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Paula Cássia e Mariana Tardelli - @resumex.odonto Etiologia das maloclusões Fatores etiológicos - locais (é o que tratamos) - gerais (síndrome de down – ortodontista não corrige) Fatores etiológicos locais - é preciso remover o fator etiológico, e não apenas corrigir a posição dentária - causa (hábitos, crescimento anormal) - essa maloclusão provoca quais consequências no paciente (baba quando dorme, respiração alterada) - diagnóstico (ex: mordida aberta provocada por X, esquelética, dentária) - conduta clínica Mordida aberta - chupar dedo, palato profundo - deglutição atípica (coloca a língua entre os dentes para deglutir), primeiro faz a fono, e coloca uma grade no aparelho Principais fatores etiológicos - anomalias do nº de dentes - anomalias do tamanho dos dentes - anomalias na forma dos dentes - freio labial anormal e barreira mucosa - perda precoce dos dentes decíduos - perda precoce dos dentes permanentes - retenção prolongada dos dentes decíduos - via de erupção anormal - erupção tardia dos dentes permanente - anquilose dental - carie dental - restaurações inadequadas - outros Dentes supranumerários É um germe dentário a mais ou menos sem forma (conicos) ou com forma de dente (suplementar) em excesso na arcada dentária superior ou inferior Geralmente resulta de distúrbio durante o estágio de morfodiferenciação – histodiferenciação Não existe tempo definido para o desenvolvimento (acompanhar radiograficamente) Podem se formar antes do nascimento ou até mais tarde, aos 10 – 12 anos Classificação Localização: - mesiodens: entre os incisivos - paramolares: entre pré-molares - distomolares: atrás do ultimo molar Forma - cônico Paula Cássia e Mariana Tardelli - @resumex.odonto - suplementar - odontoma CAUSAS - hereditariedade - dicotomia do germe dentário - hiperatividade da lamina dentária - proliferação da camada externa da bainha epitelial - fissuras palatinas - fatores locais como inflamação - síndromes relacionadas – displasia cleido-craniana, síndrome de Gardner FREQUÊNCIA - mais incidência na maxila, na dentição permanente (90%) - mesiodents CONSEQUÊNCIAS - impedimento da erupção dos dentes - alteração do tempo de erupção - alteração da sequencia de erupção - reabsorção da raiz do permanente - perda de espaço na arcada DIAGNOSTICO - clínico - radiográfico (é o ideal) CONDUTA CLÍNICA - extração o mais precoce possível, o ideal é intervir antes do supranumerário irromper, ou seja, antes dele instalar uma maloclusão Critério - manter o dente mais parecido com o dente do grupo correto - manter o que estiver mais hígido (presença de cárie, tratamento endodontico) - manter o que tiver com diâmetro M-D mais próximo do ideal - posição no arco mais correta (o que tiver mais longe da linha média, está mais fora da sua posição normal) - o que tiver a cor mais agradável - avaliar o que é melhor para cada paciente, justificar o motivo da extração do dente Ausencia congênitas Oligodontia – ausência de mais de seis dentes Hipodontia – ausência de um a seis dentes Anodontia – ausência total de dentes, associação a displasia ectodérmica hereditária CAUSAS - distúrbios durante a formação do dente - hereditariedade - tendência evolutiva (afeta o ultimo dente do grupo a irromper) - condições sistêmicas - displasia ectodérmica hereditária FREQUÊNCIA Paula Cássia e Mariana Tardelli - @resumex.odonto - dentição permanente - maxila - mais comum que supranumerários - 3º molar é o mais afetado CONSEQUÊNCIAS - desarmonia oclusal - estética alterada - perda de espaço (migração dentária) - diastemas (espações residuais) - não estabelece a chave de oclusão - retenção prolongada de decíduos - extrusão do antagonista - perda do contato oclusal e proximal, mesmo com a permanência do decíduo - nem sempre causa uma maloclusão, as vezes falta um dente em cada arco e se equilibra naturalmente CONDUTA CLINICA - radiografia: contar no nº de dentes - manutenção do dente decíduo na boca - extração do dente decíduo precocemente (fechamento – com os próprios dentes - ou manutenção dos espaços) Manutenção do espaço: - com o dente decíduo (algum dia vai exfoliar) - mantem o espaço com ortodontia Fechamento do espaço: - não há necessidade de prótese (quando fecha com os dentes) - solução permanente - longo tempo de tratamento - necessidade de devolver a anatomia dos dentes Canino no lugar do lateral – perde guia canino, arruma a estética e depois o levantamento fica em grupo, pq se não fizer isso o lateral recebe toda a carga e é perdido AUSÊNCIA DE PRÉ-MOLAR: - desgastes interproximais: se não extrair – acompanhar e fazer um desgaste na proximal do 2º molar decíduo, que o 1º molar mesializa um pouco sozinho (se já tiver irrompido) - extração: 2º molar decíduo mantem o leway space – se extrair precisa colocar um aparelho (quando tiver raiz formada de todos os permanentes) para mesializar o primeiro molar permanente, o ideal seria extrair com o 1º molar intraósseo pq ele mesializa sozinho; - dente anquilosado: fica preso no osso, não importa se tem permanente irrompido, ou se tem ausência de algum dente; depois fecha o espaço com a mesialização do molar, ou com o aparelho após a formação da raiz de todos os dentes Microdontia - é mais fácil corrigir, com dentística CAUSA - hereditariedade FREQUÊNCIA - incisivos laterais CONDUTA CLÍNICA Paula Cássia e Mariana Tardelli - @resumex.odonto - restaurações estéticas - tratamento ortodontico (prévia abertura de espaço) Macrodontia CLASSIFICAÇÃO - localizada: é incomum, o dente é normal sob todos os aspectos, exceto no tamanho É mais difícil arrumar FREQUÊNCIA Os mais afetados são os incisivos, em meninos CONSEQUÊNCIAS - modificações na oclusão DIAGNOSTICO - clínico CONDUTA CLÍNICA - reestabelecer o tamanho dentário (dentítica) - planejamento ortodôntico (extração / desgaste) Anomalias de forma CONSEQUÊNCIA - altera o tamanho do dente, causa maloclusão Cuspide em garra: causa contato prematuro, desgastar o dente Freio labial anormal - ao nascimento: é normal ter o freio inserido na papila, quando os dentes irrompem não pode permanecer ali - freio na crista alveolar - erupção dentária: inserção migra para cima, correção espontânea DIAGNOSTICO - tracionar o lábio, fica isquêmico - radiografias periapicais: septo em V (normal), septo em Pá (é o que causa o diastema) - divergência da coroa dos incisivos (normal) CONDUTA CLÍNICA - o diastema só vai fechar se for causado pela fase do patinho feio, espera o canino irromper que fecha - cirurgia está indicada precocemente, pois quando o canino irrompe e o freio já foi removido é mais fácil do canino fecha o espaço; só não faz se a criança não permite - precisa tirar o freio e raspar as fibras, para evitar reicidivas - aparelho para fechar o diastema CONSEQUÊNCIA - adquire hábitos viciosos (reicidiva se não remove o hábito, interposição da língua, chupar o freio) - interferência na fonação - efeito estético indesejável - diastema interincisal (microdontia, supranumerários na linha média, ausência do IL, cistos e tumores) - restringe os movimentos labiais Barreira gengival A mucosa comumente se deteriora antes que o dente irrompa, porém, nem sempre isso acontece Paula Cássia e Mariana Tardelli - @resumex.odonto - quando o dente não irrompe no período correto, a criança mastiga em cima da gengiva, que fica espessa e atrasa a erupção dos outros dentes CONDUTA CLÍNICA - é indicado a ulectomia quando o dente parece estar apto a irromper e não o faz (indicada quando a mucosa gengival é espessa, raiz não ta totalmente formada – tem força de erupção) - se a raiz está totalmente formada o dente não tem força para irromper, precisa tracionar de dentro do osso Perda precoce de dentesdecíduo - manutenção do espaço para o permanente - guia de erupção dos dentes permanentes - mastigação - deglutição - fonação - estética - perda precoce de dente decíduo (quando o germe permanente não está no estágio 6 de nolla) - quando um dente é perdido por doença periapical, acelera a erupção do permanente, que geralmente irrompe sem raiz formada Estágio 06 de Nolla: - os dentes permanentes iniciam a erupção somente quando a coroa está completamente formada Antes do estágio 06 – retarda Depois do estágio 06 – acelera Provocada por lesões periapicais – acelera, irrompe sem raiz Analisar: 1 . A perda foi precoce? Ver o estágio de formação da raiz do germe permanente CAUSAS - região anterior: traumas e cárie - região posterior: cárie CONSEQUÊNCIAS - formação de osso sobre o sucessor - atraso ou aceleração na erupção do sucessor - alteração na sequencia de erupção - redução do perímetro do arco (perda de espaço) - hábitos viciosos (colocar a língua no espaço) - giroversão dos dentes vizinhos - deglutição atípica - extrusão do dente antagonista - diastemas - perda da função mastigatória (mastiga sobre a gengiva, que é espessada) CONDUTA CLÍNICA: - manter espaço (se os dentes vizinhos ainda não inclinaram) - recuperar espaço (quando os dentes já inclinaram) - fechar espaço Avaliar: - numero de dentes perdidos Paula Cássia e Mariana Tardelli - @resumex.odonto - tipo de dente perdido - época - condições do arco Manutenção/ Recuperação do espaço: - tempo decorrido desde a perda - idade dentária do paciente (Nolla) - quantidade de osso cobrindo o sucessor - sequencia de erupção dentária - ausência congênita do permanente CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS: A quantidade de perda de espaço aumenta com o tempo, sendo a velocidade do fechamento maior no arco superior O espaço do 2º molar decíduo superior fecha em maior velocidade que o 2º molar decíduo inferior O espaço do 1º molar decíduo superior e inferior migram no mesmo tempo Segmento posterior – mantem ou recupera Segmento anterior – coloca o aparelho mantenedor de espaço com dentes, para a criança não desenvolver o hábito de interpor a língua e mastigar sobre a gengiva, e para recuperar a estética Perda de canino decíduo inferior: - incisivos irrompem e se deslocam, ocorre o desvio da linha média - é mais difícil corrigir, precisa da orto corretiva - perda bilateral: arco lingual de nance Obs: não pode instalar o aparelho na mesma sessão que extrai o dente decíduo Perda precoce do 2º molar decíduo antes da erupção do 1º molar permanente: - primeiro molar permanente migra para mesial de corpo (coroa e raiz) intraósseo, vai ocupar um espaço muito maior do que deveria. Perde todo o lewaay space, a criança entra em classe 3, precisa de orto corretiva - redução do perímetro do arco - extrusão do antagonista Perda de 2º molar decíduo após a erupção do 1º molar permanente: - inclinação do 1º molar permanente - recuperar o espaço com orto preventiva OBS o aparelho móvel não empurra a raiz, apenas a coroa - afeta o leeway space Perda precoce de dentes permanente Anterior: trauma - consequências: desarmonia oclusal, estética alterada, função alterada Posterior: cárie Canino: extração dentária errada, perde guia canina, vai ter problemas de ATM – o certo é extrair o pré molar e reposicionar o canino CONSEQUÊNCIAS - diminuição do comprimento do arco - extrusão do dente antagonista - desenvolvimento de maloclusões - implicações periodontais - inclinação dos dentes adjacentes Paula Cássia e Mariana Tardelli - @resumex.odonto CONDUTA CLÍNICA - recuperar espaço - fechar espaço Perda dos segundos molares - deslizamento mesial dos 3º molares – oclusão aceitável com o tempo Retenção prolongada de decíduos CAUSAS: - anquilose do dente decíduo - hereditariedade - rizólise X rizogênese - agenesia do dente permanente - doenças congênitas (disostose cleido craniana) - endocrinopatias (hipotireoidismo) CONSEQUÊNCIAS - barreira mecânica à erupção do permanente - desvio do eixo de erupção - erupção anormal do permanente - atraso na erupção do permanente - maloclusão CONDUTA CLÍNICA - exame radiográfico: cronologia de erupção, presença do permanente, reabsorções atípicas, anquilose do decíduo - extração (não deixar a maloclusão se instalar) Via anormal de erupção dentária CAUSAS - permanência prolongada do decíduo - infecção dos decíduos - interferência mecânica (AEO – quando é usado muito precocemente, antes do segundo molar irromper, leva a impactação do 2º molar) - perda prematura do decíduo CONSEQUÊNCIA - maloclusão (falta de contatos corretos) - reabsorção da raiz dos dentes vizinhos Impacção do 1º molar superior - sinal de falta de espaço no arco dentário - vai reabsorver o 2º molar decíduo e o pré molar vai ficar impactado DIAGNOSTICO - radiográfico (prevenção) - cúspide distal do 1º molar permanente superior mais próxima do plano oclusal do que as cúspides mesiais CONDUTA CLÍNICA: - manter a posição - correção ortodôntica Com o germe do pré molar (ver grau de formação) – extrai o decíduo e coloca um fio para distalizar o molar (fio de latão, alastic de separação, separador de Kesiling) Paula Cássia e Mariana Tardelli - @resumex.odonto Com germe do pré molar ausente – entrai o decíduo e deixa o molar mesializar, vai formar classe 2 de um lado Anquilose dentaria Resulta numa união óssea direta entre a raiz do dente e o osso alveolar - dente fica preso no osso alveolar - forma um degrau entre o permanente e o decíduo, dente em infraoclusão - radiografia, tomografia - é frequente durante a dentição mista CONDUTA CLÍNICA: extração, manutenção do decíduo com aumento de coroa clínica para impedir a extrusão do antagonista (quando não pode extrair o decíduo porque o permanente não está no estágio 06 de nolla) - extração do dente anquilosado + mantenedores de espaço (+2mm de infra-oclusão) - manutenção do dente decíduo (restauração do diâmetro cervico-oclusal até a época correta de extração para permitir a erupção do permanente) - anquilose do dente permanente: recolocação ou extração do dente (anteriores – primeiro recolocação; posteriores – extração) CAUSAS - lesões ou traumas - enfermidades congênitas e endócrinas - processos inflamatórios - idiopáticas É importante o diagnóstico precoce DIAGNÓSTICO Exame clínico: - dente infraoclusão - percussão som “seco” Exame radiográfico - imagem tridimensional (a tomografia é melhor para ver) Cárie dentária - interproximal: os dentes vizinhos vão empurrando os dentes, e causa apinhamento - é a maior causa de maloclusão localizada - afeta as duas dentições - leva a perda precoce de dentes Traumas CONSEQUÊNCIAS - impactação dentária - desloca a trajetória de erupção dos dentes permanentes - defeitos de esmalte - fraturas dentinárias - reabsorção radicular Conclusões - diagnóstico diferencial, classificar a maloclusão 1 . eliminar o fator etiológico Paula Cássia e Mariana Tardelli - @resumex.odonto 2 . pensa em qual aparelho usar
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