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Tipos de Texto e Coerência Textual

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GRAMÁTICA
Gêneros e tipos de texto:
As tipologias textuais, também chamadas de tipos textuais ou tipos de texto, são as diferentes formas que um texto pode apresentar, visando responder a diferentes intenções comunicativas. Os aspectos constitutivos de um texto divergem mediante a finalidade do texto: contar, descrever, argumentar, informar, …  Diferentes tipos de texto apresentam diferentes características: estrutura, construções frásicas, linguagem, vocabulário, tempos verbais, relações lógicas, modo de interação com o leitor, …
Podemos distinguir os seguintes tipos textuais:
Texto narrativo;
· Texto descritivo;
· Texto dissertativo (expositivo e argumentativo);
· Texto explicativo (injuntivo e prescritivo).
É de salientar que um único texto pode apresentar passagens de várias tipologias textuais.
Texto narrativo
A principal finalidade de um texto narrativo é contar uma história através de uma sequência de ações reais ou imaginárias. A narração da história é construída à volta de elementos narrativos, como o espaço, tempo, personagem, enredo e narrador.
Exemplos de texto narrativo:
· romances:
· contos;
· fábulas;
Texto descritivo
A principal finalidade de um texto descritivo é apresentar a descrição pormenorizada de algo ou alguém, levando o leitor a criar uma imagem mental do objeto ou ser descrito. A descrição pode ser mais objetiva ou mais subjetiva, focando apenas aspectos mais importantes ou também detalhes específicos.
Os textos descritivos não são, habitualmente, textos autônomos. O que acontece mais frequentemente é a existência de passagens descritivas inseridas em textos narrativos, havendo uma pausa na narração para a descrição de um objeto, pessoa ou lugar.
Exemplos de texto descritivo:
· folhetos turísticos;
· cardápios de restaurantes;
· classificados;
Texto dissertativo (expositivo e argumentativo)
A principal finalidade de um texto dissertativo é informar e esclarecer o leitor através da exposição rigorosa e clara de um determinado assunto ou tema.
Os textos dissertativos podem ser expositivos ou argumentativos. Um texto dissertativo-expositivo visa apenas expor um ponto de vista, não havendo a necessidade de convencer o leitor. Já o texto dissertativo-argumentativo visa persuadir e convencer o leitor a concordar com a tese defendida.
Exemplos de texto dissertativo-expositivo:
· enciclopédias;
· resumos escolares;
· jornais;
· verbetes de dicionário;
Exemplos de texto dissertativo-argumentativo:
· artigos de opinião;
· abaixo-assinados;
· manifestos;
· sermões;
Texto explicativo (injuntivo e prescritivo)
A principal finalidade de um texto explicativo é instruir o leitor acerca de um procedimento. Fornece uma informação que condiciona a conduta do leitor, incitando-o a agir.
Os textos explicativos podem ser injuntivos ou prescritivos. Os textos explicativos injuntivos possibilitam alguma liberdade de atuação ao leitor, enquanto os textos explicativos prescritivos exigem que o leitor proceda de uma determinada forma.
Exemplos de texto explicativo injuntivo: 
· receitas culinárias;
· manuais de instruções;
· bula de remédio;
Tipos textuais e gêneros textuais
Tipos textuais e gêneros textuais são duas categorias diferentes de classificação textual.
Os tipos textuais são modelos abrangentes e fixos que definem e distinguem a estrutura e os aspectos linguísticos de uma narração, descrição, dissertação e explicação. 
Os gêneros textuais concretizam esses aspectos gerais em situações cotidianas de comunicação. São textos flexíveis e adaptáveis que apresentam uma intenção comunicativa bem definida e uma função social específica, adequando-se ao uso que se faz deles.
Exemplos de gêneros textuais
· romance;
· conto;
· crônica;
· notícia;
· carta;
· receita;
· manual de instruções;
· regulamento;
· relato de viagem;
· verbete de dicionário;
· artigo de opinião;
Coerência e Coesão
A coerência de um texto se refere ao sentido da leitura para quem lê, ou seja, tem a ver com a interpretabilidade e inteligibilidade daquilo que é escrito. Em outras palavras, um texto é coerente quando as ideias apresentadas fazem sentido, comunicam um entendimento de modo harmônico, unificado. Pode-se dizer que em um texto coerente todas as suas partes, ideias, afirmações, exemplos, argumentos, etc. se encaixam de modo lógico e complementar.
Para garantir-se a coerência do texto, é necessário observar os seguintes princípios: princípio da não contradição (o texto não pode conter ideias que se contradigam e prejudiquem a sua lógica interna); princípio da não tautologia (o texto não deve ficar repetindo ideias excessivamente, visto que esse vício de linguagem confunde a comunicação efetiva dos sentidos do texto); e princípio da relevância (as ideias devem ser necessárias ao sentido e apresentadas de modo completo e em diálogo entre si, sem fragmentação, isto é, sem junção aleatória de ideias desconectadas).
A coesão, por sua vez, diz respeito à ligação das ideias do texto. Trata dos mecanismos linguísticos empregados na busca pela coerência. Dito de outro modo, a coesão se refere aos mecanismos de encadeamento lógico–semântico do conteúdo apresentado. Ela é, assim, responsável por criar relações entre o que é dito, de modo a orientar o(a) leitor(a) na construção dos sentido.
A coesão pode ser articulada através de conjunções, quer dizer, pelos chamados operadores argumentativos, que são os elementos de ligação que conectam as diferentes frases e ideias.
Existem operadores argumentativos de várias ordens. Veja alguns casos:
Adição ou continuação: além disso; ademais; não só . . . mas também . . . ; também.
Causa e consequência: consequentemente; como resultado; assim; portanto; logo; em razão de; em decorrência de.
Contraste e ressalva: salvo; exceto; porém; contudo; todavia; entretanto; embora; mas; pelo contrário; em contraste.
Certeza: certamente; indubitavelmente; inquestionavelmente; evidentemente.
Condição: caso; a não ser que; a menos que.
Dúvida: talvez; provavelmente; possivelmente.
Esclarecimento: por exemplo; isto é; equivale a dizer; em outras palavras; dito de outro modo.
Relevância: em primeiro lugar; principalmente; primordialmente.
Proporção: à medida que; ao passo que.
Intenção: com o fim de; a fim de; com o intuito de; para.
Resumo (recapitulação): em suma; em síntese; em resumo; em vista disso.
Semelhança: igualmente; da mesma forma; do mesmo modo; por analogia; de acordo com; assim como.
Imprevisto: inesperadamente; imprevistamente.
Relação de tempo: imediatamente; após; agora; atualmente; frequentemente; às vezes; sempre; ocasionalmente; simultaneamente; nesse meio tempo; nesse ínterim.
Retificação: aliás; ou melhor.
A coesão também se dá por outros modos. Vejamos:
Coesão por referência: quando se faz referência a um termo dito anteriormente, evitando sua repetição excessiva ou desnecessária. Como em todos casos de coesão, é fundamental que seja absolutamente claro a qual termo a expressão se refere.
Por exemplo: Os estudos na área médica passaram por grandes transformações com o avanço da tecnologia. Eles foram contemplados com maior precisão técnica no diagnóstico de procedimentos extremamente delicados. — “Eles” refere-se a “Os estudos na área médica”.
Coesão por substituição: se dá pela colocação de um item no lugar de outro.
Por exemplo: As proteínas são fundamentais para o desenvolvimento adequado do organismo humano. Os minerais também. — A palavra “também” substitui a expressão “ser fundamental para o desenvolvimento . . .”
Coesão por elipse: quando se omite um termo, sem comprometer a clareza da ideia.
Por exemplo: O legado de Brown é relevante para a área de aquisição de uma segunda língua. Ao mesmo tempo, também contribui para estudos em educação. — O sujeito “O legado de Brown” foi omitido, mas é evidentemente o mesmo sujeito que “contribui para estudos em educação”.
Coesão lexical: se dá através da repetição ou da substituição de dada expressão por outra de igual sentido (sinônimo, hipônimo, etc.).
Por exemplo: A pesquisa foi feita observando-se o comportamento de 400 gatos, os quaisforam divididos em dois grupos. O primeiro grupo de felinos recebeu o medicamento padrão, enquanto o segundo grupo de animais recebeu o medicamento novo. — As expressões “felinos” e “animais” significam, nesse caso, gatos.
Substantivo: é a palavra que nomeia os seres. É a palavra que dá nome para tudo o que existe ou não no mundo real. Os substantivos podem ser classificados em: próprio ou comum, abstrato ou concreto, composto ou simples, primitivo ou derivado. Além desses, o substantivo também pode ser classificado como coletivo.
Substantivo Próprio: é aquele que nomeia algo único (individual) e é escrito com letra maiúscula. 
Substantivo Comum: é aquele que nomeia algo que não é único (é geral) e é escrito com letra minúscula. 
Substantivo Abstrato: é aquele que depende de outros seres para existir. Por exemplo, o substantivo “fome” só existe se alguém sentir fome; o substantivo “tristeza” só existe se alguém sentir tristeza. De um modo geral, os substantivos abstratos englobam: os sentimentos (amor, ódio, tristeza), as virtudes e qualidades (justiça, paz, bondade, fé), sensações (fome, sede, calor), verbos substantivados (“o canto”, do verbo cantar; “a venda”, do verbo vender, etc).
Substantivo Concreto: é aquele que depende por si só (não depende de outros seres) e pode fazer parte do mundo real ou não (pode ser fictício). Exemplos: pedra, carro, rua, Deus, fada, gnomo, Papai Noel.
Substantivo Composto: é formado por dois ou mais radicais. Exemplos: pé de moleque, couve-flor, girassol.
Substantivo Simples: é formado por apenas um radical. Exemplo: moleque, pé, flor, sol.
Substantivo Derivado: é aquele que é criado (derivado) a partir de outra palavra. Exemplos: livraria (vem de “livro”), ferreiro (vem de “ferro”).
Substantivo Primitivo: é aquele que está em sua forma mais primitiva (sem afixos) e que pode originar novas palavras (derivadas). Exemplos: ferro (dele aparece “ferreiro”, “ferrugem”), livro (dele aparece “livreiro”, “livraria”, “livrinho”).
Substantivo Coletivo: é o substantivo que representa um grupo, uma coletividade. Exemplo: “esquadra” é um substantivo que representa um grupo de navios. Portanto, “esquadra” é um substantivo coletivo de navios. Outros exemplos: atlas (coletivo de mapas), arquipélago (coletivo de ilhas), constelação (coletivo de estrelas).
Flexão: é o modo que uma palavra pode se flexionar, ou seja, se transformar em outra palavra.  Os substantivos se flexionam quanto ao gênero, número e grau (vou explicar ainda).
Flexão de Gênero: indica se um substantivo está no masculino ou no feminino. Por exemplo, o substantivo “menino” é uma palavra do gênero masculino e esse substantivo pode se flexionar no gênero feminino se transformando em “menina”. Portanto, de modo geral, quando o substantivo termina em “o” ele é do gênero masculino e quando termina em “a” ele é do gênero feminino. Porém, alguns tipos de substantivos não seguem essa regra. Veja:
Substantivo Comum de dois Gêneros: é aquele que se escreve do mesmo modo tanto no masculino quanto no feminino. Então como descobrimos o gênero? Resposta: pelo artigo que aparece antes dele (o, a, um, uma)
Substantivo Sobrecomum: é aquele que se escreve do mesmo modo tanto no masculino quanto no feminino e que, além disso, só admite um tipo de artigo: masculino (o, um) ou feminino (a, uma). Então como descobrimos o gênero? Resposta: somente pelo contexto (só descobrindo onde a palavra está sendo usada).
Substantivo Epiceno: se comporta como o substantivo sobrecomum (é escrito de uma só maneira aceita só um tipo de artigo), mas é usado especificamente no caso dos animais e precisamos usar as palavras “macho” ou “fêmea” para podermos distinguir o gênero.
Substantivo Heterônimo: é aquele que tem a versão masculina completamente diferente da versão feminina porque o radical da palavra se altera. Exemplos: boi/vaca, homem/mulher, genro/nora, zangão/abelha, pai/mãe.
Flexão de Grau: o substantivo pode se flexionar em relação ao seu grau (aumentativo ou diminutivo), que tem relação ao tamanho (maior ou menor). O substantivo “menino”, por exemplo, pode se flexionar no aumentativo, se transformando em “meninão”, ou então ele pode se flexionar no diminutivo, se transformando em “menininho”. Veja que a flexão do aumentativo termina em “ão” e a flexão do diminutivo termina em “inho”, mas nem sempre será assim.
Grau Analítico: o substantivo precisa estar acompanhado de outra palavra para indicar o seu grau. Exemplo: pé grande (grau analítico aumentativo), pé pequeno (grau analítico diminutivo).
Grau Sintético: o substantivo não precisa estar acompanhado de outra palavra para indicar o seu grau. Exemplo: pezão (grau sintético aumentativo), pezinho (grau sintético diminutivo).
Grau Normal: é o substantivo sem estar no grau aumentativo ou diminutivo. Exemplo: pé.
Flexão de Número: com ele é possível saber se um substantivo está no singular ou no plural. Por exemplo, o substantivo “menino” está no singular e pode ser flexionado para o plural, mudando para “meninos”. Observe que o que muda do singular para o plural é o acréscimo da letra “s”. Porém, nem sempre será assim. Vamos ver, agora, as regras gerais do plural dos substantivos simples.
Regras:
1) Acrescenta S – substantivos terminados em vogais (maioria dos casos) ou em EN.
Exemplos: carro (carros), lei (leis), ideia (ideias), órfão (órfãos), hífen (hifens), pólen (pólens).
Observação: geralmente o plural dos substantivos terminados em EN pode ser também terminado em ES. Exemplo: hífen (hifens ou hifenes).
2) Tira o L e acrescenta IS– substantivos terminados em AL, OL, UL.
Exemplos: jornal (jornais), farol (faróis), azul (azuis)
3) Tira o L e acrescenta EIS – substantivos terminados em EL.
Exemplos: anel (anéis), papel (papéis),
4) Troca IL por EIS – substantivos terminados em IL átono (sílaba fraca).
Exemplos: fóssil (fósseis). A sílaba forte é “fó”, então IL está na sílaba fraca (sil).
5) Troca L por S – substantivos terminados em IL tônico (sílaba forte)
Exemplo: fuzil – fuzis. A sílaba forte é “zil” e IL está nela.
6) Tira o M e acrescenta ENS – substantivos terminados em EM.
Exemplo: homem (homens).
7) Não faz nada – substantivos terminados em X ou em S (nesse caso, exceto os oxítonos).
Exemplos: o lápis (os lápis), o ônibus (os ônibus), o tórax (os tórax).
8) Acrescenta ES – substantivos oxítonos terminados em S ou em Z e substantivos terminados em R.
Exemplos: francês (franceses), rapaz (rapazes), caráter (caracteres).
Artigo: é a palavra que define ou que indefine um substantivo. Portanto, pode ser classificado como artigo definido ou artigo indefinido (você vai entender melhor com os exemplos).
Artigo Definido: são aqueles que definem o substantivo. São eles: o, a, os, as.
Artigo Indefinido: são aqueles que indefinem o substantivo. São eles: um, uma, uns, umas.
Interjeição: são palavras ou expressões que indicam emoções e sensações (susto, espanto, surpresa, admiração, perplexidade, etc). Exemplos: Puxa vida! Caramba! Quê?! Hummm... Ah...
Numeral: é a palavra que representa os números. O numeral é classificado em: cardinal, ordinal, multiplicativo e fracionário.
Numeral Cardinal: é o nome dos números. Exemplos: um, dois, três, quatro, cinco, etc... 
Numeral Ordinal: representa os números que são usados para expressar ordem. Exemplos: primeiro, segundo terceiro, quarto, quinto, etc...
Numeral Multiplicativo: representa os números múltiplos (aqueles que são multiplicados por outros números). Exemplos: dobro, triplo, quádruplo.
Numeral Fracionário: representa os números fracionários. Exemplos: meio, terço, quarto.
Adjetivo: é a palavra que caracteriza os seres.
Locução Adjetiva: duas ou mais palavras que, juntas, passam a funcionar como um adjetivo.
Adjetivo Pátrio: é aquele que indica a nacionalidade ou o local de origem de alguém.
Flexão dos Adjetivos: os adjetivos, assim como os substantivos, podem se flexionar quanto ao gênero, número e grau.
Flexão de Gênero: um adjetivo pode ser flexionado no feminino ou no masculino. 
Flexão deNúmero: os adjetivos também podem se flexionar quanto ao número (singular ou plural).
Flexão de Grau: os adjetivos podem ser flexionados no grau comparativo ou superlativo.
Grau Comparativo: ocorre quando comparamos uma característica (o adjetivo) de dois seres específicos.
Grau Comparativo de Superioridade: ocorre quando algo ou alguém é superior ao outro em relação a um mesmo adjetivo. Geralmente, usamos “mais do que”.
Grau Comparativo de Inferioridade: ocorre quando algo ou alguém é inferior ao outro em relação a um mesmo adjetivo. Geralmente usamos “menos do que”.
Grau Comparativo de Igualdade: ocorre quando comparamos algo ou alguém que equivale ao outro (sem ser maior ou menor). Geralmente usamos “tão... quanto”.
Grau Superlativo: pode ser relativo ou absoluto.
Grau Superlativo Relativo: ocorre quando se compara algo ou alguém com o todo (o conjunto inteiro). Pode ser de dois tipos: de superioridade ou de inferioridade.
Grau Superlativo Relativo de Superioridade: ocorre quando algo ou alguém possui uma característica superior ao grupo inteiro. Exemplo: Mário é o mais alto da sua turma ou Mário é o maior da sua turma.
Grau Superlativo Relativo de Inferioridade: ocorre quando algo ou alguém possui uma característica inferior ao grupo inteiro. Exemplo: José é o menos alto da sua turma ou José é o menor de sua turma.
Grau Superlativo Absoluto: ocorre quando queremos indicar uma característica exagerada de algo ou de alguém (ou seja: não estamos fazendo nenhum tipo de comparação). Exemplo: Jonas é muito alto (modo analítico) ou Jonas é altíssimo (modo sintético).
Verbo: é a palavra que expressa ações, fenômenos ou estados.
Formas Nominais: é a forma que o verbo termina. As formas nominais do verbo são as seguintes: infinitivo, gerúndio e particípio.
Infinitivo: O verbo estará no infinitivo se terminar em AR, ER ou IR. Gerúndio: O verbo estará no gerúndio se ele terminar em ANDO, ENDO ou INDO. Particípio: o verbo estará no particípio se ele terminar em ADO ou IDO.
Número e Pessoa
“Algo” ou “alguém” realiza a ação descrita pelo verbo, ou seja: algo ou alguém realiza a ação de cantar, de nadar, de vender, etc. Esse algo ou alguém é chamado de pessoa. Ao todo, existem três pessoas:
Primeira Pessoa: EU
Segunda Pessoa: TU
Terceira Pessoa: ELE
Essas pessoas podem variar quanto ao número, ou seja: podem variar no singular ou no plural. O plural de EU é NÓS, o plural de TU é VÓS e o plural de ELE é ELES. Sendo assim:
Primeira Pessoa do Singular: EU
Segunda Pessoa do Singular: TU
Terceira Pessoa do Singular: ELE
Primeira Pessoa do Plural: NÓS
Segunda Pessoa do Plural: VÓS
Terceira Pessoa do Plural: ELES
Conjugação
As pessoas do discurso conjugam os verbos, ou seja: para cada pessoa, o verbo é escrito (é conjugado) de um modo diferente.
Tempo
A conjugação pode variar no tempo, ou seja: a ação pode ser expressa no passado, no momento atual ou no futuro. O passado é chamado de “pretérito” e o momento atual é chamado de “presente”. Exemplo: o verbo CANTAR pode ser uma ação expressa no pretérito (CANTOU), no pretérito (CANTA) ou então no futuro (CANTARÁ).
Modo
A conjugação também pode variar de acordo com o modo. Existem três modos: indicativo, subjuntivo e imperativo.
Modo indicativo: é uma afirmação concreta. Exemplo: eu ando, eu cantarei, eu disse.
Modo Subjuntivo: a afirmação é expressa com dúvida. Exemplo: Talvez eu ande, se eu cantar, talvez eu diga.
Modo Imperativo: a afirmação é expressa como uma ordem ou um pedido. Exemplo: abra, anda, diga, fala.
No Modo Indicativo, os verbos podem ser conjugados em seis tempos: pretérito imperfeito, pretérito perfeito, pretérito mais-que-perfeito, presente, futuro do presente e futuro do pretérito.
Presente: indica um hábito ou um fato atual. Exemplo: “eu administro um restaurante”, “ele lê o jornal todos os dias”, “nós moramos num apartamento de três quartos”, “eles estão de férias”.
Pretérito Perfeito: indica um fato passado pontual (começou e acabou no passado). Exemplo: “eu tropecei na rua ontem”, “semana passada, ele faltou duas aulas”, “nós almoçamos no restaurante há três dias”, “eles foram ao cinema”.
Pretérito Imperfeito: indica um hábito antigo, algo que se fazia regularmente no passado (e que não é feito mais). Exemplo: “aos 12 anos, eu nadada três vezes por semana”, “ele assinava a revista”, “nós viajávamos bastante para a Europa”, “eles jogavam Super Nintendo aos sábados”.
Pretérito mais-que-perfeito: indica uma ação que aconteceu antes de outra ação passada. Exemplo: “quando eu tropecei na escada, ela já saíra de casa”. Ou seja: ela saiu de casa (fato passado) antes de eu tropeçar na escada (outro fato passado). Como “sair de casa” é um fato passado que aconteceu antes de outro fato passado, então devemos usar o pretérito mais-que-perfeito: saíra.
Futuro do Presente: indica uma ação futura em relação ao momento presente. Exemplos: “eu sairei amanhã de casa”, “ele verá o filme amanhã”, “nós faremos uma torna daqui a pouco”, “eles jogarão bola amanhã de tarde”.
Futuro do Pretérito: indica uma ação futura alternativa que não vai acontecer, ou seja: indica uma ação futura que poderia ocorrer se uma ação passada fosse diferente. Exemplo: “eu dançaria se eu não tivesse quebrado a perna”. “Dançar” é uma ação futura alternativa que aconteceria se eu não quebrasse a perna.
Tempo Composto
Os verbos podem ser conjugados no tempo composto. Para tanto, nós devemos transformá-los numa locução verbal, que é a expressão formada por dois verbos: o verbo auxiliar e o verbo principal. O verbo auxiliar funciona com os verbos “ter” e “haver”. Já o verbo principal será escolhido por nós e deverá estar no modo particípio (termina em ADO ou IDO).
Exemplo: ao invés de falar “eu caminho todos os dias”, eu posso falar “eu tenho caminhado todos os dias”. A expressão “tenho caminhado” é formada por dois verbos: “tenho” é auxiliar e “corrido” é o principal.
O Modo Subjuntivo possui três tempos: o presente, o pretérito imperfeito e o futuro.
Presente: expressa uma possibilidade ou dúvida no momento atual. Exemplos: “talvez eu faça a minha matrícula no curso de inglês”, “talvez ele se esqueça da promessa”, “talvez nós estejamos errados”, “talvez eles expliquem a matéria para nós”.
Pretérito Imperfeito: indica uma possibilidade que poderia ter ocorrido no passado. Exemplos: “se eles fizessem o acordo, nada disso teria acontecido”, “se ele cumprisse a lei, tudo se resolveria”, “se nós soubéssemos antes, nada disso teria acontecido”, “se eles não faltassem à reunião, eles saberiam o que tinha acontecido”.
Futuro: indica uma possibilidade futura. Exemplos: “se eu aceitar o cargo, todos ficarão satisfeitos”, “se ele estudar, ele vai passar de ano”, “se nós comprarmos um novo carro, nós vamos ficar sem dinheiro”, “se eles quiserem vender o carro, nós poderemos comprá-lo”.
Modelo de Conjugação:
Se eu cantar
Se tu cantares
Se ele cantar
Se nós cantarmos
Se vós cantardes
Se eles cantarem
Advérbio: é a palavra que altera o sentido dos verbos e também dos adjetivos e dos próprios advérbios.
Circunstâncias dos Advérbios
Lugar: ele está aqui. Outros exemplos: lá, aí.
Tempo: Ontem nós saímos. Outros exemplos: agora, já, tarde, amanhã, jamais, nunca.
Modo: Ele fala de modo correto. Outros exemplos: depressa, alto, baixo, errado, tranquilo.
Intensidade: Está muito calor. Outros exemplos: pouco, demais, bastante, bem.
Dúvida: Talvez eu compre. Outros exemplos: possivelmente, provavelmente.
Negação: Não farei isso.
Afirmação: Certamente farei isso.
Advérbios Interrogativos
Lugar: Onde ele está?
Tempo: Quando ele foi?
Modo: Como ele foi?
Causa: Por que ele foi? Ele foi por quê?
Valor: Quanto custa a camisa?
Comparativo: comparação entre dois seres
Comparativo de Superioridade: João gritou mais alto do que Paulo.
Comparativo de Inferioridade: Paulo gritou menos alto do que João
Comparativo de Igualdade: José gritou tão alto quanto João
Superlativo: não compara. É em relação a algo ou alguém específico.
Superlativo Sintético: João gritou altíssimo.
SuperlativoAnalítico: João gritou muito alto
Antes que você pergunte: veja que a diferença entre o sintético e o analítico é que no sintético nós usamos apenas uma palavra (altíssimo), enquanto que no analítico nós usamos mais de uma (muito alto).
Locução Adverbial: ocorre quando duas ou mais palavras passam a funcionar como um advérbio. Exemplo: Ele saiu às pressas. A expressão “às pressas” indica uma circunstância ao verbo “sair”, funcionando como um advérbio. Portanto, “às pressas” é uma locução adverbial.
Pronome: é a palavra que substitui outras palavras. Existem vários tipos de pronomes. Vamos ver a classificação completa dos pronomes e seus exemplos para, então, explicá-los com mais detalhes.
Pronomes Pessoais: para entender de verdade o que é Pronome Pessoal, você precisa entender os conceitos básicos de Sintaxe (sujeito, verbo, complemento).
Pronome Pessoal Oblíquo: os pronomes pessoais oblíquos funcionam como complementos das orações. São eles: me, mim, comigo, te, ti, contigo, se, si, consigo, nos, conosco, vos, convosco, o, a, os, as, lhe, lhes. Exemplo: “Eu entreguei o relatório a ele”. A expressão “a ele” é um complemento da oração e pode ser substituído por um pronome pessoal oblíquo: “Eu lhe entreguei o relatório”.
Pronome Pessoal Oblíquo Reflexivo: quando o pronome pessoal oblíquo é complemento e também é sujeito, ele passa a ser chamado de pronome oblíquo reflexivo, ou seja: o sujeito realiza e recebe a ação ao mesmo tempo. Exemplo: “Ana se vestiu” (Ana vestiu Ana), “Eu me cortei” (Eu cortei a mim mesmo).
Pronome Pessoal Oblíquo Reflexivo Recíproco: quando algo ou alguém realiza a ação para algo ou alguém de modo recíproco, então nós usamos o pronome oblíquo reflexivo recíproco. Exemplo: “Eu e Ana nos casamos” (Eu me casei com Ana e Ana se casou comigo), “Eles se cumprimentaram” (um cumprimentou o outro).
Pronomes Possessivos: como o nome indica, os pronomes possessivos são aqueles que expressam posse (meu, minha, etc).
Pronomes Demonstrativos: são aqueles usados para se referir a algo ou alguém no espaço (aquele, aquela, isto, isso, etc). Esses pronomes também podem se combinar com preposições. Exemplos: “de” + “isso” = “disso”, “em” + “aquele” = “naquele”.
Pronomes Indefinidos: são os pronomes vagos, que não definem e não especificam nenhuma ideia. Exemplos: algum, alguns, alguma, algumas, alguém, algo, bastante, bastantes, cada, demais, mais, menos, muito, muita, muitos, muitas, nenhum, nenhuns, nenhuma, outro, outra, outros, outras, poucos, poucas, quanto, quanta, quantos, quantas, que, quem, tanto, tanta, tantos, tantas, todo, todos, toda, todas, tudo, um, uma, uns, umas, vários, várias.
Pronome Indefinido X Advérbio
Não confunda pronome indefinido com advérbio. A principal diferença entre os dois é que o advérbio é uma palavra invariável (fixa, não varia, não se flexiona), enquanto que o pronome indefinido é variável (pode se flexionar, pode variar, pode ir para o plural).
Pronomes Relativos: são os pronomes que ajudam a evitar a repetição de palavras ou de expressões. São eles: o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cujos, cuja, cujas, que, onde e outros termos que podem ser substituídos por eles.
Pronomes Interrogativos: são os pronomes indefinidos quem, que, qual e quanto usados para fazer perguntas diretas (com ?) ou indiretas (sem ?). Exemplo: O que você quis dizer? (pergunta direta). Diga-me o que você quis dizer (pergunta indireta).
Você x Tu
A palavra “você” é um pronome de tratamento, enquanto que “tu” é um pronome pessoal reto. Assim como as demais formas de tratamento, ao usarmos “você” nós devemos conjugar o verbo na terceira pessoa do singular (ele) e ao usarmos “vocês” nós devemos conjugar o verbo na terceira pessoa do plural (eles). Exemplo: Tu comes alface. Você (ele) come alface. 
Preposição: é a palavra que liga os termos que estão dentro de uma oração.
Preposições Essenciais: são as palavras que só atuam como preposições. Exemplos: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, por, para, sem, sob, sobre, trás.
Preposições Acidentais: são palavras de outras classes gramaticais que podem funcionar como preposições. Exemplos: durante, salvo, segundo, como, senão, exceto, fora, visto.
Regência Verbal: alguns verbos exigem preposições para se ligarem a outras palavras. Exemplo: “Eu gosto de laranja”. O verbo “gostar” exige a preposição “de” para ligá-lo a outra palavra. Não posso falar “eu gosto laranja”.
Combinação: as preposições podem se juntar com outras classes gramaticais. A preposição “a” pode, por exemplo, se combinar com o artigo “o”, formando “ao”. Exemplo: “Vou a + o teatro = vou ao teatro”.
Contração: ocorre quando uma preposição, ao se juntar com outra palavra, acaba se alterando. Exemplo: “gosto de + a laranja = gosto da laranja”. A união da preposição “de” com o artigo “a” alterou a preposição “de” para “da” (a letra “e” sumiu, dando lugar para a letra “a”).
Antes que você pergunte: a crase é a união de uma preposição “a” com o artigo “a” e essa união é representada pelo acento grave (à). Isso também pode acontecer entre a preposição “a” e pronomes demonstrativos (àquele, àquela). 
Conjunção: é a palavra que liga orações entre si.
Conjunção Coordenativa: é aquela que liga orações coordenadas, ou seja, orações que são independentes entre si. Exemplo: “Acordei e levantei da cama”. As conjunções coordenativas podem ser: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas ou explicativas.
Aditiva: expressa a ideia de acréscimo ou de adição de eventos. Exemplos: e, nem, tampouco.
Adversativa: expressa oposição, contradição, adversidade. Exemplos: mas, porém, contudo, todavia, entretanto.
Alternativa: expressa uma ideia de alternância ou de opção. Exemplos: ou...ou, ora...ora, seja...seja, quer...quer.
Conclusiva: expressa ideia de conclusão. Exemplos: portanto, então, logo, assim.
Conjunção Subordinativa: é aquela que liga orações subordinadas, ou seja: uma oração (subordinada) depende da outra (principal). As conjunções subordinativas podem ser: causais, concessivas, condicionais, conformativas, temporais, consecutivas, finais, proporcionais, comparativas, integrantes.
Causal: a conjunção causal introduz a oração que explica a causa (o motivo, a razão) da ideia da oração principal.
Concessiva: a conjunção concessiva introduz a oração que expressa a ideia de que algum obstáculo não é capaz de impedir ou modificar a ideia da oração principal.
Condicional: a conjunção condicional expressa uma ideia de condição. Exemplo: “Se você não estudar, você vai tirar uma nota ruim”.
Conformativa: expressa conformidade. Exemplo: “Conforme eu disse, você foi mal na prova porque não estudou”.
Temporal: a conjunção expressa tempo. Exemplo: “Eu mal cheguei ao escritório e ela veio reclamar”.
Consecutiva: a conjunção consecutiva expressa uma consequência. Exemplo: “Comeu tanto que passou mal”.
Final: a conjunção final expressa finalidade. Exemplo: “Estou estudando para me sair bem na prova”.
Proporcional: a conjunção proporcional expressa proporção. Exemplo: “À medida que eu estudava, mais eu aprendia”.
Comparativa: a conjunção comparativa estabelece uma comparação. Exemplo: “Mandarim é mais difícil do que inglês”.
Integrante: a conjunção integrante introduz orações subordinadas (que completam o sentido da oração principal), introduzindo orações que equivalem a substantivos. Portanto, um macete é pensar que as conjunções integrantes introduzem orações que podem ser substituídas pela palavra ISSO. Existem duas conjunções integrantes: SE e QUE.
Frase: é qualquer enunciado que transmita alguma mensagem, isto é, que tenha algum sentido. Exemplos: “Ai meu Deus”, “Comprei um carro”, “Socorro!”, “Nós vamos viajar para Brasília”, “Anoiteceu”.
Oração: é o nome dado à frase que possui um verbo (ou uma locução verbal). Exemplos: “Compreium carro”, “Nós vamos viajar para Brasília”.
Período: é formado por uma ou mais orações até aparecer o primeiro ponto-final. O período será classificado como simples se for formado apenas por uma oraçãoe ele será classificado como composto se tiver duas ou mais orações até o ponto-final.
Sujeito: é o responsável pela ação descrita pelo verbo da oração.
Núcleo do Sujeito: é a principal palavra do sujeito (aquela que guarda todo o seu significado).
Classificação dos Sujeitos: o sujeito pode ser classificado em: simples, composto, implícito, indeterminado, inexistente.
Sujeito Simples: é aquele que possui apenas um núcleo. Exemplos: “o dono do Fusca azul está pedindo ajuda”, “João está perdido”, “a plateia aplaudiu forte”.
Sujeito Composto: é aquele que possui dois ou mais núcleos. Exemplos: “Paulo e Ana estão perdidos”, “o apresentador e os telespectadores estão ansiosos pela chegada do convidado”.
Sujeito Implícito: é aquele que foi omitido da oração, mas pode ser encontrado pela conjugação do verbo. Exemplo: “Comprei um par de camisas”. Quem comprou um par de camisas? Resposta: “eu”, porque o pronome “eu” é o único que conjuga o verbo “comprar” como “comprei”.
Outros nomes para o sujeito implícito: sujeito desinencial, sujeito oculto, sujeito elíptico, sujeito subentendido (é tudo a mesma coisa, não se preocupe).
Observação: se o verbo estiver conjugado na 3ª pessoa do plural (disseram, viram, falaram, dançaram, etc) e o sujeito não aparecer, então o sujeito não será classificado como implícito, mas sim como indeterminado (veremos mais adiante).
O sujeito simples, o sujeito composto e o sujeito oculto são sujeitos determinados, já que eles existem e podem ser identificados.
Sujeito Indeterminado: é aquele que existe, mas não pode ser identificado. Ele ocorre em dois casos:
1) Verbos conjugados na terceira pessoa do plural. Exemplo: “Falaram mal de você”. Quem é que falou mal de você? Resposta: não sabemos. O sujeito existe, mas não pode ser identificado porque o verbo “falar” está conjugado na terceira pessoa e o sujeito que o conjuga não aparece na oração.
Antes que você pergunte: Não é pelo fato de aparecer o verbo conjugado na 3ª pessoa do plural que o sujeito será sempre indeterminado. Não esqueça que o sujeito não pode aparecer (apenas o verbo aparece). Exemplo: “Os vizinhos falaram mal de você”. O sujeito é “os vizinhos”, mesmo o verbo estando conjugado na 3ª pessoa. Para o sujeito ser indeterminado, o sujeito não pode aparecer com o verbo (somente o verbo aparece). Exemplo: “falaram mal de você” (sujeito indeterminado). 
2) Verbos conjugados na terceira pessoa do singular acompanhados do “SE” (antes ou depois do verbo). Exemplos: “precisa-se de cozinheiros”, “aluga-se”, “aqui se vive bem”. Em todos esses exemplos, os verbos estão conjugados na terceira pessoa do singular (ele precisa, ele aluga, ele vive) e estão acompanhados do SE, indeterminando o sujeito das orações. Portanto, em cada uma dessas orações o sujeito é indeterminado.
Observação: nesses casos, o pronome “SE” é chamado de índice de indeterminação do sujeito.
Sujeito Inexistente: o sujeito não existe na oração, provocando a oração sem sujeito. Isso acontece nos seguintes casos:
Antes que você pergunte: se esse tipo de verbo for usado em outro sentido (ao invés do sentido original), então poderemos determinar o sujeito. Exemplo: “Choveram relatórios em minha mesa”. O sentido da palavra “chover” foi alterado (não caiu água em cima da mesa, mas sim relatórios). Então, o sujeito é “relatórios” (relatórios choveram em minha mesa). Sujeito simples.
2) Verbo FAZER indicando tempo decorrido. Exemplo: “Faz duas horas que eu estou na fila”. O sujeito da primeira oração (Faz duas horas) é inexistente.
3) Verbo HAVER indicando tempo decorrido ou então indicando existência. Exemplo 1: “Estou na fila há duas horas” (o sujeito da oração “há duas horas” é inexistente). Exemplo 2: “Há vinte alunos na sala”. O verbo “haver” tem o mesmo sentido de “existir”. Por isso, o sujeito é inexistente (oração sem sujeito).
Esses verbos são chamados de verbos impessoais (eles provocam a oração sem sujeito). 
Vozes Verbais: é a forma com que o verbo se relaciona ao seu sujeito quanto à passividade ou atividade. A oração pode estar em três vozes verbais: ativa, passiva e reflexiva, sendo que a reflexiva também pode se transformar na voz reflexiva recíproca.
Voz Ativa: ocorre quando o sujeito pratica ativamente a ação expressa pelo verbo.
Voz Passiva: ocorre quando o sujeito recebe a ação expressa pelo verbo. A voz passiva será do tipo analítica se ela não usar o pronome “se”. Exemplo: “casas estão sendo vendidas”. A voz passiva será do tipo sintética se ela usar o pronome “se”. Exemplo: “vendem-se casas” ou “casas se vendem”. Nesse caso, o pronome “se” é chamado de pronome apassivador.
Observação: não confunda pronome apassivador com o índice de indeterminação do sujeito. O pronome apassivador ocorre quando o verbo está empregado na terceira pessoa do plural(vendem-se casas), enquanto que o índice de indeterminação do sujeito ocorre quando o verbo está empregado na terceira pessoa do singular (vende-se casas). No primeiro caso (vendem-se casas), o sujeito é “casas” e ele está na voz passiva (é sujeito paciente). No segundo caso (vende-se casas), o sujeito é indeterminado (como você viu aqui, nos tipos de sujeitos).  
                                                                                                                                
Voz Reflexiva: ocorre quando o sujeito pratica e recebe a ação ao mesmo tempo, ou seja: o sujeito faz algo para ele mesmo.
Voz Reflexiva Recíproca: ocorre quando algo ou alguém realiza e recebe a ação um para o outro, de modo recíproco.
Objeto: é o termo da oração que completa o sentido do verbo e pode ser classificado em: objeto direto e objeto indireto.
Objeto Direto: ocorre quando não existe nenhuma preposição entre o verbo e o objeto. Exemplo: “Roberto vendeu o carro”, “Eles limparam o quarto”.
Objeto Indireto: ocorre quando existe uma preposição entre o verbo e o objeto. Exemplo: “Laura gosta de maçã”, “Fernando foi ao cinema”.
Transitividade Verbal: é a análise da transitividade dos verbos. Os verbos podem ser: transitivos diretos, transitivos indiretos, transitivos diretos e indiretos ou intransitivos.
Verbo Transitivo Direto: é aquele que exige um objeto direto. Exemplo: “Compramos o livro”.
Verbo Transitivo Indireto: é aquele que exige um objeto indireto. Exemplo: “Eu gosto de filmes de ação”.
Verbo Transitivo Direto e Indireto: é aquele que exige dois objetos (um objeto direto e um objeto indireto). Exemplo: “Entreguei o relatório ao chefe”. O verbo “entregar” é transitivo direto e indireto, pois ele exige um objeto direto (o relatório) e um objeto indireto (ao chefe).
Observação: os objetos podem ser representados por pronomes (que são as palavras que substituem outras palavras). Ao invés de falar que “eu entreguei o relatório ao chefe”, eu posso dizer “eu entreguei-lhe os relatórios”. O pronome “lhe” equivale “ao chefe”. Logo, “ao “João” (da primeira oração) e “lhe” (segunda oração) são objetos indiretos.
Verbo Intransitivo: é aquele que não precisa de nenhum objeto para fazer a oração ter sentido. Exemplo: “Arnaldo morreu”. 
Complemento Nominal: é o termo que completa o sentido dos substantivos abstratos, dos adjetivos e dos advérbios. Veja o seguinte exemplo: “Eu tenho interesse”. Temos aí o sujeito (“eu”), o verbo (“tenho”) e o objeto direto (“interesse”). Porém, mesmo com o objeto completando o sentido do verbo, a oração continua incompleta. Fica uma pergunta no ar: interesse em quê? A solução é completar o sentido da palavra “interesse” com algum tipo de complemento. Como “interesse” é um substantivo abstrato, o complemento será chamado de complemento nominal. Poderíamos, então, dizer: “Eu tenho interesse em Língua Portuguesa”. A expressão “em Língua Portuguesa” completa o sentido de um substantivo abstrato (“interesse”). Portanto, “em Língua Portuguesa” é um complemento nominal.
Observação: o complemento nominal sempre será acompanhado de uma preposição. No exemplo anterior, a preposição usada foi “em”.
Adjunto: é um termo acessório da oração, ou seja, é um termoque “enfeita” a oração e se for retirado dela ele não vai fazer falta a ponto de atrapalhar o sentido da oração. Observe a seguinte oração: O homem comprou um livro. Com tudo o que você estudou até aqui, você sabe que o sujeito da oração é “o homem”, o verbo “comprar” é transitivo direto e “um livro” é o objeto direto. Agora, veja: “O homem careca comprou um livro”. Observe que eu acrescentei a palavra “careca”, que caracteriza o substantivo “homem”. A palavra “careca” não faz falta na oração (você não deixa de entender o sentido da oração se tirar “careca”). Logo, “careca” é um adjunto (é um termo acessório).  Como “careca” é uma palavra que está ligada a um substantivo (homem), então “careca” é um adjunto adnominal.
Adjunto Adnominal: é o termo acessório que está ligado a um substantivo. Tudo o que estiver ligado ao substantivo e atuando como termo acessório será um adjunto adnominal. Portanto, na oração “o homem careca comprou um livro”, nós temos três adjuntos adnominais: “o”, “careca” e “um”. O artigo “o” e o adjetivo “careca” estão ligados ao substantivo “homem”, enquanto que o artigo “um” está ligado ao substantivo “livro”. Observação: para provar que os adjuntos são termos acessórios (ou seja: apenas enfeitam a oração), observe que se eu os retirar da oração ela continuará tendo sentido: “Vendedor caiu na escada”. Você não sabe que a escada é velha e torta e também não sabe que o vendedor vende galinhas, mas você entende a ideia principal da oração: você entende que o vendedor caiu na escada e é isso que importa. Os adjuntos apenas “enfeitam” a oração, dando alguns detalhes. Esse mecanismo é muito comum em manchetes de jornal (para economizar palavras). Exemplos: “Homem assalta banco”, “Mulher é sequestrada”, “Criança cai no buraco”, etc (só tragédia).
Agora, veja esta oração: “O homem rapidamente comprou um livro”.
Observe, mais uma vez, que a palavra “rapidamente” é um adjunto, ou seja, é um termo acessório. Se você tirá-lo da oração, você continua entendendo a mensagem da oração (o homem comprou o livro). Porém, ao contrário do adjunto adnominal, a palavra “rapidamente” não está ligada ao “homem”, mas sim ao verbo “comprar” (“rapidamente” é um advérbio). Portanto, a palavra “rapidamente” é o adjunto adverbial da oração.
Adjunto Adverbial: é o termo acessório que se liga a um verbo, a um adjetivo ou a um advérbio. Os adjuntos adverbiais expressam diversas circunstâncias. Veja alguns exemplos:
Modo: O homem rapidamente comprou um livro.
Finalidade: O homem comprou um livro para estudar.
Companhia: O homem comprou um livro com a mulher.
Lugar: O homem comprou um livro na livraria.
Dúvida: O homem provavelmente comprou um livro.
Afirmação: O homem certamente comprou um livro.
Tempo: O homem comprou um livro ontem.
Assunto: O homem comprou um livro sobre política.
Meio: O homem foi de carro comprar um livro.
Condição: Se o homem não comprar o livro, ele levará uma bronca.
Conformidade: O homem comprou o livro conforme as recomendações.
Instrumento: O homem comprou o livro com cartão de crédito. 
Complemento Nominal: é o termo que completa o sentido dos substantivos abstratos, dos adjetivos e dos advérbios.
Adjunto Adnominal: é o termo acessório que está ligado a um substantivo.
1ª Diferença: termo acessório x complemento: Observe que o adjunto adnominal é um termo acessório (que enfeita a oração) que se liga a um substantivo (concreto ou abstrato), enquanto que o complemento nominal é um termo que completa o sentido do substantivo abstrato. Portanto, o adjunto adnominal apenas “enfeita” a oração e pode ser omitido sem dar problema de sentido, enquanto que o complemento nominal é fundamental para a oração (a oração não pode ficar sem o complemento nominal, já que ele completa o seu sentido).
2ª Diferença: concreto x abstrato: O complemento nominal completa o sentido de substantivos abstratos. Portanto, se o substantivo for concreto, então o termo ligado a ele só poderá ser um adjunto adnominal.
3ª Diferença: passivo x ativo: O complemento nominal é passivo, enquanto que o adjunto adnominal é ativo. 
Verbo de Ligação: é o verbo que não expressa ação, mas sim um estado (uma característica) ou então uma mudança de estado. Exemplos: ser, estar, continuar, permanecer.
Predicativo: é o complemento que aparece depois do verbo de ligação e, por conta disso, atribui um estado, uma característica ou uma qualidade ao sujeito ou ao objeto.
Exemplo 1: “Eu sou bonito”. A palavra “bonito” não é objeto direto, mas sim é um predicativo, porque ele está aparecendo depois do verbo “ser”, que é um verbo de ligação. Portanto, “bonito” está atribuindo uma característica ao sujeito (eu). Observação: Se depois do sujeito viesse um verbo que não fosse de ligação, então o complemento seria um objeto. Exemplo: “Eu comprei um sapato”. O termo “um sapato” é objeto e o verbo “comprar” é transitivo direto.
Predicativo do Sujeito: é o predicativo que atribui ao sujeito um estado ou uma característica por intermédio do verbo de ligação (veja os exemplos anteriores).
Predicativo do Sujeito x Objeto: Como você já viu, o predicativo do sujeito aparece depois de um verbo de ligação, enquanto que o objeto aparece depois de um verbo transitivo (objeto direto para o verbo transitivo direto e objeto indireto para o verbo transitivo indireto). O verbo de ligação expressa uma qualidade ou um estado. Já o verbo transitivo expressa uma ação. Agora, o predicativo também pode atribuir um estado ou uma característica aos objetos. Porém, quando isso acontece, o verbo de ligação fica implícito (não aparece). O verbo que aparece na oração é o verbo transitivo do objeto.
Predicativo do Objeto: é o termo que atribui uma característica ou uma qualidade ao objeto da oração sem o verbo de ligação aparecer. O verbo de ligação, nesse caso, fica implícito (veja os exemplos anteriores). 
Predicativo do Objeto x Adjunto Adnominal
O adjunto adnominal é um termo acessório, ou seja: que “enfeita” a oração dando uma característica a mais (relembre a postagem sobre adjunto adnominal clicando aqui). Logo, o adjunto adnominal (assim como o adjunto adverbial) pode ser retirado da oração sem prejudicar o sentido original. Já o predicativo do objeto não é um termo acessório: ele não pode ser retirado da oração porque ela precisa dele para ter sentido.
Predicativo do Objeto x Complemento Nominal
A diferença entre os dois é que o predicativo do objeto dá uma característica ao objeto, do tipo “o objeto é + predicativo do objeto”. O complemento nominal completa o sentido do objeto.  
Exemplo 1: “Eu considero o curso excelente”. O sujeito é o pronome “eu”, o verbo “considero” é transitivo direto e “o curso” é o objeto. O termo “excelente” caracteriza o objeto “o curso” (o curso é excelente). Logo, “excelente” é o predicativo do objeto.
Exemplo 2: “Nós temos necessidade de água”. O sujeito é o pronome “nós”, o verbo “temos” é transitivo direto e “necessidade” é o objeto. O termo “de água” completa o sentido do objeto, respondendo a pergunta “necessidade de quê?”. 
Aposto: é uma expressão que esclarece o sentido de algum termo que apareceu anteriormente, ou então retoma os termos anteriores resumindo-os numa única expressão. O aposto geralmente aparece entre vírgulas ou depois de dois-pontos.
Aposto Especificativo: também chamado de “apelativo” ou “denominativo”, é o tipo de aposto que não aparece entre vírgulas e é muito parecido com o adjunto adnominal. A diferença é que o aposto especificativo especifica o nome de algo ou de alguém.
Vocativo: é o termo que indica um “chamamento”, ou seja, se refere à pessoa com que se fala e sempre aparece com vírgula.
Predicado: é tudo o que é falado do sujeito. Portanto, é o que sobra na oração se tirando o sujeito (para sobrar o que se fala sobre o sujeito) e o vocativo (porque o vocativo não faz parte do predicado).
Antes que você pergunte: predicado é diferente de predicativo. Apesar de as duas palavras serem parecidas, os conceitos são bem diferentes. Se você não lembra o que é predicativo, entãodê uma relembrada clicando aqui. Você precisa saber o que é predicativo para entender melhor o predicado. Existem três tipos de predicado: predicado verbal, predicado nominal e predicado verbo-nominal.
1 Predicado Verbal: é aquele que expressa somente ação. Isso significa que o verbo do predicado precisa ser transitivo (não pode ser verbo de ligação). Logo, a oração não tem nenhum tipo de predicativo (porque o predicativo não expressa ação, mas sim estado ou característica).
2 Predicado Nominal: é aquele que não expressa ação, mas sim somente estado ou característica. Isso significa que o verbo do predicado precisa ser um verbo de ligação (indica estado). Então, isso significa que o predicado nominal ocorre sempre quando a oração possuir predicativo do sujeito. Como o verbo não pode ser transitivo, a oração não terá objeto e, por isso, também não pode ter predicativo do objeto. Resumindo: o predicado nominal ocorre quando a oração possui predicativo do sujeito.
3 Predicado Verbo-Nominal: é aquele que expressa ação e estado ao mesmo tempo. Logo, a oração precisa ter um verbo transitivo (para indicar ação) e também algum predicativo (para expressar estado), que pode ser predicativo do sujeito ou do objeto. 
Oração Coordenada: é a oração que não depende de outra para poder ser entendida. Ou seja: é uma oração independente.
Exemplo 1: “Acordei cedo hoje”. Essa é uma oração coordenada porque não depende de outra para ser entendida. Não precisamos de outra oração para entender que o sujeito acordou cedo.
Exemplo 2: “Acordei cedo, arrumei a cama, tomei café”. Esse é um período composto por três orações coordenadas. A primeira oração é “acordei cedo”, a segunda oração é “arrumei a cama” e a terceira oração é “tomei café”. Uma independe da outra para ser entendida. Por exemplo: ao ler “tomei café”, não precisamos saber que o sujeito acordou cedo e arrumou a cama para entendermos que ele tomou café.
Agora, vamos ver os tipos de orações coordenadas. Primeiramente, as orações coordenadas podem ser divididas em dois grupos: orações coordenadas assindéticas e orações coordenadas sindéticas.
Oração Coordenada Assindética (OCA): é aquela que não usa elemento de conexão para se ligar a outra oração coordenada.
Exemplo: “Roberto chegou ao apartamento, ligou a televisão, trocou de canal, adormeceu”. Veja que esse período é composto por orações coordenadas assindéticas porque elas não são ligadas por nenhum elemento conector. Elas estão separadas pelas vírgulas.
Oração Coordenada Sindética (OCS): é aquela que se conecta a outra oração por meio de um elemento de conexão.
Exemplo: “Roberto chegou ao apartamento e ligou a televisão”.  Observe que esse período é composto por duas orações coordenadas que estão ligadas pela conjunção “e”, que é um elemento de conexão entre as duas orações.
As orações coordenadas sindéticas são classificadas conforme a característica do elemento de conexão que as conectam. Na próxima postagem, nós vamos falar a respeito da classificação das orações coordenadas sindéticas.
OCS Aditiva: o elemento de conexão expressa acréscimo. 
Exemplo: “Corrigiu as provas e foi dormir”. Nessa oração, o elemento de conexão “e” faz a segunda oração se acrescentar à primeira, do tipo “corrigir + dormir”. 
Exemplos de conectores aditivos: e, mas também, como também.
OCS Explicativa: o elemento de conexão expressa explicação. 
Exemplo: “João caiu no chão porque ele se desequilibrou”. O conectivo “porque” faz a segunda oração explicar a primeira. 
Exemplos de conectores explicativos: pois, tendo em vista que, já que, visto que, pelo fato de, que, porquanto.
OCS Adversativa: o elemento de conexão expressa uma oposição entre ideias. 
Exemplo: “Frederico lavou o carro, mas o carro continuou sujo”.
Exemplos de conectores explicativos: porém, entretanto, no entanto, contudo, todavia. 
Observação: um mesmo elemento conector pode expressar mais de uma circunstância. Exemplo: “Rafaela não só escreveu o trabalho, como também organizou a apresentação”. O conector “mas”, nesse período, não está ligando ideias opostas, mas sim está fazendo um acréscimo de ações do tipo “escreveu o trabalho + organizou a apresentação”. Portanto, nesse caso, a conjunção “mas” é um conector aditivo. Sendo assim, sempre fique atento ao sentido que os conectores dão às orações.
OCS Conclusiva: o elemento de conexão expressa conclusão. 
Exemplo: “Eu estudei muito, então eu devo tirar uma boa nota na prova”.  
Exemplos de conectores conclusivos: logo, portanto, sendo assim.
OCS Alternativa: os elementos conectores expressam alternância ou opção de escolha. 
Exemplo 1 (alternância): “Ora você grita, ora você se cala”. 
Exemplo 2 (opção de escolha): “Ou eu assisto ao filme, ou eu assisto ao jornal”. 
Exemplos de conectores alternativos: ora... ora, quer... quer, ou... ou. 
Oração Subordinada: é aquela que funciona como termo sintático de outra oração (que é chamada de principal). Sendo assim, ela é classificada de acordo com a função sintática que ela desempenha na oração principal.
Observação: você só vai conseguir entender esse assunto se você entendeu os assuntos do Módulo I. Afinal, a classificação das orações subordinadas funciona de acordo com os assuntos do Módulo I.
Exemplo 1: Na oração “eu necessito de sua ajuda”, o termo “de sua ajuda” é o objeto indireto da oração. Agora, se eu transformar esse objeto indireto numa outra oração, essa nova oração estará funcionando como o objeto indireto da primeira oração. Veja: “eu necessito que você me ajude”. Agora, com dois verbos, nós temos duas orações: “eu necessito” (o verbo é “necessito”) e “que você me ajude” (o verbo é “me ajude”, verbo pronominal). A segunda oração (que você me ajude) funciona como o objeto indireto da primeira (eu necessito). Logo, a primeira oração (eu necessito) é chamada de oração principal e a segunda oração (que você me ajude) é a oração subordinada.
Exemplo 2: Na oração “Roberto foi trabalhar pela manhã”, a expressão “pela manhã” é um adjunto adverbial temporal. Se eu trocar esse adjunto adverbial por uma oração, então essa nova oração estará subordinada à primeira oração. Veja: “Roberto foi trabalhar quando o dia nasceu”. A oração “quando o dia nasceu” está funcionando como adjunto adverbial temporal da oração “Roberto foi trabalhar”. Então a segunda oração (quando o dia nasceu) está subordinada à oração principal (Roberto foi trabalhar).
Classificação das Orações Subordinadas: as orações subordinadas se classificam de acordo com as funções que eles desempenham na oração principal.
Orações Subordinadas Substantivas: são aquelas que completam o sentido dos outros termos da função principal, funcionando como substantivos. Podem fazer o papel do sujeito, dos objetos, do complemento nominal, do predicativo, do aposto ou do agente da passiva de uma oração principal.
Orações Subordinadas Adjetivas: são aquelas que funcionam como adjuntos adnominais da oração principal.
Orações Subordinadas Adverbiais: são aquelas que funcionam como adjuntos adverbiais da oração principal.
Orações Subordinadas Substantivas (OSS): são aquelas que funcionam como sujeito, objeto, complemento nominal, predicativo ou aposto da oração principal. Elas recebem o nome de acordo com uma dessas funções sintáticas.
OSS Subjetiva: é aquela que funciona como sujeito da oração principal.
Exemplo: Na oração “Jarbas fará a prova de novo”, o sujeito é “Jarbas”. Se eu trocá-lo por uma oração (acrescentar mais um verbo), então a nova oração será o sujeito da primeira oração. Veja: “Quem tirou nota ruim no primeiro bimestre fará a prova de novo”. A oração “quem tirou nota ruim no primeiro bimestre” está funcionando como o sujeito da oração “fará a prova de novo” (o novo verbo é “tirou”). Então, a oração “quem tirou nota ruim no primeiro bimestre” é uma oração subordinada substantiva subjetiva.
Outro Exemplo: É necessário que você compre um presente para a sua sogra. A oração sublinhada está funcionando como o sujeito da oração principal (“isso é necessário”).
OSS Objetiva Direta:é aquela que funciona como objeto direto da oração principal.
Exemplo: “Eu estou vendo o cachorro perto do meu pé”. A expressão “o cachorro” é um objeto direto. Se no lugar dele nós tivermos uma oração, então essa oração será uma oração subordinada substantiva objetiva direta. Veja: “eu estou vendo que o cachorro está mordendo o meu sapato”.
OSS Objetiva Indireta: é aquela que funciona como objeto indireto da oração principal.
Exemplo: “Eu preciso que você me ajude”. A oração “que você me ajude” está funcionando como objeto indireto da oração principal. Portanto, “que você me ajude” é uma oração subordinada substantiva objetiva indireta.  
OSS Completiva Nominal: é aquela que funciona como complemento nominal da oração principal.
Exemplo: “Ele tem medo que a sogra descubra o seu segredo”. A expressão “que a sogra descubra o seu segredo” é um complemento nominal (completa o sentido de “medo”). Logo, é uma oração subordinada substantiva completiva nominal.
OSS Predicativa: é aquela que funciona como o predicativo da oração principal.
Exemplo: “A regra do jogo é que você não pode me vencer”. A expressão “que você não pode me vencer” está funcionando como predicativo (observe o verbo de ligação). Então, essa oração é uma oração subordinada substantiva predicativa.
OSS Apositiva: é aquela que funciona como aposto da oração principal.
Exemplo: “Só sei de uma coisa: que o Flamengo vai ganhar do Fluminense”.  A expressão que aparece depois dos dois-pontos está funcionando como aposto e é uma oração. Logo, a expressão “que o Flamengo vai ganhar do Fluminense”, além de ser uma grande verdade, é uma oração subordinada substantiva apositiva. 
Orações Subordinadas Adjetivas: são aquelas que funcionam como adjunto adnominal da oração principal.
Exemplo: “A manteiga sobre a mesa está vencida”. A expressão “sobre a mesa” é um adjunto adnominal, ou seja: é um termo acessório. Se você retirá-lo da oração, você continuará entendendo a mensagem principal: “a manteiga está vencida”. Agora, se eu trocar “sobre a mesa” por uma oração qualquer, então essa oração será uma oração subordinada adjetiva, já que ela passará a funcionar como adjunto adnominal. Ela poderia ser: “a manteiga que você está comendo agora está vencida”. A oração “que você está comendo agora” está funcionando como um adjunto adnominal da oração principal.  Logo, “que você está comendo agora” é uma oração subordinada adjetiva.
As orações subordinadas adjetivas podem ser classificadas como restritivas ou explicativas.
OSA Restritiva: é aquela que restringe o sentido e, portanto, não vem separada por vírgula e por nenhum outro sinal de pontuação (ela se liga diretamente à oração principal). 
Exemplo 1: “Estudei numa escola de muros azuis”. A expressão “de muros azuis” é um adjunto adnominal. Se eu usar uma oração no lugar da expressão “de muros azuis”, então essa oração será do tipo subordinada adjetiva, como por exemplo: “estudei numa escola que tinha muros azuis”. Como a oração restringe o sentido da escola (ou seja: eu não estudei em qualquer escola, eu estudei especificamente na escola que tinha muros azuis), essa oração será subordinada adjetiva restritiva.
OSA Explicativa: é aquela que explica algum termo que foi usado antes e, por isso, vem separada por vírgula (ou parênteses, ou travessão).
Exemplo: “O cachorro, que é considerado o melhor amigo do homem, mordeu de novo o pé de Jarbas”. A expressão “que é considerado o melhor amigo do homem” explica o termo anterior (“cachorro”), funcionando como adjunto adnominal. Portanto, essa oração é uma oração subordinada adjetiva explicativa, já que todo cachorro é considerado o melhor amigo do homem. Veja que, por isso, a oração aparece entre vírgulas.
Importante: o principal aspecto na questão da classificação das orações subordinadas adjetivas é interpretar o impacto da ausência ou da presença de pontuação no sentido da oração. Se a oração substantiva adjetiva não for pontuada, então ela será explicativa. Caso contrário, ela será restritiva.
Exemplo 1: “Os alunos que fizeram bagunça na aula foram reprovados”. A oração não está destacada por vírgulas ou por outro tipo de pontuação. Então ela é uma oração subordinada adjetiva restritiva. Isso significa dizer que ela restringe o sentido da oração principal, ou seja: estou dizendo que quem foi reprovado foram os alunos que fizeram bagunça.
Orações Subordinadas Adverbiais: são aquelas que funcionam como adjunto adverbial da oração principal.
Exemplo: “Eu fui ao cinema ontem”. A palavra “ontem” é um adjunto adverbial temporal. Se no lugar de “ontem” eu puser uma oração, então essa nova oração será classificada como oração subordinada adverbial. Poderia ser: “eu fui ao cinema quando anoiteceu”.
As orações subordinadas adverbiais são classificadas conforme as circunstâncias que elas expressam: tempo, espaço, comparação, causa, consequência, etc. Elas recebem o nome de acordo com o tipo de circunstância expressada.
Temporal: expressa ideia de tempo.
Exemplo: “João comprou um iate assim que ele ficou rico”.
Conjunções típicas: quando, depois que, antes que, logo que.
Causal: expressa a causa de algum fato.
Exemplo: “Como o sol está forte, você deve levar protetor”.
Conjunções típicas: já que, uma vez que, como.
Concessiva: expressa um fato que não altera outro fato apesar de ter potencial para alterá-lo.
Exemplo: “Mesmo que o chefe apareça no escritório, João vai continuar dormindo no trabalho”. 
Conjunções típicas: apesar de, embora, mesmo que, ainda que.
Conformativa: expressa a ideia de conformidade, de agir de acordo ou agir conforme.
Exemplo: Falei conforme me mandaram falar.
Conjunções típicas: conforme, segundo, consoante, de acordo com, como.
Condicional: expressa condição.
Exemplo: “Eu só vou embora se o chefe me mandar sair”.
Conjunções típicas: se, caso.
Consecutiva: expressa uma consequência.
Exemplo: “Gritou tanto que ficou rouco”.
Conjunções típicas: tanto, tal que, tão...que, tamanho...que.
Proporcional: expressa proporção.
Exemplo: “Quanto mais você trabalha aqui, mais você ganha dinheiro”.
Conjunções típicas: à medida que, à proporção que, quanto mais...mais, quanto menos...menos.
Final: expressa finalidade.
Exemplo: “Abriu a porta para que Antônio pudesse entrar”.
Conjunções típicas: a fim de que, para que.
Comparativa: estabelece uma comparação.
Exemplo: “Ele é mais rico do que eu”.
Conjunções típicas: do que, que, como.
Oração Subordinada Reduzida: ocorre quando retiramos o elemento conector da oração e mudamos o verbo da oração subordinada para uma das três formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particípio). Então, a nova oração será chamada conforme a forma nominal do novo verbo (reduzida de infinitivo, reduzida de gerúndio ou reduzida de particípio).
Exemplo 1: “Os estudantes que vieram de Manaus gostaram de Porto Alegre”. A oração “que vieram de Manaus” é uma oração subordinada adjetiva restritiva. Você pode reescrevê-la da seguinte maneira: “os estudantes vindos de Manaus gostaram de Porto Alegre”. Agora, a oração subordinada se transformou numa oração subordinada adjetiva restritiva reduzida de particípio, já que o verbo (vieram) se flexionou no particípio (vindos), permitindo a saída da conjunção “que” e reduzindo, assim, o tamanho da oração. 
Radical: é a parte da palavra que guarda o significado original da palavra. 
Exemplo 1: Nas palavras FERRO, FERREIRO e FERRUGEM, o termo FERR guarda o significado original das palavras. Portanto, FERR é o radical.
Vogal temática: ela aparece logo depois do radical desde que a palavra não seja atemática, ou seja: desde que não seja oxítona ou termine com consoante. Ela pode ser verbal ou nominal. Será verbal se a palavra for um verbo e será nominal se a palavra for um nome (ou seja: se não for verbo).
Exemplo 1: Na palavra FERRO, o radical é FERR e a vogal temática é O, que aparece logo depois do radical. Como “ferro” é um nome (não é verbo), então a vogal temática é nominal.
Observação: A vogal temática verbal indica a conjugação do verbo, ou seja: se o verboé de primeira conjugação (termina em AR e a vogal temática é o A), segunda conjugação (termina em ER e a vogal temática é o E) ou de terceira conjugação (termina em IR e a vogal temática é o I).
Tema: é simplesmente a união do radical com a vogal temática. Exemplo: O tema de FERREIRO é FERRE (FERR + E = radical + vogal temática).
Afixos: são elementos que se juntam ao radical e eles podem ser de dois tipos: prefixos (aparecem antes do radical) e sufixos (aparecem depois do radical). Exemplo 1: Na palavra BISNETO, o radical é NET e o prefixo é BIS (porque aparece antes do radical). 
Desinências: podem ser nominais (presentes nos nomes, ou seja: nas palavras que não são verbos) ou podem ser verbais (presentes nos verbos). Hoje nós vamos falar sobre as desinências nominais.
Desinência Nominal de Gênero: é o elemento que indicam o gênero (masculino ou feminino) das palavras. Portanto, essa desinência só existe para indicar quando a palavra é feminina ou masculina. Logo, se a palavra não tiver variações de gênero (se não tiver uma versão feminina ou uma versão masculina) então essa palavra não terá desinência nominal de gênero. Tome cuidado para não confundir essa desinência com vogal temática.
Desinência X Vogal Temática: como visto no Exemplo 3 no tópico anterior, palavras que possuem um único gênero (isto é: só podem ser femininas ou só podem ser masculinas) não terão desinência nominal de gênero (elas podem ter vogal temática).
Desinência Nominal de Número: é o elemento que indica o número da palavra, ou seja: indica se a palavra está no singular ou no plural.
Desinência Verbal: é o elemento que indica o número, a pessoa, o tempo e o modo da conjugação do verbo. Portanto, para entender esse assunto, você precisa saber os conceitos básicos de conjugação verbal. A desinência verbal pode ser de dois tipos: número-pessoal (indica o número e a pessoa do verbo conjugado) e modo-temporal (indica o modo e o tempo do verbo conjugado).
Revisão de Verbos: número e pessoa (pule esse tópico se considerá-lo desnecessário)
Os verbos são conjugados de acordo com as pessoas do discurso. “Eu” é a primeira pessoa, “tu” é a segunda pessoa e “ele” é a terceira pessoa. Essas pessoas podem estar no singular (eu, tu, ele) ou então no plural (nós, vós, eles). Portanto, temos: primeira pessoa do singular (eu), primeira pessoa do plural (nós), segunda pessoa do singular (tu), segunda pessoa do plural (vós), terceira pessoa do singular (ele), terceira pessoa do plural (eles). 
Desinência Verbal Número-Pessoal: como foi dito antes, essa desinência indica somente o número (singular ou plural) e a pessoa (eu, tu ou ele) da conjugação de algum verbo. Ela não indica qual é o modo nem o tempo (pode ser futuro, presente ou pretérito).
Exemplo: A letra “o” ao final dos verbos indica que o verbo está conjugado na primeira pessoa do singular (eu): eu canto, eu parto, eu viajo, eu compro, eu vendo, etc. Portanto, essa letra “o” é uma desinência verbal número-pessoal (indica o número e a pessoa). A letra “s” ao final dos verbos indica que o verbo está conjugado na segunda pessoa do singular (tu): tu cantas, tu partes, tu viajas, tu compras, tu vendes, etc. Nesses casos, a letra “s” é uma desinência verbal número-pessoal. A desinência “mos” indica a conjugação na primeira pessoa do plural (nós): nós cantamos, nós partimos, nós viajamos, etc. A desinência “is” indica a conjugação na segunda pessoa do plural (vós): vós cantais, vós partis, vós viajais, etc. A desinência “m” indica a conjugação na terceira pessoa do plural (eles): eles cantam, eles vendem, etc. Observação: a desinência número-pessoal não indica o tempo nem o modo que o verbo está conjugado.
Revisão de Verbos: Tempo e Modo (pule esse tópico se considerá-lo desnecessário)
Os verbos, além do número (singular ou plural) e da pessoa (eu, tu, ele), também podem variar quanto ao tempo ou quanto ao modo. O tempo pode determinar uma ação no futuro (cantarei), no presente (canto) ou no passado (cantei), sendo que o passado é chamado de “pretérito”. Já o modo indica o modo em que a ação verbal está sendo executada: pode ser uma ordem ou um pedido no modo imperativo (canta tu), pode ser uma dúvida (se eu cantar) ou então uma afirmação (eu canto).
Desinência Verbal Modo-Temporal: é a desinência verbal que indica o modo e o tempo da conjugação do verbo.
Vogais e Consoantes de Ligação: são elementos que apenas ligam os morfemas entre si para facilitar a pronunciada palavra. 
Formação por Composição: é a formação das palavras compostas, ou seja, das palavras que possuem mais de um radical (couve-flor, passatempo, beija-flor, etc). A formação da palavra composta pode ser por justaposição ou por aglutinação.
Composição por Justaposição: a palavra é formada por dois ou mais elementos e não ocorre alterações na pronúncia. Exemplo: couve-flor (couve + flor), girassol (gira + sol), pé de moleque (pé + de + moleque), bem-me-quer (bem + me + quer). Note que, nesses exemplos, não ocorre alteração na pronúncia dos elementos “somados”.
Composição por Aglutinação: a palavra é formada por dois ou mais radicais e ocorre alterações na pronúncia. Exemplo: planalto (plano + alto). Note que a pronúncia foi alterada (o “plano” se aglutinou ao “alto”, formando “planalto”, mudando a pronúncia de “plano”). Outros exemplos: petróleo (pedra + óleo), cabisbaixo (cabeça + baixo).
Formação por Derivação: é a formação das palavras simples (que possuem apenas um radical). A Derivação pode ser dos seguintes tipos:
Derivação Prefixal: ocorre com o acréscimo de prefixos à palavra. Exemplo: injustiça (in + justiça), reescrever (re + escrever).
Derivação Sufixal: ocorre com o acréscimo de sufixos à palavra. Exemplo: lealdade (leal + dade), principalmente (principal + mente).
Derivação Prefixal e Sufixal: ocorre o acréscimo de prefixo e de sufixo ao mesmo tempo (e se um dos dois for retirado então uma nova palavra será formada). Exemplo: infelizmente (in + feliz + mente). Note que, se você tirar somente o prefixo ou somente o sufixo a palavra se transformará em outra palavra (felizmente, infeliz).
Derivação Parassintética: ocorre o acréscimo de prefixo e de sufixo ao mesmo tempo e a palavra só existe com os dois ao mesmo tempo.  Exemplo: empobrecer (em + pobre + cer). Se tirarmos apenas o prefixo ou apenas o sufixo a palavra deixa de ter sentido (não existe “empobre” nem “pobrecer”). Essa é a diferença entre a Derivação Parassintética e a Derivação Prefixal e Sufixal.
Derivação Regressiva: geralmente ocorre quando um verbo se transforma num substantivo. Exemplos: o canto (de cantar), a dança (de dançar), o nado (de nadar), a venda (de vender).
Reduplicação: a palavra é composta por radicais repetidos (ou semelhantes). Exemplo: tico-tico, tique-taque, papai.
Conversão: de acordo com o contexto, a palavra se converte em outra classe gramatical.  Exemplo: “O nome do meu cachorro é Coragem (substantivo)”, “eu tenho coragem (adjetivo)”.
Abreviação: a palavra é reduzida a uma ou duas sílabas. Exemplo: foto (de fotografia), moto (de motocicleta), pneu (de pneumático).
Sigla: a palavra é representada pelas suas iniciais. Exemplo: PSDB (Partido Social Democrata Brasileiro).
Hibridismo: a palavra é formada por elementos de diferentes origens. Exemplo: Sociologia (latim e grego), automóvel (grego e latim), burocracia (francês e grego). 
Letra e fonema: o fonema é o som verdadeiro das palavras (do modo em que as pronunciamos) e a letra é a representação gráfica desses fonemas. O número de fonemas não tem relação com o número de letras. Uma palavra pode ter mais ou menos letras do que fonemas (ou então pode ter o mesmo número de letras e de fonemas). Para saber o número de fonemas, você precisa pensar na palavra exatamente como ela é pronunciada (CAZA, OTEL, TÁCSI). Então, basta contar (CAZA tem quatro fonemas, OTEL tem quatro fonemas e TÁKSI tem cinco fonemas). 
Semivogal: é a vogal que tem som de “i” ou de “u” quando ela aparece ao lado de outra vogal numa mesma palavra (leia isso até entender bem porqueesse conceito é muito importante).
Ditongo: é o encontro de uma vogal com uma semivogal na mesma sílaba. Exemplos: rei, água, céu, boi, pátria, pai, baixo, etc.
Ditongo Crescente: a semivogal aparece antes da vogal. Ex: água.
Ditongo Decrescente: a semivogal aparece depois da vogal. Ex: pai.
Ditongo Nasal: o som passa pelas narinas (e se você tapá-las o som se altera). Ex: mãe
Ditongo Oral: o som não passa pelas narinas (vai direto pela boca). Ex: boi.
Os ditongos orais podem ser fechados (boi, doido) quando o som é fechado (“bôi”, “dôido”) ou abertos (pai, ideia) quando o som é aberto (“pái”, “idéia”). 
Hiato: é o encontro de duas vogais em sílabas separadas. Ex: saída (sa-í-da), hiato (hi-a-to).
Tritongo: é o encontro entre duas semivogais e uma vogal (a vogal fica entre as duas semivogais). Ex: Uruguai, Paraguai, saguão.
Encontros Vocálicos: são os encontros de vogais (ou de vogais com semivogais) numa palavra. Portanto, os ditongos, os tritongos e os hiatos são encontros vocálicos.
Dígrafo: ocorre quando duas letras passam a ter um único fonema. São elas: RR, SS, CH, LH, NH, GU, QU, SC, XC, SÇ. Ex: carroça, passarinho, chato, alho, foguete, nascer.
Encontros Consonantais: são os encontros entre consoantes numa mesma palavra (na mesma sílaba ou não). Ex: praia, pneu, advogado, ritmo, digno.
Nasalizações: as letras M e N nasalizam a letra anterior, alterando, assim, os fonemas, podendo formar ditongos (encontro entre uma vogal e uma semivogal) ou dígrafos (duas letras formando um único fonema). Vamos ver, agora, esses dois casos.
Caso 1 – “AM” e “EM”, em final de palavra, formam ditongos. Ex: CANTAVAM (pois se entende “CANTAVÃU”, com o A nasalizado), BEM (pois se entende “BÊI”, com o E nasalizado).
Caso 2 – “M” e “N” formam dígrafos quando nasalizam a vogal anterior (vogal nasal). Ex: A palavra TONTO tem cinco letras, porém tem quatro fonemas, porque entendemos “TÕTO”, ou seja: o “N” nasaliza a vogal “O”. Isso quer dizer que o som de “ON” é um só. Duas letras (ON) com um som (Õ) formam um dígrafo.  
Regência Verbal: é o estudo da transitividade verbal. Em outras palavras, a regência verbal ajuda a descobrir se um verbo é transitivo, intransitivo ou de ligação. Explicando Melhor: os verbos podem ser transitivos diretos (quando exigem um complemento sem o uso da preposição), transitivos indiretos (quando exigem um complemento com o uso da preposição), intransitivos (quando não exigem nenhum complemento) ou podem ser verbos de ligação (quando expressam estado ao invés de expressarem ação).
Exemplo 1: Comprei um livro. O verbo “comprar” é transitivo porque exige um complemento (“um livro”) sem o uso de nenhuma preposição.
Exemplo 2: Nós precisamos de livros. O verbo “precisar” é transitivo porque exige um complemento (“livros”) com o uso de uma preposição (“de”).  
Exemplo 3: Joãozinho morreu.  O verbo “morrer” é intransitivo porque não precisa de complemento.
Exemplo 4: Joãozinho está feliz. O verbo “estar” é um verbo de ligação porque não expressa ação, mas sim estado. Outros exemplos de verbos de ligação: “ser”, “permanecer”, “continuar”.
Agora, vamos ver a regência de alguns verbos. Não estranhe porque alguns verbos podem ter significados que você desconhecia.
Agradar: se o verbo tiver o sentido de “dar agrado”, ele será transitivo indireto. Porém, esse verbo também pode ter o sentido de “acariciar” e, nesse caso, ele será transitivo direto.
Exemplo 1: A mãe agradou o filho. Nesse caso, o verbo é transitivo indireto (“dar agrado”).
Exemplo 2: A mãe agradou aos cabelos do filho. Nesse caso, o verbo é transitivo direto (a mãe acariciou os cabelos do filho, ou seja: “fez carinho” nos cabelos).
Concordância Verbal: é a concordância estabelecida entre o verbo e o seu sujeito ou predicativo.
Concordância Nominal: é a concordância estabelecida entre o substantivo e as palavras ligadas a ele (artigo, numeral, pronome, adjetivo).
Regra Geral: as palavras ligadas ao substantivo concordam em gênero (masculino e feminino) e número (plural e singular) com o ele.
Crase: é a fusão da preposição “a” com o artigo “a” ou também com os pronomes demonstrativos e relativos iniciados com a letra “a” (àquele, àquela, à qual, às quais, etc).  
Explicação
Quando uma preposição “a” (exigida por algum verbo) se encontra com o artigo “a” (que está diante de um nome feminino), a união da preposição com o artigo forma a crase (à). Portanto, para sabermos se nós devemos usar a crase ou não, nós precisamos analisar se ocorre essa união ou não.
Regra da Troca: como a crase é a versão feminina do “ao”, devemos usar a crase se nós usarmos o “ao” caso a palavra feminina seja trocada por uma masculina. Porém, tome cuidado para fazer a troca de modo correto (se você alterar a classe gramatical a regra pode dar errada).   
Regra “Vou a, volto da”: para verbos que dão ideia de deslocamento (ir de um lugar para o outro), devemos usar a crase se, ao usarmos o verbo “voltar”, nós usarmos “da”.
Regra do Pronome Demonstrativo: usamos crase nos pronomes demonstrativos que começam com a letra “a” (aquele, aqueles, aquilo, aquela, aquelas) se aparecer a preposição “a” ao serem substituídos por outros pronomes demonstrativos (isto, este, esta, esse, esses, essas, essa, etc).
Casos onde a crase é obrigatória
1) Devemos usar crase para expressar o horário. Exemplo: “A reunião será às cinco horas”.
Observações: Para tempo passado, devemos usar o verbo “haver”. Exemplo: “a reunião foi há cinco horas”. Para tempo futuro, não usamos crase (apenas a preposição “a”). Exemplo: “a reunião será daqui a cinco horas”.
2) Devemos usar crase nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas formadas por palavras femininas. Exemplos: às vezes, às pressas, à força, à toa, à procura, às custas de, à vontade, à solta, às segundas (às terças, às quartas, às quintas, etc), à beira de, às escondidas, à medida que, etc.
Casos onde a crase é proibida
1) Não usamos crase antes de verbos, antes de pronomes pessoais, de tratamento ou indefinido sou antes de palavras masculinas.
2) Não usamos crase antes da palavra “distância” se a distância não for relevada. Exemplo: “seguiu o rapaz a distância”. Caso a distância seja especificada, então usamos crase. Exemplo: “ficou à distância de dez metros”.
3) Não usamos crase antes da palavra “terra” quando estiver significando chão, solo. Exemplo: “Depois de cruzar o Atlântico, voltei a terra”. Se “terra” significar outra coisa, então usaremos crase. Exemplo: “Depois de cruzar a galáxia, voltei à Terra (planeta)”. Outro exemplo: “Depois de passar vários anos em outro país, eu voltei à terra natal (lugar de origem)”.
4) Não usamos crase entre palavras repetidas. Exemplos: “boca a boca”, “cara a cara”.
Casos onde a crase é facultativa (pode usá-la ou não)
1) A crase é facultativa antes do nome de mulher. Exemplo: “Entregue isso à Paula” ou “entregue isso a Paula”.
2) A crase é facultativa antes de pronomes possessivos no singular (minha, dela, sua, tua, etc...). Exemplo: “Escrevemos à sua mãe” ou “escrevemos a sua mãe”. Se estiver no plural, devemos escrever “a” ou “às”. Exemplo: “Escrevemos a suas mães” ou “escrevemos às suas mães”.
3) A crase é facultativa depois da preposição até. Exemplo: “Caminharemos até à loja” ou “caminharemos até a loja”.
Revisão de Sílabas Tônica
As palavras oxítonas são aquelas que possuem a última sílaba como a tônica.
As palavras paroxítonas são aquelas que possuem a penúltima sílaba como a tônica.
As palavras proparoxítonas são aquelas que possuem a antepenúltima sílaba como a tônica.
Regras de Acentuação
As regras de acentuação foram feitas para acentuarem o menor número possível de palavras sem causar confusão na pronúncia (tanto que apenas 20% das palavras da Língua Portuguesa são acentuadas). Essas regras se baseiam na quantidade de palavras oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas que existem, bem como as suas terminações.
A maior parte das palavras paroxítonas da Língua Portuguesa termina em A, E, O, EM (ou plurais: as, es, os, ens). Logo, para economizar

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