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2__Movimentos do TGI

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Movimentos do Trato gastrointestinal 
As paredes do Trato gastrointestinal em todos os níveis são musculares e capazes de 
realizar movimentos, estes tem ação direta sobre a ingesta, possuem importantes funções: 
propulsionar o alimento de um segmento para outro; reter a ingesta em determinado 
segmento para possível digestão, armazenamento ou absorção; quebrar o material alimentar 
pra que se misture aos sucos digestivos e circular este alimento para que atinja o máximo de 
superfícies absortivas.a dinâmica de movimento de líquidos não é bem compreendida como 
em outros sistemas, como o cardiovascular, o qual funciona como um sistema de 
bombeamento mecânico: uma bomba central empurra o líquido por um tubo diâmetro 
relativamente fixo. No caso do sistema gastrointestinal a bomba de líquido e o tubo são o 
mesmo órgão, isto torna o estudo da dinâmica de líquidos um pouco mais complexa. O 
movimento da parede do trato digestivo é referido como motilidade, esta pode ser retentiva, 
propulsora ou mista, e o tempo que leva para o material passa de um segmento para outro é 
chamado de tempo de trânsito. Um aumento na motilidade propulsiva diminui o tempo de 
transito e um aumento na motilidade retentora reduz o tempo de transito. 
O primeiro nível de controle da motilidade do sistema gastrointestinal ta relacionado 
às propriedades elétricas intrínsecas da massa muscular lisa; essas propriedades elétrica 
consistem em ondas ondulantes espontâneas de despolarização parcial que correm sobre o 
músculo liso especializado, chamadas de células intersticiais de cajal (CIC), estas formam uma 
treliça de interconexões de células que circundam as camadas de músculo circular e 
longitudinal por toda extensão do trato. As CIC exibem oscilações rítmica e espontânea em 
seus potenciais transelétricos de membrana. São conectadas umas as outras e às células da 
massa muscular lisa como um todo por zônulas de oclusão ou nexos, essas conexões permitem 
o fluxo de íons de uma célula para outra, o movimento resultante leva a propagação de ondas 
parciais de despolarização de membrana celular por meio de um grande número de células; 
dentro das CIC aparecem flutuações nas concentrações de íons de cálcio, responsáveis pelas 
alterações espontâneas na polarização da membrana. A propriedade de ritimicidade elétrica 
espontânea, em combinação com suas conexões a massa muscular lisa dà as CIC seu papel 
como marca-passos elétricos do intestino. 
As CIC iniciam as alterações e assim determinam a origem e direção da propagação. 
Sob circunstâncias normais no TGI as alterações no potencial de membrana se iniciam na 
porção proximal do duodeno e são propagadas no sentido aboral (para longe da boca), ao 
longo do intestino delgado. Essas ondas são chamadas de ondas lentas; no estomago e cólon 
ocorrem em menor frequência, estão presentes em todas as porções do musculo liso, sua 
frequência varia entre as espécies, mas sua presença não. A presença de ondas lentas depende 
apenas das CIC, já a amplitude e frequência são moduladas pelo SNC e endócrino/parácrino. 
As ondas lentas possuem relação importante com as contrações musculares, mas não 
são um estimulo direto para as contrações, as ondas passam constantemente pelo musculo 
liso, quer eles estejam contraídos ou não. As células do musculo liso contraem em associação a 
potenciais de ação ou pulso. Estas são caracterizadas pela despolarização completa da 
membrana por um curto espaço de tempo. Quando o potencial de membrana do musculo se 
aproxima de zero, os potenciais de ação ocorrem os potenciais de ação ocorrem e o musculo 
Carol
Realce
Carol
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Nota
são originadas de células do musculo liso especializado - CIC
Carol
Realce
Carol
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Carol
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Carol
Realce
Carol
Realce
se contrai. As contrações musculares podem ocorrer em frequência não maior que as ondas 
lentas, pois se a passagem de ondas lentas não gerar nenhum potencial de ação o musculo não 
se contrairá. Os padrões de motilidade são programados pelo SNE e coordenados em conjunto 
com as ondas lentas. 
Antes de poder iniciar a digestão, o alimento precisa ser direcionado para o TGI, os 
animais precisam apreendê-los com lábios, dentes ou língua, isto envolve a atividade 
altamente coordenada dos músculos esqueléticos voluntários. O método de preensão varia de 
uma espécie para outra, os cavalos utilizam os lábios, os bovinos a língua, em todos os animais 
domésticos é um processo altamente coordenado que envolve o SNC. A mastigação, ou ato de 
mastigar, envolve ações da mandíbula, língua e bochecha, é a primeira ação da digestão, serve 
não apenas para quebrar as partículas do alimento, mas também para lubrificar e umedecer 
com a saliva. A anormalidade dos dentes é uma causa comum dos distúrbios digestivos em 
animais. A deglutição, ou ato de engolir, ocorre após a mastigação, na deglutição o alimento é 
moldado pela língua e então empurrado para faringe, quando o alimento entra na faringe 
inicia-se a porção involuntária do reflexo de deglutição; as ações involuntarias do processo de 
deglutição ocorrem primordialmente na faringe e esôfago; a faringe é uma abertura comum ao 
sistema digestório e respiratório, a função da faringe é assegurar que somente ar entre no 
sistema respiratório e somente agua e comida entre no sistema digestório, esse reflexo 
envolve a seguinte serie de ações: o palato mole é elevado, alingua é pressionada pelo palato 
duro e a glote é pressionada sob a epligote bloqueando a abertura faríngea. Quando todas as 
aberturas da faringe estão fechadas o bolo alimentar segue em direção ao esôfago, quando o 
alimento atinge o esôfago, o esfíncter esofágico superior relaxa para aceitar o material, os 
nervos motores inferiores, controlam as reações da deglutição. 
O esôfago contem uma camada muscular longitudinal externa e uma camada muscular 
circular interna, ele é o único em que muito da parede muscular é composta da fibra de 
musculo esquelético estriado. Na área de musculatura estriada o plexo mioentérico uma 
função sensorial e atual para coordenar os movimentos da porção de músculo estriado com o 
segmento de musculo liso do esôfago e estomago. O esôfago é constituído de esfíncter 
superior, corpo e esfíncter inferior, o esfíncter superior é chamado musculo cricofaríngeo, 
durante a deglutição ele relaxa, tende a manter aberto o orifício esofágico superior; o corpo do 
esôfago é um canal que transfere o alimento da faringe para o estomago, o alimento é 
propelido por um movimento chamado de peristaltismo, que consiste num anel de constrição 
que se move na parede do órgão tubular, os anéis reduzem ou aumentam o lúmen, 
empurrando o bolo alimentar. O peristaltismo é um tipo universal de motilidade própria do do 
GI em todos os níveis do TGI; quando o alimento atinge a extremidade distal do esôfago o 
esfíncter inferior relaxa e a matéria ingerida entra no estomago; quando a deglutição não esta 
ocorrendo o corpo fica relaxado e os esfíncteres contraídos, impedidndo o refluxo da igesta do 
estomago. No caso de equinos o refluxo da ingesta é raro, pois possuem um arranjo 
anatômico, durante a deglutição o musculo longitudinal do esôfago se contrai encurtando o 
esôfago e abrindo a válvula da junção com o estomago, quando a pressão intragastrica dos 
cavalos esta patologicamente aumentada o estômago se rompe. 
A função do estomago é o alimento ao intestino delgado, há dois aspectos importantes 
nessa função: a velocidade de entrega e a consistência do material, o estomago serve tanto de 
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Realce
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recipiente de armazenamento controlando a velocidade de esvaziamento, como moedor e 
peneira que reduz o tamanho da partícula e libera apenas quando estão quebradas a uma 
consistência compatível com a digestão do intestino delgado. É dividido em duas regiõesfisiológicas, a proximal tem funções armazenamento e a distal de moedor e peneira. Na porção 
proximal a contração é fraca e contínua, nesse local ocorre um reflexo muscular chamado de 
relaxamento adaptativo, devido a ele o estomago pode se dilatar pra aceitas grandes 
quantidades de alimento sem um aumento da pressão intraluminal, ocorre pouca mistura 
neste local, quando o estomago esvazia a tensão na parede aumenta e o alimento é 
empurrado distalmente. O estomago distal é conhecido como antro, há uma intensa atividade 
de ondas lentas e as contrações musculares estão presente com frequência; as partículas que 
deixam o estomago tem menos de 2 mm as maiores voltam para o antro para passagem na 
onda peristáltica, o antro serve não apenas para propelir o alimento, mas talvez mais 
importante para triturar e misturar o alimento. 
A motilidade do estomago é controlada pelo controle neuro-humoral. Os efeitos do 
estimulo vagal nas porções proximal e distal são opostos, na proximal a atividade vagal 
suprime as contrações e leva ao relaxamento e na porção distal o estimulo vagal causa uma 
atividade peristáltica intensa. O estimulo vagal da motilidade antral é mediado pela 
acetilcolina o mediador proximal não esta estabelecido. A expectativa pelo consumo causa um 
estimulo vagal no estomago, e assim prepara o estomago para receber a refeição, as 
alterações do TGI que se originam no SNC são chamadas de fase cefálica da digestão, esta é 
aumentada quando o alimento entra no estomago. Ainda não se estabeleceu o papel xato dos 
hormônios a gastrina parece aumentar a motilidade, a CCK, secretina e o peptídeo gástrico 
inibitório parece suprimir a motilidade gástrica, a velocidade pela qual o alimento deixa o 
estomago deve ser compatível com a velocidade para este ser digerido e absorvido no 
intestino, assim existem reflexos que regulam o esvaziamento gástrico e permite ao estomago 
servir como local de armazenamento, os receptores destes reflexos estão no duodeno e são 
ativados pelo baixo pH, alta osmolalidade e presença de gordura; o controle do reflexo do 
esvaziamento é referido como reflexo enterogastrico, ele controla o esvaziamento gástrico 
pelo controle da motilidade estomacal, esta afeta de forma diferente o esvaziamento de 
sólidos e líquidos, a velocidade com que os sólidos são expelidos é regulada pela velocidade 
com que eles são quebrados no tamanho idela para passar pelo piloro, isto é controlado pela 
motilidade do antro; o material liquido deixa o estomago mais rapidamente. A atividade de 
mistura no estomago proximal é mínima, a tensão aumentada na parede do corpo do 
estomago força o liquido para o antro, o liquido deixa rapidamente o antro, dependendo da 
atividade do piloro. Assim a motilidade do corpo parece ser responsável pelo esvaziamento de 
líquidos e a do antro pelo esvaziamento de sólidos. Alguns tipos de materiais ingeridos não são 
reduzidos a partículas menores que 2 mm, para limpar o estomago existe um padrão de 
motilidade especial: o complexo interdigestivo de motilidade, associado a ele o piloro relaxa e 
quando a onda peristáltica passa leva o material para o duodeno. 
O vomito é um reflexo complexo coordenado pelo troco cerebral, e esta associado as 
seguintes ações: relaxamento do musculo do estomago e esfíncter esofágico inferior, 
contração da musculatura abdominal, expansão da cavidade torácica, abertura do esfíncter 
esofágico superior e motilidade anti peristatltica – move a ingesta para a boca. O estimulo 
aferente do reflexo do vomito vem de um grande numero de receptores, o estimulo desses 
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receptores envia sinais ao centro do vomito no tronco cerebral, o centro do vomito recebe 
inervações de uma variedade de órgão, portanto o vomito é um sinal inespecífico de doença. A 
motilidade do intestino delgado ocorre em 2 fases: primeiro durante o período digestivo, após 
a ingestão do alimento e segundo durante o período interdigestivo, quando a pouco alimento 
no trato. Há dois padrões de motilidade na fase digestiva: propulsor e não-propulsor referido 
como segmentação que resulta de contrações localizadas no musculo circular, essa ação 
mistura o conteúdo intestinal com os sucos digestivos e circula-os sobre as superfícies 
absortivas. A fase propulsora é constituída por contrações peristálticas que migram pelo 
intestino estas passam por curtos segmentos e então morrem, assim a ingesta é empurrada 
por uma curta distância. A fase interdigestiva é caracterizada por ondas de poderosas 
contrações peristálticas que progridem por grandes extensões do intestino delgado, são 
chamadas complexo motor migrante, tem função de faxineira, empurra o material não 
digerido para fora do ID, este pode ser importante no controle da população bacteriana da 
porção superior do trato. O cólon é intensamente colonizado por um numero de bactérias. 
O esfíncter ileocecal evita o movimento retrogrado dos conteúdos, este consiste de 
um anel bem desenvolvido e permanece constrito a maior parte do tempo. 
O cólon possui múltipla funções: armazenamento de água e eletrólitos, 
armazenamento de fezes e fermentação da matéria orgânica que escapa. Sua importância 
varia de acordo com a espécie; o principal determinante do tamanho do cólon é a importância 
da fermentação colônica para as necessidades energéticas; o cavalo e o coelho fazem largo uso 
dos produtos da fermentação para as necessidades nutricionais e possuem cólons grande e 
complexos. Há similaridade no cólon dos animais, é a atividade de mistura, esta é proeminente 
em todas as espécies. Em muitas espécies a segmentação colônica é pronunciada como no 
cavalo, resulta em formação de saculações, conhecidas como haustras. Uma característica 
particular da motilidade do colon é o antiperistaltismo, que causa intensa atividade de mistura. 
A motilidade do ceco equino consiste sem segmentação ativa e mistura. A forma esférica 
casrterista das fezes representa a intensa motilidade tipo segmentação no cólon menor onde 
são formadas; o ruminante e suíno tem ceco de comprimento intermediário. 
A abertura anal é constituída por dois esfincters um interno de musculo liso e um 
externo de musculo estriado , o interno recebe inervação parassimaptica e o externo 
simpática; na maioria das espécies o estimulo simpático resulta em constrição e o 
parassimpático em relaxamento. 
A entrada das fezes no reto é acompanhado por relaxamento no esfíncter anal interno, 
seguido por contrações peristálticas do reto, isto é conhecido como reflexo retoesfincterico, é 
uma parte importante do ato da defecação. 
Algumas particularidades das aves afeta a motilidade. 
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