orientou o 
tratamento a que a educação esteve submetida durante os governos militares. 
A década de 90 foi marcada por uma forte organicidade dos profissionais da 
área da educação e também por um contexto de profundas mudanças econômicas, 
políticas e sociais no Brasil. O cenário de maior liberalidade econômica e 
reestruturação produtiva com adoção de novas tecnologias de base microeletrônica, 
bem como das reformas políticas que foram na direção de redesenho do Estado, 
abriram novas frentes de problemas e de divergências no encaminhamento dos 
assuntos educacionais, revitalizando-se, inclusive, a tese de que a educação 
funcionaria como o motor impulsionador do desenvolvimento econômico. 
Em meio a muitas polêmicas, e depois de longa tramitação no congresso, foi 
aprovada a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em 1996, 
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instituindo-se também, no ato da aprovação, a “década da educação”, onde uma série 
de metas foi traçada, carecendo, ainda, de regulamentações posteriores que 
definiriam os mecanismos da sua implementação. A aprovação da LDB suscitou 
muitas polêmicas, tendo sido feitas várias regulamentações através de pareceres e 
portarias do governo. Com a recente aprovação das Diretrizes Curriculares Nacionais 
(Parecer 5/2005), por parte do Conselho Nacional de Educação, temos um quadro 
normativo melhor delineado para a reformulação das propostas dos cursos de 
pedagogia. 
 Por outro lado, os documentos produzidos por educadores ao longo dos 
últimos anos constituem um contraponto necessário, pois foram oriundos das 
experiências e da colaboração solidárias entre esses e instituições de ensino. Essa 
produção tem possibilitado uma nova cultura educativa para os formados nos cursos 
de Pedagogia. O curso de Pedagogia delineado neste momento histórico tem a tarefa 
de articular a dinâmica que envolve os desafios das realidades educacionais 
existentes, tanto na formação de profissionais para atuarem na esfera escolar – como 
a educação infantil, séries iniciais do ensino fundamental, educação de jovens e 
adultos, educação especial –, quanto na esfera de formação não-escolar – como 
sindicatos, associações de bairros, movimentos sociais e outros. 
As regulamentações do curso de Pedagogia, ao contrário das demais 
licenciaturas, ficaram guardadas e somente em 2005 é que o parecer CNE/CP 
05/2005 – “Diretrizes curriculares para os cursos de Pedagogia” – foi aprovado. O 
parecer apresenta “a formação do licenciado em pedagogia fundamenta-se no 
trabalho pedagógico realizado em espaços escolares e não escolares que têm a 
docência como base”. Estruturado em três núcleos, o curso se constituirá de um 
núcleo de estudos básicos, um de aprofundamento e diversificação de estudos e outro 
de estudos integradores. O núcleo de aprofundamento e diversificação de estudos 
oportunizará: “investigações sobre processos educativos e gestoriais, em diferentes 
situações instrucionais – escolares, comunitárias, assistenciais, empresariais, 
outras” . 
Depois deste parecer CNE/CP 05/2005, fica reconhecido à existência de uma 
prática educativa fora dos ambientes escolares. E onde houver práticas educativas, 
caberá o trabalho de um pedagogo para orientar tais atividades. Assim podemos 
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afirmar que pedagogia ultrapassa o âmbito escolar. O Pedagogo não é mais aquele 
que apenas leva pela mão, mas sim um estudioso das ações educativas que ocorrem 
em todas as vidas sociais, culturais e intelectuais daquele que está inserido na 
sociedade, na qual ele contribui para o seu desenvolvimento. A educação consiste 
em desenvolver o homem e tornar produtivas suas relações. Sendo assim, podemos 
citar como ambientes que essas relações acontecem e que existe qualquer prática 
educativa como: hospitais, presídios, empresas, ONG´s e espaços de comunicação 
(TV, rádio, revistas, editoras). Onde existir uma prática educativa intencional, haverá 
uma ação pedagógica. 
Autores como Saviani (1991), Pimenta (2002) e Libâneo (1999) apontam em 
seus estudos uma extensa lista de atuação para o profissional da pedagogia. É quase 
unânime entre os estudiosos hoje, o entendimento de que as práticas educativas 
estendem-se às mais variadas instâncias da vida social, não se restringindo, portanto, 
à escola e muito menos à docência, embora estas devam ser referência da formação 
do pedagogo escolar. Sendo assim, o campo de atuação do profissional formado em 
pedagogia é tão vasto quanto são as práticas educativas na sociedade. Em todo lugar 
onde houver uma prática educativa com caráter de intencionalidade, há ai uma 
pedagogia. Libâneo (1999 p.116). 
Neste contexto, o pedagogo passa a ser considerado um especialista em 
educação e ensino assim como a pedagogia passa a ser vista com um vasto campo 
de trabalho, procurando dentro de seus métodos, estratégias que promovam 
mudanças nas pessoas, melhorando a qualidade de vida delas e consequentemente 
ampliando sua capacidade de trabalho. 
No século XVI está se ampliando o mercado de trabalho para o pedagogo, em 
espaços não - escolares. O pedagogo tem novos campos de atuação saindo do coti-
diano escolar, que até pouco tempo, era seu único espaço de trabalho, para se inserir 
em novos locais com uma visão diferente da atuação deste profissional. Abrem-se 
novos espaços para educação, em locais como hospitais, ONGs, empresas, even-
tos..., esse contexto vem mudando a ideia que o pedagogo está apto somente para 
ficar dentro de uma sala de aula, estendendo –se para outros espaços pois nos espa-
ços que há ensino há prática pedagógica. O pedagogo está se inserindo em diversas 
áreas no mercado de trabalho mostrando sua capacitação visando à aprendizagem 
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do conhecimento humano. Conforme Libâneo todos os educadores seriamente inte-
ressados nas ciências da educação, entre elas a Pedagogia, precisam concentrar es-
forços em propostas de intervenção pedagógica nas várias esferas do educativo para 
enfrentamento dos desafios colocados pelas novas realidades do mundo contempo-
râneo. (1995,p.59). 
A formação no curso de Pedagogia está possibilitando novos campos de atua-
ção, desafiando a todos os pedagogos na sua prática educativa nos espaços não es-
colares valorizando a educação e trazendo novas conquistas.3 PEDAGOGO EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES 
 
Fonte: esquadraodoconhecimento.wordpress.com/ 
 
O novo cenário da educação se abre no século XXI com novas perspectivas 
para o profissional que se insere no mercado de trabalho, sob diversas abrangências, 
como nos mostra a própria sociedade. Vivemos um momento particular de discussões 
sobre globalização, neoliberalismo, terceiro setor, educação on-line, enfim, uma nova 
estrutura se firma na sociedade, a qual exige profissionais cada vez mais qualificados 
e preparados para atuarem neste cenário competitivo. Empresas, hospitais, ONGs, 
associações, igrejas, eventos, emissoras de transmissão (rádio e Tv), e outros formam 
hoje o novo cenário de atuação deste profissional, que transpõe os muros da escola, 
para prestar seu serviço nestes locais que eram espaços até então restritos a outros 
profissionais. E esta atual realidade vem com certeza, quebrando preconceitos e 
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ideias de que o pedagogo está apto para exercer suas funções na sala de aula. Onde 
houver uma prática educativa, existe aí uma ação pedagógica. 
O pedagogo sai então do espaço escolar, que até pouco tempo, era seu espaço 
(restrito) de trabalho, para se inserir neste novo espaço de atuação com uma visão 
redefinida de seu papel em novos espaços organizacionais. 
Ocupando um espaço de gestor de pessoas, que na atualidade consiste de 
várias atividades integradas, como descrição e analise de cargos, planejamento de 
RH, recrutamento, seleção, orientação e motivação das pessoas, avaliação do 
desempenho, remuneração, treinamento e desenvolvimento, relações sindicais, 
segurança, saúde e bem-estar. 
Esse novo papel do pedagogo nas organizações não-escolares, tem por 
finalidade apoiar o administrador a desempenhar as funções que constituem o 
processo administrativo de planejar, organizar, dirigir e controlar, pois ele não realiza 
seu trabalho sozinho, mas através das pessoas que compõe sua equipe. 
Na verdade, a gestão moderna de pessoas é um conjunto integrado de 
processos dinâmicos e interativos, como podemos observar na figura abaixo: 
 
 
Fonte: Chiavenato, Idalberto. Gestão de pessoas: e o novo papel dos recursos humanos nas organi-
zações 
 
http://faculdadefutura.com.br/
 
 
 
Convivemos até bem pouco tempo com a visão de uma pedagogia inserida no 
ambiente escolar, na sala de aula, do profissional da educação envolvido com os 
problemas da educação formal, uma ideia falsa de que o pedagogo é o profissional 
capacitado e devidamente treinado para atuar somente em espaços escolares. 
Responsável pela formação intelectual das crianças, sempre se envolvendo no 
cotidiano escolar, com os problemas relacionados à educação formal, 
propriamente dita. A vida escolar, a educação formal, não deixa de ser um foco 
importante para o Pedagogo, mas deixa de ser o único. 
Diante da atual realidade em que se encontra a sociedade, a educação tem se 
transformado na mola mestra, para enfrentar os desafios que se articulam dentro dela 
e em todos os seus segmentos, desafios gerados pela globalização e pelo avanço 
tecnológico na atual era, a tão inovadora e desafiadora era da informação. 
Dessa forma a educação sofre mudanças em seu conceito, pois deixa de ser 
restrita ao processo ensino-aprendizagem em espaços escolares formais, se 
transpondo aos muros da escola, para diferentes e diversos segmentos 
organizacionais da sociedade. Abre-se aqui um novo espaço para a educação, dando 
uma estrutura interessante à educação não formal. 
Com toda esta nova proposta e possibilidade de atuação, o profissional 
Pedagogo também se transforma se adequando a esta nova realidade, se 
posicionando como profissional capacitado para caminhar junto a esta transformação 
da sociedade. O Pedagogo deixa de ser, neste novo contexto, o mesmo Pedagogo do 
século XVIII, XIX e até mesmo século XX. Apresentando-se agora como agente de 
transformação para atuar nesta nova realidade. 
 
 
 Fonte: www.cursogratisonline.com.br/ 
http://faculdadefutura.com.br/
http://www.cursogratisonline.com.br/pedagogia-empresarial/
 
 
 
Hoje, o profissional pedagogo está sendo inserido em um mercado de trabalho 
mais amplo e diversificado possível, porque a sociedade atual exige cada vez mais 
profissionais capacitados e treinados para atuarem nas diversas áreas. Não sendo 
comum um profissional ser qualificado apenas para exercer uma determinada função, 
e sim para atuar nas diferentes áreas existentes no mercado de trabalho, seja ele qual 
for à organização que tenha como foco as pessoas e não os processos. 
A antiga administração de recursos humanos cedeu lugar a uma nova 
abordagem, a gestão de pessoas e nessa nova concepção, as pessoas deixam de 
serem simples recursos organizacionais e passam a ser vistos como seres dotados 
de inteligência, personalidade, conhecimentos, habilidades, competências e 
aspirações. 
A cultura organizacional recebe forte impacto do mundo exterior e passa a 
privilegiar a mudança e a inovação como foco no futuro e no destino das organizações. 
No quadro a seguir podemos observar que as mudanças aconteceram no 
modelo de gestão das organizações foram no sentido de valorização do capital 
humano das empresas. 
 
SECULO XX SÉCULO XXI 
Estabilidade, previsibilidade Melhoria continua 
Porte e escala de produção Velocidade e expansividade 
Comando de cima para baixo Empowerment e liderança de todos 
Rigidez organizacional Organizações virtuais e flexíveis 
Controle por meio de regras e Controle por meio da visão e de valores 
hierarquia. 
Informações em segredo Informações compartilhadas 
Racionalidade e análise quantitativa Criatividade e intuição 
http://faculdadefutura.com.br/
 
 
 
Necessidade de certeza Tolerância à ambiguidade 
Reativo e avesso ao risco Proativo e empreendedor 
Orientado para o processo Orientado para resultados 
Autonomia e independência Interdependência e alianças 
corporativa estratégicas 
Integração vertical Integração virtual 
Foco na organização inteira Foco no ambiente competitivo 
Busca de consenso Contenção construtiva 
Orientação para o mercado nacional Foco internacional 
Vantagem competitiva sustentável Vantagem colaborativa 
Competição por mercados atuais Hiperconcorrencia por mercados futuros 
Fonte: Chiavenato, Idalberto. Gestão de pessoas: e o novo papel dos recursos humanos nas 
organizações 
 
As linhas de pensamento relacionadas ao profissional Pedagogo possibilitam 
uma reflexão mais aprofundada sobre a sua atuação, pois hoje, se pensa muito mais 
detalhadamente a dinâmica do conhecimento e as novas funções do educador como 
mediador deste processo. Dessa forma, não podemos mais nos deter somente no 
universo da educação formal, mas buscar novas fontes de formação e de informação 
para adequar este profissional no mundo globalizado e competitivo. 
Toda transformação relacionada à atuação do Pedagogo se dá ao fato de que, 
hoje vivemos o processo que reflete a transformação de valores e pensamentos de 
uma sociedade voltada para valores mais específicos, como a cultura de seu povo, 
valor diferente daquele que até pouco tempo se primava pelo valor econômico. Ou 
seja, a cultura hoje tem o seu papel melhor definido e mais importante para a 
sociedade do que situação econômica, propriamente dita. 
http://faculdadefutura.com.br/
 
 
 
Nesta perspectiva de mudança e vislumbramos um espaço de atuação deste 
profissional nas organizações, fundamentado na atuação do Pedagogo em espaços 
não escolares, suas habilidades e competências para atuação nestes espaços, o 
leque de possibilidades que hoje se abre deixando para trás a ideia primária de que 
este profissional está preparado somente para atuar em espaços escolares, e que 
pouco ou quase nada podendo aproveitar de suas habilidades para atuar em outros 
espaços. 
Assim, este profissional que atravessaséculos, executando o seu papel de 
preceptor, de transformador do conhecimento e do comportamento humano, 
chegando ao século XXI, com uma nova proposta, sua efetiva atuação em espaços 
também não escolares, e que, no entanto, visam à aprendizagem e a transformação 
do comportamento humano, tanto quanto dentro da educação formal. 
Discussões que estão fundamentadas em teóricos conceituados e pela própria 
sociedade que chega ao século XXI com novas perspectivas para a educação formal 
e também para a educação não formal, discussão que até bem pouco tempo era 
desconhecida para a maioria de nossas escolas de formação, e também dos 
profissionais. 
O Pedagogo conquista espaço num mercado de trabalho cada vez mais 
diversificado e amplo, atuando no processo de ensino-aprendizagem não somente 
como processo para dentro da escola, da sala de aula ou do cotidiano escolar, mas 
um processo que acontece em todo e qualquer segmento da sociedade, seja ele qual 
for. E também como o Pedagogo se insere neste novo contexto social, percebendo a 
sua relação em diferentes espaços, promovendo a formação continua das pessoas 
envolvidas nos processos organizacionais. 
Para Freire (1991, p. 58), a formação continuada é uma exigência do próprio 
humano. 
Formação permanente é uma conquista da maturidade, da consciência do ser. 
Quando a reflexão permear a prática docente e a vida, a formação continuada será 
exigência sine qua non para que o homem se mantenha vivo, energizado, atuante no 
seu espaço histórico, crescendo no saber e na responsabilidade. (...) “Ninguém nasce 
educador ou marcado para ser educador. A gente se faz educador, a gente se forma, 
como educador, permanentemente na prática e na reflexão da prática”. 
http://faculdadefutura.com.br/
 
 
 
Educar/formar nesta nova perspectiva é considerar, conforme defende Nóvoa 
(1992), os profissionais a partir de três eixos estratégicos: a pessoa e sua experiência; 
a profissão e seus saberes, e a organização e seus projetos. 
A formação não se constrói por acumulação (de cursos de conhecimento ou de técni-
cas), mas sim através de um trabalho de reflexão crítica sobre práticas e de (re)cons-
trução permanente de uma identidade pessoal, por isso é tão importante investir na 
pessoa a dar estatuto ao saber da experiência. É preciso respeitar os professores 
como pessoas, seres incompletos e eternos aprendizes, que a partir de uma formação 
contextualizada buscam transformar-se, entender o grupo no qual estão inseridos e 
ressignificar a suas práticas pedagógicas. (1992, p. 38), 
Verifica-se hoje, uma ação pedagógica múltipla na sociedade. O pedagógico 
perpassa toda a sociedade, extrapolando o âmbito escolar formal, abrangendo 
esferas mais amplas da educação informal e não formal. (LIBÂNEO, 2002, p.28). 
 
 
http://faculdadefutura.com.br/

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