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OS TRIBUNAIS ADMINISTRATIVOS

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OS TRIBUNAIS ADMINISTRATIVOS, FISCAIS E ADUANEIRO.
Os tribunais administrativos e os tribunais tributários têm por função julgar os conflitos em matéria administrativa, fiscal e aduaneira, ou seja, litígios entre particulares e pessoas colectivas públicas ou entre pessoas colectivas públicas.
O Tribunal Administrativo é órgão superior da hierarquia dos tribunais administrativos, fiscais e aduaneiros, sendo a sua jurisdição de âmbito nacional. 
A sua principal função é julgar os recursos em matéria administrativa, fiscal e aduaneiro. 
É composto por três secções, sendo de contencioso administrativo, de contencioso tributário e aduaneiros.
O tribunal Fiscal é o de 1ª instancia e têm por principal função apreciar os recursos dos litígios de natureza tributária.
Organização judiciaria a luz do diploma legislativo nº 783 de 18 de Abril de 1942
Trata-se neste capítulo da composição e competência para dirimir os conflitos tributários então existentes.
Aspectos Gerais 
Antes, da institucionalização dos tribunais fiscais, a competência em 1ª instância de todo o procedimento administrativo e processo judicial tributário estava adstrita a Administração tributária.
Com a entrada em funcionamento dos tribunais fiscais em moçambique, este procedimento mudou, em obediência ao princípio da separação de poderes previsto no artigo 134 da CRM, próprio de um Estado Democrático de Direito.
Funcionamento
Recebido o processo no tribunal fiscal competente, o mesmo é tratado como um novo processo, passando pela distribuição e consequente afectação a um Magistrado.
Competência para julgamento das transgressões fiscais
De Acordo com Cláudio pene 133:2014, até a entrada em funcionamento dos tribunais fiscais de primeira instância, o julgamento das transgressões fiscais seguia na íntegra as normas estabelecidas pelo diploma legislativo nº 783 de 18 de Abril de 1942 e ainda de acordo com o mesmo autor, os processos relativos a transgressões fiscais eram julgados pelos tribunais do contencioso das contribuições e impostos, onde ao juiz cabia ao secretário ou delegado da fazenda da área fiscal respectiva ou director de fazenda distrital.
Com a entrada em vigor da nova ordem jurídica, o contencioso fiscal passou para a competência dos seguintes tribunais:
1. Tribunais Fiscais como primeira Instancia
2. Tribunal Administrativo, Segunda Secção, como segunda instancia;
3. Tribunal Administrativo, em plenário como ultima instancia.
O conselho constitucional considera que a entrada em vigor dos tribunais fiscais impõe a necessidade de interpretação das disposições do diploma legislativo nº 783, de 18 de Abril de 1942, que ainda se encontra em vigor por força do artigo 41 da lei nº 2/2004 de 21 de Janeiro, de forma actualista.
Desta feita entende-se que as matérias de contencioso fiscal retira do secretário ou delegado da fazenda a competência para julgamento das transgressões ou seja a competência para proferir sentença condenatória, como 1ª instância por força do artigo 2 da lei nº 2/2004, de 21 de Janeiro
Este artigo refere que Cabe à jurisdição fiscal assegurar a defesa dos direitos e interesses legalmente protegidos, reprimir a violação da legalidade e dirimir conflitos de interesses públicos e privados no âmbito das relações jurídico-fiscais.
O artigo 23 atribui a competência aos tribunais fiscais de conhecerem de processos relativos a infracções, jurídicos fiscais. Para conhecerem dos processos relativos a infracção jurídico fiscal de qualquer natureza.
Competência, organização, Composição e funcionamento do tribunal fiscal de 1ª instância
 A lei nº 2/2004 de 21 de Janeiro, prevê a Competência, organização, Composição e Funcionamento do tribunal fiscal de 1ª instância
COMPOSIÇÃO
O tribunal fiscal é constituído pelo presidente que é na verdade um juiz profissional e por dois vogais é o que resulta do nº 1 do artigo 16 da lei nº 2/2004 de 21 de Janeiro.
Enquanto o juiz profissional que serve de presidente do tribunal as suas actividades tem caracter jurisdicional para a respectiva secção, eles são nomeados pelo conselho superior da magistratura jurisdicional administrativa.
Os juízes profissionais são recrutados através de concurso público nos termos estabelecidos no artigo 26 da lei nº 2/2004 de 21 de Janeiro.
Os vogais têm a função de apreciar as matérias de facto, participam nas audiências de discussão e julgamento.
 Nos termos do artigo 29 nº1, os vogais são funcionários da administração fiscal licenciados em direito.
Relativamente ao juiz presidente do tribunal fiscal os seu mandato é de 05 anos e podendo ser renovado por duas vezes como refere o artigo17 da lei nº 2/2004 de 21 de Janeiro.
Funcionamento e competências
Com vista ao seu funcionamento, ou exercício da função jurisdicional, o tribunal fiscal organiza-se em plenário e em secções deferindo-se os níveis de instância num e noutro caso.
 Assim, em plenário, o TA como órgão da jurisdição fiscal funciona como ultima instancia
 E a segunda secção do tribunal administrativo funciona como segunda instancia
O próprio tribunal fiscal como primeira instância é o que resulta do artigo 13 nº1 alíneas a), b) e c) da lei nº 2/2004.
O tribunal fiscal funcionando como primeira instância, apenas deve deliberar na presença de um juiz profissional e dois vogais.
Para a determinação da competência para os tribunais fiscais temos:
Competência nada mais é do que a fixação das atribuições de cada um dos órgãos jurisdicionais, isto é, a demarcação dos limites dentro dos quais podem eles exercer a jurisdição. Neste sentido, “juiz competente” é aquele que, segundo limites fixados pela Lei, tem o poder para decidir determinado litígio
Competência em Razão de matéria
É o objecto litigioso, o objecto que estar sendo discutido
No nosso ordenamento jurídico o tribunal fiscal de 1º instancia tem como competência em razão de matéria conhecer como descreve o artigo 23 da lei nº 2/2004 de 21 de Janeiro processos relativos a infracções jurídico fiscal de qualquer natureza, dos actos de liquidação de receitas fiscais, processos de execução fiscal, acções, impugnações de decisões relativas a aplicação de multas sanções acessórias dentre outras.
Competência territorial
Os órgãos jurisdicionais exercem jurisdição nos limites das suas circunscrições territoriais 
O legislador ordinário refere que os processos de natureza fiscal são julgados em primeira instância pelos tribunais de província ou cidade onde poder-se-á instaurar a execução ou os actos conexionados a ela é o que resulta do artigo 25 da lei 2/2004 de 21 de Janeiro
 Competência internacional
A jurisdição é fruto da soberania do Estado e, por consequência natural, deve ser exercida dentro do seu território. Entretanto, a necessidade de convivência entre os Estados, independentes e soberanos, fez nascer regras que levam um Estado a acatar, dentro de certos limites estabelecidos em tratados internacionais, as decisões proferidas por juízes de outros Estados.
 Nestes termos, o legislador ordinário no seu artigo 24 da lei nº2/2004 de 21 de Janeiro, prevê as questões relativas a competência internacional em matérias jurídico tributária que para privação da jurisdição dos tribunais fiscais moçambicanos requerem que exista um pacto valido ou seja que haja acordos com os outros estados.

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