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PROVA DE PROCESSO PENAL I - ULBRA

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PROVA DE PROCESSO PENAL I 
 
1- Em determinado processo midiático, o juiz da causa emitiu juízo de valor sobre o 
acusado e sua personalidade, além de ter antecipado decisões à imprensa e revelado 
à mídia dados protegidos pelo sigilo. Demonstrou sua tendência a reconhecer a prática 
dos crimes pelo réu, antes mesmo do fim do julgamento da ação penal. Em seguida, 
antecipou diversas decisões à imprensa, tais como aquelas relativas ao bloqueio de 
bens e quebras de sigilo. Discutiu as possíveis conclusões do processo, afirmando 
pretender aplicar uma um pouco acima do mínimo legal de todos os delitos para 
estabelecer o possível regime inicial fechado para o cumprimento da pena, dentre 
outras informações. Nesse caso, pode-se afirmar que 
 
• Há uma violação ao princípio da imparcialidade e deve ser reconhecida a 
suspeição do magistrado. ✓ 
• Há uma violação ao princípio da imparcialidade e deve ser reconhecido o impedimento 
do magistrado. 
• Não há violação a nenhum princípio processual, pois todo o processo é público. 
• Há uma violação ao princípio do contraditório, pois não foi oportunizado ao acusado 
a se manifestar publicamente. 
• Há uma violação ao princípio da ampla defesa, pois o acusado não pode se defender 
das afirmações do juiz. 
 
2- No curso de uma ação penal, após a publicação de uma decisão irrecorrível, uma nova 
lei processual cria um novo recurso para aquela decisão. A esse respeito, sobre a 
aplicação da lei processual no tempo e no espaço é correto afirmar que 
• Ainda que o prazo para interposição do recurso novo esteja em curso, a decisão 
será irrecorrível, pois a regra em matéria processual é tempus regit actum . ✓ 
• Se o prazo para interposição do recurso novo esteja em curso, a norma deverá 
retroagir e a decisão se tornará recorrível. 
• Poderá ser manejado o recurso, por se tratar de possibilidade exclusiva da defesa. 
• não será possível manejar o recurso, pois a nova lei busca a igualdade processual 
(paridade de armas). 
• Nenhuma das alternativas anteriores. 
 
3- (OAB modificada) Silva foi vítima de um crime de ameaça por meio de uma ligação 
telefônica realizada em 02 de janeiro de 2019. Buscando identificar o autor, já que 
nenhum membro de sua família tinha tal informação, requereu, de imediato, junto à 
companhia telefônica, o número de origem da ligação, v indo a descobrir, no dia 05 de 
março de 2019, que a linha utilizada era de propriedade do ex-namorado de sua filha, 
Carlos, razão pela qual foi até a residência deste, onde houve a confissão da prática 
do crime. Diante da confissão e arrependimento, Silva não quis representar 
criminalmente contra Carlos. Contudo, Marta, sua esposa, não concordando com seu 
marido, foi até o Ministério Público e ofereceu à representação. Afirmou oralmente, 
perante o Promotor de Justiça, que tinha interesse em representar em face do autor 
do fato, assim como seu marido. Por sua vez, tratando-se de ação penal pública 
condicionada, Promotor de Justiça ofereceu denúncia, no dia 1.ª de setembro de 2019, 
em face de Carlos, pela prática do crime de ameaça. Considerando a situação nar rada, 
o(a) advogado(a) de Carlos, em resposta à acusação, deverá alegar que 
 
• a representação não foi válida, pois não foi realizada pelo ofendido. ✓ 
• a representação não foi válida, pois não foi realizada pelo ofendido e ocorreu 
decadência. 
• ocorreu retratação válida do direito de representação. 
• a representação não foi válida, pois foi realizada oralmente e ocorreu decadência. 
• a representação foi válida e não ocorreu decadência. 
 
4- Paulo e Pedro, na cidade de Porto Alegre, discutiram ao final do clássico Grenal em 
razão do empate no jogo e entraram em luta corporal. Paulo, com a intenção de 
lesionar Pedro, desferiu-lhe um soco que o fez cair e bater a cabeça na calçada. Paulo, 
como não tinha a intenção de matar, socorreu seu amigo e o levou ao hospital na 
cidade de Canoas. Contudo, Pedro não resistiu aos ferimentos e veio a falecer. Paulo 
desesperado, ao sair do hospital, foi abordado por Rafael, que anunciou o assalto e 
levou o veículo. Diante dessa situação hipotética, segundo o Código de Processo 
Penal, a competência para processar e julgar Paulo e Rafael será 
 
• A Vara criminal de Canoas ✓ 
• A Vara Criminal de Porto Alegre e a Vara Criminal de Canos, respetivamente. 
• A Vara do Tribunal do Júri em Canoas e a Vara Criminal de Canoas, respectivamente. 
• A Vara do Tribunal do Júri em Porto Alegre e a Vara Criminal de Canoas, 
respectivamente. 
• nenhuma das alternativas anteriores. 
 
5- Assinale a alternativa incorreta no tocante às provas que encontram previsão legal no 
Código de Processo Penal. 
 
• Interceptação Telefônica ✓ 
• Prova testemunhal 
• Interrogatório 
• confissão 
• Exame de Corpo de Delito 
 
6- O advogado dirigiu-se a uma Delegacia de Polícia e requereu cópia dos autos de um 
inquérito no âmbito do qual seu cliente havia sido intimado para prestar 
esclarecimentos. Contudo, a autoridade policial negou a vista dos autos, sob o 
fundamento de que os autos estavam sob segredo de Justiça. Mesmo após a 
apresentação da procuração de seu cliente, a autoridade policial indeferiu a vista, pois 
só poderia dar acesso aos autos mediante autorização judicial. Quanto ao sigilo do 
Inquérito Policial e da situação narrada, é incorreto afirmar 
 
• O advogado sempre terá acesso ao inquérito policial sob segredo de justiça, 
mesmo sem procuração, em nome do princípio do contraditório e da ampla 
defesa. ✓ 
 
• O advogado, sem procuração, poderá ter acesso ao inquérito policial quando não 
estiver sob segredo de justiça. 
• O advogado poderá ter acesso aos autos de inquéritos sob segredo de justiça, desde 
que esteja munido de procuração do investigado. 
• A autoridade policial poderá dar acesso ao inquérito policial ao advogado ainda que 
o segredo de justiça tenha sido por determinação judicial, independente de 
autorização judicial. 
• Todas as alternativas estão corretas. 
 
7- Segundo parte da doutrina, o direito penal é despido de poder coercitivo direto. Não 
existe delito sem pena, nem pena sem delito e processo, nem processo penal senão 
para determinar o delito e impor uma pena. Nulla poena et nulla culpa sine iudicio 
(Ferrajoli. Direito e Razão). É, principalmente, nesse axioma de Ferrajoli que se reflete 
o princípio da ___________, 
 
• Necessidade ✓ 
• Contraditório 
• Ampla Defesa 
• Proporcionalidade 
• Juiz Natural 
 
8- “O processo penal é um instrumento de retrospecção, de reconstrução aproximativa 
de um determinado fato histórico. Como ritual, está destinado a instruir o julgador, a 
propiciar o conhecimento do juiz por meio da reconstrução histórica de um fato. Nesse 
contexto, as provas são os meios através dos quais se fará essa construção do fato 
passado (crime)” (LOPES JR., Aury. Direito processual penal. 9. Ed. Saraiva, 2012, p. 
535). Com isso, possibilitará o juiz a realizar uma valoração das provas produzidas no 
processo. Diante dessa afirmação, responda qual o sistema de apreciação de provas 
adotado pelo CPP. 
 
• Persuasão Racional ou livre convencimento motivado. ✓ 
• Prova Legal ou Tarifada 
• Íntima convicção 
• Sistema Misto: prova legal, íntima convicção e livre convencimento motivado 
• nenhuma das anteriores 
 
9- O art. 5º, XII, da Constituição, que prevê, excepcionalmente, a violação do sigilo das 
comunicações telefônicas para fins de investigação criminal ou instrução processual 
penal, não é auto-aplicável: exige lei que estabeleça as hipóteses e a forma que 
permitam a autorização judicial. Precedentes. a) Enquanto a referida lei não for editada 
pelo Congresso Nacional, é considerada prova ilícita a obtida mediante quebra do 
sigilo das comunicações telefônicas, mesmo quando haja ordem judicial (CF, art. 5º, 
LVI). b) O art. 57, II, a, do Código Brasileiro de Telecomunicações não foi recepcionado 
pelaatual Constituição (art. 5º, XII), a qual exige numerus clausus para a definição das 
hipóteses e formas pelas quais é legítima a violação do sigilo das comunicações 
telefônicas. 2. A garantia que a Constituição dá, até que a lei o defina, não distingue o 
telefone público do particular, ainda que instalado em interior de presídio, pois o bem 
jurídico protegido é a privacidade das pessoas, prerrogativa dogmática de todos os 
cidadãos. 3. As provas obtidas por meios ilícitos contaminam as que são 
exclusivamente delas decorrentes; tornam-se inadmissíveis no processo e não podem 
ensejar a investigação criminal e, com mais razão, a denúncia, a instrução e o 
julgamento (CF, art. 5º, LVI), ainda que tenha restado sobejamente comprovado, por 
meio delas, que o Juiz foi vítima das contumélias do paciente. 4. Inexistência,nos autos 
do processo-crime, de prova autônoma e não decorrente de prova ilícita, que permita 
o prosseguimento do processo. 5. Habeas-corpus conhecido e provido para trancar a 
ação penal instaurada contra o paciente, por maioria de 6 votos contra. A decisão está 
se referindo a qual teoria sobre prova ilícita no processo penal: 
 
RESPOSTA: A decisão está se referindo a teoria dos frutos da árvore envenenada isto 
porque, as provas obtidas por meio ilícito contaminam as que são exclusivamente delas 
decorrentes. Estando esta teoria de forma clara na decisão acima trazida: “(...) As 
provas obtidas por meios ilícitos contaminam as que são exclusivamente delas 
decorrentes; tornam-se inadmissíveis no processo e não podem ensejar a investigação 
criminal e, com mais razão, a denúncia, a instrução e o julgamento (CF, art. 5º, LVI), 
ainda que tenha restado sobejamente comprovado, por meio delas, que o Juiz foi vítima 
das contumélias do paciente.(...)". ✓ 
 
10- Em 02/02/2019, REVERALDO ANGUSTINO, foi preso em flagrante, por volta das 
22hs. Naquela data, policiais militares estiveram em seu estabelecimento e, sob a 
alegação de que ele estava na posse de um veículo VW/Jetta, placas ABC 1234, objeto 
de furto, conduziram-no à área judiciária do Palácio da Polícia. No órgão policial, ficou 
sabendo que no dia anterior, por volta das 17hs, MARIA ANTONIETA registrou 
ocorrência na 1. DP de Porto Alegre/RS narrando que seu veículo havia sido furtado, 
revelando ter deixado o carro estacionado em via pública e que não tinha qualquer 
mecanismo de segurança para impedir a subtração, porque estava coberto por seguro. 
Disse tê-lo deixado por volta das 8hs, no momento em que foi ao médico, só tendo 
dado pela sua falta às 16h30min. No momento da abordagem, mesmo não tendo 
esboçado reação e sem qualquer possibilidade de empreender fuga, diante do número 
de policiais que o cercavam, foi algemado e assim permaneceu durante toda a 
lavratura do flagrante.A autoridade policial considerou estar presente a hipótese do art. 
302, IV do CPP, ou seja, do flagrante presumido, enquadrando-o no art. 155, caput, do 
CP, negando-se a arbitrar o valor da fiança, pois não havia advogado presente e 
tampouco qualquer providência foi tomada que pudesse supri-lo. A autoridade policial, 
diante da ausência do Promotor plantonista, naquela oportunidade, bem como da falta 
de papel para imprimir a nota de culpa, remeteu o APF (auto de prisão em flagrante) 
ao Foro Central da Comarca de Porto Alegre em 04/02/2019, às 12hs, momento em 
que a autoridade judicial só tomou conhecimento da prisão quando do recebimento do 
APF. Verificar se o procedimento adotado pela autor idade policial está correto. Caso 
negativo, apontar as ilegalidades da prisão em flagrante. 
 
RESPOSTA: O procedimento adotado pela autoridade policial apresenta algumas 
ilegalidades. Primeiramente ressalto que não deveria ocorrer a prisão em flagrante 
presumido do suspeito uma vez que, para ocorrer o flagrante presumido a prisão deverá 
ser feita logo após o cometimento do crime, o que no caso narrado não aconteceu tendo 
em vista que, o flagrado foi detido um dia após o furto. A segunda ilegalidade que o 
procedimento apresenta é sobre a comunicação imediata que deve ser realizada logo 
após a prisão, conforme o Caput do artigo 306 do CPP o qual diz: “A prisão de qualquer 
pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz 
competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à pessoa por ele indicada.”, 
o que no caso em tela não ocorreu pois, só foi enviado o APF ao juízo competente após 
48 horas (dois dias), quando na verdade deveria ocorrer em até 24 horas e se o acusado 
não apresentar defensor constituído deverá ser encaminhado para a Defensoria Pública 
cópia integral do flagrante, conforme o §1º do artigo 306 do CPP. Por fim, a nota de 
culpa deixou de ser impressa pela autoridade policial por falta de papel, sendo que a 
lei determinada que seja entregue ao preso mediante recibo a nota de culpa no prazo 
de 24 horas, devidamente assina pela autoridade, com o motivo da prisão, o nome do 
condutor e os das testemunhas, conforme o §2º do artigo 360 do CPP. ✓

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