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Questões sobre Farmacologia e Fisiologia

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PROVA ESCRITA TSA 2008 AMARELA 
 
CE.TSA 1 
QUESTÕES DO TIPO S de 01 a 76 
INSTRUÇÕES: Cada questão tem cinco opções (A, B, C, D e E). Marque no cartão de respostas, a 
alternativa correta. 
 
1- Apresenta maior ligação com proteína plasmática: 
A) morfina 
B) esmolol 
C) propofol 
D) lidocaína 
E) pancurônio 
 
Resposta: C 
Comentário: 
Ordem decrescente de ligação proteica dos fármacos acima: propofol -98%; lidocaína – 70%; esmolol – 
55%; morfina – 20-35% e pancurônio – 29%. 
Referências: 
Fernandes F, Ismael PC – Conceitos Farmacocinéticos Fundamentais, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério 
GMB et al. – Tratado de Anestesiologia SAESP, 6a Ed, São Paulo, Atheneu, 2006;207-218 
Hudson RJ, Kenthom TK – Basic Principles of Clinical Pharmacology, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting 
RK – Clinical Anesthesia, 5th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2006;247-274 
 
2- Correlacione o estímulo com a resposta reflexa do sistema nervoso autônomo: 
Alternativa Estímulo Resposta reflexa 
A) compressão do seio carotídeo diminuição da atividade simpática 
B) aumento da pressão de enchimento do átrio direito aumento da atividade parassimpática 
C) tração da musculatura extrínseca do olho diminuição do tônus parassimpático 
D) distensão do reto durante colonoscopia taquicardia 
E) aumento da pressão na parede ventricular esquerda aumento do tônus simpático 
Resposta: A 
Comentário: 
A maior parte dos reflexos cardíacos pode ser desencadeada por estimulação do sistema nervoso 
autônomo. O reflexo barorreceptor ou reflexo do seio carotídeo responde às variações de pressão no seio 
carotídeo e no arco aórtico, cuja resposta é a diminuição da atividade simpática. O reflexo de Bainbridge 
responde às variações da pressão venosa central e do átrio direito por meio do estiramento presente na 
parede atrial e junção cavoatrial. Aumentos do volume intravascular e da pressão de enchimento estimulam 
os receptores que mandam seus impulsos via nervo vago e inibem a atividade parassimpática, aumentando 
a freqüência cardíaca. A compressão do globo ocular ou a tração da musculatura extrínseca do olho 
desencadeiam diminuição da freqüência cardíaca e da pressão arterial sistêmica (reflexo óculo-cardíaco). 
Os impulsos aferentes são enviados pelo nervo ciliar ao gânglio ciliar e pela divisão oftálmica do nervo 
trigêmio ao gânglio de Gasser, que resulta em aumento do tônus parassimpático e bradicardia. O reflexo 
celíaco ou vasovagal corresponde à estimulação de fibras vagais do trato respiratório, à tração do 
mesentério, ou à distensão do reto determinando apnéia, diminuição da freqüência cardíaca e da pressão 
arterial. O aumento da pressão na parede ventricular esquerda determina o aumento do tônus 
parassimpático, com diminuição da pressão arterial, da freqüência cardíaca e vasodilatação coronariana. 
Referências: 
Auler Jr, Messias ERR, Galas FRBG – Fisiologia do Sistema Cardiovascular, em: Cangiani LM, Posso IP, 
Potério GMB et al. – Tratado de Anestesiologia SAESP, 6a Ed, São Paulo, Atheneu, 2006;575-588 
Carlos RV, Cagnolati DC, Galas FRBG et al. – Fisiologia e Farmacologia Cardiovascular, em: Manica J – 
Anestesiologia: Princípios e Técnicas, 3ª Ed, Porto Alegre, Artmed, 2004;243-267 
 
3- Lesão renal que dá origem à anúria com baixa probabilidade de recuperação: 
A) necrose tubular aguda não oligúrica 
B) isquemia cortical 
C) hipoperfusão medular 
D) isquemia medular 
E) hipoperfusão cortical 
Resposta: B 
Comentário: 
A síndrome de hipoperfusão renal poderá levar a alterações renais por vários mecanismos: hipoperfusão 
cortical leva à azotemia pré-renal, diminuindo o volume urinário, quando tratada, com recuperação imediata; 
na hipoperfusão medular (síndrome intermediária), a recuperação é em torno de 1-3 dias; a isquemia 
medular leva à necrose tubular aguda, e esta pode ser de dois tipos – não oligúrica e oligúrica, com 
PROVA ESCRITA TSA 2008 AMARELA 
 
CE.TSA 2 
recuperação de 1-3 semanas e de 2-3 semanas, respectivamente, e a isquemia cortical leva à anúria com 
baixa probabilidade de recuperação. 
Referências: 
Vianna PTG, Castiglia YMM – Fisiologia e Fisiopatologia Renal, em: Manica J – Anestesiologia: Princípios e 
Técnicas, 3ª Ed, Porto Alegre, Artmed, 2004;287-296 
Stoelting RK, Hillier SC – Kidneys, em: Stoelting RK, Hillier SC – Pharmacology & Physiology in Anesthetic 
Practice, 4th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2006;817-830 
 
4- Sinal mais precoce de hipertermia maligna é: 
A) aumento da temperatura 
B) hemoglobinúria 
C) elevação do gás carbônico expirado-final (ETCO2) 
D) instabilidade hemodinâmica 
E) elevação do Ca++ sérico 
Resposta: C 
Comentário: 
O sinal mais precoce que aparece no quadro de hipertermia maligna é a elevação do ETCO2, que é devido 
ao aumento acentuado do metabolismo. Os outros sinais surgem de forma não didática e estão 
relacionados, se tratados ou não, com a progressão ou não da síndrome. 
Referências: 
Amaral JLG, Carvalho RB – Hipertermia Maligna, em: Manica J – Anestesiologia: Princípios e Técnicas, 3ª 
Ed, Porto Alegre, Artmed, 2004;1207-1218 
Simões CM – Hipertermia Maligna, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et al. – Tratado de 
Anestesiologia SAESP, 6a Ed, São Paulo, Atheneu, 2006;1979-1988 
 
5- Na hemorragia intracraniana com perda da reatividade vascular, a pressão de perfusão encefálica 
(mmHg) no transoperatório deve ser mantida em torno de: 
A) 05 
B) 15 
C) 30 
D) 60 
E) 160 
Resposta: D 
Comentário: 
A hemorragia intracraniana e a perda da reatividade vascular aumentam a pressão intracraniana (PIC) e 
reduzem a perfusão; a manutenção da pressão arterial normal é necessária para manter a perfusão 
encefálica. A técnica anestésica deve manter a pressão de perfusão encefálica em PPE > 50 a 60 mmHg. 
Referências: 
Mizumoto N – Anestesia para Neurocirurgia, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et al. - Tratado de 
Anestesiologia SAESP, 6ª Ed, São Paulo, Atheneu, 2006; 1435-1454 
Quah C, Gelb AW, Talke P – Central Nervous System Disease, em: Stoelting RK, Miller RD - Basics of 
Anesthesia, 5th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2007;453-462 
 
6- São complicações cardíacas e respiratórias decorrentes do uso de timolol colírio para tratamento 
de glaucoma: 
A) bradicardia e laringoespasmo fulminante 
B) taquicardia e broncoespasmo moderado 
C) fibrilação atrial e taquipnéia 
D) apnéia súbita, broncoespasmo grave e taquicardia 
E) broncoespasmo e bradicardia 
Resposta: E 
Comentário: 
A aplicação tópica de um betabloqueador, o timolol, no tratamento de glaucoma, foi associada à bradicardia 
e ao broncoespasmo. Pacientes em uso crônico de timolol devem ser considerados, do ponto de vista da 
anestesia, como se estivessem em uso sistêmico de betabloqueador. 
Referências: 
Vanetti LFA – Anestesia para Oftalmologia, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et al. - Tratado de 
Anestesiologia SAESP, 6ª Ed, São Paulo, Atheneu, 2006; 1455-1472 
Cangiani LM – Anestesia em Oftalmologia, em: Manica J - Anestesiologia: Princípios e Técnicas, 3ª Ed, 
Porto Alegre, Art Med, 2004; 910-922 
 
 
 
 
PROVA ESCRITA TSA 2008 AMARELA 
 
CE.TSA 3 
7- Sinal comum à superficialização e ao aprofundamento excessivo do plano anestésico é: 
A) bradicardia 
B) relaxamento muscular 
C) midríase 
D) hipotensão 
E) contratura muscular 
Resposta: C 
Comentário: 
Em plano cirúrgico, as pupilas estão centradas e mióticas. A midríase acompanha tanto a superficialização 
como o aprofundamento excessivo do plano anestésico. 
Referências: 
Amaral JLG – Farmacocinética dos Anestésicos Inalatórios em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et al. - 
Tratado de Anestesiologia SAESP, 6ª Ed, São Paulo, Atheneu, 2006; 781-789 
Saraiva RA – Farmacocinética dos Anestésicos Inalatórios, em: Manica J - Anestesiologia: Princípios e 
Técnicas, 3ª Ed, Porto Alegre, Art Med, 2004; 541-550 
 
8- Classifique em ordem decrescente a potência dos anestésicos inalatórios: 
A) halotano > isoflurano > sevoflurano > desflurano 
B) desflurano >sevoflurano > isoflurano > halotano 
C) halotano > desflurano > isoflurano > sevoflurano 
D) isoflurano > halotano > sevoflurano > desflurano 
E) sevoflurano> isoflurano > desflurano > halotano 
Resposta: A 
Comentário: 
A concentração alveolar mínima (CAM) expressa a potência dos anestésicos inalatórios. Quanto menor a 
CAM, maior a potência do anestésico inalatório. 
Anestésico inalatório CAM 
Halotano 0,74 
Isoflurano 1,17 
Sevoflurano 1,90 
Desflurano 6,00 
Referências: 
Amaral JLG – Farmacocinética dos Anestésicos Inalatórios em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et al. - 
Tratado de Anestesiologia SAESP, 6ª Ed, São Paulo, Atheneu, 2006; 781-789. 
McKay RE, Sonner J, McKay WR – Inhaled Anesthetics, em: Stoelting RK, Miller RD – Basics of Anesthesia, 
5th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2007;77-96 
 
9- Marque o teste mais conveniente para monitorização da anticoagulação, seu valor normal e o 
valor em que deve ser mantido, respectivamente, durante circulação extracorpórea: 
Alternativa Teste de coagulação Valor normal 
(segundos) 
Valor em que deve ser 
mantido (segundos) 
A) tempo de protrombina 10 a 15 < 30 
B) tempo de coagulação ativado 12 a 15 < 45 
C) tempo de coagulação ativado 120 a 150 > 450 
D) tempo de coagulação ativado 120 a 150 < 450 
E) tempo de protrombina 120 a 150 > 450 
Resposta: C 
Comentário: 
Durante a circulação extracorpórea, a monitorização da anticoagulação pode ser realizada por um teste 
simples, rápido e preciso. O mais conveniente para ser realizado na sala de cirurgia é o tempo de 
coagulação ativado, seu valor normal é de 120 a 150 segundos e deve ser mantido acima de que 450 
segundos. 
Referências: 
Auler Jr JOC, Neves FHC - Anestesia em Cardiopatias, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et al. - 
Tratado de Anestesiologia SAESP, 6ª Ed, São Paulo, Atheneu, 2006; 1527-1543 
Cagnolati DC, Carlos RV, Auler Jr JOC – Anestesia em Cirurgia Cardíaca de Adultos em: Manica J - 
Anestesiologia: Princípios e Técnicas, 3ª Ed, Porto Alegre, Art Med, 2004; 794-823 
 
 
 
 
 
 
PROVA ESCRITA TSA 2008 AMARELA 
 
CE.TSA 4 
10- Volume de manutenção (mL.h-1) de fluido intra-operatório necessário em criança eutrófica de 
quatro anos submetida a reimplante ureteral é: 
A) 10 
B) 24 
C) 36 
D) 52 
E) 74 
Resposta: D 
Comentário: 
Necessidades de fluido de manutenção em crianças: 
Peso (kg) Necessidade de fluidos por hora 
< 10 4mL.kg-1 
11-20 40 mL + 2mL. kg-1 > 10 kg 
>20 60 mL + 1mL. kg-1 > 20 kg 
Referências: 
Cravero JP, Kain ZN – Pediatric Anesthesia, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK – Clinical Anesthesia, 
5th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Williams, 2006;1205-1218 
Brett C – Pediatrics, em: Stoelting RK, Miller RD - Basics of Anesthesia, 5th Ed, Philadelphia, Elsevier, 
2007;504-517 
 
11- Criança de dois anos submetida à adenoidectomia, após indução inalatória, o sevoflurano foi 
substituído por isoflurano. Esta substituição, em pacientes pediátricos, pode estar associada à 
ocorrência de: 
A) bradicardia 
B) hipotensão 
C) hipóxia 
D) broncoespasmo 
E) hipertensão 
Resposta: E 
Comentário: 
Em pacientes pediátricos, quando as concentrações de isoflurano são aumentadas rapidamente ou quando 
se procede a troca de sevoflurano para isoflurano, ocasionalmente, observa-se hipertensão. Isso ocorre por 
estimulação de receptores irritantes pulmonares que causam aumento da atividade simpática e 
concomitante estimulação do sistema renina-angiotensina. A redução da concentração de isoflurano 
utilizado inicialmente pode reverter esse efeito. 
Referências: 
Coté CJ - Pediatric Anesthesia, em: Miller RD - Miller´s Anesthesia, 6th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2005; 
2367-2374. 
Tanaka S, Tsuchida H, Nakabayashi K et al. - The effects of sevoflurane, isoflurane, halothane and 
enflurane on hemodynamic responses during an inhaled induction of anesthesia via mask in humans. 
Anesth Analg, 1996; 82:821-826 
 
12- Volume sangüíneo (mL.kg-1) do neonato e da criança de cinco anos varia, respectivamente, de: 
A) 55 e 90 
B) 55 e 50 
C) 75 e 90 
D) 85 e 70 
E) 85 e 55 
Resposta: D 
Comentários: 
A volemia em mL.kg-1 do neonato varia de 80-90; dos 03 aos 12 meses, de 75-80; de 1 a 6 anos, 70-75 e 
maior que 06 anos 65-70. 
Referências: 
Vanzillotta PP – Anestesia em Pediatria, em: Manica J - Anestesiologia: Princípios e Técnicas, 3ª Ed, Porto 
Alegre, Artmed, 2004; 883 -909 
Brett C – Pediatrics, em: Stoelting RK, Miller RD - Basics of Anesthesia, 5th Ed, Philadelphia, Elsevier, 
2007;504-517 
 
 
 
 
 
 
PROVA ESCRITA TSA 2008 AMARELA 
 
CE.TSA 5 
13- Bloqueio neurolítico do plexo celíaco proporcionará maiores benefícios em pacientes com 
câncer de: 
A) próstata 
B) cólon esquerdo 
C) pâncreas 
D) ovário 
E) testículo 
Resposta: C 
Comentário: 
O plexo celíaco abrange as fibras do SNA e sensorial de todas as vísceras abdominais, exceto o cólon 
esquerdo e os órgãos pélvicos. 
Referências: 
Oliveira LF - Tratamento da Dor Crônica, em: Manica J - Anestesiologia: Princípios e Técnicas, 3ª Ed, Porto 
Alegre, Artmed, 2004; 1277-1284 
Lee DJ – Chronic Pain Management, em: Stoelting RK, Miller RD - Basics of Anesthesia, 5th Ed, 
Philadelphia, Elsevier, 2007; 630 –646 
 
14- Em pós-operatório de colectomia, o paciente apresenta taquicardia (135 bpm) com QRS estreito e 
intervalo R-R irregular. O fármaco mais adequado é: 
A) magnésio 
B) lidocaína 
C) adenosina 
D) amiodarona 
E) morfina 
Resposta: D 
Comentário: 
A fibrilação e o flutter atriais são caracterizados pelo QRS estreito e intervalo R-R irregular. O tratamento 
dessas taquiarritmias é feito com uma das seguintes opções: digital, amiodarona, betabloqueadores, 
verapamil, diltiazem ou cardioversão elétrica, nos casos de hipotensão ou freqüência cardíaca maior que 
150 bpm. A adenosina é usada no tratamento das taquicardias supraventriculares (intervalo RR regular). A 
lidocaína e o magnésio são utilizados nas taquicardias ventriculares (QRS alargado). A morfina poderia ser 
usada nas taquicardias sinusais secundárias à dor. 
Referências: 
Ranieri Jr D - Disritmias Cardíacas em Anestesiologia, em: Bagatini A, Vianna PTG, Carraretto AR – Curso 
de Educação à Distância em Anestesiologia. São Paulo, Segmento Farma, 2006;59-90 
Ferez D, Machado RC – Disritmias Cardíacas e Antidisrítmicos, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et 
al. - Tratado de Anestesiologia SAESP, 6a Ed, São Paulo, Atheneu, 2006; 615-654 
 
15- Escolha a terapêutica medicamentosa a ser utilizada em terapia intensiva: 
A) propofol, para sedação de longa duração (>48 horas) 
B) alfentanila, para analgesia de pacientes com estabilidade hemodinâmica 
C) morfina, somente para analgesia de pacientes com instabilidade hemodinâmica 
D) haloperidol, para o controle dos estados de agitação 
E) etomidato em infusão contínua prolongada, para sedação de pacientes com instabilidade hemodinâmica 
Resposta: D 
Comentário: 
O propofol está indicado para sedação de curta duração (< 24horas) em terapia intensiva. A morfina é o 
opióide de escolha para analgesia em terapia intensiva. Entretanto, seu uso em pacientes instáveis é 
limitado pela liberação de histamina. O alfentanil não é opção para sedação em terapia intensiva. O 
haloperidol é o principal agente neuroléptico usado em terapia intensiva, apresenta ação bloqueadora pós-
sináptica em vias dopaminérgicas centrais, com conseqüente melhora nos estados de agitação. Nos 
pacientes com instabilidade hemodinâmica, o etomidato é usado para sedação em procedimentos de curta 
duração, entretanto, seu uso contínuo não é recomendado, devido aos efeitos supressores córtico-adrenal. 
Referências: 
Belseñor FEM, Cicarelli DD – Sedação e analgesia em terapia intensiva. Rev Bras Anestesiol, 2003; 53:680-
693 
Carneiro AF, Silva LGAAN, Bosco FP - Sedação e Analgesia em Unidade de Terapia Intensiva, em: Bagatini 
A, Vianna PTG, Carraretto AR – Curso de Educação à Distância em Anestesiologia. São Paulo, Segmento 
Farma, 2006;137-160 
 
 
 
 
PROVA ESCRITA TSA 2008 AMARELA 
 
CE.TSA 6 
16- No aparelho respiratóriodo idoso, a alteração fisiológica que está aumentada é: 
A) resposta ventilatória à hipóxia 
B) volume residual 
C) elasticidade pulmonar 
D) volume corrente 
E) volume de reserva inspiratória 
Resposta: B 
Comentário: 
Alterações fisiológicas no aparelho respiratório do idoso são: diminuição da resposta ventilatória à hipóxia, 
da elasticidade pulmonar, do volume corrente, do volume de reserva inspiratória, e aumento do volume 
residual. 
Referências: 
Toldo A, Tonelli D, Canga JC – Anestesia e o Paciente Idoso, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et 
al. - Tratado de Anestesiologia SAESP, 6a Ed, São Paulo, Atheneu, 2006; 1657-1669 
Fernandes CR, Ruiz Neto PP – O sistema respiratório e o idoso: implicações anestésicas. Rev Bras 
Anestesiol, 2002;52:461-470 
 
17- Criança de 1 ano, vítima de acidente automobilístico, foi atendida pelo serviço de resgate quando 
se apresentava desperta, bom padrão respiratório, pulsos amplos e boa perfusão periférica. No 
transporte ao hospital, evoluiu com sonolência e diminuição da amplitude dos pulsos. Na admissão 
hospitalar, apresentou bradicardia seguida de assistolia. Medidas iniciais a serem adotadas: 
Alternativa tubo traqueal (No) NaCl 0,9% (ml) adrenalina IV (mcg) 
A) 3,5 100 50 
B) 4,0 50 50 
C) 4,5 200 100 
D) 4,5 500 500 
E) 5,0 20 200 
Resposta: C 
Comentário: 
Os mecanismos que mais freqüentemente levam à parada cardíaca, na criança vítima de trauma, são a 
hipóxia e a hipovolemia. O tratamento inclui intubação traqueal, ventilação, massagem cardíaca, adrenalina 
e infusão de volume. A escolha do número do tubo é feita, levando-se em conta regras como: idade/4 + 4 
ou 16 + idade/4. Em uma criança de 1 ano, são opções adequadas para intubação traqueal os tubos 4,0 e 
4,5. O percentil 50 para peso de uma criança de 1 ano é 10kg. A reposição volêmica recomendada para os 
casos de hemorragia é feita com 20mL.kg-1 de NaCl 0,9%. Essa dose pode ser repetida mais duas vezes 
até o total de 60mL.kg-1. Deve ser considerada a necessidade de hemotransfusã em casos de trauma que 
não respondem à terapia inicial. A dose inicial da adrenalina é de 10 mcg.kg-1. Nos casos de assistolia 
refratária, as doses subseqüentes de adrenalina podem ser maiores (100 a 200mcg.kg-1). 
Referências: 
Abrantes RCG - Reanimação na Criança, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et al. - Tratado de 
Anestesiologia SAESP, 6aEd, São Paulo, Atheneu, 2006; 1939-1959 
American Heart Association - 2005 American Heart Association (AHA) guidelines for cardiopulmonary 
resuscitation (CPR) and emergency cardiovascular care (ECC) of pediatric and neonatal patients: pediatric 
basic life support. Pediatrics, 2006, 117:e989-1004 
 
18- Após a reanimação cardiopulmonar (RCP): 
A) o exame neurológico nas primeiras horas não se correlaciona com a evolução neurológica 
B) nas primeiras 24 horas, a ausência de reflexo ao estímulo doloroso não significa prognóstico ruim 
C) instituir a hipercapnia, com o objetivo de aumentar a pressão de perfusão cerebral 
D) manter sempre a normotermia 
E) usar norepinefrina, que é o fármaco vasoconstritor de escolha para promover proteção visceral 
Resposta: A 
Comentário: 
O exame neurológico nas primeiras horas após a RCP não se correlaciona com a evolução neurológica. 
Pacientes que apresentam ausência de reflexo corneano, pupilar e ao estímulo doloroso nas primeiras 24 
horas têm prognóstico ruim. Manter boa pressão de perfusão cerebral, evitar período de hipoxemia e 
hipercapnia têm grande importância, pois evitam piora da lesão neuronal. O controle cardiovascular pode 
ser obtido com o emprego racional de fármacos vasoativos e controle da volemia. A hipotermia é 
considerada o método mais efetivo de proteção cerebral, quando ocorre o episódio de isquemia global. 
Referências: 
Ferez D - Reanimação Cardiopulmonar, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et al. - Tratado de 
Anestesiologia SAESP, 6a Ed, São Paulo, Atheneu, 2006; 1913-1938 
PROVA ESCRITA TSA 2008 AMARELA 
 
CE.TSA 7 
American Heart Association - 2005 International consensus conference on cardiopulmonary resuscitation 
and emergency cardiovascular care science with treatment recommendations - part 2 – adult basic life 
support. Circulation; 2005;112(22/suppl ): III 5-16 
 
19- Anti-hipertensivo que apresenta atividade bloqueadora alfa e beta: 
A) esmolol 
B) propranolol 
C) timolol 
D) atenolol 
E) labetolol 
Resposta: E 
Comentário: 
Os bloqueadores dos receptores beta-adrenérgicos são também comumente usados no tratamento da 
hipertensão arterial. Devem ser empregados com cautela nos pacientes com doença broncoespástica e com 
insuficiência cardíaca congestiva. O esmolol é cardiosseletivo e parece ter pouco efeito sobre o tônus 
brônquico. O propranolol é o protótipo de fármaco betabloqueador, em relação ao qual, todos os outros são 
comparados. Não é seletivo e não tem atividade simpaticomimética. O timolol é também não cardiosseletivo 
com pouca atividade simpaticomimética intríseca e nenhuma atividade estabilizadora de membrana. O 
atenolol é semelhante ao metoprolol, por ser relativamente cardiosseletivo e não ter atividade 
simpaticomimética intrínseca. O labetolol apresenta atividade bloqueadora em ambos os receptores alfa e 
beta. Os efeitos bloqueadores relativos alfa/beta são dependentes da via de administração. Após 
administração oral, a razão da afinidade alfa-beta é 1:3; contudo, quando administrado por via intravenosa, 
ela é 1:7. Os efeitos alfa são, principalmente, sobre os receptores alfa1, enquanto os efeitos beta não são 
seletivos. 
Referências: 
Lawson NW, Johnson JO – Autonomic Nervous System: Physiology and Pharmacology, em: Barash PG, 
Cullen BF, Stoelting RC – Clinical Anesthesia, 5th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2006;275-
333 
Ferez D, Machado RC – Disritmias Cardíacas e Antidisrítmicos, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et 
al. – Tratado de Anestesiologia SAESP, 6a Ed, São Paulo, Atheneu, 2006;615-654 
 
20- Catecolamina sintética de efeitos direto e indireto com capacidade de produzir estímulos alfa e 
beta agonistas é: 
A) efedrina 
B) metaraminol 
C) noradrenalina 
D) metoxamina 
E) dopamina 
Resposta: A 
Comentário: 
Os agonistas alfa e beta são também denominados simpatomiméticos, por atuarem direta e indiretamente 
sobre os receptores adrenérgicos. A dopamina e a noradrenalina são classificadas como catecolaminas 
naturais. O metaraminol é uma catecolamina sintética que produz efeitos alfa e beta por ação direta e 
indireta. Este fármaco é captado nas terminações pós-ganglionares onde substitui a noradrenalina, 
funcionando como falso neurotransmissor. A metoxamina é uma não catecolamina sintética que age direta e 
seletivamente nos receptores alfa. A efedrina é catecolamina sintética de efeitos direto e indireto com 
capacidade de estimular agonistas alfa e beta. É metabolizada de forma lenta, o que justifica sua ação 
prolongada e utilizada no tratamento das hipotensões arteriais relacionadas na condução dos bloqueios 
neuroaxiais e na manutenção do fluxo uterino. 
Referências: 
Slullitel A – Vasopressores, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et al. – Tratado de Anestesiologia 
SAESP, 6a Ed, São Paulo, Atheneu, 2006;655-666 
Lawson NW, Johnson JO – Autonomic Nervous System: Physiology and Pharmacology, em: Barash PG, 
Cullen BF, Stoelting RC – Clinical Anesthesia, 5th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2006;275-
333 
 
21- Apresenta aumento maior no final do segundo trimestre da gestação: 
A) volume diastólico 
B) volume sistólico 
C) débito cardíaco 
D) resistência vascular sistêmica 
E) pressão arterial diastólica 
PROVA ESCRITA TSA 2008 AMARELA 
 
CE.TSA 8 
Resposta: C 
Comentário: 
As medidas da freqüência, volume de ejeção sistólico, débito cardíaco e pressões sangüíneas são variáveis, 
considerando-se o repouso e as pressões que diminuem a compressão da aorta e da veia cava inferior pelo 
útero gravídico. A freqüência cardíaca se eleva no início da quarta semana de gestação e alcançavalores 
de até 15% ao final do primeiro trimestre, quando comparado com não-gestante. O volume sistólico pouco 
se altera e o diastólico diminui. Logo, nas primeiras semanas de gestação, o débito cardíaco é, sem dúvida, 
a maior modificação funcional do sistema cardiocirculatório. No final do segundo trimestre, o débito cardíaco 
pode aumentar, em média, de 40 a 50%. Durante a gravidez, ocorre diminuição da resistência vascular 
sistêmica em 21%, mantida até a termo. A pressão arterial diastólica diminui mais do que a sistólica. A 
diminuição na diastólica é uniforme, com as diminuições da resistência vascular sistêmica. 
Referências: 
Cavalcanti FC – Considerações Fisiológicas sobre a Gestante e Implicações na Anestesia, em: Cangiani 
LM, Posso IP, Potério GMB et al. – Tratado de Anestesiologia SAESP, 6a Ed, São Paulo, Atheneu, 
2006;1759-1779 
Santos AC, Braveman FR, Finster M – Obstetric Anesthesia, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RC – 
Clinical Anesthesia, 5th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2006;1153-1180 
 
22- Paciente de 20 anos com trauma de tórax, consciente, orientado, dispnéico, taquicárdico, veias 
cervicais distendidas, cianótico e pulso alternante. Conduta apropriada é: 
A) intubação traqueal 
B) drenagem de tórax 
C) toracotomia mediana 
D) pericardiocentese 
E) punção de tórax 
Resposta: D 
Comentário: 
No traumatismo torácico, a presença de estase jugular, taquicardia, bulhas abafadas, veias cervicais 
distendidas e pulso paradoxal ou alternante deve, imediatamente, nos chamar a atenção para o diagnóstico 
de tamponamento cardíaco. O tratamento inicial consiste na drenagem do sangue pericárdico por 
pericardiocentese e administração de líquidos intravenosos. Paciente com pneumotórax hipertensivo, 
comprometendo uma área maior que 50% de um hemitórax, apresenta-se com dispnéia, perda da 
consciência, taquicardia, cianose, agitação, diaforese, congestão venosa no pescoço, desvio traqueal e 
desvio máximo do coração para o lado contralateral, tendo como conduta: punção do tórax e ou drenagem 
do tórax. A intubação traqueal está inicialmente indicada no tratamento de suporte da contusão pulmonar. 
As lesões cardíacas penetrantes, com instabilidade hemodinâmica, necessitam de esternotomia ou 
toracotomia esquerda imediata. 
Referências: 
Capan LM, Miller SM – Trauma and Burns, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RC – Clinical Anesthesia, 
5th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2006;1262-1297 
Freitas JCM, Savaris N – Complicações em Anestesia, em: Manica J – Anestesiologia: Princípios e 
Técnicas, 3a Ed, Porto Alegre, Artmed, 2004;1159-1187 
 
23- Uma motocicleta colide frontalmente com um veículo em alta velocidade. O paciente é levado ao 
pronto-socorro pelo serviço de resgate, com imobilização completa da coluna vertebral, 
inconsciente e reagindo à dor com extensão das extremidades superiores. Não abre os olhos. Sinais 
vitais: PA=150x70mmHg, FC=90bpm e FR=16irpm. Há ferimentos no couro cabeludo e escoriações 
pela face, sem outras lesões externas. A conduta inicial é: 
A) tomografar toda a coluna 
B) instalar acesso venoso central 
C) garantir via aérea definitiva 
D) solicitar hemograma e prova cruzada 
E) puncionar o abdômen e realizar lavado peritoneal 
Resposta: C 
Comentário: 
Aproximadamente 40% das mortes por trauma são causadas por traumatismo craniano. De todas as 
possíveis lesões no cérebro traumatizado, hipotensão e hipóxia têm o maior impacto destrutivo. A 
manutenção da via aérea e o controle da coluna cervical são as primeiras preocupações na avaliação 
destes pacientes. O paciente apresenta traumatismo grave do crânio, com escala de coma Glasgow igual a 
4, necessita da manutenção definitiva da via aérea. A escala de coma de Glasgow baseia-se em três 
parâmetros independentes: abertura de olhos, resposta motora e resposta verbal. Cada parâmetro recebe 
uma pontuação cujo total se situa entre os valores 3 e 15. Assim, qualquer combinação que some 7 ou 
PROVA ESCRITA TSA 2008 AMARELA 
 
CE.TSA 9 
menos está na definição de coma. A manutenção da via aérea deve ser considerada prioridade em relação 
às outras condutas mencionadas. 
Referências: 
Capan LM, Miller SM – Trauma and Burns, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RC – Clinical Anesthesia, 
5th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2006;1262-1297 
Morgan Jr GE, Mikhail MS, Murray MJ – Anesthesia for Neurosurgery, em: Morgan Jr GE, Mikhail MS, 
Murray MJ – Clinical Anesthesiology, 4th Ed, New York, Lange/McGraw-Hill, 2006;631-646 
 
24- É indicação do modo de ventilação não invasiva: 
A) parada cardiorrespiratória 
B) confusão mental 
C) desconforto respiratório com dispnéia intensa 
D) hipersecreção pulmonar 
E) estômago cheio 
Resposta: C 
Comentário: 
A ventilação não invasiva é uma técnica que permite suporte ventilatório sem a necessidade de intubação 
traqueal, fornecendo pressão positiva intermitente nas vias aéreas, através da via aérea superior. Deve ser 
instituída quando a terapia inicial não for bem sucedida e o paciente apresentar desconforto respiratório 
com dispnéia moderada à intensa, com uso da musculatura acessória ou paradoxal. São contra-indicações: 
parada cardiorrespiratória, confusão mental, trauma de face, estômago cheio, incapacidade de manter vias 
aéreas, hipoxemia grave, ansiedade extrema e hipersecreção pulmonar. 
Referências: 
Sawada AY, Malbouisson LMS – Insuficiência Respiratória Aguda, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB 
et al. – Tratado de Anestesiologia SAESP, 6a Ed, São Paulo, Atheneu, 2006;735-741 
Munechika M, Fortis EAF – Ventiladores de Pulmão, em: Manica J – Anestesiologia: Princípios e Técnicas, 
3a Ed, Porto Alegre, Artmed, 2004;394-419 
 
25- Na sedação com propofol, durante anestesia locorregional, para anestesia ambulatorial, pode-se 
afirmar: 
A) contra-indicado previamente à infiltração local 
B) sedação profunda está contra-indicada 
C) infusão contínua permite variação titulável do nível de sedação 
D) a dose recomendada para a sedação consciente é de 0,7mg.kg-1 a cada 3 minutos 
E) doses sub-hipnóticas não previnem náuseas e vômitos 
Resposta: C 
Comentário: 
A sedação com propofol pode ser indicada previamente à infiltração local para abolir o desconforto da 
injeção do anestésico local. A sedação consciente é a mais indicada e promove uma recuperação rápida, 
sem sedação residual. A dose recomendada é de 25 a 100µg.kg.min-1. Doses sub-hipnóticas (10 a 15 mg 
IV) podem ser usadas no pós-operatório para a profilaxia de náuseas e vômitos, com exceção dos origem 
vagal. 
Referências: 
Lichtor JL - Anesthesia for Ambulatory Surgery, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK - Clinical 
Anesthesia, 4th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2001;1217-38. 
Stoelting RK – Nonbarbiturate Induction Drugs, em: Stoelting RK - Pharmacology & Physiology in Anesthetic 
Practice, 3rd Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 1999;140-157 
 
26- Pacientes diabéticos submetidos a cirurgia, em regime ambulatorial: 
A) os hipoglicemiantes orais devem ser substituídos por insulina normal 
B) eletrocardiograma, RX de tórax, glicemia e creatinina plasmática são mandatórios em qualquer idade 
C) a coexistência de doenças respiratórias hiper-reativas não aumenta o risco de internação 
D) está indicada para cirurgias vitreorretinianas, orbitotomias e dacriocistostomias 
E) está contra-indicada em pacientes com neuropatia autonômica avançada 
Resposta: E 
Comentário: 
O esquema de controle da glicemia adotado pelo paciente pode ser mantido, desde que bem controlado e 
em especial nas cirurgias de pequeno porte. Os exames complementares a serem solicitados incluem: Hb, 
Ht, ECG, creatinina, Na+ e K+ plasmáticos e glicemia. O RX de tórax fica reservado para os pacientes 
cardiovasculares. As doenças respiratórias hiper-reativas requerem cuidados especiais, em função do risco 
de broncoespasmo que prolonga a permanência no hospital. As orbitotomias, as dacriocistostomias e as 
cirurgias vítreo-retinianas nãopodem ser programadas, em regime ambulatorial. A co-existência de 
PROVA ESCRITA TSA 2008 AMARELA 
 
CE.TSA 10 
neuropatia autonômica avançada é uma contra-indicação ao regime ambulatorial, pelo risco de instabilidade 
hemodinâmica. 
Referências: 
Cangiani LM - Anestesia Ambulatorial, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et al. - Tratado de 
Anestesiologia SAESP, 6a Ed, São Paulo, Atheneu, 2006;1403-1433 
Cangiani LM, Porto AM - Anestesia ambulatorial. Rev Bras Anestesiol, 2000;50:68-85 
 
27- Tempo de jejum recomendado para lactentes a serem operados, em regime ambulatorial: 
A) não há restrições quanto a líquidos sem resíduos 
B) é de 2 horas após ingestão de leite materno 
C) é de 5 horas após de ingestão de fórmulas alimentares infantis 
D) é 6 horas após ingestão de leite não humano 
E) é de 6 horas após ingestão de chá com torradas 
Resposta: D 
Comentário: 
Lactentes e crianças menores têm pouca reserva de glicogênio hepático, um fator de risco para 
hipoglicemia. Assim, a American Academy of Pediatrics e a ASA recomendam jejum menos prolongado do 
que para os adultos e diferenciado de acordo com o tipo de alimento: 
tipo de alimento Tempo (horas) 
líquidos sem resíduos 2 
leite materno 4 
fórmulas alimentares infantis 6 
leite não humano 6 
alimentação leve 6 
alimentos sólidos 8 
Referências: 
Tonelli D, Santos ETM, Araújo JHL - Anestesia Ambulatorial em Pediatria, em: Bagatini A, Carraretto AR, 
Vianna PT - Curso de Educação à Distância em Anestesiologia. São Paulo, Segmento Farma, 2007;41-61. 
Cravero JP, Rice LJ - Pediatric Anesthesia, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK - Clinical Anesthesia, 
4th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2001;1195-1204 
 
28- Durante a anestesia geral em paciente com dor crônica, medicado com opióides, deve-se 
considerar: 
A) maior sensibilidade às drogas anestésicas 
B) menor risco de abstinência após o uso de agonistas-antagonistas de opióides 
C) maior risco de aspiração de conteúdo gástrico 
D) maior tolerância à dor pós-operatória 
E) resistência ao uso de antiinflamatórios não esteroidais. 
Resposta: C 
Comentário: 
Pacientes que são opióides-dependentes desenvolvem tolerância cruzada às drogas anestésicas em virtude 
da estimulação crônica de receptores. Nesses pacientes, o uso de antagonistas ou de agonistas-
antagonistas de opióides precipita síndrome de abstinência aguda. O tempo de esvaziamento gástrico está 
aumentado e a motilidade intestinal está diminuída, fatores que concorrem para maior risco de aspiração de 
conteúdo gástrico. No pós-operatório, apresentam menor tolerância à dor secundariamente, à menor 
produção de opióides endógenos. A analgesia sistêmica com drogas não-opióides é uma opção e o uso de 
antiinflamatórios não esteroidais é recomendado, salvo nos pacientes que apresentem contra-indicações. 
Referências: 
Brill S, Ginosar Y, Davidson EM - Perioperative management of chronic pain patients with opioid 
dependency. Curr Opin Anaesthesiol, 2006;19:325-331. 
Hernandez M, Birnbach DJ, Van Zundert AAJ - Anesthetic management of the illicit-substance-using patient. 
Curr Opin Anaesthesiol, 2005;18:315-324 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROVA ESCRITA TSA 2008 AMARELA 
 
CE.TSA 11 
29- O gráfico mostra a relação entre o fluxo sangüíneo encefálico (FSE) e a pressão arterial média 
(PAM) em diferentes condições clínicas. Com o auxílio do quadro, identifique a correlação causa-
efeito correta: 
 
Alternativa 1 2 3 4 
A) hipocapnia  aguda hematócrito vasoespasmo nitroprussiato 
B) nitroprussiato  aguda hematócrito vasoespasmo hipocapnia 
C)  aguda hematócrito vasoespasmo hipocapnia nitroprussiato 
D) nitroprussiato vasoespasmo hipocapnia  aguda hematócrito 
E) vasoespasmo nitroprussiato  aguda hematócrito hipocapnia 
Resposta:B 
Comentário: 
O FSE permanece constante quando a PAM varia entre 50 e 150 mmHg. Vasodilatadores encefálicos 
deslocam a curva para valores maiores. Anemia aguda pode deslocar o limite superior para a esquerda. 
Vasoespasmo desloca o limite inferior para a direita. A hipocapnia reduz o FSE, mas preserva a auto-
regulação. 
Referências: 
Mizumoto N – Fisiologia e Fisiopatologia do Sistema Nervoso Central, em: Manica J – Anestesiologia 
Princípios e Técnicas, 3ª Ed, Porto Alegre, Artmed, 2004; 213-226 
Mizumoto N – Anestesia para Neurocirurgia, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et al. – Tratado de 
Anestesiologia SAESP, 6ª Ed, São Paulo, Atheneu, 2006;1435-1454 
 
30- Assinale a correlação correta: 
A) fibra A alfa – tato 
B) fibra A beta – tônus muscular 
C) fibra A gama – motricidade 
D) fibra A delta – propriocepção 
E) fibra C – temperatura 
Resposta: E 
Comentário: 
As fibras mielinizadas A alfa têm a função de motricidade; A beta de propriocepção; A gama de tônus do 
músculo esquelético e A delta, de dor rápida, toque e temperatura. A fibra amielinizada C tem a função de 
transmissão da dor lenta e da temperatura. 
Referências: 
Carneiro AF, Oliva Filho AL, Hamaji A – Anestésicos Locais, em: Turazzi JC, Cunha LBP, Yamashita AM et 
al. – Curso de Educação à Distância em Anestesiologia, 1ª Ed, São Paulo, Office Editora, 2002;99-113 
Liu SS e Joseph Jr RS – Local Anesthetics, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK – Clinical Anesthesia, 
5th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2006; 453-471 
 
31- Agente que facilita o mapeamento dos focos de convulsão, em pacientes epilépticos: 
A) propofol 
B) etomidato 
C) tiopental 
D) midazolam 
E) dexmedetomidina 
Resposta: B 
Comentário: 
O etomidato induz padrão de eletroencefalograma similar ao de pacientes epilépticos, sem o aparecimento 
de atividade motora mioclônica ou tipo convulsão. Esta é uma propriedade útil para mapear os focos de 
convulsão. 
Referências: 
PROVA ESCRITA TSA 2008 AMARELA 
 
CE.TSA 12 
White PF, Romero G – Nonopioid Intravenous Anesthesia, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK – 
Clinical Anesthesia, 5th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2006;334-352 
Patel PM, Drummond JC – Cerebral Physiology and the Effects of Anesthetics and Techniques, em: Miller 
RD – Miller’s Anesthesia, 6th Ed, Philadelphia, Elsevier Churchill Livingstone, 2005; 813-857 
 
32- Considerando o gráfico que representa a relação dose/efeito de três opióides, assinale na tabela 
a correlação apropriada: 
 
Alternativa I II III 
A) Sufentanila Fentanila Buprenorfina 
B) Alfentanila Morfina Fentanila 
C) Fentanila Buprenorfina Morfina 
D) Alfentanila Buprenorfina Fentanila 
E) Buprenorfina Morfina Alfentanila 
Resposta: C 
Comentário: 
Os opióides I e II são agonistas completos (máxima eficácia), sendo que I é o mais potente (menor dose 
para o mesmo efeito). A eficácia de II é menor, caracterizando um agonista parcial. Portanto I, II e III são 
fentanila, buprenorfina e morfina, respectivamente. 
Referências: 
Fernandes F, Ismael PC, Oliveira S et al. – Conceitos Farmacodinâmicos Fundamentais, em: Cangiani L, 
Posso IP, Potério GMB et al. – Tratado de Anestesiologia SAESP, 6ª Ed, São Paulo, Atheneu, 2006; 219-
220 
Coda BA – Opioids, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK – Clinical Anesthesia, 5th Ed, Philadelphia, 
Lippincott Williams & Wilkins, 2006;353-383 
 
33- A incorporação dos anestésicos locais em lipossomas resulta em: 
A) aumento da duração da anestesia 
B) aumento da toxicidade cardiovascular 
C) início de ação mais rápido do bloqueio nervoso 
D) aumento da potência do anestésico local 
E) diminuição do bloqueio nervoso diferencial 
Resposta: A 
Comentário: 
Para aumentar a duração do bloqueio, os anestésicos locais estão sendo encapsulados em lipossomas. A 
função dos lipossomas, como veículos, é liberar determinadas concentrações de fármacos em alvos 
específicos, evitando a toxicidade sistêmica. Estudos com utilização de bupivacaína em lipossomas 
mostram aumento da duração da anestesia, do bloqueio nervoso diferencial (potencialização da analgesia 
sem bloqueio motor) além de permitir o controle dos níveis sistêmicos do fármaco. 
Referências: 
CarneiroAF, Oliva Filho AL, Hamaji A – Anestésicos Locais, em: Turazzi JC, Cunha LBP, Yamashita AM et 
al. – Curso de Educação à Distância em Anestesiologia, 1ª Ed, São Paulo, Office Editora, 2002;99-113 
Araújo DR, Pinto LMA, Braga AFA et al. - Formulações de anestésicos locais de liberação controlada: 
aplicações terapêuticas. Rev Bras Anestesiol 2003;53:663-671 
 
34- A retenção urinária pelo uso de opióide no neuroeixo é: 
A) mais freqüente no idoso 
B) dose dependente 
C) revertida pela naloxona 
D) decorrente da contração do músculo detrussor da bexiga 
E) desencadeada pela ativação do sistema nervoso parassimpático sacral 
Resposta: C 
Comentário: 
PROVA ESCRITA TSA 2008 AMARELA 
 
CE.TSA 13 
A retenção urinária decorrente da utilização de opióide no neuroeixo é mais freqüente no jovem, não é dose 
dependente, ocorre por relaxamento do músculo detrussor da bexiga, envolve inibição do sistema nervoso 
parassimpático e é revertida pela naloxona. 
Referências: 
Ganem EM, Hamaji A, Neves JFNP – Adjuvantes e Aditivos de Fármacos Introduzidos no Neuroeixo, em: 
Duarte NM, Bagatini A, Anzoategui LC – Curso de Educação à Distância em Anestesiologia, São Paulo, 
Segmento Farma, 2005:51-63 
Stoelting RK, Hillier SC – Opioid Agonists and Antagonists, em: Stoelting RK, Hillier SC - Pharmacology & 
Physiology in Anesthetic Practice, 4th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2006:87-126 
 
35- A administração de opióide no neuroeixo relaciona-se a: 
A) esvaziamento gástrico acelerado 
B) aumento do tremor 
C) poliúria 
D) midríase 
E) reativação de herpes labial 
Resposta: E 
Comentário: 
Os opióides no neuroeixo podem retardar o esvaziamento gástrico, provavelmente por interação com 
receptores opióides da medula. Podem causar diminuição da temperatura corporal, por inibição do tremor. A 
oligúria é decorrente da retenção de água, por liberação de vasopressina estimulada pela migração do 
opióide no líquor. Existe ligação entre a utilização de morfina peridural em pacientes obstétricas e a 
reativação de herpes labial, provavelmente por interação com o nervo trigêmio. 
Referências: 
Stoelting RK, Hillier SC – Opioid Agonists and Antagonists, em: Stoelting RK, Hillier SC - Pharmacology & 
Physiology in Anesthetic Practice, 4th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2006:87-126 
Ganem EM, Hamaji A, Neves JFNP – Adjuvantes e Aditivos de Fármacos Introduzidos no Neuroeixo, em: 
Duarte NM, Bagatini A, Anzoategui LC – Curso de Educação à Distância em Anestesiologia, São Paulo, 
Segmento Farma, 2005;51-63 
 
36- Considerando a farmacocinética dos fármacos: 
A) quando o pKa e o pH de um fármaco são idênticos, uma metade encontra-se ionizada e a outra metade 
não ionizada 
B) os opióides são altamente ionizados em pH básico 
C) os pulmões exercem grande importância na captação de drogas hidrossolúveis injetadas 
D) a capacidade de um tecido para aceitar uma droga, independe do volume de sua massa 
E) um tecido altamente vascularizado recebe baixa proporção da dose total administrada 
Resposta: A 
Comentário: 
Quando o pH e o pKa são idênticos, 50% da droga existe na forma ionizada e 50%, na forma não ionizada. 
Drogas básicas, como os opióides e anestésicos locais, estão altamente ionizados em pH ácido. Os 
pulmões têm importante função na farmacocinética, como a captação de drogas injetáveis, especialmente 
aminas básicas lipofílicas. A capacidade de um tecido em aceitar a droga depende enormemente da 
solubilidade da droga no tecido e de sua massa (ex.: músculo). Após a absorção sistêmica de uma droga, o 
tecido altamente perfundido (coração, rins, cérebro e fígado) recebe quantidade desproporcionalmente 
maior, em relação à dose injetada. 
Referências: 
Stoelting RK, Hillier SC – Pharmacokinetics and Pharmacodynamics of Injected and Inhaled Drugs, em: 
Stoelting RK, Hillier SC – Pharmacology & Physiology in Anesthetic Practice, 4th Ed, Philadelphia, Lippincott 
Williams & Wilkins, 2006;3-41 
Fernandes F, Ismael PC – Conceitos Farmacocinéticos Fundamentais, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério 
GMB et al. – Tratado de Anestesiologia SAESP, 6a Ed, São Paulo, Atheneu, 2006;207-218 
 
37- O controle do volume do líquido extracelular depende de: 
A) osmorreceptor hipotalâmico 
B) sistema renina-angiotensina-aldosterona 
C) sede 
D) variação da excreção de água 
E) variação da reabsorção de água 
Resposta: B 
Comentário: 
PROVA ESCRITA TSA 2008 AMARELA 
 
CE.TSA 14 
A regulação do volume extracelular depende do sistema renina-angiotensina-aldosterona, hormônio 
antidiurético (ADH), arteríolas aferentes renais, sistema nervoso simpático, equilíbrio túbulo-glomerular, 
peptídeo atrial natriurético cerebral. 
O controle da osmolaridade do líquido extracelular depende de variações da reabsorção da água e da 
excreção renal da água, osmorreceptores, sede e ADH. 
Referências: 
Morgan Jr GE, Mikhail MS, Murray MJ – Management of Patients with Fluid & Electrolyte Disturbances, em: 
Morgan Jr GE, Mikhail MS, Murray MJ – Clinical Anesthesiology, 4th Ed, New York, Lange/McGraw-Hill, 
2006;662-689 
Menezes MS – Equilíbrio e Reposição Hidreletrolíticos, em: Manica J – Anestesiologia: Princípios e 
Técnicas, 3ª Ed, Porto Alegre, Artmed, 2004;459-465 
 
38- Em sua estrutura e organização, a Sociedade Brasileira de Anestesiologia possui: 
A) Conselho Superior composto por dois ex-presidentes da SBA, cuja finalidade é votar pelo desempate, 
nas decisões da diretoria executiva 
B) Conselho de Defesa Profissional, que trata das relações e condições de trabalho de seus associados 
C) Assembléia Geral, que tem poderes para liquidar a própria Sociedade, baseados no Código de Defesa 
do Consumidor 
D) Diretoria executiva composta por doze membros, eleita a cada três anos 
E) Comissão para Obtenção do Título Superior em Anestesiologia, cuja renovação de todos os três 
membros ocorre anualmente 
Resposta: B 
Comentário: 
A SBA, fundada em 1948, possui Conselho Superior que é presidido por um dos três últimos ex-presidentes 
que é eleito pelos presidentes em exercício das regionais da SBA, e tem participação nas reuniões 
executivas da SBA, porém sem voto; o Conselho de Defesa Profissional, que trata das relações e condições 
de trabalho de seus associados; Assembléia Geral, que tem poderes para liquidar a própria Sociedade 
baseados no Código Civil Brasileiro; Diretoria Executiva é composta por sete membros eleitos anualmente e 
a Comissão para Obtenção do Título Superior em Anestesiologia é composta por seis membros com 
renovação anual de dois membros. 
Referências: 
Oliva Filho AL – Sociedade Brasileira de Anestesiologia: sua Missão e seus Valores, em: Cangiani LM, 
Posso IP, Potério GMB et al. – Tratado de Anestesiologia SAESP, 6a Ed, São Paulo, Atheneu, 2006;19-25 
Sociedade Brasileira de Anestesiologia - Estatutos, Regulamentos e Regimentos – 2008 
 
39- Na anestesia para cirurgia videolaparoscópica, após instalação do pneumoperitônio, ocorre: 
A) aumento da pressão venosa renal, elevando o ritmo de filtração glomerular 
B) diminuição de fluxo sangüíneo hepático total na posição de céfalo-aclive 
C) aumento da capacidade residual funcional na posição de céfalo-declive 
D) eliminação mais rápida do hélio, por apresentar grande solubilidade 
E) permanência das pressões de enchimento ventricular aumentadas durante todo o tempo de insuflação 
Resposta: E 
Comentário: 
O hélio e o argônio não são explosivos e também não são irritantes para o peritônio, porém são pouco 
solúveis, o que pode agravar um eventual caso de embolia gasosa. A posição de céfalo-declive pode 
ocasionar diminuição da capacidade vital, especialmente à custa da diminuição do volume de reserva 
expiratória, da capacidade residual funcional e do volume pulmonar total. A elevação da pressão capilar 
intraglomerular, causada pelo aumento da pressão venosa renal, por conta do aumento da pressão 
abdominal, pode resultar na diminuição do fluxo plasmático renal efetivo, do ritmo de filtração glomerular e 
diminuiçãodo débito cardíaco. As pressões de enchimento ventricular aumentam e permanecem assim 
durante todo o tempo da insuflação. 
Referências: 
Posso IP, Lopes Jr C, Miranda MM et al. – Anestesia para Cirurgia Videolaparoscópica, em: Cangiani LM, 
Posso IP, Potério GMB et al. – Tratado de Anestesiologia SAESP, 6a Ed, São Paulo, Atheneu, 2006;1579-
1594 
Ogunnaike BO, Whitten CW – Anesthesia and Gastrointestinal Disorders, em: Barash PG, Cullen BF, 
Stoelting RK– Clinical Anesthesia, 5th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2006;1053-1060 
 
 
 
 
 
 
PROVA ESCRITA TSA 2008 AMARELA 
 
CE.TSA 15 
40- O número de receptores beta-adrenérgicos no miocárdio aumenta com: 
A) hipóxia 
B) infarto do miocárdio 
C) falência do miocárdio 
D) hipertiroidismo 
E) envelhecimento 
Resposta: D 
Comentário: 
Em algumas situações, a modulação dos receptores adrenérgicos está alterada pelo aumento ou diminuição 
do número de receptores beta-adrenérgicos, tal como: no hipertiroidismo está aumentado e diminuído na 
falência do miocárdio, hipóxia e no infarto do miocárdio. Com o avanço da idade, há diminuição dos 
receptores adrenérgicos nos linfócitos. 
Referências: 
Auler Jr, Messias ERR, Galas FRBG – Fisiologia do Sistema Cardiovascular, em: Cangiani LM, Posso IP, 
Potério GMB et al. – Tratado de Anestesiologia SAESP, 6a Ed, São Paulo, Atheneu, 2006;575-588 
Carlos RV, Cagnolati DC, Galas FRBG et al. – Fisiologia e Farmacologia Cardiovascular, em Manica J – 
Anestesiologia: Princípios e Técnicas, 3ª Ed, Porto Alegre, Artmed, 2004;243-267 
 
41- Correlacione o segmento e a função do néfron: 
Alternativa Segmento Função 
A) aparelho justaglomerular secreção de renina 
B) túbulo coletor reabsorção de hidrogênio 
C) túbulo distal produção de amônia 
D) alça de Henle reaborção de aminoácido 
E) glomérulo secreção de ADH 
Resposta: A 
Comentário: 
As funções dos segmentos do néfron, dentre outras, são: glomérulo – ultrafiltração de sangue; túbulo coletor 
– reabsorção de cloreto de sódio, água, potássio e bicarbonato; túbulo distal – não há produção de amônia; 
alça de Henle – reabsorção sódio, cloreto, água, potássio, cálcio e magnésio e aparelho justaglomerular – 
secreção de renina. 
Referências: 
Morgan Jr GE, Mikhail MS, Murray MJ – Renal Physiology & Aneshesia, em: Morgan Jr GE, Mikhail MS, 
Murray MJ – Clinical Anesthesiology, 4th Ed, New York, Lange/McGraw-Hill, 2006;725-741 
Vianna PTG, Castiglia YMM – Fisiologia e Fisiopatologia Renal, em: Manica J – Anestesiologia: Princípios e 
Técnicas, 3ª Ed, Porto Alegre, Artmed, 2004;287-296 
 
42- A alteração no posicionamento do paciente na mesa cirúrgica leva à diminuição do(a): 
A) volume corrente na posição sentada 
B) retorno venoso cerebral pela rotação extrema da cabeça em decúbito ventral 
C) resistência vascular periférica pelo Trendelenburg reverso 
D) perfusão sangüínea no pulmão dependente, em decúbito lateral 
E) retorno venoso na posição de litotomia 
Resposta: B 
Comentário: 
Os volumes e a capacidade residual funcional dos pulmões aumentam na posição sentada. A rotação 
extrema da cabeça, em decúbito ventral, pode diminuir o retorno venoso cerebral. A posição de 
Trendelenburg reverso aumenta a resistência vascular periférica. Aumento da perfusão sangüínea no 
pulmão dependente. O retorno venoso aumenta na posição de litotomia. 
Referências: 
Nitti JT, Nitti GJ – Anesthetic Complications, em: Morgan Jr GE, Mikhail MS, Murray MJ – Clinical 
Anesthesiology, 4th Ed, New York, Lange/McGraw-Hill, 2006;959-978 
Warner MA – Patient Positioning, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK– Clinical Anesthesia, 5th Ed, 
Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2006;643-667 
 
43- Fatores que retardam a recuperação da anestesia inalatória: 
A) circuito mais curto, fluxo alto de gases, anestésico de maior solubilidade 
B) circuito com maior absorção de anestésico, fluxo sangüíneo cerebral maior 
C) anestésico mais solúvel, diminuição da ventilação, circuitos longos 
D) maior ventilação alveolar, anestésico menos solúvel, menor coeficiente sangue/gás 
E) maior ventilação alveolar, interrupção da recirculação, maior coeficiente sangue/gás 
Resposta: C 
Comentário: 
PROVA ESCRITA TSA 2008 AMARELA 
 
CE.TSA 16 
Circuitos menores, cujo material absorva menos anestésicos, são os ideais para acelerar a absorção 
alveolar dos anestésicos inalatórios. Anestésicos de coeficiente de partição sangue/gás baixo têm maior 
velocidade de eliminação, por serem menos solúveis e, por conseguinte, terem maior concentração e 
eliminação alveolar. Fluxos altos e ventilação aumentada também são fatores importantes para um 
despertar acelerado. Maior aporte sangüíneo ao cérebro favorece a recuperação da anestesia. 
Referências: 
Ebert TJ – Inhalation Anesthesia, em Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK – Clinical Anesthesia, 5th Ed, 
Philadelphia, Lippincott Williams & Williams, 2006; 384-420 
McKay RE, Sonner J, McKay WR – Inhaled Anesthetics, em: Stoelting RK, Miller RD – Basics of Anesthesia, 
5th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2007;77-96 
 
44- Durante cirurgia cardiovascular, o cirurgião informa que necessitará de parada circulatória total. 
Assinale a correlação entre o nível de temperatura (ºC) e da duração máxima (min) de parada 
permitida: 
Alternativa Nível de temperatura (ºC) Duração máxima da parada (min) 
A) 15 - 18 90 
B) 15 - 18 60 
C) 20 - 28 60 
D) 20 - 28 30 
E) 25 - 28 30 
Resposta: B 
Comentário: 
Em geral, a demanda metabólica de oxigênio é reduzida à metade a cada redução de 10º C na temperatura 
corporal. A hipotermia profunda até temperaturas de 15–18º C permite a parada cardiocirculatória total para 
reparações complexas por até 60 minutos. Durante este período, o coração e a máquina de circulação 
extracorpórea são paralisados. 
Referências: 
Auler Jr JOC, Neves FHC - Anestesia em Cardiopatias, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et al. - 
Tratado de Anestesiologia SAESP, 6a Ed, São Paulo, Atheneu, 2006; 1527-1543 
Wallace A – Cardiovascular Disease, em: Stoelting RK, Miller RD – Basics of Anesthesia, 5th Ed, 
Philadelphia, Elsevier, 2007;365-392 
 
45- Em relação à disfunção cognitiva no pós-operatório do idoso: 
A) delírio é uma desordem definitiva da cognição caracterizada por início lento e insidioso 
B) delírio é freqüentemente tratado com antidepressivo tricíclico 
C) aumento da atividade colinérgica é uma das principais características do delírio 
D) fenômenos extrapiramidais são efeitos colaterais do haloperidol 
E) benzodiazepínicos não devem ser usados, pois aumentam a agitação 
Resposta: D 
Comentário: 
O delírio é uma síndrome caracterizada por distúrbio da consciência e alteração de cognição e percepção, 
não atribuíveis à demência prévia, de aparecimento agudo, duração de dias a semanas e curso clínico 
flutuante durante o dia. A atividade anticolinérgica dos antidepressivos tricíclicos pode causar o delírio. A 
fisiopatologia do delírio não está totalmente esclarecida, entretanto, a diminuição da acetilcolina é o 
mecanismo mais relacionado à origem do delírio. Os antipsicóticos são as drogas mais usadas no 
tratamento e os benzodiazepínicos são a segunda opção. O haloperidol é o fármaco de escolha, podendo 
apresentar efeitos colaterais como fenômenos extrapiramidais e síndrome neuroléptica maligna. 
Referência: 
Ruiz Neto PP, Moreira NA, Furlaneto ME – Delírio pós-anestésico. Rev Bras Anestesiol, 2002;52:242-250 
Stoelting RK, Hillier SC – Drugs Used for Psychopharmacologic Therapy, em: Stoelting RK, Hillier SC - 
Pharmacology & Physiology in Anesthetic Practice, 4th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2006; 
398-419 
 
46- Em operações plásticas da mama, a anestesia peridural torácica: 
A) é contra-indicada 
B) piora o balanço entre o consumo e o suprimento de oxigênio do miocárdio 
C) nas punções alta e média, em relação à lombar, requer aumento do volume da solução de anestésico 
local em 30 a 50% 
D) mantém a pressão arterial secundária ao aumento do débito cardíaco, nas punções torácicas altae 
média 
E) deve ser evitada quando a operação for realizada na posição sentada 
Resposta: E 
Comentário: 
PROVA ESCRITA TSA 2008 AMARELA 
 
CE.TSA 17 
A anestesia peridural torácica pode ser usada com segurança como técnica única para operações plásticas 
da mama. Pelo bloqueio seletivo das fibras simpáticas (T1-T5), ocorre tendência à bradicardia, com melhora 
do balanço entre consumo e suprimento de oxigênio do miocárdio. O volume de solução do anestésico local 
administrado deve levar em consideração a menor dimensão do espaço peridural torácico, comparado ao 
lombar. Menor volume da solução é necessário para bloquear o mesmo número de dermátomos na região 
torácica, relativamente à lombar. Assim, quando se pratica punção torácica média ou alta, deve-se reduzir o 
volume da solução em 30 a 50% em relação ao utilizado, quando a punção é lombar. A diminuição da 
pressão arterial é resultado da redução da pré-carga e da resistência vascular sistêmica, tanto no bloqueio 
peridural torácico quanto no lombar, e também devido à diminuição da contratilidade miocárdica secundária 
ao bloqueio das fibras simpáticas do coração, no caso do torácico. A anestesia peridural torácica, como 
técnica única para procedimentos, como mamoplastia, na posição sentada, deve ser evitada, pois pode 
ocasionar complicações graves em função da somação de efeitos da peridural com o da posição. 
Referências: 
Nociti JR – Anestesia para Cirurgia Plástica, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et al. - Tratado de 
Anestesiologia SAESP, 6a Ed, São Paulo, Atheneu, 2006; 1671-1676 
Waurick R, Van Aken H – Update in thoracic epidural anaesthesia. Best Pract Res Clin Anaesthesiol, 
2005;19:201-213 
 
47- Durante o atendimento de paciente com fibrilação ventricular, considere o gráfico abaixo: 
 
A) no momento I, o choque com desfibrilador monofásico deve ser de 200 J 
B) no momento II, o choque deve ser precedido de 2 minutos de manobras de reanimação cardiopulmonar 
C) a chance de sucesso na reversão da fibrilação ventricular cai em 10%, se o choque for aplicado no 
momento II ao invés de no momento I 
D) no momento II, o choque com desfibrilador bifásico deve ser de 360 J 
E) no momento I, recomenda-se administrar previamente 1 mg de adrenalina, para que o choque seja 
efetivo 
Resposta: B 
Comentário: 
Nas desfibrilações elétricas manuais, com desfibriladores monofásicos, a magnitude de corrente elétrica 
liberada deve ser única e de 360 J. As doses seqüenciais e incrementais não devem ser indicadas, devido 
aos resultados modestos desta alternativa frente ao tempo de ausência de manobras de reanimação 
cardiopulmonar necessários para a sua concretização. Nas desfibrilações elétricas manuais, com 
desfibriladores bifásicos, a grandeza da descarga elétrica deve ser de 150 a 200 J e também, única. O 
sucesso na reversão da fibrilação ventricular (FV) diminui 7 a 10% a cada minuto, após a parada 
cardiopulmonar. A primeira medida a ser adotada, nos casos de FV, é a desfibrilação. Entretanto, se a 
chegada do socorrista ao local apresentou um tempo maior que 4 a 5 minutos, é obrigatório realizar cinco 
ciclos de reanimação cardiopulmonar (aproximadamente 2 minutos) antes do emprego do desfibrilador. O 
objetivo é diminuir a hipóxia e acidose do miocárdio para facilitar a desfibrilação. 
Referências: 
Ferez D - Reanimação Cardiopulmonar, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et al. - Tratado de 
Anestesiologia. SAESP, 6aEd, São Paulo, Atheneu, 2006; 1913-1938 
American Heart Association - 2005 International Consensus Conference on Cardiopulmonary Resuscitation 
and Emergency Cardiovascular Care Science With Treatment Recommendations - Part 2 – Adult Basic Life 
Support. Circulation; 2005;112(22/suppl ): III 5-16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROVA ESCRITA TSA 2008 AMARELA 
 
CE.TSA 18 
48- Abordagem inicial de uma vítima com suspeita de parada cardiopulmonar: 
 
Alternativa 1 2 3 4 
A) pedir ajuda checar sinais de vida 
30/2 
compressões/ventilações 
30/2 
compressões/ventilações 
B) checar respiração checar pulso 
10/1 
compressões/ventilações checar pulso 
C) checar pulso checar respiração 
30/2 
compressões/ventilações checar sinais de vida 
D) pedir ajuda checar pulso 30/2 compressões/ventilações checar pulso 
E) checar respiração pedir ajuda 
10/1 
compressões/ventilações 
10/1 
compressões/ventilações 
Resposta: A 
Comentário: 
O algoritmo de tratamento inicial do paciente visa ao reconhecimento da parada cardiorrespiratória (PCR) e 
o primeiro atendimento à vítima. Inicialmente, deve-se avaliar o estado de consciência do paciente. 
Imediatamente, após a detecção da inconsciência, chama-se por ajuda e realizam-se as manobras de 
desobstrução das vias aéreas e a procura de sinais de ausência de perfusão, como a inconsciência da 
vítima, inexistência de movimentos e ausência de respiração. Na ausência de sinais de vida, deve-se 
contatar o serviço de emergência (SAMU) com o objetivo de ter acesso rápido ao desfibrilador e às 
manobras avançadas. Enquanto se espera a chegada do desfibrilador e suporte avançado, administra-se 
duas a cinco ventilações de resgate. Após as ventilações de resgate, manobras de reanimação 
cardiopulmonar têm início com 30 compressões torácicas para duas ventilações. A avaliação da presença 
ou ausência de pulso carotídeo se mostrou sem acurácia para o diagnóstico de PCR. Após a desfibrilação, 
deve-se reassumir a RCP por aproximadamente 2 minutos e só então, avaliar o pulso. O objetivo é não 
descontinuar as manobras de RCP desnecessariamente, para não piorar o prognóstico. 
Referências: 
Ferez D - Reanimação Cardiopulmonar, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et al. - Tratado de 
Anestesiologia SAESP, 6aEd, São Paulo, Atheneu, 2006; 1913-1938 
American Heart Association - 2005 International Consensus Conference on Cardiopulmonary Resuscitation 
and Emergency Cardiovascular Care Science With Treatment Recommendations - Part 2 – Adult Basic Life 
Support. Circulation; 2005;112(22/suppl ): III 5-16 
 
49- O efeito poseiro é a: 
A) significante diminuição do fluxo sangüíneo uterino durante a contração, na posição supina, resultando 
em diminuição do fluxo sangüíneo uteroplacentário 
B) vasodilatação produzida pelo bloqueio simpático que desencadeia sempre choque hipovolêmico na 
gestante 
C) compressão da aorta abdominal pelo útero gravídico, em posição assumida pela gestante 
D) taquicardia fetal com a contração uterina 
E) bradicardia materna com diminuição do débito cardíaco 
Resposta: A 
Comentário: 
O efeito poseiro é a significante diminuição do fluxo sangüíneo uterino durante a contração, na posição 
supina, resultando na diminuição do fluxo sangüíneo uteroplacentário. A posição supina e, 
conseqüentemente, a obstrução ao retorno venoso podem desencadear sinais de choque hipovolêmico, 
incluindo taquicardia materna, hipotensão arterial, náuseas, vômitos, palidez e alterações no nível de 
consciência, resultando no que se conhece como síndrome da hipotensão arterial supina, que ocorre, 
aproximadamente, em 10 a 15% das gestantes. Durante a segunda metade da gravidez, o útero aumenta 
PROVA ESCRITA TSA 2008 AMARELA 
 
CE.TSA 19 
muito de tamanho. Recebe cerca de 20% do débito cardíaco e ocupa toda a pelve. Se a gestante adota a 
posição de decúbito supino, o útero pode ser comprimido contra a coluna vertebral e exercer pressão sobre 
a veia e artéria ilíacas, veia cava inferior e aorta abdominal, ocasionando redução do débito cardíaco 
materno. Aproximadamente 8% das gestantes a termo desenvolvem bradicardia, que associada à 
diminuição de 10 a 20% do volume sistólico, resulta na queda do débito cardíaco. 
Referências: 
Cavalcanti FC – Considerações Fisiológicas sobre a Gestante e Implicações na Anestesia, em: Cangiani 
LM, Posso IP, Potério GMB et al. – Tratado de Anestesiologia SAESP, 6a Ed, São Paulo, Atheneu, 
2006;1759-1779 
Santos AV, Braveman FR, Finster M – Obstetric Anesthesia, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RC – 
Clinical Anesthesia,5th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2006;1153-1180 
 
50- O estimulador ideal do nervo para avaliação do bloqueio neuromuscular deve apresentar: 
A) saída de corrente ajustável de 70 a 120 mA, indicação da polaridade dos eletrodos, corrente constante, 
estímulo monofásico e regular 
B) todos os padrões de estimulação, termômetro para avaliar a temperatura do músculo estudado, alarme 
de queda da corrente, estímulo monofásico e regular 
C) estímulo bifásico, duração do pulso menor que 0,5ms, estímulo de corrente constante 
D) termômetro, corrente constante, estímulo bifásico 
E) estímulo monofásico e retangular, indicação da polaridade dos eletrodos, corrente variável 
Resposta: B 
Comentário: 
São propriedades ideais do estimulador de nervo, para avaliação do bloqueio neuromuscular: duração do 
pulso menor que 0,5ms (entre 0,1 e 0,3ms) para evitar estimulação nervosa repetitiva, estímulo monofásico 
e retangular, porque o impulso bifásico pode desencadear potenciais de ação repetitivos; estímulo de 
corrente constante; saída de corrente ajustável para valores de 10mA até 60-70mA dentro de 2,5 a 3 KOhm, 
postulando que a quantidade de corrente que flui pelo corpo é igual à voltagem dividida pela resistência; 
apresente indicação de polaridade dos eletrodos; tenha alarme na eventualidade de queda da corrente; 
termômetro para medir a temperatura do músculo avaliado e da pele e disponibilizar de todos os padrões de 
estimulação. 
Referências: 
Rodrigues RC – Monitorização da Transmissão e do Bloqueio Neuromuscular, em: Cangiani LM, Posso IP, 
Potério GMB et al. – Tratado de Anestesiologia SAESP, 6a Ed, São Paulo, Atheneu, 2006;559-571 
Tardelli MA – Monitorização do Bloqueio Neuromuscular, em: Turazzi JC, Cunha LBP, Yamashita AM et al. 
– Curso de Educação à Distância em Anestesiologia. Rio de Janeiro, Office Editora, 2002;177-190 
 
51- Músculo mais resistente aos bloqueadores neuromusculares é: 
A) acessório da respiração 
B) tríceps braquial 
C) bussinador 
D) diafragma 
E) quadríceps crural 
Resposta: D 
Comentário: 
A sensibilidade dos diversos grupos musculares aos bloqueadores neuromusculares (BNM) não é uniforme. 
Varia de grupo para grupo, ou seja, um músculo pode ser mais sensível que outro ao mesmo BNM. O 
diafragma é o músculo mais resistente aos agentes despolarizantes e adespolarizantes, seguindo-se os 
músculos acessórios da respiração, da laringe, da face, abdominais e periféricos. 
Referências: 
Rodrigues RC – Monitorização da Transmissão e do Bloqueio Neuromuscular, em: Cangiani LM, Posso IP, 
Potério GMB et al. – Tratado de Anestesiologia SAESP, 6a Ed, São Paulo, Atheneu, 2006;559-571 
Donati F, Bevan DR – Neuromuscular Blockig Agents, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RC – Clinical 
Anesthesia, 5th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2006;421-452 
 
52- A pressão de suporte é um modo de ventilação: 
A) espontânea, ciclada por fluxo 
B) assistida, ciclada por pressão 
C) controlada, ciclada por fluxo 
D) controlada, ciclada por pressão 
E) espontânea, ciclada por pressão 
Resposta: A 
Comentário: 
PROVA ESCRITA TSA 2008 AMARELA 
 
CE.TSA 20 
De acordo com o documento da American Association for Respiratory Care, as características de uma 
respiração realizada por ventilador de pressão positiva classificam-se em três variáveis da fase do ciclo 
respiratório: variável de disparo, deflagração; variável de limite ou variável de controle; e a variável de 
ciclagem, que finaliza o ciclo. Durante a ventilação com pressão de suporte, é o paciente quem decide 
quando e como o ciclo respiratório deve ser iniciado e concluído. Logo, é um modo espontâneo de 
respiração. A pressão atingida na via aérea é limitada e a interrupção da fase inspiratória, para iniciar a fase 
expiratória, deve-se à queda do fluxo inspiratório, portanto, ciclado por fluxo. 
Referências: 
Mendonça MRF – Ventilação Artificial, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et al. – Tratado de 
Anestesiologia SAESP, 6a Ed, São Paulo, Atheneu, 2006;761-778 
Munechika M, Fortis EAF – Ventiladores de Pulmão, em: Manica J – Anestesiologia: Princípios e Técnicas, 
3a Ed, Porto Alegre, Artmed, 2004;394-419 
 
53- Bloqueio de nervos intercostais realizado por punção na linha axilar média: 
A) prescinde de complementação, quando indicado para cirurgias da porção superior do tórax 
B) não produz analgesia na área dos ramos perfurantes dos nervos intercostais 
C) necessita do bloqueio de pelo menos 4 segmentos, para a obtenção de analgesia em 1 metâmero 
D) o anestésico é injetado na borda superior da costela 
E) possibilita a abordagem de segmentos múltiplos 
Resposta: E 
Comentário: 
Os nervos intercostais são a continuação dos nervos torácicos, quando passam a acompanhar o trajeto das 
costelas. Além da inervação pelos nervos intercostais, a porção superior da caixa torácica recebe inervação 
dos ramos supraclaviculares do plexo braquial. Assim sendo, o bloqueio intercostal não oferece analgesia 
dessa região. A linha axilar média antecede à emergência dos ramos perfurantes laterais que ocorre na 
projeção da linha axilar anterior. A colocação da agulha é feita margeando a borda inferior da costela. 
Representam vantagens da técnica a possibilidade de bloqueio de segmentos múltiplos, de bloqueio 
bilateral e de complementação. 
Referências: 
Cangiani LM, Cangiani LH – Bloqueio dos Nervos Intercostais, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et 
al. - Tratado de Anestesiologia SAESP, 6a Ed, São Paulo, Atheneu, 2006;1275-1285. 
Lubenow TR, Ivankovich AD, McCarthy RJ - Management of Acute Postoperative Pain, em: Barash PG, 
Cullen BF, Stoelting RK - Clinical Anesthesia, 4th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2001;1403-
1434 
 
54- São pontos de reparo para o bloqueio do nervo laríngeo superior: 
A) corno posterior do osso hióide; ponto médio da incisura da cartilagem cricotireóidea 
B) corno posterior do osso hióide; ponto médio da incisura da cartilagem tireóidea 
C) corno anterior do osso hióide; incisura da membrana cricotireóidea 
D) corno anterior do osso hióide; incisura da membrana tireóidea 
E) terço superior da língua e a cartilagem tireóidea 
Resposta: B 
Comentário: 
Para o bloqueio do nervo laríngeo superior, pela abordagem mediana, inicialmente, faz-se um botão 
anestésico na pele, na altura do ponto médio da cartilagem tireóidea. A seguir, introduz-se uma agulha 
(25mmX6) no plano subcutâneo em direção ao corno posterior do osso hióide, local de deposição do 
anestésico local. Retirar a agulha, infiltrando o trajeto com anestésico local. Na técnica de Labat, o osso 
hióide também é usado como referência. A agulha é direcionada no sentido cefálico até a perda de contato 
com o corno posterior da cartilagem tireóide. A partir do contato com a membrana tireohióide, a agulha é 
introduzida cerca de 2mm para alcançar o local da deposição do anestésico. 
Referências: 
Mulroy MF – Peripheral Nerve Blockade, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK - Clinical Anesthesia, 4th 
Ed, Philadelphia, Lippincott, Williams & Wilkins, 2001;715-742 
Rebuglio R, Amaral JLG, Slitka Filho J – Intubação Traqueal, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et al. 
- Tratado de Anestesiologia SAESP, 6a Ed, São Paulo, Atheneu, 2006;1059-1097. 
 
55- Paciente de alto risco para desenvolver síndrome coronariana aguda perioperatória (SCAP): 
A) é recomendada a suspensão do ácido acetil salicílico uma semana antes da cirurgia 
B) recomenda-se, para a profilaxia, o uso de agonistas beta2-adrenérgicos e de estatinas, por dois dias 
C) o propranolol é o betabloqueador de escolha nas cirurgias que levam a grandes alterações volêmicas 
D) anemia, dor e hipotermia são fatores desencadeantes 
E) o uso profilático de alfa2-adrenérgicos não interfere com a morbimortalidade 
Resposta: D 
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Comentário: 
Nos pacientes de risco para desenvolver SCAP não se recomenda a supressão do AAS, em função do 
efeito antiinflamatório que se soma ao antitrombótico,levando à estabilidade da placa ateroesclerótica. 
Recomenda-se que o uso profilático de betabloqueador seja ministrado até um mês de antecedência. O 
atenolol é melhor indicado quando em cirurgias com previsão de grandes perdas volêmicas que elevam a 
variação do volume de distribuição. Os alfa-2 adrenérgicos inibem centralmente a descarga adrenérgica, 
reduzem a liberação de noradrenalina e dilatam a porção pós-estenótica dos vasos coronarianos. O uso 
profilático reduz a ocorrência de eventos isquêmicos no perioperatório. As estatínas revertem a disfunção 
endotelial, modulam a ativação dos macrófagos, têm efeitos antitrombóticos e antiinflamatórios. Anemia, 
hipotermia e dor aumentam o tônus simpático e têm efeitos adversos na função cardiovascular e na 
coagulação. 
Referências: 
Hobaika ABS, Seiberlich E, Issa MRN – Síndrome coronariana aguda em paciente com doença coronariana 
de alto risco no pós-operatório de colecistectomia videolaparoscópica. Rev Bras Anestesiol, 2007;57:406-
409 
Priebe HJ – Perioperative myocardial infarction – aetiology and prevention. Brit J Anaesth, 2005;95:3-19. 
 
56- A concentração efetiva mínima do anestésico local: 
A) é a concentração mínima necessária para bloquear a condução em 50% das fibras nervosas 
B) aumenta nas situações de alcalose 
C) relaciona-se com o bloqueio diferencial de condução do impulso nervoso 
D) independe da freqüência de estimulação nervosa 
E) aumenta com o aquecimento do anestésico local 
Resposta: C 
Comentário: 
A concentração efetiva mínima (CEM) do anestésico local é a menor concentração capaz de bloquear a 
condução do impulso nervoso. É uma medida de potência do anestésico local. Essa concentração é afetada 
pelo diâmetro da fibra nervosa. As fibras maiores necessitam de maiores CEM. Aumento no pH tecidual ou 
alta freqüência de estimulação diminuem a CEM necessária para o bloqueio. O aumento da temperatura do 
anestésico local diminui o pKa da solução, o que aumenta a porção não ionizada do anestésico local. 
Referências: 
Carneiro AF, Oliva Filho AL, Hamaji A – Anestésicos Locais, em: Turazzi JC, Cunha LBP, Yamashita AM et 
al. – Curso de Educação à Distância em Anestesiologia, 1ª Ed, São Paulo, Office Editora, 2002;99-113 
Stoelting RK, Hillier SC – Local Anesthetics, em: Stoelting RK, Hillier SC - Pharmacology & Physiology in 
Anesthetic Practice, 4th Ed, Philadelphia Lippincott Williams & Wilkins, 2006;179-207 
 
57- Comparando-se a utilização de anestésico local em crianças e adultos, é correto afirmar que: 
A) a duração do bloqueio é maior nas crianças 
B) o índice terapêutico é maior nas crianças 
C) nas crianças, há necessidade de menor dose de solução por unidade de peso para se obter anestesia 
D) a bupivacaína e a lidocaína têm meia-vida de eliminação aumentada nas crianças menores de 3 meses 
E) as doses repetidas, suficientes para obter bloqueios efetivos, apresentam igual risco de desencadear 
toxicidade sistêmica 
Resposta: D 
Comentário: 
Crianças eliminam o anestésico local mais lentamente que os adultos, apresentam menor duração do 
bloqueio e necessitam de maior dose de solução por quilograma para se obter a anestesia. Assim, possuem 
índice terapêutico estreito, quando comparadas aos adultos. Doses repetidas são suficientes para obter 
bloqueios efetivos e apresentam maior risco de toxicidade sistêmica. A degradação hepática dos 
anestésicos locais do tipo amida é mais lenta nos neonatos, alcançando a capacidade funcional dos adultos 
entre três e seis meses de vida. A bupivacaína e a lidocaína têm meia-vida de eliminação aumentada em 
crianças menores de três meses. 
Referências: 
Ganen EM, Hamaji A, Carneiro AF – Anestesia Regional em Pediatria, em: Turazzi JC, Cunha LBP, 
Yamashita AM et al. – Curso de Educação à Distância em Anestesiologia, 1ª Ed, São Paulo, Office Editora, 
2004; 145-158 
Dalens BJ – Regional Anesthesia in Children, em: Miller RD – Miller’s Anesthesia, 6th Ed, Philadelphia, 
Elsevier Churchill Livingstone, 2005;1719-1762 
 
 
 
 
 
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58- Anestésico local que apresenta maior probabilidade de desencadear toxicidade, quando utilizado 
em pacientes com hipoproteinemia é: 
A) mepivacaína 
B) lidocaína 
C) ropivacaína 
D) procaína 
E) prilocaína 
Resposta: C 
Comentário: 
O anestésico local de maior ligação protéica será o mais afetado pela redução na capacidade de ligação a 
proteínas, o que resulta em maior aumento na sua fração livre. A ligação protéica dos anestésicos locais é 
aproximadamente: 5% para a procaína, 55% para a prilocaína, 65% para a lidocaína, 75% para a 
mepivacaína e 95% para a bupivacaína e ropivacaína. 
Referências: 
Carneiro AF, Oliva Filho AL, Hamaji A – Anestésicos Locais, em: Turazzi JC, Cunha LBP, Yamashita AM et 
al. – Curso de Educação à Distância em Anestesiologia, 1ª Ed, São Paulo, Office Editora, 2002;99-113 
Liu SS e Joseph Jr RS – Local Anesthetics, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK – Clinical Anesthesia, 
5th Ed, Philadelphia Lippincott Williams & Wilkins, 2006;453-471 
 
59- Um vaporizador de sevoflurano (pressão de vapor igual a 160 mmHg) que foi calibrado ao nível 
do mar é utilizado em uma cidade com pressão atmosférica de 640 mmHg. A concentração de vapor 
liberada da câmara de vaporização será aproximadamente: 
A) a mesma 
B) 10% maior 
C) 20% maior 
D) 5% menor 
E) 15% menor 
Resposta: C 
Comentário: 
Um vaporizador calibrado ao nível do mar e operando em locais de grande altitude liberará concentrações 
de vapor mais elevadas do que as registradas no vaporizador. Ao nível do mar (pressão atmosférica= 760 
mmHg), a concentração liberada pela câmara de vaporização de um vaporizador de sevoflurano será de 
21% (concentração= pressão de vapor/pressão atmosférica). A câmara desse mesmo vaporizador em uma 
cidade com pressão atmosférica de 640 mmHg liberará uma concentração de 25%, portanto, o vaporizador 
estará incorreto em aproximadamente 20%. 
Referências: 
Torres MLA, Carlos RV – Vaporizadores e Fluxômetros, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et al. - 
Tratado de Anestesiologia SAESP, 6ª Ed, São Paulo, Atheneu, 2006;137-144 
Torres MLA, Mathias RS – Física e Anestesia, em: Yamashita AM, Takaoka F, Auler Junior JOC et al. – 
Anestesiologia SAESP, 5ª Ed, São Paulo, Atheneu, 2001;51-68 
 
60- Cetamina S apresenta: 
A) potência menor que a do isômero R 
B) potência menor que a da mistura racêmica 
C) efeito cardiovascular estimulante menor que o do isômero R 
D) metabolização hepática mais rápida que o isômero R, o que reflete a recuperação mais rápida 
E) índice terapêutico igual ao da mistura racêmica 
Resposta: D 
Comentário: 
A cetamina S é três vezes mais potente que o isômero R e duas vezes mais potente que a mistura 
racêmica. O efeito cardiovascular estimulante é igual ao do isômero R. A metabolização hepática é 20% 
mais rápida que o isômero R, o que reflete recuperação mais rápida. O índice terapêutico é 2,5 vezes maior 
que o isômero R, e do que o da mistura racêmica. 
Referências: 
White PF, Romero G – Nonopioid Intravenous Anesthesia, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK – 
Clinical Anesthesia, 5th Ed, Philadelphia Lippincott Williams & Wilkins, 2005;334-352 
White PF, Schüttler J, Shafer A et al. - Comparative pharmacology of the ketamine isomers. Studies in 
volunteers. Br J Anaesth 1985;57:197-203 
 
 
 
 
 
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61- Um mililitro (mL) de lidocaína 5% hiperbárica é diluído em 1 mL de solução fisiológica (SF). 
Considere que a densidade da lidocaína a 37o C é 1,025 e a do SF é de 0,999. A baricidade desta 
solução em relação ao líquor: 
A) será praticamente isobárica 
B) será hipobárica 
C) será hiperbárica 
D) não pode ser calculada com esses dados 
E) não se altera 
Resposta: C 
Comentário: 
É possível calcular a densidade de uma mistura conhecendo-se o valor das densidades das soluções e as 
frações de volumes das mesmas pela fórmula: DM= (VA x DA) + (VB x DB)/ Vtotal. Onde V= volume,

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