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Libras- Relevancia da Aprendizagem na Inclusão

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GABRIELA MOREIRA COSTA
Curso: Libras - Tradução e Interpretação
Disciplina: Libras: do Básico ao Avançado
LIBRAS: A RELEVÂNCIA DA APRENDIZAGEM NA INCLUSÃO
O estudo realizado a partir dos materiais apresentados na disciplina LIBRAS: do básico ao avançado, traz um importante esclarecimento acerca do conhecimento da língua de sinais e sua relevância no processo de inclusão em diferentes espaços em nosso país.
A partir da leitura da apostila Libras e Sistema Braile escrito por Cristiane Seimetz Rodrigues, Maria Olinda Maia e Flávia Valente, foi possível compreender o imenso valor da Língua Brasileira de Sinais, conhecendo sua estrutura e os motivos pelos quais ela possui o título de língua. Verificou-se a partir das pesquisas de Willian C. Stokoe, a definição da língua de sinais como uma língua natural dos surdos que apresenta as mesmas propriedades linguísticas de uma língua oral, diferenciando-se por sua modalidade (no caso da LIBRAS a modalidade linguística viso espacial).
Essa compreensão é imprescindível para que se respeite a LIBRAS enquanto língua, pois é existente um grande número de pessoas que desconhecem essa classificação. Para muitos, embora exista uma crescente expansão do uso das línguas de sinais em diferentes espaços do nosso país e seu reconhecimento por lei (LEI Nº 10.436, DE 24 DE ABRIL  DE 2002), suas especificidades e relevância ainda não têm o devido reconhecimento por boa parte da população, o que vem a gerar mitos e até mesmo preconceitos relacionados não só a língua, como aqueles que a fazem uso.
Esses aspectos implicam em uma série de fatores que mostram a complexidade em se afirmar a LIBRAS como uma língua única, dotada de riqueza cultural, afastando-a do estigma de língua inferior em relação a língua portuguesa – língua usada como oficial no Brasil.
O livro Língua de Herança: Língua Brasileira de Sinais de Ronice Müller de Quadros, provoca uma reflexão, destacando como o ensino da Língua Brasileira de Sinais ao longo dos anos foi prejudicado por desconsiderarem o seu valor como patrimônio linguístico e cultural da comunidade surda. 
Práticas oralistas foram recorrentes na tentativa de tornar os surdos falantes da língua portuguesa e os mesmos foram submetidos a técnicas tidas como agressivas na tentativa de torná-los ouvintes. A partir desses fatos, foi possível entender como o processo de inclusão foi dificultado em nosso país. Muitos obstáculos foram colocados a frente do ensino da LIBRAS, desconsiderando a importância dos reflexos de sua aprendizagem na vida dos surdos.
O livro Educação de Surdos: formação, estratégica e prática docente organizado por Wolney Gomes Almeida, aborda a maneira como a educação de surdos acontece de forma excludente em nosso país, pois as metodologias desenvolvidas nesse ensino são voltadas para atender as necessidades dos ouvintes.
Uma proposta a ser considerada para uma educação eficaz de surdos com favorecimento ao processo de inclusão segundo os textos estudados, é o bilinguismo, que defende o ensino da LIBRAS como primeira língua e a aprendizagem da língua Portuguesa oral/escrita como segunda língua.
Foram apresentadas pesquisas realizadas a partir da análise da educação de surdos utilizando a proposta do bilinguismo e verificou-se que esse trabalho consegue através do ensino da língua de sinais como primeira língua, corresponder as necessidades dos surdos fazendo com que se sintam confiantes nesse processo e que reconheçam sua identidade como sujeitos que compreendem o mundo pelo visual.
Essas pesquisas servem para indicar caminhos para que se compreenda o ponto de partida para a inclusão dos surdos nos espaços. Partindo de um processo organizado, pensado e planejado com muita sensibilidade, colocando o surdo e suas necessidades em foco. 
Com isso, constata-se a relevância da aprendizagem da LIBRAS, favorecendo o seu ensino nas escolas de maneira que os surdos tenham o seu espaço, o seu respeito e condições de acesso à informação e comunicação de maneira que obtenham um ensino de qualidade. 
As escolas devem ter um comprometimento com a educação voltada para a inclusão, oferecendo ambientes propícios para o desenvolvimento das capacidades dos surdos, buscando profissionais que realizem trabalhos significativos. É preciso possibilitar que os surdos se reconheçam nesses espaços, oferecendo condições para sejam introduzidos ao mundo, tendo a capacidade de se relacionar dentro e fora de sua comunidade.

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