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Envelhecimento: Facetas e Reflexões

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Aula 1
Plano de Ensino
Nesta aula, pretendemos discutir o que é o envelhecimento e as diferentes esferas nas quais o indivíduo vivencia o envelhecer e propor uma reflexão sobre como é a influência dos variados tipos de envelhecimento na prática do profissional. Entre os principais pontos a serem compreendidos, estão os fatos de que o envelhecimento é altamente individualizado, de que é possível ser senescente sem ser senil, de que o autoconceito de idoso varia de acordo com as próprias crenças culturais e de que os estados social e emocional do idoso interferem em sua funcionalidade e, assim, no envelhecimento físico.
Finalmente, precisamos compreender que o propósito do exercício físico é manter ou melhorar o nível de funcionalidade do idoso em relação à sua independência e autonomia.
Conversa Inicial
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que, atualmente, a esperança de vida ao nascer do brasileiro é de 75,8 anos. Comparando com os dados anteriormente coletados, observa-se um aumento progressivo da esperança de vida média da população. Entretanto, o idoso de 75 anos de hoje é semelhante ao idoso de 75 anos dos anos 1940? Em 1980, os idosos faziam as mesmas atividades que os idosos da modernidade? E como serão os idosos do futuro?
Essas perguntas nos remetem ao conceito de quem é “idoso” para a sociedade. A partir de que momento somos considerados velhos ou idosos? Nesta aula, conversamos sobre as diferentes facetas do envelhecimento e por que envelhecemos de maneira única. Falamos sobre as escolhas de vida que interferem no processo de envelhecimento e começamos a identificar como a atividade física pode interferir na qualidade do envelhecimento.
Tema 01 – Conceitos e classificação
Envelhecer não significa, necessariamente, perda de função, aparecimento de doenças e limitações ou abandono. No entanto, ao conhecermos idosos que envelhecem de maneira privilegiada, também não devemos esperar que todos envelheçam saudáveis e ativos, uma vez que o envelhecimento é um processo inevitável e individualizado. Para compreender adequadamente o estudo do envelhecimento, é preciso saber identificar diferentes conceitos relacionados a esse estágio da vida: envelhecimento, longevidade, senescência e senilidade.
Percebe-se que é possível envelhecer bem ou não e que a qualidade do envelhecimento e sua evolução dependem, em parte, de nossas escolhas de vida. Neste tema, estudamos que a influência do modo de vida e a herança genética estão envolvidas nas teorias que explicam o envelhecimento biológico ou físico.
Tema 02 – Envelhecimento social
Quando somos crianças, muitos de nós querem crescer rápido. Na faculdade, provavelmente vocês já devem ter desejado finalizar os estudos o quanto antes para começarem a trabalhar na área escolhida, não é mesmo? Da mesma forma, com o tempo, quem está trabalhando começa a calcular quanto tempo falta para a aposentadoria, imaginando ter mais tempo livre para se dedicar a outros aspectos de sua vida.
Porém, nem todos se preparam corretamente para essa fase ou, quando conseguem as almejadas aposentadorias, não estão com saúde ou recursos suficientes para atingir seus ideais. A aposentadoria é um dos fatores mais relacionados com o envelhecimento social. Por que isso acontece? Neste tema, abordamos o valor do idoso na sociedade e as consequências do envelhecimento no campo do trabalho e na participação social.
Tema 03 – Envelhecimento psicológico
Outra faceta do envelhecimento refere-se ao estado psicológico do indivíduo. Nesse sentido, o estado mental e a prontidão emocional para o enfrentamento das perdas e transformações da velhice interferem nas características do envelhecimento psicológico. Quanto mais longevo o idoso, mais ele precisa lidar com perdas: dos amigos, do cônjuge ou até dos filhos. Além disso, há as perdas relacionadas às próprias capacidades físicas, que se degeneram ou se transformam, e as perdas sociais.
O que era possível realizar quando mais jovem, não é mais acessível para o corpo idoso. A importância dada à posição profissional também foi perdida com a aposentadoria ou quando os filhos deixam o lar dos donos de casa. As características psicológicas e o preparo pessoal para esses enfrentamentos relacionam-se à manutenção da autoestima e da autonomia ao envelhecer.
Tema 04 – Envelhecimento funcional
Como vimos anteriormente, o envelhecimento pode ser percebido em diferentes facetas que correspondem às partes que compõem o conjunto humano: a física, a social, a intelectual e a emocional. Porém, cada pessoa experimenta o envelhecimento de maneira única e pode apresentar mais características de envelhecimento físico que social, ou mais de envelhecimento intelectual que físico, entre outras opções. O indivíduo que vivencia maior saúde em todos os aspectos envelhece de modo mais privilegiado.
Em outras palavras, as consequências do envelhecimento nessas diferentes esferas classificam o idoso em níveis de funcionalidade. A classificação de funcionalidade relaciona-se diretamente à capacidade de exercer as tarefas da vida diária, desde o autocuidado até a manutenção da própria emancipação. Com o decorrer das aulas, você perceberá que a prescrição de exercícios físicos para idosos está orientada pelo grau de funcionalidade.
Tema 05 – Autonomia e independência
A classificação do grau de funcionalidade do idoso fornece uma ideia de quais atividades de sua rotina sofreram interferência negativa com o envelhecimento, ou seja, indica se o idoso ainda é capaz de realizar ações básicas sozinho, como vestir-se ou alimentar-se, ou avançadas, como gerenciar seu dinheiro. A classificação do grau de funcionalidade relaciona-se com o conceito de autonomia e de independência. Em relação à realização de exercícios físicos, é importante refazer periodicamente a avaliação da funcionalidade para verificar a efetividade do programa na vida prática do idoso, visto que, mesmo frágil, ele pode realizar atividades físicas que o estimulem a continuar a realizar as poucas atividades cotidianas que consegue fazer sem ajuda, retardando o processo de dependência.
Assim, o foco dos exercícios físicos para idosos é manter ou melhorar o nível de funcionalidade, promovendo a manutenção da autonomia e da independência ao longo do envelhecimento.
Na Prática
Muitas vezes nos preocupamos com o envelhecimento físico, as patologias e as limitações orgânicas. Entretanto, em sua prática você encontrará diversas situações em que reflexos do envelhecimento social ou psicológico interferem nas atividades programadas. Ouvir e conversar com os idosos ajuda a reforçar o vínculo deles com você e fornece dicas valiosas dos valores e das crenças sobre o lugar deles na sociedade e como eles percebem seu corpo envelhecido.
É preciso compreender também que, mesmo ao trabalhar com grupos de idosos, a avaliação da funcionalidade deve ser realizada e considerada individualmente, pois é comum encontrarmos idosos em diferentes estágios funcionais participando da mesma atividade no mesmo horário. Então, como podemos programar atividades que não sejam exageradas para os mais frágeis, mas que sejam efetivas para os mais aptos?
Finalizando

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