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Estrutura de Operação e Manutenção de Aeronaves AD1


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Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul
Campus Virtual
	
	Avaliação a Distância
Unidade de Aprendizagem: Estrutura de operação e manutenção em aeronaves
Curso: Ciências Aeronáuticas
Professor: 
Nome do estudante: 
Data: 
Orientações:
· Procure o professor sempre que tiver dúvidas.
· Entregue a atividade no prazo estipulado.
· Esta atividade é obrigatória e fará parte da sua média final.
· Encaminhe a atividade via Espaço UnisulVirtual de Aprendizagem (EVA).
Trabalho e Avaliação:
A avaliação será feita em duas perspectivas de atuação combinadas, com a seguinte ponderação:
1. Impacto da Leitura (25%)
Leia os documentos referenciados abaixo e demonstre seu entendimento sobre eles ao desenvolver o projeto pessoal do item 2 desta avaliação:
a) BARROSO, Luis Roberto. Agências Reguladoras: Constituição e transformações do Estado e Legitimidade Democrática. Revista de Direito Administrativo, Rio de Janeiro, v. 229, p. 285-312, jul. 2002. ISSN 2238-5177. Disponível em: http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rda/article/view/46445 Acesso em: 01 Ago 2019. Ou acessando o mesmo artigo na Midiateca desta UA no Eva sob o título “Agências Reguladoras”.
b) SEVERINO, M R S e CARVALHO, I L. O papel das agências reguladoras sobre a realização dos serviços públicos por particulares frente ao estado regulador. Disponível na Midiateca desta UA no EVA sob o título “O papel das Agências Reguladoras”.
2. Projeto Pessoal (75%) - Após a leitura elaborar um projeto textual objetivo (pelo menos 2 páginas com fonte Times New Roman 12 e espaçamento 1,5) na forma de uma resenha crítica baseada nos documentos lidos, mostrando a atuação e responsabilidades das agências reguladoras no Brasil.
Orientações:
Uma resenha crítica é um trabalho profundo, de característica análitica e interpretativa de um texto, livro completo ou mesmo um capítulo específico.
Ela é muito mais do que um mero resumo informativo, deve trazer ideias e referências complementares, além de, obviamente, a crítica.
Quem está resenhando deve ter a capacidade de relacionar o texto com outros autores, textos e ideias sobre o mesmo tema, de forma bem direta e sem rodeios, explorando o que foi lido e as críticas elencadas.
Para tanto, deve ter feito uma leitura atenta e profunda do texto antes de partir para a escrita.
Para mais orientações acesse: https://www.tuacarreira.com/resenha-critica/
Inicie seu trabalho na próxima página.
O Papel Das Agências Reguladoras No Brasil
A desestatização provocou no Brasil o crescimento do setor privado e a extinção do monopólio estatal na prestação de serviços públicos. A descentralização de serviços próprios de Estado a outras pessoas jurídicas de direito público e a concessão e permissão de serviços públicos para instituições privadas deram origem às agências reguladoras, as quais foram criadas em meio a um contexto de mudanças estruturais no país de alta relevância. Com a promulgação da Constituição Federal de 1988 e um período de oscilações econômicas fortes, diante das necessidades de modificações na economia e a necessidade de impulsionar as privatizações e atrair capital para o desenvolvimento do país, as entidades reguladoras surgem com intuito de fiscalização, regulamentação e controle de produtos e serviços de interesse público tais como telecomunicações, energia elétrica, serviços de planos de saúde, entre outros. Elas existem para regular setores sensíveis da economia, que atuam preponderantemente em forma de monopólio ou oligopólio, por isso mesmo, foram, em sua maioria, criadas quando o Estado se retirou da atividade direta em segmentos que, até então, eram por ele geridos. Isso é feito porque a transferência a pessoa especializada na prestação de determinado serviço garante uma maior eficiência no desempenho da atividade administrativa, sempre na busca do melhor ao interesse da coletividade.
Além disso, devem garantir a participação do consumidor nas decisões pertinentes do setor regulado.
Elas são criadas por leis e, entre as principais funções de uma agência reguladora, estão:
· Levantamento de dados, análise e realização de estudos sobre o mercado objeto da regulação;
· Elaboração de normas disciplinadoras do setor regulado e execução da política setorial determinada pelo Poder Executivo, de acordo com os condicionamentos legislativos (frutos da construção normativa no seio do Poder Legislativo);
· Fiscalização do cumprimento, pelos agentes do mercado, das normas reguladoras;
· Defesa dos direitos do consumidor;
· Incentivo à concorrência, minimizando os efeitos dos monopólios naturais, objetivando à eliminação de barreiras de entrada e o desenvolvimento de mecanismos de suporte à concorrência;
· Gestão de contratos de concessão e termos de autorização e permissão de serviços públicos delegados, principalmente fiscalizando o cumprimento dos deveres inerentes à outorga, à aplicação da política tarifária etc;
· Arbitragem entre os agentes do mercado, sempre que prevista na lei de instituição. 
É preciso entender que as agências reguladoras não solucionam um caso individual como fazem os Procons, por exemplo. Por outro lado, as denúncias feitas para essas agências são essenciais para tornar o problema conhecido e melhorar a qualidade dos serviços. Realizadas as reclamações, processos administrativos são instaurados e dependendo do caso a empresa poderá ser multada ou sofrer sanções administrativas, como a suspensão temporária do fornecimento do serviço.
Embora muitas vezes não seja percebida, a regulação do estado está muito presente no nosso cotidiano. Vivemos em casas e apartamentos cuja construção, do zoneamento ao uso de materiais e padrões de segurança, deve respeitar determinadas normas. Os alimentos que consumimos respeitam extensa regulamentação, desde especificações para o uso de fertilizantes, corantes e hormônios até as informações que devem ser disponibilizadas na embalagem. Muitos dos serviços que utilizamos no nosso dia-dia têm os seus preços e padrões de qualidade estabelecidos pelo governo. De fato, ao longo dos últimos cem anos, houve crescimento expressivo da interferência do estado nas relações privadas entre empresas e consumidores. Evidentemente, o exercício desse papel pelo Estado se torna um desafio normativo gigantesco, já que se baseia no conceito de bem-estar coletivo, de difícil identificação. Afinal, para regular as empresas é necessário entender de que forma elas podem contribuir para o bem-estar da sociedade.
No Brasil, existem atualmente 12 agências reguladoras federais, atuando nos mais diversos segmentos da economia. As principais são:
· Anatel - Agência Nacional de Telecomunicações
· ANS - Agência Nacional de Saúde Suplementar
· Anvisa - Agência Nacional de Vigilância Sanitária
· Anac - Agência Nacional de Aviação Civil
· Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica
· ANP - Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível
· ANTT - Agência Nacional de Transportes Terrestres 
· BACEN - Banco Central do Brasil
Com a criação destes entes, os deveres estatais foram diminuídos, deixando a administração pública mais “enxuta”, permitindo a esta se concentrar em atividades primordialmente sociais. O estado deixou de arcar com os custos da ineficiência das empresas geridas, passando a usufruir dos impostos recolhidos pelas concessionárias de cada setor.

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