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EBRADI Direito Penal e Processo Penal Aplicados - Módulo 02 - Crime e suas Excludentes - Tema 08: Desistência Voluntária e formas de arrependimento

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Tema 07: Desistência voluntária e formas de arrependimento
Aula I: Desistência Voluntária
José ingressa em quintal alheio com o objetivo de furtar objetos de valor. Começa a separar alguns pertences quando é surpreendido por vizinhos, que o avistam da janela ao lado e começam a gritar por ajuda. José, então, desiste de prosseguir na empreitada criminosa e sai correndo, mas acaba detido pela polícia. José deve responder por algum crime? 
RESPOSTA ESPERADA
José deve responder por tentativa de furto (art. 155 c.c. o art. 14, II, do CP). Afinal, deu início aos atos executórios do furto, mas não atingiu a consumação por circunstâncias alheias à sua vontade. Com efeito, a pronta atuação dos vizinhos o impediu de prosseguir, não se podendo falar em desistência voluntária.
Assinale a alternativa incorreta:
O agente que, voluntariamente ou não, deixa de prosseguir na execução, só responde pelos atos já praticados
Aula II: Arrependimento Eficaz
Durante discussão, João efetua um disparo de arma de fogo contra Paulo, pretendendo matá-lo. Paulo é atingido. Vendo seu desafeto agonizar, João se arrepende e o leva ao hospital, conseguindo salvá-lo. Paulo sofre lesões corporais de natureza grave. Por qual crime João deve responder? 
RESPOSTA ESPERADA
João deve responder por lesões corporais de natureza grave e não por tentativa de homicídio. Nos termos do art. 15 do CP, o agente que, voluntariamente, impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados.
Nos termos do artigo 15 do Código Penal, que trata da desistência voluntária e do arrependimento eficaz, o agente que desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados. Contudo, é preciso que o agente atue:
Voluntariamente, mas não espontaneamente.
Aula III: Crime Impossível
Em operação de combate ao tráfico de drogas, policiais ingressam à paisana em uma casa noturna. Fingindo serem usuários de drogas, abordam aleatoriamente um rapaz e oferecerem elevada soma em troca de comprimidos de ecstasy. Tal rapaz, empolgado com a quantia oferecida, sai em busca da droga objetivando lucrar com a revenda. Cerca de meia hora depois, retorna com o entorpecente, sendo preso em flagrante pelo crime do art. 33 da Lei 11.343/2006. Como advogado de Defesa, e considerando as informações acima, o que pode ser arguido em defesa do rapaz? 
RESPOSTA ESPERADA
Houve crime impossível. O rapaz não estava comercializando entorpecentes até ser abordado pelos policiais, que atuaram como agentes provocadores, tomando as providências para impedir a consumação do crime. Nesse sentido, confira-se o teor da súmula 145 do STF: “Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação”.
Assinale a alternativa correta:
Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.
Aula IV: Arrependimento Posterior
João, aproveitando-se da distração do caixa de um determinado supermercado, subtrai a quantia de mil reais. No dia seguinte, fica sabendo que o dono do estabelecimento havia procurado a polícia naquela manhã e que havia câmeras de segurança no local. Com medo de ser processado e condenado, embora muito triste por ter de abrir mão do valor obtido, procura a vítima e devolve todo o dinheiro subtraído. João responde pelo furto? Se sim, faz jus a algum benefício legal?
RESPOSTA ESPERADA
João responde pelo crime de furto, consumado no dia anterior. Porém, tratando-se de delito cometido sem violência ou grave ameaça à pessoa e restituída a coisa até o recebimento da denúncia por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços (arrependimento posterior). Observe-se que o benefício legal exige apenas que o ato seja voluntário (livre de coação), não importando se espontâneo (sincero arrependimento).
Considere as seguintes assertivas: I - Configura-se o crime tentado quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. Nesse caso, salvo disposição em contrário, aplica-se a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços. II - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados. II - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços. Estão corretas:
I, II e III

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