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DINÂMICAS DO ENSINO DE ARTES - RITA

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DINÂMICAS DO ENSINO DE ARTES:
INCERSÃO NA UNIDADE ESCOLAR.
Rita de Cássia Waltrick Rodrigues
Professora Flávia Warmling Branco
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
ARTES (ART-0224) 
22/11/2017
RESUMO
Esta produção acadêmica tem por objetivo explicitar a minha inserção e experiência no meio escolar do Colégio Industrial de Lages, como graduanda do curso de artes, entendendo o funcionamento da unidade, seus projetos político-pedagógicos, participando do andamento das atividades da disciplina de artes em sala de aula, junto à professora Alice Hoog.
Palavras – Chaves: Educação, docência, artes.
1 INTRODUÇÃO
	Entrar no ambiente escolar como um futuro professor e não mais como aluno, fez perceber que aquele sonho antes longínquo, hoje se torna cada vez mais próximo de se tornar realidade. O Estágio dessa forma é indispensável na formação de docentes nos cursos de licenciatura é um processo de aprendizagem necessário a um profissional que deseja realmente estar preparado para enfrentar os desafios de uma carreira e deve acontecer durante todo o curso de formação acadêmica, no qual os estudantes são incentivados a conhecerem espaços educativos entrando em contato com a realidade sociocultural da população e da instituição. 
	Observar os problemas, dificuldades que englobam toda a estrutura escolar, mostra o quão é difícil se torna essa profissão, onde todos os dias se aprende e não somente se ensina.
	Além disso, o aprendizado é muito mais eficiente quando é obtido através da experiência; na prática o conhecimento é assimilado com muito mais eficácia, tanto é que se torna muito mais comum ao estagiário lembrar-se de atividades durante o percurso do seu estágio do que das atividades que realizou em sala de aula enquanto aluno. Na efetiva prática do estágio, o estagiário tem a possibilidade de entender vários conceitos que lhe foram ensinados apenas na teoria. Por isso, deve-se perceber no estágio uma oportunidade única e realizá-lo com determinação, comprometimento e responsabilidade. Seria apenas um desgaste caso não houvesse interesse em aprender e preparar-se para a futura profissão.
2 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
	A escolha do Colégio Industrial de Lages para servir como experiência na área de atuação como professora foi bastante enriquecedora, pois tive a oportunidade de conhecer a sala de aula e as dinâmicas da disciplina de artes junto aos alunos, oportunizando a tão fundamental inserção no meio escolar e da disciplina a qual escolhi para atuar. A educação é responsável pela transformação e desenvolvimento social, por isso a necessidade e importância do futuro professor ter consciência de estar abraçando algo que vai exigir dele uma entrega de corpo e alma. E neste contexto, o professor necessita ter sede de ensinar e esta realidade se efetivará se o aluno buscar um comprometimento com sua prática. Conforme Cury (2003, p.55) “educar é acreditar na vida, mesmo que derramemos lágrimas. Educar é ter esperança no futuro, mesmo que os jovens nos decepcionem no presente. Educar é semear com sabedoria e colher com paciência. Educar é ser um garimpeiro que procura os tesouros do coração”.
Tive por princípio minha teoria de que a educação pública é o fator principal e agente transformador em uma sociedade, teoria esta, que permeia as brilhantes explanações de grandes nomes como Paulo Freire, Nelson Mandela e tantos outros que lutaram pela educação. Como afirma Cury (2003, pg. 65):
Os educadores, apesar das suas dificuldades, são insubstituíveis, porque a gentileza, a solidariedade, a tolerância, a inclusão, os sentimentos altruístas, enfim todas as áreas da sensibilidade não podem ser ensinadas por máquinas, e sim por seres humanos.
	A partir de tal, o estágio permite ao estagiário compreender que a formação de um professor e o campo de atuação, que é a escola, envolve diversos aspectos, como as relações com os alunos, os pais, os professores, funcionários, coordenadores, supervisores e tantos outros agentes da escola, inserindo-o na realidade da vivência escolar, dando-lhe a base iniciante de sua carreira. É o estágio de observação que definirá a visão do professor sobre o seu campo de trabalho, sobre o local e as pessoas com quem irá realizar suas funções. 
	Por meio da observação, o graduando pode refletir e vislumbrar futuras ações pedagógicas, visto que, o estágio oferece um momento privilegiado em que o estudante aprende e vai aprendendo como a realidade escolar funciona. “Enquanto campo de conhecimento, o estágio se produz na interação dos cursos de formação com o campo social no qual se desenvolvem as práticas educativas” (PIMENTA e LIMA, 2004, p. 6).
Através disso, entende-se o papel do professor no processo ensino/aprendizagem mostrando como deve ser permeada sua prática: não como um mero transmissor de informações, mas como um gerenciador do conhecimento, valorizando a experiência e o conhecimento internalizado de seu aluno na busca de sua formação como pessoa capaz de pensar, criar e vivenciar o novo, assim como da formação de sua cidadania.
O professor medeia à relação ativa do aluno com a matéria, inclusive com os conteúdos próprios de sua disciplina, mas considerando o conhecimento, a experiência e o significado que o aluno traz à sala de aula, seu potencial cognitivo, sua capacidade e interesse, seu procedimento de pensar, seu modo de trabalhar. Nesse sentido o conhecimento de mundo ou o conhecimento prévio do aluno tem de ser respeitado e ampliado. Libâneo (1998, p.29).
Ressalta-se a importância do professor na realização de sua prática educativa e sua realização com a escola e com o aluno; assim como o papel da escola e a relevância da família para que a aprendizagem seja concretizada.
2.1 CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA
	A Escola de Educação Básica Industrial de Lages localiza-se na Av. Dom Pedro II, nº 2555, Bairro Vila Nova em Lages-SC, tendo iniciado suas atividades em 16 de março de 1964, fortemente marcada pela introdução do ensino técnico que visava a profissionalização em pleno regime ditatorial militar pelo qual passava o Brasil, corroborando com o próspero momento econômico da cidade de Lages, que vivia o auge do ciclo madeireiro e expansão industrial. Em seu início, a escola atendia somente alunos do sexo masculino, sendo somente na segunda metade da década de setenta que surgiram as turmas com alunas mulheres. Segundo ex-professores e ex-alunos, a arquitetura da escola foi um projeto do renomado arquiteto Oscar Neyemaier, embora não comprovado documentalmente. Atualmente, a escola tem como seu diretor, o Sr. Armando José Duarte, e Assessores as Sras. Magna Sirlene Souza de Farias e Denise Aparecida Araújo Zampieri, contando com o seguinte quadro: 05 serventes para a manutenção e limpeza, 29 professores e 23 salas de aula, contando com 418 alunos de ensino fundamental e 467 alunos de ensino médio, distribuídos nos três turnos, sendo 22 turmas no período matutino, 08 turmas no vespertino e 03 no noturno. Dentro de sua magnífica estrutura, abriga ainda três belos mosaicos do artista Martinho de Haro, considerados patrimônios históricos e culturais.
	A escola fundamenta-se na proposta de que a educação escolar deve exercitar a democracia e a cidadania, enquanto direito social, através da apropriação e a produção de conhecimentos. Para tanto, faz-se necessária a busca de uma sociedade isenta de seletividade e discriminação, libertadora, crítica, reflexiva e dinâmica, onde homens e mulheres sejam sujeitos de sua própria história.
	A escola cidadã defende a educação de acordo com a realidade local, respeitando as características histórico culturais de cada comunidade sem perder a visão global, embasada em princípios de ética, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência e solidariedade em busca do pleno desenvolvimento da dignidade humana com equidade e justiça social, possibilitando ao educando acesso e permanência na escola, que deve cumprir um tripé econômico, social e político, estruturados nos alicerces: Aprender e conhecer;aprender e realizar; aprender a viver e aprender e ser, reconhecendo o exercício dos direitos humanos, dos deveres e direitos da cidadania e respeito ao bem comum.
3 VIVÊNCIAS DO ESTÁGIO
	Ao decorrer período em que passei na escola, dentre as inúmeras situações que vivenciei, pude observar que o ensino de artes ainda é um tema muito complexo, pois embora haja no currículo um significativo reconhecimento de sua importância no processo ensino e aprendizagem, há inúmeras questões impeditivas para sua efetivação de maneira ampla e contextualizada em sala de aula. Desde o desinteresse dos alunos, ao enxergarem a disciplina como uma espécie de “peso morto”, até mesmo a falta de materiais disponíveis, onde muitas vezes é o próprio professor que os custeia de seus rendimentos. Dessa forma, devido a essa problemática, ainda hoje as aulas de Arte não ultrapassam os cadernos e, consequentemente, são reproduzidos modelos tradicionais, onde a experimentação de diferentes modalidades de conteúdos de Arte, tão relevantes para a formação humana, é deixada de lado.
	Minhas funções dentro da sala de aula, cumuladas com minha experiência na docência, levaram-me a procurar iniciar um trabalho que proporcionasse a reflexão sobre a existência de possibilidades artísticas que, de fato, podem ser exploradas, a fim de levar o aluno a lançar um novo olhar, tanto para as aulas de Artes, como para a arte da vida.
	Através disso, pude notar também o papel do professor como uma engrenagem nesse complexo sistema, que muitas vezes já desgastado, não mais procura modificar suas aulas e trazer algo novo para os alunos. Creio que o docente deve ser o agente incentivador da produção individual ou grupal; estimulador de um olhar crítico; propiciador de um clima que tenha curiosidade, constante desafio perceptivo; qualidade lúdica e alegria; inventor de formas de apreciação da arte; acolhedor de materiais, ideias e sugestões trazidos pelo aluno; formulador de destino para os trabalhos dos alunos; descobridor de propostas de trabalho para desenvolver o processo de criação, reflexão e apreciação de obras de arte; reconhecedor do ritmo pessoal dos alunos; e analisar os trabalhos junto com os alunos, fechando dessa maneira o ciclo de geração de conhecimento e aprendizagem, formando cidadãos conscientes de suas funções na sociedade.
4 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO
	Quando me dei por conta que o meu período na escola estava chegando ao fim, confesso que fiquei um pouco chateada. Nessa curta, porém maravilhosa experiência, pude concluir que foi o momento norteador na minha escolha profissional, pois se alguma dúvida restava sobre ter escolhido ser professora, estas, caíram por terra.	Dentro da grande família que é a escola, cada ser tem sua função, cada pessoa sua determinada atividade e juntas compõem a grande engrenagem da geração e criação de conhecimento, informação e cidadania. Levo comigo a melhor experiência possível, as impressões, com a determinação de um dia tornar-me parte dessa estrutura, de ser uma professora que faça a diferença na vida de seus alunos. Deixo meus sinceros agradecimentos ao Colégio Industrial de Lages, legando aos alunos a sensação do dever cumprido, de ter, por um curto período, despertado em todos eles, a chama do conhecimento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CURY, Augusto Jorge. Pais brilhantes, professores fascinantes. Rio de Janeiro: Sextante, 2003.
LIBÂNEO, José Carlos. Adeus professor, adeus professora?: novas exigências educacionais e profissão docente. São Paulo: Cortez, 1998.
PIMENTA, Selma Garrido e LIMA, Maria Socorro Lucena. Estágio e Docência. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2004.

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