Metabolismo do Glicogênio

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Metabolismo do Glicogênio
· Apesar do fígado ser o órgão responsável por disponibilizar glicose a partir do glicogênio para todo o corpo, a maior reserva de glicogênio se encontra no músculo,pois o corpo possui mais músculos do que fígado para promover tal reserva.
· Após 24 hrs de jejum, geralmente não são encontrados grânulos de glicogênio.(varia de indivíduo para indivíduo)
· O glicogênio é formado por resíduos glicosil, ligados por ligações glicosídicas α-1,4 e α-1,6(ramificação).
· O glicogênio muscular é uma reserva de combustível para a produção de ATP para o próprio músculo.Enquanto o glicogênio hepático é fonte para a manutenção das concentrações de glicose no sangue.
· cerca de 8% do glicogênio muscular é convertido em glicose livre no tecido, sendo a maior parte substrato para a glicólise no músculo.
· A glicogênese (produção de glicogênio) diminui os níveis de glicose no sangue após uma dieta rica em carboidratos.
· Exercício físico mobiliza o glicogênio muscular para a produção de ATP. A glicogenólise nas fibras musculares só fornecem energia para a glicólise, que conta com a ajuda de uma boa circulação sanguínea, grande quantidade de mioglobinas e mitocôndrias.
· A glicogênio sintase é a principal enzima responável pela sintese de glicogênio enquanto a glicogênio fosforilase é a principal na quebra.Ambas catalisam reações que não estão em equilíbrio e ambas estão sujeitas ao controle por efetores alostéricos.
· a presença de Ca˖˖ no sarcoplasma causa a contração do músculo enquanto que o armazenamento no retículo sarcoplasmático causa relaxamento. A concentração de cálcio também afeta a a glicogênio fosforilase que se torna mais ativa numa maior concentração de ca˖˖ e possivelmente cause a inibição da glicogênio sintase.
 Glicogenólise
· É a quebra de glicogênio em glicose ou glicose-6-fosfato.
· A Glicogenólise é iniciada pela glicogênio fosforilase (atua na fosforólise para a clivagem das ligações glicosídicas α-1,4)
· A falta de enzima ou transportador para o deslocamento de Glicose-6-fosfato (G6P) para dentro do retículo endoplasmático, resulta na doença de armazenamento de glicogênio tipo I.
· (
Alice Souza 2019.2
)As enzimas responsáveis por desfazer as ligações α-1,6 são a dextrina fosforilase limitante (quebra o glicogênio até chegar próximo da ramificação); 4-α-D-glucanotransferase (remove resíduos glicosil, deixando apenas um resíduo em ligação α-1,6 fazendo com que os 3 glicosil se liguem a um ramo maior).
· Uma outra via para a degradação do glicogênio utiliza glucosidases presentes nos lisossomos.
· A epinefrina através da ligação com receptores β-adrenérgicos estimula a glicogenólise no coração e no músculo esquelético com o objetivo de tornar mais G6P mais disponível para a glicólise.
Glicogênese
· a glicoênese requer enzimas singulares para o processo de formação do glicogênio
· A primeira reação utiliza a glicoquinase no fígado e a hexoquinase em tecidos periféricos.
· A última reação gera UDP-glicose, que torna a reação favorável e irreversível pela hidrólise de pirofosfato em fosfato inorgânico pela pirofosfatase.
· A glicogênio sintase só consegue produzir glicogênio a partir de um glicogênio pré existente enquanto a glicogenina é uma enzima promotora para a síntese de um novo glicogênio.
· A glicogênio sintase não pode formar as ligações glicosídicas α-1,6, trabalhando sozinha ela produziria apenas amilose( polímero linear com ligações α-1,4). Uma enzima ramificadora chamada 1,4-α-glucano remove um bloco de de cerca de 7 resíduos glicosil e o transfere pra uma outra cadeia para produzir uma ligação α-1,6.
· Fibras musculares brancas sintetizam glicogênio durante o repouso, quando a glicose é abundante e menos ATP é utilizado.
· O glicogênio se auto-regula, uma vez que altas concentrações de glicogênio inibe a glicogênio sintase.
· A liberação de insulina pelas células β do pâncreas estimula a glicogênese no músculo e no fígado.
· Uma diminuição de glicose no sangue diminui a concentração de insulina e aumenta a concentração de glucagon.
 
OBS.: O fato da energia não ser toda armazenada em gordura tem relação com o fato dos ácidos graxos não poderem ser liberados da gordura tão rapidamente quanto a glicose é liberada do glicogênio.Além disso, a gordura não pode ser utilizada como fonte de energia na ausência do oxigênio.
OBS.: O glicogênio é uma reserva eficiente,pois a concentração osmótica está relacionada com o número de glicogênios e não com a quantidade total de glicose dentro dessas partículas.
BAYNES, John W.; DOMINICZAK, Marek H. Bioquímica médica. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.
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