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Pensando com a linguagem do cerebro

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1 
 
 
 
 
 
 
2 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4 
2 CÉREBRO E LINGUAGEM ........................................................................ 5 
2.1 Os três sistemas funcionais da linguagem ........................................... 6 
2.2 Linguagem e neuroimagem .................................................................. 7 
3 COMO O CÉREBRO NOS TORNA QUEM SOMOS ................................ 10 
4 UMA REVOLUÇÃO NO CÉREBRO ......................................................... 13 
4.1 Superpoder 1 – Mudar a própria forma .............................................. 13 
4.2 Superpoder 2 – Regenerar suas partes ............................................. 16 
4.3 Superpoder 3 – Mover objetos ........................................................... 19 
4.4 Superpoder 4 – Ler pensamentos ...................................................... 21 
4.5 Superpoder 5 – Ampliar seus poderes ............................................... 23 
5 TREINAR SEU CÉREBRO PARA CONTINUAR PENSANDO POSITIVO27 
5.1 Expressar gratidão ............................................................................. 28 
5.2 Repetir afirmações positivas .............................................................. 28 
5.3 Desafiar os pensamentos negativos .................................................. 29 
6 A FORÇA DA PALAVRA ........................................................................... 30 
6.1 5 expressões que devem ser evitadas para aumentar seu poder e 
influência ............................................................................................................32 
7 PALAVRAS PERSUASIVAS MAIS USADAS PARA CONVENCER AS 
PESSOAS ................................................................................................................. 34 
7.1 As 12 palavras mais persuasivas ....................................................... 35 
7.2 As 20 palavras mais influentes ........................................................... 35 
7.3 4 palavras para incentivar comunidade .............................................. 36 
7.4 12 frases que implicam exclusividade ................................................ 37 
7.5 9 frases que implicam escassez ......................................................... 37 
7.6 25 palavras e frases que fazem você se sentir seguro ...................... 38 
 
3 
7.7 10 palavras e frases de causa-e-efeito............................................... 39 
7.8 9 frases e palavras utilizadas em hipnose conversacional ................. 40 
7.9 10 palavras que implicam curiosidade................................................ 40 
7.10 55 palavras de poder ...................................................................... 41 
7.11 15 palavras para conteúdo compartilhável ...................................... 43 
7.12 3 palavras para promoções em redes sociais ................................. 43 
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁGICAS ......................................................... 44 
 
 
 
4 
1 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
 
 
 O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um 
aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é 
que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a 
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas 
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em 
tempo hábil. 
 
 Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora 
que lhe convier para isso. 
 
 A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
 
Bons estudos! 
 
5 
2 CÉREBRO E LINGUAGEM 
 
Fonte: rehapoint-vellmar.de 
A linguagem é um fenômeno cognitivo complexo e bastante desenvolvido no 
cérebro humano. É possível dizer que praticamente todas as regiões cerebrais estão 
envolvidas de alguma forma na linguagem. 
Ela é revestida de aspectos emocionais, requer a reativação de várias 
modalidades de memória, como visuais, auditivas e olfativas e depende da integridade 
de inúmeras outras funções cerebrais, primitivas e filogeneticamente mais evoluídas. 
Ao falarem, as pessoas não imaginam o grau de refinamento neurológico 
alcançado ao longo de milhares de anos de evolução. Se fosse eleger um aspecto do 
nosso comportamento que realmente nos torna diferentes em relação às outras 
espécies, certamente diria a linguagem. 
A American Speech and Hearing Association a define como um complexo e 
dinâmico sistema de símbolos utilizado de diferentes modos para o pensamento e 
comunicação. 
Ela pode ser avaliada e entendida segundo os parâmetros fonológico, 
morfológico, sintático, semântico e pragmático e os fatores biológicos, cognitivos, 
psicossociais e ambientais. Todos esses aspectos determinam seu aprendizado e 
uso. 
 
6 
A linguagem constitui um exemplo claro de função cerebral superior e seu 
desenvolvimento sustenta-se em uma estrutura anatômica e funcional determinada 
geneticamente e no estímulo verbal oferecido pelo meio. 
Dentro dessa estrutura anatômica e funcional, participam diversos sistemas e 
subsistemas que atuam em série e paralelo. Por isso, avaliar a linguagem significa 
avaliar a saúde de todo o cérebro. 
2.1 Os três sistemas funcionais da linguagem 
 
Fonte: etempodepauta.wordpress.com 
Ao avaliá-la, Damásio (1992, apud Faria, 2015) considera três sistemas 
funcionais: 
1 - Operativo ou instrumental - que corresponde à região ao redor da fissura 
de Sylvius no hemisfério dominante e onde tem lugar o processamento fonológico. 
2 - Semântico - que inclui extensas áreas corticais de ambos os hemisférios e 
governa o significado das palavras. 
3 - De mediação - que engloba áreas frontais, temporais e parietais que 
rodeiam o sistema operativo e no qual o léxico se organiza de forma modular. 
http://anatpat.unicamp.br/Dsc44975++++.jpg
http://anatpat.unicamp.br/Dsc44975++++.jpg
 
7 
2.2 Linguagem e neuroimagem 
 
Fonte: ptjornal.com 
Com os avanços recentes da neuroimagem, os cientistas puderam criar 
modelos da ativação cerebral durante a função linguística. 
Constatou-se que a localização cerebral das áreas ativadas durante o processo 
de linguagem, com exceção da prosódia afetiva, está lateralizada preferencialmente 
para o hemisfério esquerdo, envolvendo áreas corticais e subcorticais. 
Em estudos realizados com indivíduos sadios, observou-se que durante a 
leitura silenciosa de palavras, entram em ativação os hemisférios occipitais 
direito/esquerdo e o córtex temporal direito. 
Diferentes áreas temporais esquerdas e a região frontal inferior esquerda são 
responsáveis pela integração dos processos semântico e fonológico. 
Em áreas como o córtex temporal medial esquerdo ocorre o processamento da 
compreensão linguística. 
Já o giro supratemporal esquerdo, córtex motor e pré-motor ipsilaterais, 
putâmen esquerdo e parte de ambos os hemisférios cerebelares são responsáveis 
pela articulação durante a tarefa de repetir sílabas. 
A ativação cerebral relacionada à prosódia emocional ou afetiva (variações na 
modulação da voz durante o discurso) encontra-se dividida em três etapas: 
1- Lobo temporal direito na obtenção da informação acústica; 
 
8 
2- Sulco temporal posterossuperior direito na representação das sequências 
acústicas; 
3- Córtex frontal inferior bilateral e gânglios da base, que representam 
ordenadamentea avaliação e expressão da prosódia afetiva. 
A linguagem na forma expressiva, representada por meio da fala, é o resultado 
de um conjunto de atividades cerebrais responsáveis pela recepção, integração e 
elaboração das mensagens linguísticas. 
O déficit gerado nesta função em decorrência de lesão cerebral determinará 
um novo nível de funcionamento linguístico, caracterizando um quadro 
denominado afasia. 
 
Ressonância magnética funcional 
Amaro Jr. e Yamashita, 2001, explicam que a técnica de ressonância 
magnética funcional - RMf – se assemelha a um exame clínico dessa modalidade. As 
principais diferenças se devem à particularidade de se obter informações relativas à 
determinada função cerebral. Neste sentido, se é preciso que exista uma forma 
controlada para executar essa função, por exemplo, fluência verbal. Isto se faz 
necessário devido à característica fundamental de exames de neuroimagem funcional: 
comparação entre dois (ou mais) "estados cognitivos" do cérebro. Essa comparação 
é realizada através de métodos computacionais com técnicas estatísticas complexas 
para analisar as imagens - o que faz com que o resultado do estudo seja conhecido 
somente após algumas horas. 
O princípio da RMf é a oxigenação sanguínea. Em áreas com maior atividade 
neuronal, há oferta de oxigênio maior que o consumo local. Isto causa um aumento 
da concentração regional de hemoglobina saturada de oxigênio (oxi-hemoglobina). 
Essa molécula tem propriedades magnéticas diferentes da hemoglobina não saturada 
(desoxi-hemoglobina). Assim, utilizando técnicas especiais (sequências BOLD) 
podemos observar pequenas variações da intensidade do sinal devidas à ativação 
cerebral. 
É possível apresentar estímulos visuais, auditivos, sensitivos e mesmo olfativos 
e gustativos. A grande vantagem é a possibilidade de repetir várias vezes cada estudo 
 
9 
no mesmo paciente, uma vez que não há radiação ionizante ou necessidade de 
injeção de contraste. 
O exame é realizado de modo a obter imagens do cérebro durante a execução 
da atividade que se quer estudar e outras imagens controle, onde essa tarefa não é 
executada. Desta maneira, o indivíduo realiza uma série de atividades enquanto o 
aparelho adquire as imagens, as quais serão analisadas posteriormente. 
Suponhamos, como exemplo, que o estudo seja para avaliar quais as áreas cerebrais 
se correlacionam com a tarefa de fluência verbal. Primeiramente, durante 30 
segundos, a pessoa observa letras apresentadas visualmente numa tela. A orientação 
é gerar palavras que se iniciem com a letra apresentada. Nos 30 segundos seguintes 
são apresentadas palavras, que devem ser simplesmente lidas (imagens controle). 
Essas tarefas são repetidas, num total de cinco ciclos, durante os quais são adquiridas 
cerca de cem imagens de todo o cérebro (uma a cada três segundos). Uma outra 
técnica - RMf relacionada a eventos - permite maior resolução temporal e flexibilidade. 
Imagem de Ressonância Magnética Funcional - Linguagem 
 
Fonte: scielo.br 
Após a análise, são mostradas as áreas que apresentaram aumento do sinal 
de RM no momento de geração das palavras em relação às imagens adquiridas 
durante o controle (leitura passiva). A Figura acima mostra o resultado desse tipo de 
exemplo, onde áreas do lobo frontal esquerdo, da porção superior do lobo temporal e 
do lobo parietal deste lado mostram correlação com a tarefa de fluência verbal. 
Atualmente, as aplicações são principalmente em pesquisa. A RMf, potencialmente, 
poderá ser utilizada como dado adicional para planejamento cirúrgico ou para avaliar 
o impacto de determinado procedimento terapêutico no desempenho do paciente em 
determinada função cognitiva. 
http://www.scielo.br/
 
10 
3 COMO O CÉREBRO NOS TORNA QUEM SOMOS 
 
Fonte: gentside.com.br 
Mais do que comandar nosso corpo, o cérebro molda quem somos: cada um 
de nossos comportamentos é o resultado da atividade de circuitos cerebrais formados 
ao longo da vida. 
Imagine se tivéssemos que responder a dezenas de milhares de comandos e nos 
comunicar com mais de mil pessoas ao mesmo tempo, sendo que essa troca de 
informações pode mudar o tempo todo? Se fôssemos um neurônio, isso não teria 
problema algum. Agora imagine toda essa atividade sendo exercida por cerca de 86 
bilhões de células neurais (considerando apenas o encéfalo), meticulosamente contadas 
por neurocientistas. 
É na intimidade desses circuitos de múltiplos contatos entre os neurônios, 
auxiliados por células gliais, onde percorrem nossos instintos, afetos, pensamentos, 
subjetividade, nossa lógica, atitudes e estratégias, enfim, quem somos. 
Justamente por sermos o resultado de nossas funções cerebrais, torna-se fato que 
as pessoas não são pré-determinadas, mas se constituem ao longo de sua vida. 
Possuímos nossas diferenças não apenas porque somos resultado de uma constituição 
genética diferente, mas porque vivemos diferentes experiências. Assim, no final das 
contas, ambos fatores, a genética e a experiência, agem sobre os circuitos neurais, sobre 
as conexões entre os neurônios, as sinapses. 
 
 
11 
 
Fonte: psiconlinews.com 
Cada vez que aprendemos algo, as sinapses de novas memórias são reforçadas, 
já os fatos esquecidos são sinapses enfraquecidas. Cada comportamento é o resultado 
da atividade dos nossos circuitos cerebrais formados ao longo da vida. É graças a essa 
plasticidade que experiências traumáticas podem ser superadas, que nosso humor é 
adaptável ao contexto, que nossas atitudes podem melhorar com nossos erros. E graças 
a essa plasticidade podemos ir mais longe: inventar, planejar a longo prazo, dimensionar 
as consequências de nossos atos. Entretanto, muitas dessas capacidades não são 
exclusividade humana. O cérebro vem evoluindo há milhões de anos. Mantemos kits 
neurais básicos de sobrevivência, presentes em todos animais. Responder a certos 
estímulos, regular nossas vísceras, corrigir a postura corporal e a locomoção, formar 
memórias, manifestar nosso medo e raiva fazem parte deste kit. 
As localizações de funções no cérebro já são bastante conhecidas, contudo os 
neurocientistas voltam o interesse em decifrar a nossa área mais: o pré-frontal, área na 
qual podemos localizar nossa personalidade. Existem pesquisas incríveis sobre o 
desenvolvimento das funções pré-frontais nas crianças quando estimuladas a planejar, 
antecipar e reconhecer consequências de suas atitudes e colocar-se no lugar do outro. 
Capacidades que estamos acostumados a cobrar apenas dos adultos. 
Sobre o cérebro, do ponto de vista molecular ao emocional e comportamental, 
muito vem sendo compreendido. Entretanto ao conhecê-lo melhor, damos de frente com 
a realidade nua e crua dos mecanismos neurais, que pode, à primeira vista, ir contra 
preceitos até então soberanos. É o caso do livre-arbítrio. Ao ver como o cérebro processa 
 
12 
e avalia decisões, encaramos o fato de que muita atividade neuronal já aconteceu antes 
de nos darmos conta de nossas vontades e intenções. Também é sabido que não há 
atividade cognitiva sem emoção - nem que seja uma pitada. Além disto, é bem 
estabelecido que o cérebro não toma qualquer decisão sem consultar a fisiologia do corpo. 
Uma área cerebral chamada lobo da ínsula, mais desenvolvida nos humanos que 
em outros primatas, faz isso. Seus neurônios analisam os dados que recebem, associando 
uma sensação subjetiva emocional antes de tomarmos uma decisão, especialmente sobre 
problemas difíceis, que envolvem relações sociais. 
As áreas de linguagem são tidas como umas das áreas mais desenvolvidas no 
nosso cérebro. É dito que a linguagem verbal é um dom da espécie humana. Ainda não 
há um veredito final da ciência sobre isso, mas sim, é bem provável. Regiões específicas 
cerebrais processam os léxicos fonológico, sintático e semântico. Essa função que tanto 
comanda as nossas vidas localiza-se, na maioria das pessoas, no hemisfério esquerdo,enquanto a musicalidade emocional da fala ocupa uma localização similar, mas no 
hemisfério direito. A aprendizagem da linguagem pelas regiões cerebrais responsáveis 
floresce em conexões sinápticas e, com poucos meses de vida, independente da 
formação cultural de um povo, o cérebro aprende a reconhecer os fonemas da língua 
falada a sua volta, associando-os à mímica facial típica de cada som, seguindo um padrão 
universal. Mas, de novo, descobriu-se que não somente as crianças, mas outros 
mamíferos também são capazes de perceber categorias fonéticas. Por isso, se quisermos 
entender por que somos como somos, precisamos também conhecer o cérebro dos outros 
animais. 
 
13 
4 UMA REVOLUÇÃO NO CÉREBRO 
 
Fonte: blogfisiobrasil.com.br 
Para Rafael Kenski, a máquina mais complexa do Universo está dentro da 
nossa cabeça. Uma vez que começamos a entender como ela funciona, descobrimos 
capacidades inimagináveis. Kenski chama essas capacidades de superpoderes - e 
explica como adquiri-los. 
O seu cérebro é capaz de quase qualquer coisa. Ele consegue parar o tempo, 
ficar vários dias numa boa sem dormir, ler pensamentos, mover objetos a 
distância e se reconstruir de acordo com a necessidade. Parecem 
superpoderes de histórias em quadrinhos, mas são apenas algumas das 
descobertas que os neurocientistas fizeram ao longo da última década. 
Algumas dessas façanhas sempre fizeram parte do seu cérebro e só agora 
conseguimos perceber. Outras são fruto da ciência: ao decifrar alguns 
mecanismos da nossa mente, os pesquisadores estão encontrando maneiras 
de realizar coisas que antes pareciam impossíveis. O resultado é uma 
revolução como nenhuma outra, capaz de mudar não só a maneira como 
entendemos o cérebro, mas também a imagem que fazemos do mundo, da 
realidade e de quem somos nós. Siga adiante e entenda o que está 
acontecendo (e aproveite que, segundo uma das mais recentes descobertas, 
nenhum exercício para o seu cérebro é tão bom quanto a leitura). (KENSKI, 
Rafael, 2006) 
4.1 Superpoder 1 – Mudar a própria forma 
Tomemos como referência um violinista: os dedos de sua mão esquerda fazem 
todo tipo de movimentos, enquanto que os da mão direita fazem só um: segurar o 
arco, algo importante, mas simples. Todas essas ações são coordenadas pelo córtex 
 
14 
motor, uma fatia acima da orelha que possui um mapa de todo o corpo: um pedaço 
coordena o pé, outro, a perna, e assim vai até a cabeça. Kenski destaca que quando 
os cientistas analisaram esse mapa em violinistas, descobriram que a região que 
comanda os dedos da mão esquerda é maior do que a da direita. O cérebro se adapta 
ao estilo de vida do seu dono. 
E o mesmo acontece com todas as pessoas. Quem faz leitura em braile desde 
pequeno utiliza para o tato uma parte do cérebro normalmente ocupada pela visão. 
Naquelas pessoas que perdem um braço, a área que recebia sensações desse 
membro se liga a outras partes do corpo, como o rosto, o que às vezes gera “dores 
fantasmas”: um toque na bochecha é interpretado como uma lesão no braço. Aliás, 
não se assuste, mas, agora mesmo, este texto e tudo o mais a sua volta estão 
deixando marcas físicas no seu cérebro. 
A explicação está, segundo os cientistas, no fato de nosso cérebro ser muito 
elástico. Há menos de 30 anos, se imaginava que ele era como um computador, uma 
máquina com circuitos fixos, onde tudo o que se podia fazer era acrescentar 
informações. Mas isso não é verdade. “O hardware também é aprendido. Caminhar, 
falar, mover partes do corpo envolve experiência e memória”, diz Iván Izquierdo, 
neurocientista da PUC gaúcha. O cérebro se reinventa, cria novos neurônios, novas 
conexões e novas funções para áreas pouco utilizadas. 
Kenski assim explica o fato de os cientistas terem demorado a perceber isso: 
Até 3 décadas atrás, tudo o que se podia fazer para estudar o cérebro 
humano era abrir a cabeça e olhar dentro. Alguns chegaram a fazer isso com 
pacientes vivos, mas o normal era esperar as pessoas morrerem e depois 
olhar o que sobrava. Na época, as principais descobertas vinham de 
pesquisas com animais ou com pessoas com lesões no cérebro – por 
exemplo, se alguém perdia o hipocampo e, junto com ele, a memória recente, 
é porque os dois deviam estar ligados. (KENSKI, Rafael, 2006) 
 
Hoje os cientistas conseguem desde entender como os genes dão origem às 
moléculas do cérebro até simular em computador conjuntos de neurônios. Surgiram 
também maneiras de observar o cérebro em atividade, graças, principalmente, à 
ressonância magnética funcional (RMF). Seu princípio é colocar o paciente em um 
campo magnético tão forte que, pendurado em um guindaste, seria capaz de levantar 
dois carros juntos (daí o porquê não ser uma boa ideia aproximar objetos metálicos 
de aparelhos como esse). Essas circunstâncias possibilitam detectar, por ondas de 
 
15 
rádio, o fluxo de sangue oxigenado para diferentes partes do cérebro, o que indica as 
regiões mais ativas em cada situação 
Essa técnica permitiu, pela primeira vez, mapear o cérebro em funcionamento 
enterrando também a ideia de que só usamos 10% da nossa mente: todo o cérebro 
trabalha o tempo inteiro. Entretanto, de acordo com o que fazemos, algumas partes 
são mais ativadas que outras. Nos últimos anos, as pesquisas mostraram os sistemas 
que acendem em situações específicas, como se apaixonar, tomar uma decisão, 
sentir sono, medo, desejo de uma comida ou até schadenfreunde, palavra alemã para 
o prazer de ver alguém se dando mal (mais intenso em homens). “Estamos decifrando 
a linguagem com que as áreas do cérebro conversam. É possível que os sistemas 
que conseguimos ver sejam como um arquipélago: parecem ilhas isoladas, mas, por 
baixo, são parte de uma mesma montanha”, apregoa o radiologista do Hospital das 
Clínicas Edson Amaro, membro do projeto internacional Mapeamento do Cérebro 
Humano. 
 
 
Fonte: oglobo.globo.com 
Um complicador com relação às pesquisas é que, assim como não existe 
pessoa exatamente igual a outra, cada cérebro também é diferente. A aparência dos 
neurônios também não é um indicador fiel do que acontece na cabeça. “Existe quem 
morra com problemas de memória e, na autópsia, se percebe que o cérebro estava 
perfeito. E também os que não apresentaram problemas até o fim da vida, mas têm 
 
16 
um cérebro danificado”, diz Lea Grinberg, uma das coordenadoras do banco de 
cérebros da USP. Mesmo ainda sendo um mistério, é provável que seja esse o ponto 
em que o modo como você utiliza o cérebro faça a diferença. 
“É como um músculo: se você exercita, você está mais protegido contra 
problemas”, diz Lea. Quando ocorrem danos ao cérebro – seja causado por doenças 
como Alzheimer ou por pauladas na cabeça –, pessoas com bom nível educacional 
ou QI alto sofrem perdas menores da capacidade cerebral. Ao que tudo indica, 
exercitar o cérebro cria uma espécie de reserva. Sendo possível, assim, quando 
necessário, que os atletas mentais consigam recrutar outras áreas do cérebro mais 
facilmente, ou talvez compensem a perda por usarem cada área de forma mais 
eficiente. 
Leitura, por exemplo, é um exercício fantástico. Quem não lê está destinado a 
ter uma memória mais lenta. Enfrentar desafios e sair da frente da TV também pode 
ajudar, assim como fazer exercícios físicos. Eles não só permitem que o seu cérebro 
funcione melhor como, provavelmente, fazem nascer novos neurônios. 
4.2 Superpoder 2 – Regenerar suas partes 
 
Fonte: diarioonline.com.br 
Kenski leciona que a história do nosso cérebro se inicia pouco depois da 
concepção, quando o embrião humano ainda é chato como uma panqueca. Até que, 
com uns 17 dias, uma parte da superfície começa a dobrar até se fechar em um tubo. 
 
17 
Esse tubo acabará se transformando no sistema nervoso inteiro. Após 5 a 6 meses, 
seu crescimento cerebral atinge a velocidade máxima, espantosos 250 mil novos 
neurônios por minuto. Antes mesmo de nascermos, o cérebro está praticamenteformado. A partir do nascimento, segundo o que se acreditava até há pouco tempo, 
ele poderia aprender coisas novas, mas não ganharia novos neurônios. 
Tal concepção mudou em 1998, quando os cientistas provaram que o cérebro 
produz, sim, novas células ao longo da vida – em um processo denominado de 
neurogênese. Um dos mais antigos mitos da ciência caía por terra. Desde então, 
descobrir como surgem novos neurônios e para que eles servem se tornou um dos 
temas mais recorrentes da neurociência. Se espera que a partir dessas pesquisas se 
encontrem formas de curar doenças como depressão e Alzheimer, retardar o 
envelhecimento e até garantir um melhor funcionamento do cérebro para pessoas 
saudáveis. 
Atesta Kenski, que apesar de os cientistas terem visto sinais de novos 
neurônios em várias partes do cérebro, a produção está restrita a duas regiões. “É 
possível que ela exista em outras áreas de forma bem reduzida, que não conseguimos 
detectar com os métodos atuais”, diz neurobiólogo Alysson Muotri, do Instituto Salk, 
EUA. O primeiro ponto é uma zona logo abaixo dos ventrículos (um bolsão de líquidos 
no meio do cérebro), que produz neurônios relacionados aos sentidos. O segundo é 
o hipocampo, o que é intrigante porque ele é uma área essencial para a formação de 
memórias, embora ninguém saiba dizer qual a função dos novos neurônios ali. “A 
neurogênese é um processo muito lento e fraco para dar conta da memória”, diz 
Izquierdo. Portanto, ele descarta que os novos neurônios surjam a cada nova memória 
que gravamos – afinal temos muitas memórias e poucos neurônios nascendo. O mais 
provável é que eles tenham um papel mais limitado. 
Todavia, não restam dúvidas de que a neurogênese é um processo importante. 
Sabemos, por exemplo, que alguns tipos de derrames aumentam a produção de 
neurônios. A maioria deles morre, mas alguns conseguem chegar ao local da lesão e 
formar um remendo, não resolvendo os casos mais graves, mas corrigindo 
microderrames que acabam passando despercebidos. E um grande número de 
doenças, de uma forma ou de outra, está ligado à neurogênese, como a depressão e 
o mal de Alzheimer. Ratos modificados geneticamente para desenvolver o Alzheimer 
apresentam também problemas na neurogênese, prova de que alguma conexão há. 
E remédios capazes de estimular o nascimento de neurônios em cobaias conseguiram 
 
18 
atenuar os sintomas de mal de Parkinson – uma abordagem que pode se revelar 
promissora para humanos. 
 
 
Fonte: forwardacademy.com.br 
O grande sonho dos cientistas agora é controlar o processo para fazer o 
cérebro tapar os próprios buracos – mais ou menos como uma lagartixa regenera uma 
perna cortada. E, possivelmente, estimular o cérebro de pessoas saudáveis a fabricar 
neurônios – afinal, células novinhas podem ser muito úteis na hora de raciocinar. Isso 
ainda não é uma realidade, mas já existe um caminho. “Muitos fatores que incentivam 
o crescimento de novos neurônios já são conhecidos”, diz o neurologista Cícero Galli 
Coimbra, da Universidade Federal de São Paulo. Um importante fator é evitar o 
estresse, que sabidamente bloqueia o crescimento de neurônios. Outro fator a se 
considerar é viver em um ambiente rico, com estímulos mentais e físicos variados: 
basta colocar ratos em jaulas agradáveis e cheias de brinquedos divertidos para que 
a neurogênese triplique. O mesmo para banhos de sol – que fazem o corpo produzir 
vitamina D, essencial para o crescimento das novas células – e para uma dieta rica 
em colina, substância presente em gema de ovos e ingrediente-chave dos neurônios. 
Junte tudo isso e a sua mente, literalmente, começará a crescer. 
http://www.forwardacademy.com.br/
 
19 
4.3 Superpoder 3 – Mover objetos 
 
Fonte: encolombia.com 
O seu corpo, ao que parece, é muito pequeno para conter uma máquina tão 
poderosa quanto o cérebro. Prova disso veio com a divulgação das aventuras de 
Matthew Nagle, um americano que ficou paralítico em uma briga em 2001. Três anos 
depois, cientistas da Universidade Brown, EUA, e de 4 outras instituições implantaram 
eletrodos na parte do cérebro dele responsável pelos movimentos dos braços e 
registraram os disparos de mais de 100 neurônios. Enviados a um computador, esses 
sinais permitiram que ele controlasse um cursor em uma tela, abrisse e-mails, jogasse 
videogames e comandasse um braço robótico. Somente com o pensamento, Nagle 
conseguiu mover objetos. 
Mas, como bem lembra Kenski, não é para se esperar se transformar em 
personagem de Matrix e se plugar a computadores. Além de ser meio incômodo viver 
com fios saindo de dentro da cabeça, os movimentos de Nagle eram desajeitados, o 
sistema precisava ser recalibrado todo dia e, depois de alguns meses, os eletrodos 
perderam a sensibilidade. Foi, entretanto, uma prova de que o nosso cérebro é capaz 
de comandar objetos fora do corpo – uma ideia que pode mudar nossa relação com o 
mundo. 
Pioneiro nesse tipo de experiência, o neurobiólogo brasileiro Miguel Nicolelis, 
da Universidade Duke, EUA, desde 1999 vem tornando primatas capazes de 
comandar computadores com a mente. Ele chegou a fazer experiências em que sinais 
 
20 
cerebrais de um macaco eram transmitidos pela internet e reproduzidos por um braço 
robótico a mais de 1 000 quilômetros de distância. Em uma demonstração de estudo, 
ele e sua equipe revelaram um fato curioso: depois de um tempo ligado ao aparelho, 
o cérebro do macaco começou a assimilar a nova extensão como parte do próprio 
corpo. A grande promessa da descoberta é abrir caminho para que pessoas que 
perderam um membro operem membros robóticos como se fossem naturais. Mas tem 
mais: apesar de os eletrodos terem sido colocados na área do córtex que comanda o 
braço, o macaco havia se adaptado à prótese: era possível fazer uma coisa com o 
braço natural, e outra diferente com o mecânico. Ou seja, não é absurdo imaginar que 
esse novo conhecimento permita não apenas criarmos próteses para deficientes, mas 
também membros novos para pessoas perfeitamente saudáveis – que tal um terceiro 
braço? 
Tudo isso parece ficção, mas é possível que todos nós façamos algo parecido 
no dia-a-dia. Pense na quantidade de instrumentos que você usa e na facilidade com 
que faz coisas difíceis como dirigir automóveis, ler, tocar instrumentos, usar talheres. 
O que a pesquisa de Nicolelis sugere é que tanta destreza pode existir porque, para 
os nossos neurônios, é como se todos esses objetos fizessem parte do nosso corpo. 
“Macacos e humanos têm a habilidade de incorporar ferramentas na estrutura do 
cérebro. Na verdade, achamos que o próprio conceito de identidade se estende às 
nossas ferramentas”, diz Nicolelis. Ou seja, para o cérebro, o lápis, o violão ou a 
bicicleta são literalmente partes de nós. Já é uma ideia impressionante, mas fica mais 
incrível ainda com outra descoberta: a de que não fazemos isso apenas com objetos, 
mas também com seres humanos. 
 
21 
4.4 Superpoder 4 – Ler pensamentos 
 
Fonte: chumbogordo.com.br 
Uma das maiores descobertas da ciência aconteceu em um laboratório da 
Universidade de Parma, na Itália, quando Giacomo Rizzolatti e equipe observavam 
macacos Rhesus descansarem com eletrodos implantados no cérebro. Os fios 
estavam conectados a neurônios que disparavam quando o macaco fazia 
movimentos. Por exemplo, se o ele levantava um objeto, um neurônio começava a 
funcionar. Até que, despretensiosamente, um cientista levantou um objeto perto do 
primata. E, para grande surpresa de todos, exatamente o mesmo neurônio que 
disparava quando o próprio macaco fazia a ação começou a funcionar. Em alguns 
casos, bastava o som dessa ação para acionar a célula. Ou seja, era como se a mente 
do macaquinho simulasse tudo o que os outros fizessem ao redor. Essa tendência 
para imitar tudo fez com que, em 1996, ao publicarem a descoberta, os cientistas 
italianos batizassem essas células de “neurônios-espelho”.Nos anos seguintes, os cientistas descobriram que os humanos além de terem 
o mesmo sistema dos macacos, ele é muito mais desenvolvido. Em humanos, os 
neurônios-espelho envolvem muito mais áreas e são acionados com mais frequência. 
Tanto que, apesar de recém-descobertos, eles já estão sendo propostos para 
responder por que os bocejos são contagiosos, por que apreciamos a arte, como 
surgiu a cultura, a sociedade, a linguagem e a civilização e até mesmo para definir 
quem somos nós. 
 
22 
Os neurônios espelho, como o nome sugere, são um grupo de células nervosas 
localizadas, conforme estudos, no córtex frontal, em uma área em especial, 
relacionada com o desenvolvimento da linguagem e da compreensão dos gestos. 
Os neurônios-espelho estão ativos desde o momento em que nascemos. Faça 
o teste: mostre sua língua para um recém-nascido e, provavelmente, ele tentará copiá-
lo. “Parece que o único modo de perceber as coisas é usando o nosso sistema motor 
e o nosso corpo para imitá-las”, diz o neurologista Marco Lacoboni, da Universidade 
da Califórnia em Los Angeles. Com o tempo, conseguimos até prever as intenções 
dos outros: o sistema pode disparar mesmo que as pessoas apenas deem sinais de 
que farão alguma coisa. O mesmo vale para as emoções. Cientistas em Marselha, 
França, mostraram que sentir um cheiro nojento ou ver pessoas fazendo cara de nojo 
dispara o mesmo grupo de neurônios-espelho. 
Para o neurologista indiano Vilayanur Ramachandran, da Universidade da 
Califórnia em San Diego, EUA “Esses neurônios, ao que parece, dissolvem a barreira 
entre a pessoa e os outros”. Ele faz parte de um grupo de cientistas que acredita que 
essa tendência para imitar emoções esteja na base da empatia, das habilidades 
sociais e da própria cultura. Um argumento a favor dessa teoria é a importância dos 
neurônios-espelho na linguagem: basta ler um texto com a descrição de uma ação 
para que você dispare essas células cerebrais da mesma forma que faria se a 
estivesse executando. Ramachandran e outros acreditam que a imitação de 
movimentos tenha funcionado como uma espécie de linguagem primitiva, que foi se 
sofisticando até dar origem a sinais abstratos, palavras, línguas complexas e Prêmios 
Nobel de Literatura. 
Os neurônios-espelho podem mudar até mesmo a ideia de quem é você: afinal, 
para eles, tanto faz se uma ação foi feita por você ou por qualquer outro. “Isso mostra 
que você ‘compartilha’ sua mente com outras pessoas, que você e os outros não são 
duas entidades totalmente independentes, mas, sim, dois lados da mesma moeda”, 
diz Iacoboni. É um ponto em que as mais avançadas pesquisas médicas ganham ar 
de filosofia oriental: a ideia de que você e os outros são partes de um mesmo todo. 
“Culturas onde a ênfase é menos no indivíduo e mais no grupo devem ter pessoas 
com um sistema de neurônios-espelho mais robusto”, diz ele. Ou seja, para o seu 
cérebro, talvez você seja uma soma do seu organismo, de vários objetos que você 
usa e de pessoas que estão à sua volta. Pense nisso da próxima vez que alguém 
disser que você precisa ser você mesmo. 
 
23 
4.5 Superpoder 5 – Ampliar seus poderes 
 
Fonte:emtr.com.br 
Uma vez que o nosso cérebro muda tanto, Kenski pede que imaginemos se 
pudéssemos fazer isso na marra. Apertar um botão e a mandar a depressão embora. 
Mudar a configuração e um viciado deixar de sentir a fissura. Ajustar mais um pouco 
e conseguir aprender mais rápido, ficar mais atento, mais acordado ou ter mais 
memória. Seria maravilhoso. Por isso muitos laboratórios estão buscando máquinas 
e remédios capazes de algo parecido. 
Um dos avanços tem um nome estiloso: estimulação magnética transcraniana 
de repetição (EMTr). É uma técnica que permite estimular, inibir e modelar circuitos 
específicos do cérebro. Trata-se de um ímã fortíssimo – tão forte quando o de um 
aparelho de ressonância magnética – focado em partes específicas do córtex e 
aplicado em flashes de apenas 0,2 milésimos de segundo. Emitir menos de um pulso 
por segundo inibe a região do cérebro sobre a qual ele é direcionado. Dois ou 3 por 
segundo estimulam. E centenas por segundo fazem a pessoa entrar em convulsão. 
A Estimulação Magnética Transcraniana Repetitiva (EMTr) é um procedimento 
médico, que utiliza estímulos elétricos e magnéticos excitatórios ou inibitórios para 
reestabelecer o funcionamento cerebral. Estimulação Magnética Transcraniana tem 
sido utilizada no tratamento da depressão, alucinação auditiva (ex: esquizofrenia), 
zumbido crônico, dor crônica, recuperação do acidente vascular cerebral e atualmente 
vem sendo amplamente estudada em diversas outras doenças, tais como: ansiedade, 
 
24 
transtorno bipolar, síndrome do pânico, transtorno obsessivo compulsivo (TOC), 
transtorno do stress pós-traumático (TSPT), tiques, síndrome de Tourette, 
epilepsia, doença de Parkinson, distonia entre outras. 
 
Como funciona o tratamento com Estimulação Magnética Transcraniana 
Repetitiva ? 
 
Fonte: estimulacaoneurologica.com.br 
Dentro dos parâmetros seguros, a máquina faz proezas. “Nós conseguimos 
usar a EMTr para estimular uma parte do córtex e aliviar a depressão. Também 
usamos para acelerar o efeito de antidepressivos: em vez de um mês, o remédio 
apresenta resultados em apenas uma semana”, diz o psiquiatra Marco Antonio 
Marcolin, do Hospital das Clínicas, em São Paulo. Ele é um dos pioneiros da técnica: 
seu laboratório também conseguiu o feito de puxar o freio de áreas do cérebro que 
fazem alguns pacientes sentir dor crônica ou ter alucinações auditivas. Entre as 
possibilidades da EMTr também está estimular a recuperação em derrames, fazer 
pessoas parar de fumar, atenuar transtorno de déficit de atenção ou até regular o 
apetite. A grande vantagem é que a técnica não requer cirurgias nem anestesias e 
traz resultados que podem se prolongar por meses. Além disso, tem poucos efeitos 
https://www.estimulacaoneurologica.com.br/servico/42/estimulacao-magnetica-transcraniana-repetitiva-emtr.html
 
25 
colaterais – e o mais interessante é que, entre eles, pode estar um aumento da 
memória. 
Uma técnica que aumente a capacidade de aprendizado do cérebro é algo que 
nunca existiu e que muitos pesquisadores tomam como impossível. Mas a EMTr tem 
a chance de fazer esse milagre, apesar de ninguém ter provado isso com testes em 
larga escala. 
Uma das maiores evidências nesse sentido veio da Universidade de Göttingen, 
na Alemanha, em uma pesquisa que assusta à primeira vista: os voluntários não só 
receberam os fortíssimos pulsos magnéticos da EMTr como ainda levaram pequenos 
choques em áreas relacionadas ao controle de movimentos. O surpreendente 
resultado foi uma melhora de 10% em testes de aprendizado de tarefas motoras. “Não 
conseguimos ainda provar que um baterista poderia usar a técnica para aprimorar seu 
treinamento, mas é provável que ela poderia ajudá-lo a chegar mais rapidamente ao 
auge da performance”, relata o neurofisiologista alemão Walter Paulus, um dos 
autores do estudo. 
Pesquisas patrocinadas pelo Exército dos EUA também tentam reduzir as 
máquinas que geram magnetismo a algo que se possa colocar no capacete de um 
piloto de caça para melhorar seu desempenho. E até já se imaginou um aparelho 
parecido com um tocador de mp3 que usasse pequenos choques para estimular o 
cérebro ao toque de um botão. 
 
 
Fonte: www.grupar-rp.org.br 
 
26 
Mas ninguém tem prometido tanto um caminho para uma mente turbinada 
quanto a indústria farmacêutica. Existe mais de uma dezena de remédios em estudo 
para aprimorar funções do cérebro como memória, atenção e resistência ao sono. 
Alguns agem sobre uma proteína chamada CREB, capaz de aumentar ou diminuir a 
produção de moléculas essenciais nas ligações que os neurônios fazem entre si ao 
gravarem novas informações – e, assim, turbinar a memória. Ao menos em 
laboratório, ratos e moscas lembram mais rapidamente dos objetosem seu ambiente 
ao receber um remédio que estimula a CREB. Outras pesquisas buscam agir sobre 
neurotransmissores – substâncias que os neurônios usam para se comunicar –, uma 
abordagem que já rendeu remédios em fase de testes para pacientes com o mal de 
Alzheimer. Mas, assim como com a EMTr, pouco se chegou a provar sobre a eficácia 
desses estimulantes em pessoas saudáveis. 
Por enquanto, a grande sensação nesse tipo de pesquisa é o modafinil, uma 
droga disponível nos EUA e na Europa que permite descansar 4 horas por noite ou 
ficar dois dias sem dormir e sem sentir sono. Desde que foi lançada para curar 
narcolepsia (um sono súbito e incontrolável), o remédio vem se tornando popular, com 
vendas chegando a 575 milhões de dólares em um ano. 
A maior vantagem sobre outras drogas até então usadas para se ficar acordado 
– como café ou anfetaminas – é a quase ausência de efeitos colaterais. A pessoa 
continua atenta e com boa capacidade de julgamento mesmo com até 72 horas sem 
dormir. Para alguns, ela fará para o sono o que o anticoncepcional fez para o sexo: 
separar o ato das suas consequências biológicas. Para outros, pode não ser tão bom 
negócio: sabe-se lá o que pode acontecer a longo prazo com a vida, a criatividade e 
os hábitos de uma pessoa – ou de uma sociedade – que nunca dorme. 
É que mudar o funcionamento do cérebro pode trazer problemas. Aumentar a 
memória, por exemplo, tem riscos. “Milhões de anos de evolução otimizaram o 
equilíbrio entre a informação necessária e a não necessária. Desregular esse sistema 
talvez encha a sua cabeça de informações inúteis – e de problemas”, diz Paulus. Para 
o bem ou para o mal, o nosso conhecimento sobre a mente aumentará daqui em 
diante. Mas, mesmo com novas máquinas e remédios, nenhuma tecnologia será 
capaz de fazer a pessoa saber o que nunca aprendeu. A capacidade do seu cérebro 
depende, antes de mais nada, de tudo o que leu, viu, experimentou e viveu. E isso 
depende apenas de você. 
 
27 
5 TREINAR SEU CÉREBRO PARA CONTINUAR PENSANDO POSITIVO 
 
Fonte: fasdapsicanalise.com.br 
A pessoa pode aprender a cultivar a resiliência por treinar seu cérebro a pensar 
positivo quando os tempos estão difíceis. Um empreendedor, por exemplo, pode 
assim superar desafios e fracassos, o que é essencial para o sucesso do seu negócio. 
“As pessoas tendem a ter um viés cognitivo em direção de seus fracassos e em 
direção a negatividade,” diz o Matthew Della Porta, um psicólogo positivo e consultor 
organizacional. Nossos cérebros são mais propensos a procurar informações 
negativas e armazená-lo mais rapidamente para a memória. 
Esse preconceito não é sempre ruim. Reconhecer os problemas e falhas 
podem nos levar a melhores soluções. Entretanto, muitas vezes, podemos ir por água 
a baixo, nos punindo por nossas falhas ou ainda duelando negativamente. 
Se conscientemente aumentarmos nosso foco no positivo, começaremos a 
equilibrar a balança. Teremos um meio termo onde podemos tratar das falhas e 
desafios sem deixá-los nos levar para baixo, nos deixando mais motivados, produtivos 
e suscetíveis de ter êxito. 
Nos foram apresentadas três dicas para nos auxiliar a treinar nosso cérebro 
para pensar positivo: 
 
28 
5.1 Expressar gratidão 
Os acontecimentos negativos tendem a aumentar a menos que 
conscientemente os equilibre. “Quando você se depara com desafios, é importante 
fazer um balanço do que está indo bem”, diz Della Porta. Pensar sobre as coisas boas 
da vida pode ajudar a equilibrar esse viés, dando ao cérebro o tempo extra que é 
necessário para registrar e lembrar um evento positivo. 
Para auxiliar o cérebro a armazenar eventos positivos, a pessoa pode refletir, 
pelo menos uma vez por semana, pelo que é grata. Anotar suas bênçãos, como a 
oportunidade de prosseguir uma carreira que ama ou uma família que a apoia. Se 
preferir um hábito diário, pode manter um registro todas as noites das coisas boas que 
aconteceu naquele dia. 
5.2 Repetir afirmações positivas 
Quanto mais vezes a pessoa ouvir uma mensagem, mais fácil acreditará nela 
(artimanha muito utilizada pelos políticos e anunciantes). O mesmo ocorre para 
mensagens sobre quem somos e o que somos capazes de fazer. Ao repetir 
afirmações positivas com convicção várias vezes todas as manhãs, mesmo que 
silenciosamente, a pessoa está treinando seu cérebro a acreditar nelas. “Ao longo do 
tempo, vai começar a internalizá-las,” diz Della Porta. 
 Deve-se escolher duas ou três afirmações que representam os seus valores e 
objetivos, tais como ‘Posso lidar com tudo o que vem ao meu caminho,’ ‘Tenho tempo 
o suficiente’, ou ‘Estou melhorando a cada dia.’ A repetição irá influenciar a maneira 
que a pessoa irá interpretar eventos negativos, tornando-o mais resistente. 
“Especialmente se você está predisposto a pensamentos negativos, isso pode ser 
extremamente eficaz,”, diz Della Porta. 
 
29 
5.3 Desafiar os pensamentos negativos 
 
Fonte: psicoativo.com 
Todas as vezes que um pensamento negativo aparecer, podemos escolher 
como responder. Se forem deixados isolados, tendemos a nutri-lo. Nossos cérebros 
habitam em eventos negativos, assim (esses eventos) parecem ser muito 
maiores e mais significativos do que são. Para combater isso, a pessoa deve 
começar a imaginar o pensamento como separado de si mesmo, como algo que possa 
ser observado e desconstruído. “Pegue o hábito de se distanciar, em vez de 
permanecer”, diz Della Porta. 
O próximo passo é desafiar os pensamentos negativos que são injustamente 
auto depreciativos. Por exemplo, se a empresa de “João” não chega onde ele espera, 
ele então poderia pensar, “Eu sou um fracasso.” Mas isso é falso e improdutivo. Em 
vez disso, ele deve praticar interpretando o mesmo evento de forma diferente. Dizendo 
por exemplo: “eu trabalhei muito, mas eu não contava com uma peculiaridade do 
mercado, então estou decepcionado, mas agora eu vou tentar de novo com novas 
informações”. Essa interpretação é mais suave, mais verdadeira e mais proativa. “Em 
primeiro lugar, esta estratégia vai ser difícil e você vai pensar que ela não funciona,” 
diz Della Porta. “Mas ao longo do tempo, ela vai se tornar automática e pensamentos 
negativos serão menos prováveis aparecer. Ninguém faz isso naturalmente; Você tem 
que aprender e praticar”. 
 
30 
6 A FORÇA DA PALAVRA 
 
Fonte: osegredo.com.br 
Para Sandra Rosenfeld, escritora, coach pessoal, palestrante e instrutora de 
meditação, um dos maiores, e mais impressionantes, poderes que a maioria das 
pessoas tem é a palavra. É a fala. 
A palavra pode causar sensações opostas em uma pessoa, pode levantar ou 
derrubar, agradar ou desagradar, emocionar ou irritar, trazer para perto ou afastar, 
para bem longe. Ela pode se tornar o mel ou fel, seja para quem ouve ou para quem 
fala. 
Ela pode exprimir toda uma paixão, todo um amor, ternura, admiração e 
respeito, num dado momento, e num outro toda a raiva, rancor, ressentimento e inveja. 
A palavra pode estar respaldada na verdade ou esconder a mesma verdade. 
Mas isso não é difícil de perceber por aquele que tem uma consciência maior de si 
mesmo e, portanto, do outro. Simplesmente porque a palavra não vem sozinha nunca. 
 
31 
 
Fonte: blog.spartancast.com.br 
Ela não é independente. A palavra está sempre atrelada ao tom da voz, a 
emoção colocada, a respiração, ao ritmo em que é dita, ao olhar, aos gestos... E 
quando ela é falada em sintonia com tudo isso, vem carregada de um poder muito 
grande, tanto para o bem quanto para o mal. É uma forma de energia incrivelmente 
forte! 
Todavia, existem algumas pessoas que ainda se escondem atrás das palavras 
e, muitas vezes, enganam a si mesmas e aos outros. São pessoas que se conhecem 
mal, se tornando presas fáceis delas próprias e do outro. O autoconhecimento tem a 
ver com olhar para dentro, com o silêncio, com a coragem de lidar com as emoções. 
É uma conquista! 
E Rosenfeldvai além, com um questionamento: por que se faz tanto uso da 
palavra para apontar as falhas e tão pouco para enaltecer as qualidades? 
Quantas vezes você acha que a pessoa está bonita, mas fica só no seu 
pensamento? Não fala isso para ela. Quantas vezes alguém se mostra inteligente ou 
tem uma atitude digna de um elogio, e você sabe disso, só que mais uma vez, fica 
apenas no seu pensamento? Por que não diz a ela? 
Devemos ter por hábito elogiar sempre quem acreditamos que deva ser 
elogiado, ou seja, não gastar palavras em algo apenas para agradar. Se encontrar 
alguém, homem ou mulher, que a seu ver, está bonito ou teve uma atitude positiva, 
procure sempre elogiar. Não guarde para você, compartilhe. 
 
32 
É muito recompensador receber um elogio verdadeiro. É um afago no coração, 
tanto de quem recebe quanto de quem elogia, porque o retorno é imediato através do 
sorriso, do olhar, da alegria. 
Se achou bonita uma pessoa, diga: Você está bonita, está linda! Nada de dizer: 
Como você está bem. 
Não vale economizar palavras nessas horas. Deve-se elogiar sem medo de 
fazer o outro e a si mesmo feliz! 
Mas, se você não tem nada de bom para falar, então é muito melhor 
permanecer quieto, em silêncio. O silêncio muitas vezes é o som mais agradável que 
se pode ouvir. 
E jamais usar o poder da palavra para falar mal de outra pessoa quando a 
mesma não está presente. Nunca se deve fazer isso. É feio, é grosseiro, é o retrato 
de quem não tem vida própria e é covardia. 
Enfim, use a palavra da melhor forma possível para fazer a sua vida e a de 
quem passa pelo seu caminho, mais alegre, divertida e feliz. 
6.1 5 expressões que devem ser evitadas para aumentar seu poder e influência 
Conhece aquele discurso forte e convincente usado por pessoas bem-
sucedidas? Ele pode ser o de qualquer pessoa, se ela evitar algumas palavras. 
As palavras possuem muito poder. E as que são usadas todos os dias podem 
afetar o contexto do que a pessoa está dizendo, mesmo que ela não tenha intenção 
ou não se dê conta. 
Quando se trata de linguagem, menos é mais. Pessoas poderosas e bem-
sucedidas sabem exatamente quais palavras devem ser excluídas do vocabulário 
para manter o status de influência. 
Para transmitir mais segurança ao que diz, a pessoa deve eliminar essas 
palavras ou expressões: 
 
1- “Só”- 
A palavra “só” diminui o conteúdo do que vem a seguir. É uma palavra de 
“proteção”, que ameniza o que a pessoa quer dizer. 
Quando uma pessoa diz: “Só estou lendo alguns e-mails”, ela acaba por 
desvalorizar o que você está fazendo, dando menos importância. 
 
33 
Quando uma pessoa dedica tempo e energia respondendo seus e-mails, 
significa ser essa uma tarefa importante. 
Corre-se também o risco de debochar do trabalho de um colega ou de uma 
situação ao usar a palavra “só” fora de hora. Por exemplo, não diga que alguém da 
sua equipe fez “só” determinado trabalho em uma reunião. 
 
2- “Muito”, “Absolutamente” e “Completamente”- 
 Pode surpreender, mas, essas palavras não agregam valor ao substantivo que 
a pessoa quer descrever ou enfatizar. 
Advérbios supérfluos e adjetivos acabam por acrescentar um drama 
desnecessário. Quando se aprecia o poder das palavras, menos palavras são 
necessárias para a comunicação. 
Assim, cada palavra se torna mais poderosa. 
 
3- Frases prontas 
A pessoa deve mostrar quem ela é. Utilizar um tom humano, contar a sua 
história. Evitar jargões como “profissional orientado a resultados” ou “profissional auto-
motivado”. 
 
4- “Tipo assim”, “Então” e “Né” 
Esses são ruídos que atrapalham em muito uma comunicação. Eles ficam entre 
a atenção do seu interlocutor e a mensagem que deseja passar. 
Deve-se evitar essas palavras “vazias”, ainda que as utilize como ligação entre 
uma frase e outra. 
 
5-“Na verdade” e “Obviamente” 
Palavras como essas podem levar a uma má interpretação. Elas sugerem que 
a outra pessoa não está entendendo a circunstância, e que você está sempre certo. 
O que acaba por diminuir as pessoas, as levando à frustração, podendo até 
sugerir desrespeito. 
Para aumentar o seu poder, pense sobre as palavras que usa. 
A linguagem é uma oportunidade de empoderamento! 
 
34 
7 PALAVRAS PERSUASIVAS MAIS USADAS PARA CONVENCER AS 
PESSOAS 
 
Fonte: vidasparacristo.com 
Há uma gigantesca lista de palavras persuasivas que são usadas por políticos, 
pastores, padres, líderes, escritores, apresentadores, vendedores, empresas e suas 
propagandas na TV, Internet, rádio e e-mail, enfim, qualquer pessoa ou organização 
que tem a intenção de converter você a comprar produtos, serviços e/ou ideias. 
Para manipular as emoções das pessoas, tanto as palavras quanto as frases 
são usadas a todo o momento. Afinal, o poder está nas palavras. 
A psicóloga social Ellen Langer, num simples estudo, publicado no blog 
Copyblogger (copyblogger.com/persuasive-copywriting-words/), mostra o poder de apenas 
uma palavra quando ela pediu para usar uma fotocopiadora: 
- “Desculpe-me, eu tenho cinco páginas. Posso usar a máquina de Xerox? “- 
60% disseram OK. 
- “Desculpe-me, eu tenho cinco páginas. Posso usar a máquina de 
Xerox porque eu estou com pressa? “- 94% disseram OK 
O uso da palavra “porque” fez a grande diferença. Isso mostra que 
quando damos uma razão para executar uma ação, há maior entendimento e 
consequentemente colaboração. É por isso que palavras tem poder. 
http://www.copyblogger.com/persuasive-copywriting-words/
 
35 
As palavras, assim como as frases, são usadas em diferentes ocasiões para 
gerarem diferentes emoções. Faremos a demonstração de algumas palavras mais 
persuasivas. 
7.1 As 12 palavras mais persuasivas 
- Você 
- Dinheiro 
- Economizar 
- Garantia 
- Descubra 
- Fácil 
- Comprovada 
- Saúde 
- Felicidade 
- Amor 
- Resultados 
- Novo 
 
Onde mais usam estas palavras: Chamadas à ação, títulos, assunto em e-mail, 
frases e parágrafos de abertura. 
7.2 As 20 palavras mais influentes 
Em 1963, David Ogilvy, que é conhecido como “o pai da propaganda”, publicou 
sua lista das 20 palavras mais persuasivas em publicidade. Será que você já escutou 
algumas delas na boca de alguém? 
- De repente 
- Agora 
- Apresentando 
- Proclamando 
- Aperfeiçoamento 
- Incrível 
- Sensacional 
 
36 
- Extraordinário 
- Revolucionário 
- Surpreendente 
- Milagre 
- Mágica 
- Oferta 
- Rápido 
- Fácil 
- Querido 
- Desafio 
- Comparar 
- Barganha 
- Depressa 
 
Onde mais usam estas palavras: Títulos, listas, assunto em e-mail. 
7.3 4 palavras para incentivar comunidade 
 
Fonte: institutouniao.com.br 
Nós somos seres sociais e buscamos a união. Ao utilizar essas frases você 
convida leitores a fazerem parte de algo maior que eles mesmos. 
 
 
37 
- Junte-se a nós 
- Torne-se membro 
- Conecte-se 
- Compartilhe 
 
Onde mais usam estas palavras: Cadastros de e-mail, ofertas, chamadas em 
redes sociais e aplicativo. 
7.4 12 frases que implicam exclusividade 
- Apenas membros 
- É necessário login 
- Vagas esgotadas 
- Matrículas encerradas 
- Peça um convite 
- Ofertas exclusivas 
- Torne-se um insider 
- Seja um dos poucos 
- Obter antes de todo mundo 
- Seja o primeiro a saber sobre isso 
- Disponível apenas para os assinantes 
- Aplicar para ser um dos nossos beta testers 
 
Onde mais usam estas palavras: Formulários de inscrição, links, chamadas à 
ação, subtítulos 
7.5 9 frases que implicam escassez 
- Oferta limitada 
- Estoque esgotando 
- Aproveite enquanto durar o estoque 
- Venda termina em breve 
- Apenas hoje 
- Apenas 10 disponíveis 
 
38 
- Apenas 3 sobrando 
- Disponível somente aqui 
- O dobro da oferta na próxima hora apenas 
 
7.6 25 palavras e frases que fazem você se sentir seguro 
 
Fonte: o segredo.com.br 
- Anônimo 
- Autêntico 
- Suporte 
- Mais vendido 
- Cancele a qualquer hora 
- Certificado 
- Aprovado 
- Garantido 
- Vitalício 
- Reembolso 
- Nenhumaobrigação 
- Sem perguntas 
- Sem risco 
- Incondicional 
 
39 
- Oficial 
- Privado 
- Protegido 
- Comprovado 
- Pesquisa 
- Resultados 
- Proteger 
- Provado 
- Experimente antes de comprar 
- Verificar 
 
Onde mais usam estas palavras: Formulários de pagamento e inscrição, 
depoimentos 
7.7 10 palavras e frases de causa-e-efeito 
- Conformemente 
- Como resultado 
- Porque 
- Causada por 
- Consequentemente 
- Devido a 
- Por esta razão 
- Desde 
- Portanto 
- Assim 
 
Autora Darlene Price, criadora da lista de causa e efeito em seu livro Well Said! 
Presentations and Conversations That Get Results, conta como essas frases são 
úteis: “fazem suas reivindicações soarem objetivas e racionais em vez de parciais e 
subjetivas”. 
 
Onde mais usam estas palavras: Fechando parágrafos, transições 
 
 
40 
7.8 9 frases e palavras utilizadas em hipnose conversacional 
 
Fonte:universaljp.org 
- As chances são 
- Você pode 
- Se dar conta 
- Talvez sim, talvez não, o importante é 
- Perceber 
- Escolher 
- Desfrutando 
- Saudavelmente 
- Automaticamente 
7.9 10 palavras que implicam curiosidade 
- Controverso 
- Revelado 
- Conheça 
- Exposto 
- Informante 
- Tabu 
- Banido 
- Proibido 
 
41 
- Privado 
7.10 55 palavras de poder 
- Melhorar 
- Obrigado 
- Confiança 
- Imediatamente 
- Descobrir 
- Lucro 
- Cura 
- Aviso 
- Atenção 
- Destino 
- Dramático 
- Automático 
- Aprender 
- Superar 
- Saber 
- Entender 
- Poderoso 
- O melhor 
- Vencer 
- Especial 
- Mais 
- Bônus 
- Exclusivo 
- Extra 
- Você 
- Grátis 
- Saúde 
- Garantia 
- Novo 
- Comprovado 
 
42 
- Segurança 
- Dinheiro 
- Agora 
- Hoje 
- Resultados 
- Proteger 
- Ajudar 
- Fácil 
- Surpreendente 
- Últimas 
- Extraordinário 
- Como 
- O pior 
- Final 
- Quente 
- Primeiro 
- Grande 
- Aniversário 
- Estreia 
- Básico 
- Completo 
- Salvar 
- Economizar 
- Criar 
- Erro 
 
Cada funcionário da equipe de e-mail - marketing na empresa Interweave Press 
tem estas palavras impressas e coladas em sua parede. A lista, que foi originalmente 
compilada por Linda Ruth, veio através do estudo de capas de revistas mais vendidas 
e a funcionários da empresa viram que funcionam igualmente bem no conteúdo e 
assuntos de e-mail. 
 
Onde mais usam estas palavras: Assuntos de e-mail, manchetes, chamadas à 
ação 
 
43 
7.11 15 palavras para conteúdo compartilhável 
 
Fonte: demodelando.wordpress.com 
- Segredo 
- Opinião 
- Diga-nos / Conte-nos 
- Inspira 
- Top 
- Veja isso 
- Por favor 
- Ajuda 
- Promover 
- Aumentar 
- Criar 
- Descobrir 
- RT 
- Blog 
- Novo post 
7.12 3 palavras para promoções em redes sociais 
- Ganhe 
- Ganhador 
- Evento 
 
44 
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁGICAS 
AMARO JR, Edson. YAMASHITA, Hélio. Aspectos básicos de tomografia 
computadorizada e ressonância magnética. Rev. Bras. Psiquiatr. vol.23 suppl.1 
São Paulo May 2001. 
BAR-ON, R. & PARKER, J. D. A. (2002) — Manual de Inteligência Emocional: 
Teoria e Aplicação em casa, na escola e no trabalho. 1. ed. Porto Alegre: Artmed. 
BREARLEY, M. (2004) — Inteligência Emcional na Sala de Aula. São Paulo: 
Madras. 
CATANIA. A. C. (1999). Aprendizagem: comportamento, linguagem e cognição. 
Porto Alêgre Artmed. Capítulo 6: As conseqüências do responder: controle aversivo 
Millenson, J. R. (1975). 
CUBERO, L. N. & LARROSA, J. La vida emocional, las emociones y la formación 
de la identidad human. Barcelona: Editorial Ariel. pp. 23-70. 
Fãs da Psicanálise. Como Treinar Seu Cérebro Para Continuar Pensando 
Positivo. 26 de outubro de 2015 
FERREIRA, Leonardo. Linguagem e cérebro: confira as principais áreas ativadas, 
2015 
LACA, J. (1957-1958), As formações do Inconsciente. Rio de Janeiro: Zahar 
Editora, (1988). 
LACAN, J. (1952-1988). O mito individual do neurótico. (Texto avulso, s.d.). 
LEAHY, R (2006). Técnicas de Terapia Cognitiva. (Maria Veronese e Luzia Araújo, 
trad). Porto Alegre: Artmed. 
KENSKI, Rafael. A revolução do cérebro. Revista Super Interessante. 31 out 2016, 
18h54 - Publicado em 31 jul 2006 
PIAGET, J. (1971). O nascimento da inteligência na criança. Rio de Janeiro, Zahar 
Editores. 
 
45 
ROSENFELD, Sandra. O poder da palavra: Entenda a força da fala. “O que é 
Meditação”, Ed. Nova Era. 
TEIXEIRA JÚNIOR, Ronaldo Rodrigues; SOUZA, Maria Aparecida Oliveira de. 
Vocabulário de Análise do Comportamento: um manual de consulta para termos 
usados na área. São Paulo: ESETec Editores Associados, 2006. 
VYGOTSKY, L.S. (1988). A formação social da mente. 2° ed. brasileira. São Paulo, 
Martins Fontes. 
VYGOTSKY, L.S. (1987). Pensamento e linguagem. 1° ed. brasileira. São Paulo, 
Martins Fontes. 
ZIMERMAN, D.E. (1995). Bion: da teoria à prática. Uma leitura didática. Porto 
Alegre: Artes Médicas. 
 
 
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 
 
DAMÁSIO, Antônio. O Erro de Descartes. Emoção, Razão e o Cérebro Humano. - 
António Damásio (Autor), Dora Vicente (Tradutor), Georgina Segurado (Tradutor). 
Companhia das Letras, 2012. 
 
GOMAN, Carol Kinsey. A Linguagem Corporal dos Líderes. 2.ed. Petrópolis, RJ: 
Vozes, 2015. 
 
RODRIGUES, Cassio. TOMITCH, Lêda Maria B. Linguagem e Cérebro Humano - 
Contribuições Multidisciplinares. ARTMED.

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